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Lenda? Rumores? Verdade? Ninguém pode dizer… o que se sabe é que as lendas que cercam os piratas no quesito ocultismo são as maiores. Pra quem acha que eu ví muito Piratas do Caribe, bom… é eu vi e acabei indo pesquisar sobre aquelas coisas. Na verdade, a maioria das coisas que aparece no filme são de fato lendas que naquela época eram reais demais pros mais medrosos. O navio dos mortos, a bússola dos desejos, névoa cobrindo os barcos. Todas essas lendas corriam as cidades portuárias do século XVI, muitas das vezes plantadas por piratas que ancoravam disfarçados para conseguir mantimentos e bebida.
Muitas histórias contam que os piratas eram pagãos e adoravam Deuses que representavam o mar (tudo dependia do país de origem do pirata). Muitos monstros marinhos daquela época também foram invenções desses ladrões do mar que precisavam esconder-se em ilhar isoladas, geralmente com muita neblina, o que facilitava para esconder as embarcações. Alias, uma coisa que pirata gostava era de neblina, para atacarem portos pequenos de surpresa os piratas usavam truques muito interessantes como por exemplo vapor d’água que era espalhado em volta do navio por mini botes amarrados aos mesmo. Água no mar é mole encontrar, logo era fácil para eles esse tipo de “mágica”. O funcionamento dessa parafernália é relativamente fácil: Nos mini botes haviam entradas laterais por onde a água entrava e na parte de baixo existiam chapas de ferro em brasa que se mantinham aquecidas com uma substância feita de resinas de árvores que funcionavam mais ou menos como os atuais Napalms. Antes do ataque, eles estudavam as torres de vigia e os faróis, encontrando assim pontos cegos que pudessem usar para “aparecer do nada”.
Mas de fato, os piratas eram MUITO superticiosos. Alguns dos ritos que usavam para ter boa sorte consistiam em:
– Jogar o primeiro gole de rum para o mar, para acalma-lo.
– Passar óleo de arruda no casco do navio (dizia-se que servia para espantar as sereias).
– Não sair nem jogar cartas ou dados se a lua minguante estivesse amarela ou vermelha (essas luas eram associadas à morte e ao azar).
– Caso saqueassem um navio, uma parte mínima do saque (geralmente uma moeda ou uma jóia) deveria ser jogada ao mar em agradecimento aos espíritos por terem ajudado a manter suas vidas.
– Ao sair de uma tempestade ou de um quase naufrágio, deveriam ser acesos incensos em agradecimento aos ventos que lhes ajudaram.
– Mulheres grávidas JAMAIS deveriam ser mortas ou abusadas. Os piratas geralmente as deixavam num bote e entregavam ao mar como oferenda. Se a oferenda fosse aceita, as mulheres chegavam sãs e salvas a costa.
– Nunca se deveria guardar a cabeça do capitão do navio rival morto em combate.
– Antes de partir, os piratas sempre deveriam comer pelo menos uma fruta vermelha para se manterem vivos durante a viagem.
– O capitão NUNCA deveria usar vermelho ou amarelo.
Uma coisa que não devemos confundir são piratas e corsários. Os corsários eram marinheiros contratados por uma monarquia para saquear navios de países rivais. Corsários eram mais ou menos a legião estrangeira, qualquer um contrata e eles não tem honra, moral, supertição nem nenhuma besteira dessas. Os superiores eram geralmente marinheiros condenados a morte, mas que nos mares eram muito bons capitães, sendo assim esses marinheiros eram declarados mortos, mudavam de nome e passavam a vida no navio, quase sempre sem poder descer em terra firme. Para evitar roubos, os corsários deveriam bater metas, se ultrapassassem essas metas poderiam ficar com o bônus, mas se não batessem, os capitães eram enforcados e a tripulação presa. Sendo assim, eles não tinham o menor arrependimento em matar, estuprar e queimar navios alheios. Era a vida deles ou a dos outros.
Os capitães piratas geralmente tinham a patente hereditária. Se seu pai fosse pirata ou marinheiro de um navio pirata, normalmente você seria também (se o pirata soubesse que tem um filho). Quando o capitão não possuia herdeiros, nomeava para capitão o marinheiro ou imediato mais popular entre os outros, para manter a ordem e a liderança do capitão escolhido. Não se sabe quando isso começou ao certo, mas muitas pessoas afirmavam que existiam famílias de piratas espalhadas por toda a Europa (como se fossem clãs piratas ou coisa do gênero) e que as mais poderosas eram originárias de Marsellha, na França.
Em volta ainda dessa mesma lenda sobre os clãs, existiam rumores de que algumas família possuiam o controle do clima e de monstros marinhos como o Kraken. Na lenda do Holandês Voador, um dos boatos que rolava na época era que o capitão do Holandês era de uma dessas famílias que controlava o Kraken e as tempestades fazendo sacrifícios dos primeiros filhos homens da família para uma determinada divindade marinha.
Vários amuletos também eram usados por eles, principalmente um crucifixo especial que faziam com madeira de pinho e enrolavam cordas finas feitas de cabelos de bebês (não eles não matavam bebês para isso, mas sim roubavam uma mecha dos bebês que viviam com as mães mendigas nas ruas, dando a elas em troca um copo de rum) que servia para afastar a morte.
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