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Bruxaria e Paganismo

Convite para conhecer os Deuses

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É dito pelas chamadas bruxas, que a entrada de um individuo no meio pagão deve se dar por conta de uma vocação, se nasce “bruxa” ou “bruxo”. Essa afirmação não esta de toda errada, não se trata de nascer ou não com supostos poderes mágicos, mas a busca intima dos deuses começa com um chamado intimo de descoberta de algo desconhecido em nós e no mundo, o famoso “sentido da vida”.

Quando alguém diz ser pagão (nos tempos de hoje),quer dizer ser alguém que procura no lúdico do passado, nos antigos deuses uma intimidade. Os novos pagãos vem a natureza como um grande ser vivo e pulsante detentora de infinitas graças.

A natureza também mostra o contraditório da existência humana, nela encontramos vida, morte, força, calmaria, escuridão, luz, tesão e pacatice, esse mundaréu de coisa são que os pagãos acreditam serem os deuses, por exemplo a deusa do amor, é muito mais que uma moça maravilhosa sentada em uma concha borbulhante chamada Afrodite da Silva que faz os homens se apaixonarem ou não.

O amor e a beleza são reais, e nos podemos senti-los, o culto moderno aos deuses nasce ai, buscamos o contato com os deuses na intimidade.

A diferença entre ídolos e deuses

Um deus não é único nem continuo, eles são os sentidos das coisas, se eu te perguntar o que é a tristeza você conseguira responder de dois jeitos, dando uma resposta genérica; “perda de energia, contrario da felicidade uma reação da mente a determinada situação, etc…” ou você pode responder com um exemplo de tristeza; a morte de alguém, um termino de namoro, a perda de emprego ou um pote de sorvete com feijão dentro. Mas em todos os casos você ainda não explica o que efetivamente é a tristeza. O que efetivamente a tristeza é não é nada mais do que o deus da tristeza. Essa relação esta presente em todos os fenômenos da vida, o amor, a raiva, o desejo etc.

Como é impossível compreender a exercia de um deus, os antigos usavam os ídolos para conseguir contata-los, toda a magnificência de um deus do amor, foi colocada por diferentes comunidades pagãs sobre diferente ídolos, os gregos chamavam de Afrodite, os escandinavos de Freya, os Yuruba Nágo de Oxum. O deus se manifestava para o povo pelo meio do ídolo, e ao adorar e venerar o ídolo o os antigos chegavam ao deus.

Os antigos também usavam a relação com os deuses para explicar os fenômenos da natureza, se chovia , era o deus da chuva, se morria era o deus da morte, essa relação não deixa de estar correta, contudo os fenômenos físicos podem ser explicados por si próprios, chove porque a agua evapora se acumula na atmosfera, fica pesada e cai. É importante colocar que a narrativa materialista dos fatos não anula a possibilidade de que todo esse fenômeno ocorre em devido a um deus que o gerencia.

Hoje em dia não é de conhecimento comum o surgimento de novos ídolos, pelo motivo obvio de não existir mais uma comunidade que busquem o contato. ¹

Para novamente entrarmos em contato com os deuses devemos partir em uma jornada intima, meditar e vivenciar os elementos de cada deus.Para descobrir o amor, amemos! Para descobrir o sofrimento sofremos, para descobrir a alegria nos alegremos.

Ao adquirir essas vivências às marcaremos e as expressaremos, faremos cantos, danças, mantras, Ódes, pinturas, ícones, esculturas assim consequentemente os Ídolos do deus se manifestarão a nossa comunidade e teremos através dele uma ponte com os deuses.

Com exceção das comunidades hinduístas que mantiveram viva a sua completude para nós ocidentais que não temos as mesmas vivencias do povo indiano.

 

A diferença de humanos e deuses

Para responder essa questão deveríamos responder uma outra pergunta muito fácil: quem somos nós.

É obvio que existem infinitas respostas e infinitas perguntas que veem dessas respostas quando nós propomos uma reflexão sobre a natureza humana nos intriga a ideia de uma existência fragmentada.

Por exemplo, um viajante se propõe em conhecer o mundo a barco, passa por incríveis experiências e memorias inesquecíveis, ao mesmo tempo o barco do viajante tem que ser constantemente concertado até chegar ao ponto de que todas as peças que originalmente pertenciam o barco foram substituídas.

O barco é o mesmo?

Assim como o barco temos uma existência fragmentada, isso quer dizer que nós somos feitos e refeitos continuamente, quando alguém nos pergunta “quem é você” dificilmente alguém respondera “um conjunto de células e impulsos elétricos” geralmente a resposta é o nome e a profissão da pessoa “Genilse – cozinheira” ou “ Felipe – segurança” etc. é estranho pensar que tudo o que somos é só um nome e uma função na sociedade, porque efetivamente somos muito mais que isso.

Somos um conjunto de coisas confusas, sentimentos, paixões, ideias, desejos, tudo isso muda, vai, vem, desmuda, muda de novo e esse monte de coisa acontece em um horizonte de eventos que chamamos de vida.

As coisas que nos compõe são os elementos dados pelos deuses, logicamente não somos deuses, mas eles estão mais próximos do que pensamos.

 

Autoria de Renam Favinha


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