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Por Frater BEL-RÁ:
Este artigo visa sintetizar o pensamento presente nas diferentes correntes de pensamento e organizações rosacruzes, bem como também, nas diferentes organizações martinistas, no que tange a temática: Jesus Cristo, resta óbvio, que podem haver diferenças de natureza conceitual e/ou simbólica entre tais organizações, quanto a temática em questão. O artigo entretanto reflete a opinião pessoal do autor, e não diz respeito a opinião oficial de qualquer organização denominada Rosacruz ou a qualquer organização denominada Martinista.
Jesus Cristo no Rosacrucianismo
O conceito de Deus no Rosacrucianismo é muito amplo e é tido como sendo: o “Deus do nosso coração e o Deus da nossa compreensão“, isto é, cada pessoa tem o seu entendimento individual do que seja Deus. Tal Deus é considerado com viés metafísico e não-personificado, sendo próximo do conceito de uma Consciência Universal.
Já a figura de Jesus Cristo, é entendida como sendo o Divino Mestre, que recebeu o Espírito Crístico, de natureza divina e universal. Tal espírito crístico encarnou em um homem, de natureza puramente humana, chamado Jesus de Nazaré, tal homem, Jesus, foi iniciado nos mistérios da vida e da morte, e serviu de veículo físico-corporal, para que esse elevado, Espírito Crístico, pudesse desenvolver seu ministério no planeta Terra e elevar a humanidade a um outro patamar de consciência, valores morais e amor ao próximo.
Jesus Cristo, pertence ao que se entende por Grande Fraternidade Branca, sendo um Mestre Ascensionado, considerado o Divino Mestre, dentre os Mestres Invisíveis, tendo atingido o nível máximo de desenvolvimento físico, moral e espiritual, que qualquer ser humano, poderá atingir nessa vida terrena, em um futuro distante, ao longo de sucessivas reencarnações.
Isto posto, deve-se separar a figura do Cristo, o qual é um ser de natureza divina, imortal e universal da figura de Jesus, o Nazareno, o qual foi, um homem iniciado nos mistérios da vida e da morte, homem de carne e osso, mortal como todos os seres humanos que viveu na Palestina, a cerca de 2.000 anos atrás.
Por fim, de maneira geral, Jesus Cristo é um exemplo a ser seguido, um ideal de vida e o maior mestre da humanidade, o qual pode ser contactado por meio de orações, meditações e canalizações, e a qualquer momento, de acordo com o desejo sincero daquele que nele crê e/ou busca, sem necessidade de intermediários ou templos físicos.
Jesus Cristo no Martinismo
O conceito de Deus no Martinismo é mais específico e engloba as seguintes características: Onipotência, Onisciência e Onipresença, cujo conceito, se aproxima da ideia de Grande Arquiteto do Universo. Tal Deus, Deus-Pai, durante a criação emanou: um Filho e um Espírito Santo.
Tal Filho seria o Espírito Crístico, o Verbo Criador, portanto, aquele que “arquitetou” o Universo, as suas galáxias, os sistemas estelares e os planetas. Denominado, no Martinismo como: Ieschouah, O Grande Arquiteto do Universo.
Logo, a figura de Ieschouah, possui uma conotação divina, personificada e individualizada para os martinistas. Aproxima-se de uma gnose cristã, sem, no entanto, jamais divinizar o homem, Jesus de Nazaré, o qual foi um iniciado nos mistérios da vida e da morte, mas, sim, seguir o caminho do Espírito Crístico, este sim, de natureza divina, conhecido no Martinismo como sendo O Reparador.
Tal Cristo, o Reparador, quando esteve encarnado no homem, Jesus, de Nazaré, elevou a humanidade a um outro patamar de consciência, valores morais e amor ao próximo.
Deve-se destacar que no Martinismo, o “Homem da Torrente”, isto é, o homem comum, pode, se assim desejar, tornar-se um “Homem de Desejo”, isto é, um buscador místico, por meio do estudo e vivência da Via Cardíaca, proposta por Louis Claude de Saint Martin, e quem sabe, em um futuro muito distante, ser reintegrado ao coração do Deus-Pai, conforme nos ensinou Martinez de Pasqually, em sua obra o Tratado de Reintegração dos Seres, ou seja, finalmente, conseguindo retornar à condição de homem-deus, tal como era: Adam Kadmon ou o Adão Bíblico, no princípio dos tempos, antes da Queda Espiritual do homem na matéria.
Conclusões Finais
No Rosacrucianismo, Jesus Cristo, é visto como o Divino Mestre, o Mestre dos Mestres, o maior Mestre Ascensionado, pertencente ao que se entende por Grande Fraternidade Branca ou Grande Loja Branca, trata-se, portanto, do maior mestre, dentre os Mestres Invisíveis, tal fraternidade branca é composta por vários seres, que receberam, mais ou menos, o influxo do Espírito Crístico, e atingiram o máximo de desenvolvimento físico, psíquico e espiritual possíveis, quando estavam encarnados no Planeta Terra, dentre eles podemos citar: Jesus Cristo; Buda, El Morya, Kut-Humi, Saint Germain, entre outros.
Isto posto, deve-se separar a figura do Cristo, o qual é um ser de natureza divina, imortal e universal da figura de Jesus, o Nazareno, o qual foi, um homem iniciado nos mistérios da vida e da morte, homem de carne e osso, mortal como todos os seres humanos, o qual viveu na Palestina, a cerca de 2.000 anos atrás.
Por fim, para facilitar o entendimento, deve-se destacar, que para o Rosacrucianismo, o homem comum, de natureza ordinária, pouco evoluído, aprimora-se de vida em vida, de encarnação em encarnação, até atingir a iluminação espiritual, como sendo um último estágio de desenvolvimento no Cosmos, portanto, trata-se de uma evolução lenta e gradual de um ser bruto em um ser luminoso.
No Martinismo, a figura divina de Cristo, é uma emanação do Deus-Pai (Pai, Filho e Espírito Santo), este logos encarnado, este Verbo Criador, é o responsável pela “arquitetação”, ou seja, pela construção do presente Universo, sendo denominado: Ieschouah, o Grande Arquiteto do Universo. Já Jesus de Nazaré, é entendido como sendo um homem, iniciado nos mistérios da vida e da morte, que encarnou tal Espírito Crístico.
No Martinismo, portanto, a figura crística tem: um caráter divino, personificado e individualizado. Tal Espírito Crístico, é denominado: “O Reparador”, aquele que ofereceu um caminho, uma senda mística, uma via cardíaca, capaz de, conforme as palavras de Martinez de Pasqually, em sua obra O Tratado de Reintegração dos Seres, conduzir de volta o “Homem da Torrente”, isto é o homem comum, o qual sentiu em seu coração o desejo de voltar-se à Deus, tornando-o em o “Homem de Desejo”, o qual percorrerá um longo caminho, através de reencarnações sucessivas, se aperfeiçoando pouco a pouco, de forma tal, que no final dos tempos, conseguirá ser reintegrado ao “coração” de Deus-Pai e lá permanecer por toda a eternidade, como um “homem-deus”
Isto posto, deve-se separar a figura do Cristo, Ieschouah, o qual é o “Filho de Deus”, um ser de natureza divina, imortal e universal da figura de Jesus de Nazaré, o qual foi, um homem iniciado nos mistérios da vida e da morte, homem de carne e osso, mortal como todos os seres humanos que viveu na Palestina, a cerca de 2.000 anos atrás.
Por fim, para facilitar o entendimento, deve-se destacar que para o Martinismo, diferente do Rosacrucianismo, o homem comum, atualmente, de natureza ordinária, pouco evoluído, deve buscar o “retorno” à sua Glória do Passado (condição de origem), ou seja, deve buscar a Reintegração dos Seres, por meio da via cardíaca, já que no princípio dos tempos, antes da queda na matéria, ele era perfeito, era um “homem-deus”, trata-se, portanto, de um retorno à uma condição divina.
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