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Ajuda-me a erguer o antigo altar,
No qual em tempos antigos todos cultuavam;
O grande altar de todas as coisas.
Pois em tempos remotos, a mulher era esse altar.
É plenamente natural e lógico que uma sociedade matrifocal visse as formas femininas como sagradas, e as empregassem como foco para ritos religiosos e de magia. O próprio altar vivo possuía a habilidade de dar à luz e a alimentar uma nova vida. O sangue menstrual, chamado de sangue da Lua, era utilizado como marcas rituais em cerimônias de iniciação e ritos que visavam atrair as almas de um clã dos mortos de volta a seu clã.
O conceito da mescla do sangue, como no ritual dos índios americanos do irmão de sangue, remonta aos tempos antigos. Unir seu sangue ao de outro para sempre criava um vínculo entre os dois. Assim sendo, a Suma Sacerdotisa do clã podia unir as almas de todos os membros através de seu sangue menstrual. Graças às influências indo-européias, o vinho ritual é geralmente visto hoje em dia como o Sangue de Deus. Em suas mais remotas associações, ele era o Sangue da Deusa, onde o vinho continha três gotas de sangue menstrual que unia magicamente os celebrantes nesta vida e na vida vindoura. Os caçadores e guerreiros eram geralmente ungidos com pinturas rituais que continham sangue menstrual caso fossem mortos fora da aldeia. Ungir os mortos com o sangue da Lua era assegurar seu retorno à vida. Na encarnação seguinte, eles se encontrariam novamente e renovariam seu amor.
O triângulo ou pirâmide é um símbolo sagrado associado à anatomia feminina. Reflete não apenas a área púbica, mas representa também os mamilos e o clitóris, que estão ligados por trilhas neurais. Há ainda um traço neuropsicológico ligando os mamilos à glândula pituitária. O estímulo dos mamilos pode fazer com que a glândula pituitária secrete um hormônio que ativa as contrações uterinas. Isso, por sua vez, ativa o fluxo de certos fluidos contendo vários elementos de secreções glandulares. Na Tradição Misteriosa Wiccana, o Triângulo Mágico da Manifestação é invocado pelo Sumo Sacerdote, que beija os mamilos e o clitóris da Suma Sacerdotisa durante o rito da Atração da Lua. Esse rito do triângulo também é praticado durante o Grande Rito. Algumas tradições se envergonham dessa antiga prática e empregam uma visão moderna da invocação onde os beijos são dados nos pés, joelhos, umbigo, seios e boca.
O altar sagrado é formado por uma mulher escolhida que se deita de costas, nua, com as pernas dobradas e afastadas (os calcanhares tocando, ou quase, as nádegas). Um vaso ou cálice é colocado diretamente sobre seu umbigo, ligando o vaso ao cordão umbilical etéreo da Deusa, a qual é invocada em seu corpo. Derrama-se o vinho sobre o vaso ou cálice, enquanto a mulher-altar segura esse vaso. O Sumo Sacerdote então mergulha com três gotas de vinho em cada. A isso segue-se um beijo em cada ponto, enquanto a invocação é recitada. Quando praticado com reverência, esse rito é muito belo.
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