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Patrick Dunn
Excerto de Postmodern Magic
A abordagem inicial ao lidar com entidades espirituais envolve a sua identificação meticulosa. Uma vez que a entidade é discernida, é possível selecionar a ação apropriada. Em muitos casos, a potência espiritual se manifesta claramente, e observações atentas do comportamento da entidade podem facilitar a sua classificação. Embora algumas entidades busquem se dissimular como outras, tais artifícios são frequentemente desmascarados com relativa facilidade. Um espírito, constituído por um “corpo” de associações simbólicas, inevitavelmente deve conformar-se a essas associações. Assim como a matéria responde às leis da física, a informação (simbolismo) obedece à lógica da metáfora.
Ao deparar-se com uma possível duplicidade espiritual, é prudente submetê-la a testes com símbolos pertinentes. Por exemplo, ao encontrar um espírito associado a Marte, examiná-lo quanto à sua reação ao ferro, aos nomes divinos de Marte, à cor vermelha, entre outros, pode indicar a sua verdadeira natureza. Caso demonstre um aumento de poder, confirmando a sua afinidade com Marte, ou, ao contrário, revele confusão ou irritação, sugerindo uma tentativa de engano.
Também é possível determinar a esfera simbólica apropriada do espírito por meio de métodos mais complexos, como a numerologia. Contudo, raramente é necessário recorrer a abordagens tão elaboradas. Se um espírito deliberadamente mente ou finge ser algo que não é, presumivelmente, ele não será de utilidade prática. Nesse caso, é seguro bani-lo sem aprofundar em detalhes adicionais. Da mesma forma que um espírito, uma pessoa propensa a mentir provavelmente o fará novamente. Após a identificação da esfera e natureza do espírito, diversas opções se apresentam.
Quando se trata de um espírito hostil, a resistência torna-se imperativa. Essas entidades podem se manifestar de várias maneiras, desde uma sutil influência (uma obsessão por pensamentos violentos, fora de seu padrão comportamental) até eventos físicos em um ambiente (móveis se movendo inexplicavelmente). Felizmente, lidar com tais espíritos é uma tarefa relativamente simples.
Primeiramente, é essencial determinar o nível de potência do espírito ao examiná-lo no plano astral. Os seres humanos possuem uma notável capacidade imaginativa, que muitas vezes é explorada por entidades espirituais em suas interações, como será discutido posteriormente. Ao examinar o espírito por meio da imaginação, geralmente sua verdadeira natureza se revelará em uma forma repugnante, refletindo sua essência interior. Uma vez confirmada essa forma maligna, proceda com um ritual de banimento. Embora essa prática possa não ser completamente eficaz, estabelece sua autoridade para agir, proporcionando um ponto de apoio.
Em casos persistentes, é mais eficaz variar as abordagens ao invés de repetir métodos. Se um espírito persistir após um ritual de banimento, confronte-o diretamente, ordenando sua retirada. Muitas vezes, um comando simples é suficiente. Em situações mais desafiadoras, é possível invocar autoridade, como: “Em nome de uma divindade escolhida, saia deste lugar e não retorne!” O imperativo, expresso com a devida autoridade, detém o poder supremo.
Se o comando imperativo não surtir efeito, recorra ao ataque direto à entidade. Concentre uma carga de raiva fria em seu plexo solar e, com uma única exalação, dirija essa energia como uma punhalada penetrante no espírito. Frequentemente, isso é suficiente para afastar a entidade. Se necessário, pode-se incorporar um gesto físico para aumentar a sensação de poder. Um feixe de raiva direcionada costuma causar intensa dor nas entidades espirituais. Caso isso não ocorra, uma abordagem mais arriscada se faz necessária.
Raras são as entidades que se alimentam da raiva, mesmo quando esta é direcionada a elas. Nesse caso, encapsular a entidade em seu próprio senso de identidade, onde pode ser absorvida e eliminada, torna-se uma opção perigosa. Esta prática exige habilidades mágicas avançadas e é desaconselhada, a menos que nenhuma alternativa viável esteja disponível. Para realizar tal procedimento, é crucial possuir espíritos auxiliares estabelecidos, sendo uma tarefa reservada a praticantes experientes. Visualize uma aura ao seu redor, expandindo-a a cada exalação até abranger a sala. Caso a entidade tente atacar, abra a sua esfera pessoal e permita sua entrada. Certifique-se de manter uma distância adequada entre o espírito e a substância da esfera na imaginação, evitando confusões. A esfera pessoal age como uma barreira intransponível, composta por sua própria essência. Em seguida, invoque seus espíritos auxiliares para auxiliá-lo na “digestão” da entidade. Uma vez reduzida a informações indiferenciadas, envie-a para fora de si, reciclando-a na terra. Este procedimento é intrincado e perigoso, sendo recomendado apenas para adeptos avançados sem alternativas viáveis.
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