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Liber 555: Magia Elemental Caótica

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Peter J. Carroll

Excerto de The Esotericon & Portals of Chaos

A Magia Elemental original parece derivar do período que se estende entre o xamanismo anímico das sociedades caçadoras e coletoras e o paganismo das sociedades agrárias. A magia elemental, tal como entende hoje a maioria dos esotéricos de hoje em dia consiste em um híbrido formado dos fragmentos de sua forma original de magia modificada e revivida usando ideias posteriores do Paganismo e do Monoteísmo derivado do pagão platônico.

Os xamãs sem dúvida tinham um profundo interesse pelos elementos literais da terra e do solo, água e chuva, ar e vento e fogo, tanto naturais quanto artificiais. Além disso, é claro, eles tinham um grande interesse nas criaturas desses elementos, animais terrestres, pássaros e peixes. Os pontos cardeais norte, sul, leste e oeste tinham muito mais significado para eles em espaços abertos, ainda não amplamente delimitados pelas obras da civilização. Suas vidas dependiam diretamente de todas essas coisas e eles dirigiam sua magia tentando antecipar ou controlar o tempo atmosférico e os movimentos da caça e, posteriormente, a fertilidade da terra.

A construção megalítica parece ter atingido o seu auge nos primeiros períodos agrícolas nas idades de transição entre as culturas xamânica e pagã. As estruturas megalíticas geralmente têm funções funerárias, mas também mostram alinhamentos com direções celestes e fenômenos que teriam sido criticamente importantes no estabelecimento das estações para fins de caça e agricultura.

Com o advento da cultura das cidades-estados baseada na agricultura e no paganismo, vemos o desenvolvimento da ideia dos Elementos como pedra angular do mundo e, posteriormente, princípios metafísicos que estruturam o fenômeno do mundo e, aos poucos, este estilo platônico de pensamento estende o escopo desses elementos metafísicos para explicar fenômenos químicos, médicos e psicológicos. Então acabamos com coisas como a Alquimia, a teoria humoral da personalidade e da saúde e um zodíaco celestial com atribuições elementais.

No longo caminho que parte dos Elementos vísiveis do meio ambiente do Xamã até os Elementos do renascimento Hermético ou Cabalístico, as ideias sobre os elementos fora convertendo-se em abstrações mais complicadas além de ter certamente uma boa quantidade de atribuições mais recentes ao seu corpus completo de ideias como mostra a seguinte tabela:

Elemento Terra Água Fogo Ar Éter
Fenômeno natural Território, Covas Mar, Rio, Chuva Chama, Relãmpago Céu, Vento Estrelas
Animais Urso Salmão Cervo Águia
Direções Norte Oeste Sul Leste
Estação Outono Inverno Verão Primavera
Habilidade Sensação Sentimento Paixão Pensamento Inspiração
Sólido Platônico Cubo Icosaedro Tetraedro Octaedro Dodecaedro
Animais Evangélicos Touro Anjo Leão Água
Arcanjos Golden Dawn Uriel Gabriel Miguel Rafael
Elementais Gnomo Ondina Salamanda Silfo
Astrologia Touro, Virgem, Capircornio Câncer, Escorpião, Peixes Aries, Leão, Sagitário
Gêmeos, Libra, Aquário
Cor Amarelo Terra Vermelho Azul Octarina
Humor Melancólico Fleumático Colérico Sanguíneo Etéreo
Jung Sensação Sentimento Intuição Pensamento Psiquico
Análise Transacional Eu estou bem, você não Não estou bem, nem você Eu estou bem, você não
Eu estou bem você está bem.
Cinco Grandes Abertura a experiência Neurotismo Extroversão Amabilidade
Conscienciosidade
Sabores Salgado Doce Amargo Azedo Umami
Modelo Leary Biosobrevivência Territorial/Emocional Socio/Sexual Semântico/Linguístico Neurosomático
Física Conceitual Massa Espaço Energia Tempo
Função Ondulatória
Estado da Matéria Sólido Líquido Plasma Gasoso Radiaçao
Campos Gravitacional Nuclear Fraco Nuclear Forte Eletromagnético Mórfico
Aerodinâmica Peso Arraste Empuxo Elevação Vôo
Ato Mágico Evocação Adivinhação Encantamento Invocação Iluminação
Instrumento Pentáculo Taça Espada Vara Lâmpada
Mantra U O A E I

A inclusão de um outro elemento (Éter) e formação de um esquema quíntuplo provou ser, por milênios, uma ferramenta útil para Férrea do Cinco da Deusa Eris-Discordia (2+3=5) pois se baseia no princípio da dualidade, choque de opostos complementares. A existência de qualquer coisa implica seu oposto ou complemento, de modo que isso forma duas coisas. Esses dois podem ter os complementos de seus opostos, de modo que formam quatro. Quatro coisas têm uma aparência agradável, ordenada e regular, então Eris objeta e de alguma forma faz o conjunto quádruplo oposto ou complementar a outra coisa, formando assim os cinco sagrados. Sempre funciona, exceto quando não funciona, e aparentemente explica por que temos quatro dedos e um polegar oposto, colocados em cada mão no início.] como prova incontestável deste princípio.

As atribuições finais da tabela são as mais úteis aos Magos Caóticos na construção de magia elemental, embora outras linhas ocasionalmente forneçam simbolismos e insights úteis. Usando principalmente essas Atribuições da Magia Elementar Caótica, descreveremos um sistema de magia Elemental que o aspirante a mago pode adaptar e expandir para escalar a árvore da vida e da morte até os reinos dos Deuses; e até mesmo para os reinos dos Deuses Antigos se o mago ousar… Embora nos esforcemos para mostrar como o aspirante pode desenvolver habilidades mágicas a partir de potencialidades humanas pré-existentes que todos nós possuímos em algum grau, isso requer determinação, prática feroz e vontade e imaginação para poder fazê-lo com sucesso.

Os atos mágicos básicos da Evocação, Adivinhação, Invocação e Encantamento serão mostrados em termos muito simples neste manual inicial. A capacidade de fazer magia cresce junto com a ampliação de nossas habilidades humanas já existentes assim como ocorre com nossas habilidades da ciência, arte e religião, não requer nenhum dom especial e diferente apenas trabalho duro dentro do mesmo princípio.

Terra – Evocação

A imagem do portal mostra os arquétipos da terra. Por conveniência anos referimos aqui ao arquétipo humanoide de cada elemento como seu “Arcanjo”, um termo técnico que tomamos da Golden Dawn.

O Arcanjo da Terra trás o Pentáculo Mágico, simbolizando a Evocação significando a fundamentação da magia, trazendo à sua manifestação alguma ideia, inspiração ou ‘espírito’. O mago pode usar o pentagrama como um disco ou altar onde coloca manifestações físicas ou imagens astrais (visualizadas) das entidades evocadas.

A Evocação Ritual implica em investir esforço de crença e prática no que à primeira vista parece ser uma simples idiotice. O mago convoca o ‘espírito’ de alguma criatura real ou imaginária, alguma forma divina, em um objeto físico ou simplesmente em uma imagem visualizada colocada no pentagrama, utilizando as técnicas que mais induzem seu sentido mágico. Alguma linguagem com um alto grau de estranheza arcaica ou bárbara no feitiço sempre ajuda a trazer à tona os poderes subconscientes do mago. Uma Imagem, modelo físico ou ‘Suporte Físico’ para a entidade também pode ajudar, ou talvez um sigilo que o represente também ajude. Alguns magos optam por usar seu próprio sangue para dar vida à entidade, alguns tentam alucinógenos mas estes costumam causar muita confusão e perda de controle, especialmente naqueles que já têm uma imaginação altamente ativa, e na evocação o mago procura realizar um trabalho altamente controlado e disciplina a imaginação com um propósito – a conversação com o ‘espirito’ ou o domínio deste ‘espírito’. O mago pode tentar dar ordens aos ‘espíritos’ simples para que executem tarefas, mas deve buscar a conversação respeitosa com aquele mais complexos e poderosos, aqueles definidos por seus atributos divinos.

Sus primeira evocação deve ser a do próprio Arcanjo da Terra pois é a mais fácil e ele poderá ensiná-lo a dominar a técnica. O Arcanjo da Terra está ligado às questões geológicas e do solo e às características de personalidade que atribuímos à Terra. Ele também se conecta à Geosfera, a bola deste mundo com seu núcleo derretido. Traga-o para falar. Em trabalhos mais avançados, considere invocá-lo como um prelúdio para comandar o Elemental da Terra. (Observe que desde o Incidente Drakenfels de 1990 na Alemanha, a Bruxaria Tectônica Ofensiva é proibida por convenção internacional.) Um Elemental da Terra, tecnicamente conhecido como ‘Gnomo’, aparece na forma de um Dragão das Cavernas na imagem do portal. Os Elementais, é claro, não têm nenhum aspecto físico em particular, exceto aquele que atribuímos a eles. Ele evoca os elementais da terra com o propósito de ordená-los para auxiliar em questões de geomancia, prospecção mineral, escavação, mineração, naufrágio, espeleologia e encontrar tesouros enterrados ou objetos sólidos perdidos. Os neoxamãs contemporâneos têm predileção por grandes predadores, como bestas totêmicas ou guias espirituais, e por isso o Urso aparece como emblemático do Elemento Terra. O sólido platônico do Cubo representa a Terra, simbolizando solidez, estabilidade, confiabilidade, imobilidade, inércia, cristalização e conceitos relacionados, além dos aspectos negativos de obstinação, resistência e inflexibilidade. Como o A Terra corresponde à Massa e à Gravidade na Física, por isso também a representamos, mostramos a distorção do espaço-tempo que pode ser vista, criada e mantida usando a analogia da folha de borracha.

Água – Adivinhação

O Arcanjo da Água trás a Taça coo instrumento mágico simbolizando a Adivinhação, que significa trazer a superfície da consciência algo de inspiração ou um algum pedaço de informação previamente desconhecido sobre o passado, o presente, o futuro ou algum lugar distante. O mago pode usar a Taça como um receptáculo onde escrutinar em busca de visões, inspirações e segredos.

A Adivinhação Ritual envolve a determinação em encher sua cabeça com o máximo possível de informações sobre o assunto e depois esvaziá-la para ver as pistas deixadas no vazio resultante. Assim, na adivinhação ritual, o mago tenta uma espécie de devaneio sobrecarregado para testar e trazer à tona poderes psíquicos subconscientes a fim de reunir informações que de outra forma seriam inacessíveis. Com referência às representações simbólicas disponíveis para ele, ou à informação que é necessária, o mago deve primeiro decidir o que usar ou o que criar.

Isso pode consistir de praticamente qualquer coisa, desde a disposição das folhas de chá em uma taça, as linhas na palma da mão de um cliente, a imagem visualizada do fenômeno objeto do ritual ou uma pilha de caras carregadas com a intenção de representar a situação. O mago pode usar encantamentos se desejar (manobras do tipo embaralhar) e tentar penetrar em algum tipo de estado de transe vago e abstrato no qual uma resposta ou inspiração pode surgir.

O Arcanjo da Água tem uma conexão com todos os reinos aquáticos, os mares, rios e lagos e as características de personalidade que atribuímos à Água. Também se conecta com a Biosfera, a fina camada de organismos vivos que se sobrepõe à Geosfera deste mundo, pois a vida se origina da água, é totalmente dependente dela, e todos os organismos vivos consistem principalmente de água. Em trabalhos mais avançados, considere invocá-lo como um prelúdio para a Divinação ou para dirigir o Elemental da Água.

Um Elemental da Água, tecnicamente conhecido como ‘Ondina’, aparece como um Dragão Aquático a imagem. Evoque-os com o propósito de ordená-los para ajudá-lo na hidromancia, localizar água por radiestesia, perigos aquáticos, pesca, chuva ou encontrar tesouros escondidos debaixo d’água. A besta totêmica do Elemento Água aparece como um Salmão, reverenciado por sua extraordinária capacidade de navegar pelos oceanos salgados e retornar com teimosa persistência ao rio onde nasceu para desovar e morrer.

O sólido platônico é o Icosaedro, que representa a Água, simbolizando sua globularidade e cintilante refração, também aplicam os conceitos de fluidez e mobilidade, assim com seus aspectos “negativos” de ser enjoativo, viscoso e passivo.

A água corresponde ao espaço na Física e o espaço certamente possui estrutura, não consiste simplesmente em ausência de matéria. Assim o retratamos por meio de um toroide de curvas para representar a viscosidade e vortização da hiperesfera espacial do universo.

Fogo – Encantamento

O Arcanjo do Fogo trás a Espada como instrumento mágico, simbolizando o Encantamento, o que significa distorcer as probabilidades na direção desejada mediante o lançamento de feitiços. Todos os feitiços funciona por meio da habilidade mental. O mago concentra um intenso foco de consciência em alguma representação semi-abstrata do desejo, e não no desejo em si. Os desejos conscientes têm apenas um efeito fraco, pois tendem a entrar em curto-circuito com o desejo de resultado versus o medo do fracasso. Os desejos subconscientes, por outro lado, podem ter efeitos poderosos em seu próprio comportamento e parapsicologicamente no comportamento de outras pessoas ou no mundo material. O mago estimula o desejo subconsciente de agir através de intensa concentração em algo que o estimula. Para preparar um feitiço, o mago precisa desenvolver algum tipo de representação abstrata de um desejo.

Isso pode consistir em uma frase estranha ou feitiço em uma língua estranha que a mente consciente do mago não entende ou um símbolo chamado ‘Sigilo’ feito amassando o desejo escrito em algum desenho de aparência misteriosa ou por visualização, ou pode consistir em um gesto de mão complicado pré-preparado ou ‘mudra’, talvez um desenho no ar com uma adaga ou uma espada ou algo tão trabalhoso de preparar quanto uma estatueta simbólica com agulhas ou feridas enfaixadas. Todos os feitiços nos antigos livros de magia consistem basicamente em em alguma representação abstrata ou simbólica do desejo.

Tens que dominar este truque mental experimentando para ver o que é o que seu próprio subconsciente sugere para representar o desejo, dado que reagirá precisamente a isso. Acima de tudo, você deve evitar pensar conscientemente no desejo mesmo depois de lançar o  feitiço. Lembre que os feitiço bem feitos simplesmente distorceram a probabilidade na direção desejada até que certo ponto. Não tente distorcer probabilidades virtualmente improváveis; em vez disso, concentre-se em melhorar as probabilidades de eventos razoavelmente possíveis. Por exemplo, a probabilidade de ganhar na loteria é de uma em muitos milhões, então não gaste nenhum esforço nisso. Por outro lado, algumas oportunidades de negócios podem ter chances moderadas de se concretizarem, junte algumas delas sequencialmente e poderá ter uma fortuna muito mais facilmente.

O Arcanjo do Fogo tem conexão com todas as manifestações de calor e do fogo natural de raios, vulcões e dos efeitos do sol, bem como fogo humano,  explosões e eletricidade, e as características de personalidade que atribuímos ao Fogo. Ele também se liga à Antroposfera, o reino da atividade humana e todas as suas tarefas, uma vez que somos as únicas criaturas na terra que dominamos o fogo, roubamos o fogo dos deuses, se você quiser, e esmagamos pedra e metal derretido com ele em nossa busca prometeica de conquistar e criar nosso próprio ambiente.

Em tipos de trabalho mais avançados, considere invocá-lo como um prelúdio para um feitiço ou para dirigir o Elemental do Fogo.

Um Elemental de Fogo, tecnicamente conhecido como ‘Salamandra’, aparece como um Dragão de Fogo no deck do Portal. Evoque o Elemental do Fogo com o propósito de comandá-lo para ajudá-lo no controle do fogo, na forja de metais, na eletricidade, nas explosões e no movimento da energia em geral.

O Leão é a besta emblemática do elemento Fogo, embora em terras sem Leões outras criaturas ferozes, corajosas e combativas tenham assumido seu papel.

O sólido platônico do Tetraedro representa o Fogo, simbolizando sua natureza exigente e espinhosa e conceitos de movimento rápido, paixão, impulso e entusiasmo também se aplicam, bem como aspectos negativos, como impetuosidade, impaciência e destrutividade.

O fogo corresponde a Energia no campo da Física e reconhecemos a energia por seu movimento ou disponibilidade de movimento, a energia sempre aparece, seja como cinética ou potencial, por isso a representamos como uma espiral energética em redemoinho e seu movimento interno que se move com um todo em seu próprio eixo.

Ar – Invocação

O Arcanjo do Ar carrega o Bastão como instrumento mágico, simbolizando a Invocação que significa o chamado ‘para dentro’ ou ‘para cima’ de algum princípio ou ‘espírito’ com o propósito de identificar-se com ele ou ser possuído por ele.

A Invocação Ritual consiste em um certo esforço de ‘método de atuação’ no qual o mago tenta representar a entidade evocada a fim de obter alguns dos poderes ou conhecimentos associados a ela. Os seres humanos têm uma forte tendência a acreditar no que fazem, em vez de fazer o que acreditam. Os rituais funcionam em grande parte por esse motivo. Assim, o mago deliberadamente age, se move e fala da maneira que imagina que a entidade ou divindade faça, na esperança de que isso o leve a se identificar mais profundamente com ela até o ponto em que realmente assuma o controle. ‘Finja até que seja real’, como dizemos no comércio. Na prática, o mago geralmente terá que preparar uma invocação meticulosa com antecedência, explorando ou investigando as qualidades da divindade e seus atributos e preparando feitiços para convocá-la, feitiços para proclamar sua presença e proclamar sua identidade com ela, bem como qualquer outro tipo de acréscimo, como as visualizações, gestos, incensos, sinais, símbolos, instrumentos, ornamentos e roupas apropriados que possam ser considerados apropriados. Quando inspirado em um grau aceitável pela divindade, o mago pode simplesmente aprender com ela com o propósito de expandir o repertório pessoal de ‘eus e ganhar pontos de sanidade, ou tentar alguns feitiços adicionais, relacionados aos poderes da divindade. Adivinhação ou Evocação ou talvez um Feitiço sobre algo dentro da esfera de interesse da divindade. Por meio da invocação a varinha simboliza a vontade, primeiro a vontade do mago de realizar a invocação, em segundo lugar a vontade da entidade invocada, e em terceiro lugar, a vontade final do mago de retornar ao nível desejado de normalidade.

O Arcanjo do Ar está ligado aos céus e aos ventos e às características de personalidade que atribuímos ao Ar. Também a Noosfera, o reino de todas as ideias humanas, onde os Memes de ideologias, paradigmas religiosos e todas as criaturas mentais menores criadas pelo pensamento humano, como modas, preconceitos, tradições de preferência, já estão lutando e evoluindo.

Evoque-o para conversar com ele. Em algum tipo de trabalho posterior, considere invocá-lo como um prelúdio para dirigir o Elemental do Ar.

A maioria das culturas escolheu grandes pássaros predadores como as águias como espíritos totêmicos para o Elemento Ar, talvez em parte devido ao seu majestoso hábito de patrulhar os céus com olhos que não perdem nenhum detalhe. No entanto, os astutos corvos também têm muito a oferecer ao Xamã.

O Octaedro é o sólido platônico que representa o Ar, simbolizando o movimento flutuante e o pensamento fugaz, a calma uniforme de uma brisa leve, além dos aspectos negativos de suas velocidades de furacão,  tempestade ou dispersão inusitada em direções descontroladas.

Um Elemental do Ar, tecnicamente conhecido como ‘Silfo-se Elementais do Ar com o propósito de direcioná-los para ajudá-lo a controlar qualquer coisa que voe, incluindo fofocas e tempestades.

O Ar corresponde ao Tempo na Física, o meio da mudança, embora nunca fique parado, corra em círculos ou mude, as chamadas areias do tempo fazem seu trabalho apenas quando movidas pelos ventos da mudança. Assim, representamos o Ar com três ampulhetas ortogonais sob uma aceleração deformada pelo tempo.

Éter – Iluminação

O Arcanjo do Éter porta a Lâmpada como instrumento mágico simbolizando a iluminação que significa conquistar algum tipo de conscientização, poder, revelação ou auto-aprimoramento ou o que os antigos chamavam de ‘avanço espiritual’ De todos os instrumentos mágicos a Lâmpada pode ser a que menos se pareça ao objeto mundano que também leva seu nome. Como símbolo de busca e de Iluminação pode ser qualquer coisa que o mago entenda ser significativo como um sigilo pessoal, um cristal ou uma joia.

A Iluminação Ritual é simplesmente identificar uma fraqueza ou aspiração e então fazer algo a respeito. Não esconde muito mistério. O mago pode descobrir pela adivinhação ou meditação ou pelo auto-exame, alguma falha dentro de si; talvez confiança ou empatia, ou vitalidade, ou carisma, ou inteligência, conhecimento, ou sabedoria, ou êxtase. Tendo identificado o que é o mago pode então usar qualquer que seja a fonte dessa deficiência, de dentro ou de fora, usando as técnicas básicas de Adivinhação, Feitiço de Evocação e Invocação. A Grande Obra de Magia, o assunto verdadeiramente importante, a ‘Alta Magia’ – você mesmo faz. Se você decidir se definir como um Mago em busca da Grande Obra em vez de um mago cataclísmico ou um simples civil, então a busca da excelência e admiração por si só será suficiente. O Arcanjo do Éter tem conexão com a Panpsicosfera, o grande campo de vida mórfico etéreo deste planeta projetado por toda vida animada sobre ele e também por muito que ainda não reconhecemos imediatamente como animado, a “Alma do Mundo” como nossos xamãs chamam.

Evoque-o para conversar com ele. Em alguns trabalhos mais avançados, considere a invocação como um prelúdio para dirigir os Elementais do Éter.

Os magos do tipo xamânico costumam ter uma forma aviária como besta emblemática ou totêmica do Éter, o passaro da imagem representa o do artista.

O Dodecaedro é o sólido platônico que representa o Éter, os gregos clássicos não fizeram essa atribuição embora tenham descoberto a forma e dado os atributos dos outros quatro sólidos aos elementos e reconhecido um quinto elemento. Assim, permanece bastante misterioso, no entanto os romanos legaram um número considerável de dodecaedros, principalmente em bronze, de finalidade desconhecida, alguns especularam que as doze faces do dodecaedro representam a divisão de doze vezes do zodíaco, alguns especulam que o universo pode ter uma geometria e topologia positivamente curvadas com base no dodecaedro de Poincaré. Além do cubo com o qual começamos com a terra, apenas o dodecaedro resulta em uma forma adequada para um altar de sólidos platônicos.

O Elemental do Eter, tecnicamente conhecido como “Duende” aparece na forma de um Dragão Espectral na imagem. Evoca-se o s Elementais do Éter com o propósito de direcioná-los para ajudá-lo na manipulação geral de probabilidades. Esta referência geral, torna-o válido para mais ou menos qualquer propósito mágico.

Muitos magos urbanos contemporâneos têm apenas um propósito geral, Elemental ou Servidor do tipo Etérico, a menos que tenham uma profissão ou estilo de vida ligado aos Elementos Naturais.

O éter corresponde à Função de Onda em Física. Certamente não podemos visualizar a função de onda, podemos percebê-la diretamente, não podemos falar de uma maneira sobre ela, embora a matemática que a revela contenha paradoxos indescritíveis, embora saibamos que de algum modo ela reflete o que a matéria e a energia podem ou não podem fazer ou poderiam e não poderia ter feito ou que simultaneamente fazem ou deixam de fazer no espaço e no tempo, assim representamos ela aqui com licença artística.

Tradução Tamosauskas


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