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Introdução ao Design de Tarot

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excerto de “Angel Tech” de Antero Alli

Uma ferramenta para estabilizar sua liberdade psíquica e domínio interno pode ser encontrada ao projetar seu próprio Tarot. Existem basicamente três caminhos a seguir: Tradicional, Não Tradicional e Combinado. Viajaremos por uma estrada de três pistas, dando a todos a chance de mudar de faixa quando estiverem prontos para isso. Até lá, sinta-se à vontade para relaxar.

Projetar um Tarot é muito divertido e uma experiência profundamente instrutiva. Ao contrário da crença popular, você não precisa ser um especialista em Tarot Tradicional para desenhar um baralho Não Tradicional. No entanto, você precisa ter coragem e audácia para fazer declarações fortes sobre seus valores finais. Para aqueles de nós já adeptos do Tarot Tradicional, talvez seja hora de projetar uma nova versão para si mesmo. Para o resto dos ecléticos, talvez combinar o melhor do antigo e do novo traga luz onde ninguém jamais se aventurou antes.

Não há regras rígidas e rápidas, apenas a avaliação honesta do que você se sente capaz de executar. Diretrizes serão apresentadas, tanto psiquicamente quanto tecnicamente, ao longo do caminho para iniciar e sustentar o processo. O que permanece fundamental para projetar um Tarot é a importância de comunicar nossos verdadeiros valores.

A Orientação

O Tarot transmite uma linguagem psíquica que combina uma imagem com uma palavra para formar um símbolo, representando um arquétipo, uma força da natureza. Visto que fazemos parte da natureza, essas forças estão em constante jogo dentro de nós. O Tarot é uma maneira de enquadrar, articular e, assim, evocar essas forças para o reconhecimento consciente. Projetar seu próprio Tarot provavelmente mudará sua vida. Certamente liberará uma grande quantidade de energia psíquica latente. O próprio processo é altamente integrativo, pois a energia liberada terá um destino criativo. Ela irá para onde você precisar viver seus valores. Projetar um Tarot não é um jogo mental. É um mapa desenhado por você para ajudá-lo a chegar ao território em si.

O Tarot é um modelo de trabalho para o Eu Multidimensional. Cada carta reflete uma faceta de quem somos. Um baralho de cartas é uma autobiografia neurológica. O baralho que você desenhar, para que soe verdadeiro, terá que comunicar o que é verdadeiro para o seu próprio Sistema Nervoso Central e não apenas nossas suposições socialmente condicionadas. Quanto mais verdadeiro algo for para você, maior será a chance de ser verdadeiro para os outros também. Leia essa última frase novamente, ela contém a chave paradoxal para um Tarot eficaz. Pode ser difícil de entender imediatamente, mas o Louco que persiste em sua loucura se torna sábio.

Nossa tarefa é projetar as peças de um grande quebra-cabeça que, quando montado, conta a história de nossa evolução pessoal e, talvez, coletiva. Se você estiver trabalhando em uma carta específica e ficar travado, relaxe, passe para a próxima, pois todas as respostas podem não vir em ordem linear. Você pode precisar projetar muitas cartas antes de obter exatamente a peça certa de informação de que precisa. Outra dica é ser específico e pessoal. Procure em sua própria experiência a fonte de suas informações. Você é o território.

Uma das primeiras contribuições psicológicas do Dr. Timothy Leary (cerca de 1957) fornece uma base de amostra para projetar seu próprio Tarot. Por exemplo, oito cartas podem ser feitas a partir da periferia externa de sua grade (Dominação-Submissão-Retirada-Avanço etc.) e outras dezesseis, das seções internas marcadas com “A” até “P”. Esse sistema pode ser usado e integrado renomeando esses atributos com sua própria terminologia, comunicando assim sua relação com ele.

Instruções Preliminares

TAROT TRADICIONAL:

Pesquise os significados das cores, especificamente as primárias, secundárias, preto, branco, marrom, prata, cinza e ouro. Descubra os significados cabalísticos dos números 0-21 e como eles se relacionam com o alfabeto hebraico. Designe os símbolos astrológicos corretos para cada uma das cartas dos Arcanos Maiores. Codifique as cartas por cores para revelar suas inter-relações qualitativas. Leia “THE TAROT” de Paul Foster Case e depois releia como se estivesse projetando de outra maneira.

TAROT NÃO TRADICIONAL:

Designe seu próprio significado para cada uma das cores mencionadas acima. Faça uma lista de pelo menos 25 opostos e circule os pares que são mais carregados. Pense em termos de contrastes enquanto estiver projetando, como humor/sério, seguro/perigoso, etc., para instilar suas cartas com ambos os lados da história. Nomeação: Acostume-se a renomear grandes questões como Morte, Renascimento, Sexo, etc., em palavras que sejam mais pessoais e emocionantes para você.

A COMBINAÇÃO:

Examine o próprio baralho de Tarot Tradicional e renomeie as cartas de acordo com o que você vê como uma articulação mais próxima daquele arquétipo. Faça o mesmo com as imagens. Imagine uma imagem mais direta e verdadeira do que aquela carta significa para você. Não hesite em atualizar as imagens alguns séculos ou retrocedê-las alguns. Brinque com o Tempo. Faça a pesquisa sugerida para ambos os baralhos, Tradicional e Não Tradicional.

Materiais Técnicos

Se você planeja ilustrar, provavelmente já conhece seu meio e suas ferramentas. Se você se sente confortável com lápis ou caneta, sugere-se que adote uma abordagem mais explicitamente gráfica até ter informações suficientes para fazer isso com cores, óleos, etc. Preto e branco são mais baratos de reproduzir com o avanço da tecnologia de xerox, também. Desenhe no tamanho que melhor se adapte ao seu estilo criativo.

Se você planeja fazer colagem, há materiais para comprar. Eles são:

  1. 100 cartões de índice brancos de 3×5 ou 5×7 (dependendo do tamanho que você deseja para suas cartas), com linhas ou sem linhas.
  2. 100 cartões de índice coloridos do mesmo tamanho (escolha a cor que você deseja para adornar o verso do seu baralho finalizado).
  3. Tesoura.
  4. Cola em bastão.
  5. Papel de rascunho.
  6. Caneta de ponta de feltro preta
  7. 12 canetas de ponta de feltro multicoloridas ou lápis de cor ou giz de cera.

FASE UM

A próxima coisa de que você precisará é de muitas revistas. Recorte imagens e palavras que o interessem e espalhe-as em pilhas no chão à sua frente: palavras à direita e imagens à esquerda, para que haja espaço no meio para projetar as cartas. Combine imagens e palavras de maneiras evocativas, em vez de explicativas, que tenham uma forte ressonância pessoal.

Acima, você pode ver as três partes principais de uma carta de Tarot feita pelo Método de Colagem:

  1. Imagem de primeiro plano.
  2. Imagem de fundo.
  3. A palavra.

Às vezes, com a imagem certa, você não precisará de um fundo; outras vezes, você desejará experimentar múltiplos fundos e primeiros planos dentro de uma única carta. Talvez algumas de suas cartas permaneçam sem nome, porque a imagem falará forte o suficiente por si só. Quando estiver pronto, passe para a Próxima Fase!

A PRÓXIMA FASE

Combine as três partes em uma única carta, colando-as em um cartão de índice. Em seguida, desenhe uma borda ao redor da borda com sua caneta de ponta de feltro preta e adicione quaisquer outros enfeites que julgue apropriados para esta carta. Depois, cole outro cartão de índice colorido atrás dele (cole ao longo das bordas laterais para durabilidade) para tornar sua carta mais rígida. Em seguida, com um carimbo de borracha, selo ou adesivo, marque o verso colorido, mas em branco. Marque os versos de todas as cartas com a mesma assinatura, dessa forma você não estará trabalhando com um baralho marcado. Como um toque final, leve suas cartas a uma gráfica ou laminadora para que sejam laminadas e seladas em plástico transparente, como certos cartões de identificação e menus.

Depois de entender o conceito, pegará o jeito rapidamente. Faça o melhor que puder, tenha paciência e não hesite em se expor. Suas cartas de Tarot só podem dar uma leitura tão honesta quanto você se permite. Quando estiver pronto para incorporar uma abordagem mais estruturada, avance.

Modelos de Treinamento

Incorporaremos elementos do Tradicional para honrar os mapas antigos desenhados antes de nós, mas também forneceremos a opção de abrir direções selvagens e não ortodoxas a seguir, que podem começar a estabelecer suas próprias tradições algum dia. Para iniciar o processo, às vezes ajuda trabalhar com um sistema ou modelo particular com o qual estamos familiarizados até nos sentirmos seguros e fortes o suficiente para nos desvencilharmos e forjar o nosso próprio. A grade mais óbvia para começar é a delineada como os 8 graus neste livro. Cada grau opera absorvendo, organizando e comunicando sua Inteligência. Um baralho inteiro de trinta e duas cartas (24 mais 8 igual a 32) pode formar a base de um Tarot. (Quando se trabalha de maneira não tradicional, não há necessidade de se confinar a qualquer número ou numerologia particular, a menos que sua ideia de um Tarot dependa disso).

Para aqueles versados em Astrologia, um baralho pode ser baseado nos 12 signos, 10 planetas, 12 casas e os 5 principais aspectos, totalizando 39 cartas. A Árvore da Vida Cabalística se presta facilmente a um Baralho de Tarot com 10 Luzes (mais o 11º invisível) e 22 caminhos entre todas elas, totalizando 33 cartas. De fato, todo corpo de conhecimento concebível pode ser desmontado e suas peças projetadas em um baralho de cartas. No entanto, isso não significa necessariamente que funcionará como um baralho de Tarot. Um verdadeiro Tarot é tão misterioso quanto o mistério instilado em seu design pelo designer: você. Uma maneira de trazer o desconhecido para seu baralho é incluí-lo como uma carta. Referir-nos-emos a isso como:

ZERO:

A carta zero não é nada. Ela representa o vazio. Pessoalmente, é aquela parte de você que existe como nada, ninguém, sem forma. É sua relação com o reino das possibilidades e, ainda, potencial não manifesto. Nomeie o zero.

UM:

A carta um é quando tudo se une em uma direção única e unificada. Após o reino das possibilidades (zero), um caminho é escolhido ou apresentado em direção à manifestação de uma possibilidade singular. Aqui, temos a sensação de estar no controle e no comando. Na direção!

DOIS:

A carta dois reflete sobre o que acabou de acontecer na carta um. É nossa capacidade de nos vermos em ação, mas permanecermos desapegados sobre o que estamos fazendo. Há uma habilidade de espelhamento aqui, capaz de criar uma imagem de nossa realidade. Compreenda. Pense.

TRÊS:

A carta três sente uma resposta a si mesma e é afetada. Há uma certa fertilidade vulnerável neste princípio, pois ele é suave o suficiente para responder e ser movido por suas próprias respostas. Sua energia se recicla e se renova constantemente. Sinta. Deixe seu coração participar.

QUATRO:

A carta quatro estabelece a si mesma e tudo o que entra em contato, definindo as coisas por si mesma. Esta é a carta da figura de autoridade, onde você se posiciona com poder, iniciativa e o princípio masculino. Como você projeta esta carta expressará sua disposição em ser poderoso e fazer as coisas à sua maneira. Esta é a carta do “chefe”. QUEM É SEU DONO?

CINCO:

A carta cinco santifica e aprova o que a carta quatro estabeleceu como lei. Esta carta reconhece o sagrado e como nos relacionamos com seu conhecimento. Ela transmite nossa relação com o arquétipo do Mestre em geral. É assim que conectamos nossa experiência interna ao mundo externo. Expresse-se.

SEIS:

A carta seis separa para entender como as coisas podem se unir de maneiras mais profundas do que antes. Essa capacidade de distinção torna o relacionamento possível. Sem ela, estaríamos perdidos nas nossas próprias expectativas e ilusões. Projete esta carta com o Parceiro Significativo em mente e como você gostaria de co-criar com seu parceiro. Polarize!

SETE:

A carta sete protege e aproveita os poderes sagrados liberados no relacionamento. Se 7 é seu número da sorte, faça desta sua carta da sorte. Se não for, deixe-a expressar sua relação com a disciplina, para que o que você não conseguir com sorte, consiga com trabalho árduo. Este princípio está relacionado ao arquétipo do guerreiro e sua arma, o escudo. Proteja-se.

OITO:

A carta oito doma o animal. Comunique a importância do relacionamento contínuo entre a alma e os elementos animais dentro de você. Esta carta também pode transmitir a força selvagem e forte do próprio animal, temperada por um dono benevolente. Aterrado.

NOVE:

A carta nove ilumina através das alturas da solidão espiritual, paz e singularidade. Essa qualidade fala de uma clareza mística da fusão bem-aventurada com Deus. É uma sensação de estar completo dentro de si mesmo, inteireza. O 9 marca o fim de um ciclo importante. Amarre as pontas soltas.

DEZ:

A carta dez nos une ao destino. Este símbolo representa grandes forças movendo vidas, tempos e lugares juntos para propósitos definidos. Encontros aleatórios e casuais não são mais acidentais. Sincronicidade.

ONZE:

A carta onze restringe, ordena e clarifica a aceleração anterior para restaurar a graça ao caos. Quando você precisar se lembrar de organizar sua vida, esta carta funciona bem. Às vezes, os altos e baixos da vida exigem influências moderadoras, algo para nos ajudar a retomar o controle. Como você retoma o controle?

DOZE:

A carta doze se rende às forças da natureza. A vida pessoal cede à própria Vida, nossa capacidade de fluir e lidar com os golpes. Esta carta simboliza o estado socialmente desconectado de Êxtase e flutuação, como uma folha ao vento. Um estado de total graça. Deixe ir.

TREZE:

A carta treze transfigura o que toca. Transmita intensa transformação nesta carta. Esta carta deve lembrá-lo de sua necessidade de passar por mudanças. Crescimento e decadência fazem parte do mesmo movimento. Deixe esta carta destruir qualquer coisa que iniba a liberdade. Cresça!

QUATORZE:

A carta quatorze purga o que restou da carta treze como um teste de sua verdadeira força e resiliência. É hora de prova pelo fogo. Esta carta se dedica à ação correta e ao experimento para determinar qual direção é apropriada. O que é Ritual? Teste-se.

QUINZE:

A carta quinze nos desilude para que possamos ver claramente novamente. Ela nos lembra de nossas fraquezas humanas, falhas e defeitos. A carta simboliza a dor e as dificuldades que enfrentamos quando vemos a parte como o todo, ou rejeitamos uma parte do todo. Tolo, tolo você…

DEZESSEIS:

A carta dezesseis ativa ajustes e mudanças nas áreas que exigem uma verificação da realidade. Sempre que você quiser saber quando parar de se enganar, projete esta carta para refletir a realidade da mudança súbita, tão imprevisível quanto o próprio raio. Enquadre o inesperado e dê-lhe um nome.

DEZESSETE:

A carta dezessete acalma a energia perturbada na fase anterior. Esta carta expressa o princípio e a prática da meditação. Projete esta carta para lembrar da sua serenidade, para que em tempos de turbulência você possa acessar sua calma. Estas são as águas profundas e tranquilas do seu ser mais íntimo, não afetadas pela turbulência das realidades superficiais. Centre-se.

DEZOITO:

Esta carta humaniza-nos, ajudando a recordar nossas fragilidades emocionais no meio de nossas forças. Deixe esta carta refletir nossa capacidade de dependência externa, o lado “necessitado” de nossa natureza. Deve recordar nosso inconsciente e as “sombras” não integradas de nós mesmos, nossos medos, vícios e inseguranças. Durma.

DEZENOVE:

Esta carta integra partes previamente inconscientes de nós mesmos à luz do dia da Consciência. Também se relaciona externamente com nossa escolha de nos tornarmos membros de um coletivo. Faça esta carta tão brilhante e alegre quanto a anterior foi escura e talvez sombria. Esta é a luz no fim do túnel.

VINTE:

Esta carta perpetua a vida daqueles que entraram em contato com seus eus eternos e infinitos. Transmita a possibilidade de viver para sempre ou, pelo menos, a inspiração de momentos eternos. Uma carta altamente espiritual, sua qualidade é atemporal e sempre expansiva. Significa a união consciente com o Espírito. Renascimento.

VINTE E UM:

Esta carta centraliza o eu. Este é o fim do ciclo, expressando o ápice da manifestação material, onde o todo se auto-organiza. Esta carta é você como executivo e administrador chefe de si mesmo, o núcleo central do seu verdadeiro eu. Governe-se.

OS ARCANO MENORES

As vinte e duas cartas anteriores compõem os Arcanos Maiores. Os Arcanos Menores consistem em quatro naipes com quatorze cartas cada. As primeiras dez são numeradas, as últimas quatro representam a “realeza”: pajem, cavaleiro, rainha e rei. Você não é obrigado a construir um “arcano menor”, pois o “maior” pode atender às suas necessidades. No entanto, o seguinte fornece diretrizes para os Arcanos Menores. Os Quatro Naipes representam os Elementos de Fogo, Água, Ar e Terra. Descubra suas próprias metáforas pessoais para estes: Terra, Instinto, Água, Sentimento, Fogo, Intuição e Ar, Pensamento. Outros exemplos devem ser explorados para tornar esses naipes pessoais para você.


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