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A magia escrita é uma prática que une a força das intenções espirituais ao poder evocativo das palavras. É uma forma de ritual que ocorre no plano mental (assim como rituais astrais), mas com a ajuda de histórias ou textos cuidadosamente criados para representar simbolicamente o ato mágico e o resultado desejado. Esse método aproveita o poder transformador da narrativa, canalizando energias através do imaginário para moldar a realidade.
Essa narrativa não é tão diferente de um ritual cerimonial usual em que o mago tem o ritual todo pré estabelecido.
Como Funciona?
A magia escrita funciona como uma ponte entre o plano astral e o físico, utilizando a mente como a ferramenta principal. Diferente de rituais tradicionais que demandam elementos físicos (velas, ervas, símbolos), aqui, o praticante cria uma história que simboliza o processo e o resultado do trabalho mágico. Ao ler ou escrever essa história, ele projeta sua intenção para o universo, transformando cada palavra em um canal energético de manifestação. Não é algo novo que magos e feiticeiros usam o poder das palavras e conjurações para direcionar feitiços.
Essa prática requer concentração e imaginação (imagem + Ação). Cada detalhe da história deve ser cuidadosamente pensado para ressoar com o objetivo final na hora do planejamento, mas também deve ser visualizado durante a leitura ritual. O praticante se torna não apenas um leitor, mas um participante ativo, mergulhando no enredo como se ele próprio estivesse realizando o ritual.
Etapas de Um Ritual de Magia Escrita
- Intenção Clara:
Antes de começar, é essencial definir a intenção do ritual. Pode ser atrair prosperidade, cura, proteção ou até mesmo influenciar situações específicas mais destrutivas.
- Criação da História:
A narrativa deve ser estruturada como um ritual simbólico e planejada tal qual um ritual “normal” que você faria. Por exemplo:
- Cenário: Descreva um local mágico ou sagrado onde o ritual ocorre. Pode ser um templo, uma floresta ou até um espaço idêntico a seu altar físico.
- Atos Mágicos: Inclua ações simbólicas, como acender uma vela, entoar cânticos, ou manipular elementos mágicos (mesmo que apenas na história).
- Resultado: Mostre como o objetivo é alcançado dentro da narrativa, representando simbolicamente a manifestação no plano físico.
- Leitura e Projeção:
Enquanto lê ou relembra a história, o praticante deve visualizar cada detalhe como se estivesse acontecendo em tempo real. A emoção e a crença são cruciais para transformar a narrativa em um feitiço, isso somado a sua intenção é o que diferenciará uma leitura comum de uma leitura ritual.
- Selo Energético:
Finalize a história com um gesto ou símbolo que represente o “encerramento” do ritual. Pode ser o personagem principal (representando o praticante) agradecendo, fechando um círculo ou vendo a realização do desejo.
Obs: Um ponto positivo em comum com a magia astral é que além de não necessitar de aparatos ritualísticos (além de papel e caneta). O feiticeiro poderá descrever rituais que ele normalmente não faria por alguma impossibilidade espacial, financeira ou mesmo física.
Por Que Funciona?
A magia escrita funciona porque une a intenção clara, o poder da visualização e a força simbólica da narrativa. Histórias têm o poder de influenciar nosso subconsciente, onde a mente mágica opera. Ao envolver-se emocional e mentalmente com a história, o praticante transforma palavras em energia direcionada.
Benefícios da Magia Escrita
- Discrição: Não requer materiais físicos, podendo ser praticada em qualquer lugar.
- Conexão Pessoal: A história pode ser altamente personalizada, criando uma ligação profunda com a intenção.
- Poder Criativo: Desenvolve a imaginação e a habilidade de projetar intenções no plano astral.
O sentimento de imersão que se tem quando está vendo um filme, lendo um livro ou contemplando uma obra de arte é algo valioso para o feiticeiro que precisa estar imerso em seu ritual mágico para que se obtenha resultados satisfatórios, é preciso estar emocionalmente motivado.
Segundo Alan Moore a magia está intrinsecamente ligada à escrita e a arte, não é à toa que o nome mais “tradicional” da magia entre os praticantes seja simplesmente “A Arte”.
Isso significa não só que fazer arte é fazer magia em algum nível, mas também que qualquer método artístico pode ser usado para se acessar a magia em si.
Não é novidade o uso de poemas, cânticos, mantras ou preces na magia… essa técnica que vos apresento se baseia no uso da escrita para aqueles que tem uma paixão pela coisa.
Agora algumas dicas:
1° Faça um estudo de correspondências sobre o que usar no seu ritual de acordo com a esfera que deseja influenciar.
2° planeje seu ritual (escreva-o em papel detalhadamente se necessário.)
3° reescreva o mesmo ritual de forma romanceada e detalhada para que durante a leitura você consiga visualizar o ritual enquanto acessa as emoções relacionadas.
4° escolha um ritual de abertura e encerramento (palavras de poder podem se mostrar mais práticas)
5° Faça o ritual de abertura e depois a leitura de forma concentrada do texto ritualistico, sua leitura deve lhe dar um sentimento de imersão, o feiticeiro deve saber que naquele momento ele está manipulando a realidade através da magia escrita. Ao fim do ritual o praticante faz o rito de encerramento.
Exemplo de Ritual na Magia Escrita.
A MALDIÇÃO DO CORAÇÃO NEGRO
Em uma noite densa, na periferia de uma floresta esquecida, o Feiticeiro *seu nome magico* preparava seu ritual mais sombrio. Ele era temido por todos que ousavam pronunciar seu nome. Sua reputação não vinha apenas de sua habilidade em manipular os espíritos, mas também de sua crueldade implacável. E, naquela noite, ele havia sido contratado para lançar uma maldição letal sobre *nome do alvo*.
Maria era uma mulher simples, vivendo em um vilarejo distante. Desconhecia que alguém a odiava tanto a ponto de buscar a ajuda de *seu nome magico*. Enquanto ela terminava seu dia, sentindo uma leve pontada no peito, *seu nome mágico* já estava em sua cabana iluminada apenas por velas negras, com o coração de boi repousando sobre um altar de pedra.
O Feiticeiri acendeu um incenso espesso que fez a sala se encher de fumaça e começou a entoar palavras em uma língua ancestral. Ele segurou o coração de boi em suas mãos, cada batida de seus tambores ecoando como o pulsar de um coração vivo. Sobre o coração, ele gravou o nome de *nome do alvo* com uma faca enferrujada.
Então, ele pegou treze pregos enferrujados e mergulhou cada um em um líquido escuro que ele dizia ser “o veneno da alma”. Para cada prego que espetava no coração, ele pronunciava palavras de maldição, ligando simbolicamente o órgão ao verdadeiro coração de Maria.
“Por cada prego que afundo, que a vida dela se esvaia,” sussurrou *Seu nome magico* enquanto espetava o décimo terceiro prego, fincando-o fundo no centro do coração. Ele então colocou o coração perfurado em uma bacia de sangue misturado com terra e carvão, selando o feitiço com uma prece macabra aos espíritos das trevas.
Enquanto isso, *nome do alvo* estava em sua casa, sentada no sofá após o jantar. De repente, uma dor aguda atravessou seu peito, como se uma lâmina invisível estivesse perfurando seu coração. Ela tentou chamar por ajuda, mas suas mãos tremiam, e sua visão começou a escurecer.
A cada segundo, sua respiração ficava mais pesada, e a dor se intensificava. Era como se algo a puxasse para fora de si mesma, uma força que esmagava seu coração de dentro para fora. Ela caiu no chão, ofegante, enquanto lágrimas escorriam por seu rosto.
Seus pensamentos finais foram de confusão e desespero, sem entender o que a estava matando.
No momento exato em que Maria deu seu último suspiro, *seu nome magico* jogou o coração de boi no fogo, permitindo que ele queimasse completamente. Uma chama intensa iluminou a cabana, e ele sorriu, satisfeito com o poder do feitiço concluído.
No vilarejo, os médicos que chegaram à casa de *nome do alvo* diagnosticaram sua morte como um ataque cardíaco fulminante. Para eles, era apenas um caso clínico. Mas, para *seu nome mágico* e os poucos que conheciam o mundo das sombras, aquilo era o resultado de uma maldição implacável.
*seu nome mágico*, como de costume, recebeu seu pagamento e desapareceu na noite, levando consigo a certeza de que ninguém poderia escapar de sua magia quando os espíritos da destruição eram convocados. E *nome do alvo* tornou-se apenas mais um nome na longa lista de vítimas do Feiticeiro que fazia os corações pararem – tanto no sentido literal quanto no metafísico.
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