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Morbitvs Vividvs
O trapezóide não-euclidiano é desenhado por quatro ângulos no topo, quatro ângulos na base e por um ângulo que não se vê. Cada um destes ângulos corresponde a uma entidade cósmica e é parte de um complexo hiper-trapezóide com muitos outros seres que não podem ser compreendido por mentes humanas. Este seres foram conhecidos pelo mundo pela obras dos autores do círculo lovecraftiano e portanto pode se dizer que foram inventados. Mas podemos dizer o mesmo de todos os outros deuses.
Os Deuses Exteriores
Os Deuses Exteriores são entidades que vivem fora do nosso universo mas sem os quais o universo e o que há nele não existiriam.
Azathoth – A Explosão do Primeiro Ângulo. Aquele que urra e ri. O enlouquecido deus criador do universo lovecraftiano e o primeiro dos “Deuses Exteriores”. A piada universal do absoluto a custa dos particulares. Este deus é descrito como “o motor principal do caos, a antítese da criação, o Sultão Retardado de todos os demônios. Aquele que morde, geme e baba no centro do vazio final e absoluto.” Descrito como um deus idiota – pela simples razão de que sua mente dispensa qualquer raciocínio. Ele criou acidentalmente o cosmos como um de seus pesadelos e colocou no centro do universo sua corte de deuses orbitando-o ao som de sua insana música da flauta. A qualquer momento pode destruir tudo com a mesma facilidade com que tudo originou. Criado por H.P. Lovecraft em 1919.
Yog-Shothoth.- A Infinitude do Segundo Ângulo. Ele é a Chave e a Porta, o Além do mais além, o O morador do Umbral, o Um em tudo e o tudo em um. Yog-Shothoth é um fractal vivo de mundos sem fim. É descrito como um conglomerado sem tamanho de esferas de esplendor de onde ecoam todos os choros e todas às risadas. Ele representa o Espaço e o Tempo e o Infinito e todas às experiências passam por Yog-Shothoth que enxerga com clareza não apenas todos os universos, mas também todos os pontos de vista de cada um destes universos. Passados, presentes e futuros, e aqueles lugares entre um segundo e outro que nunca chegaram a existir. Criado em 1927 por H.P. Lovecraft..
Cxaxukluth – A Manifestação do Terceiro Ângulo. Nascido da fissão do caos nuclear de Azathoth é o primeiro ser inteligente do universo uma vez que inteligência é uma palavra pobre demais para descrever a consciências nos deuses dos primeiros ângulos. Cxaxukluth é a divindade andrógina de cuja divisão protoplasmática nasceram a Yeb, a primeira fêmea e Nug, os primeiros macho do cosmos que passam a eternidade ferindo e copulando um com o outro. Cxaxukluth é portanto o ancestral de todos os outros deuses do panteão lovecraftiano embora suas crias sempre mantenham distância devido a sua natureza canibal. Criação de Clark Ashton Smith e Robert H. Barlow em 1940.
Shub-Niggurath – A Senhora do Quarto Ângulo. A Cabra Negra do Bosque com Dez Mil Crias é a mãe de toda vida orgânica onde quer que surja. Representa a evolução cega em todo seu crescimento e descontrole. Sendo objeto de culto universal em incontáveis planetas e recebendo a adoração de infinitas civilizações pelo universo, incluindo muitas das encarnações humanas de civilizações já esquecidas, Shub-Niggurath, e uma onda tsunamica de bocas, pústulas e vaginas parindo sem parar. É uma enorme massa nebulosa da qual sobressaem tentáculos negros, bocas escorrendo saliva e apêndices curtos e retorcidos. Shub-Niggurath é uma deusa da fertilidade e constantemente dá a luz a criaturas grotescas de indizíveis realidades, algumas morrendo em segundos outras vivendo para sempre. Criada por Lovecraft em 1928.
Nyarlathotep – O Senhor do Quinto Ângulo. Nyarlathotep é descrito como o Caos Rastejante pois é o Único Deus Exterior que rasteja nas superfícies dos planetas. Na terra é o perverso por trás dos mitos de todos os deuses violentos desde o Antigo Egito. É o único Deus Exterior com o qual é possível tem alguma espécie de diálogo e que possui certo grau de compreensão da existência humana e assim pode fazer coisas que os outros deuses não podem. Nyarlathotep pode adquirir qualquer forma que quiser: um furacão, um monstro noturno com tentáculos e asas de morcego, uma abstração no pensamento, uma bruxa ou mesmo um homem elegante. Ele parece gostar de ser confundido com um ser humano tendo inclusive já sido faraó no Egito. Vagueia pelos mundos reunindo adeptos e seguidores. Chamado de Randall Flagg por Stephen King, foi criado em 1920 por H.P. Lovecraft.
Os Grandes Antigos
Os Grandes Antigos são são às entidades mais antigas deste universo.
Hastur – O Avatar do Séxto Ângulo. “O Rei de Amarelo” é “Aquele que não pode ser nomeado” o Magnum Innominandum, o Grande Inominável. É filho de Yeb com Nug e faz a ponte entre os Grandes Antigos e os Deuses Exteriores dos quais em parte compartilha a natureza. É o cordão umbilical sujo de sangue que liga o poder terreno com o horror cósmico. Sendo assim é o pai da magia e dos poderes do desconhecido. Vive no núcleo de uma estrela negra de um sistema binário da constelação de Aldebaran e embora não possa atue diretamente tem grande influência em todas as grandes civilizações do universo em particular nas épocas e lugares em que feitiçaria próspera. Criado por Robert W. Chambers em 1895.
Mordiggian – O Abismo no Sétimo Ângulo. Não é filho nem de Yeb nem de Nug e talvez seja o buraco deixado por eles um no outro quando surgiram. Esta divindade da entropia pode ser melhor descrita como uma ausência do que como algo que pode ser visto. Mordiggian é um vácuo inteligente que esvai todo calor e energia que o rodeia. Um buraco negro tão negativo que nem o pensamento escapa. Onde quer que ele esteja o ambiente se torna frio e sem luz e quão mais negra e congelante forem as trevas mais próximo dele se está. Capaz de cegar aquele que ele vê. Sua mera presença já é uma ameaça. Ataca suas vítimas primeiro sugando sua visão, depois seus pensamentos, suas energias e por fim fisicamente dissolvendo seus corpos no vazio. Criado por Clark Ashton em 1934.
Tsathogua – A Opulência do Oitavo Ângulo. O filho de Yeb é um deus cuja aparência é a de um sapo grotescamente obeso. É o obsceno, glutão e indolente deus batráquio das cavernas de N’Kai. O marajá da gula e da preguiça. Este deus sempre faminto é invocado apenas uma vez ao ano na véspera do Halloween onde troca carne humana por tesouros, desejos e artefatos especiais. Sua glutonaria é tão insana que para evitar problemas seus cultistas capturam um grande número de vítimas para que não haja riscos deles mesmos serem comidos. Sua fome não tem fim e sua boca desperta está sempre cheia de carne. O resto do ano Tsathoggua passa em sua hibernação dormindo imperturbável sob as tempestades elétricas de Saturno, razão pela qual é chamado de O Sonâmbulo, O Hibernante, o Adormecido e até de O Grande Preguiçoso. Criado por Clark Ashton Smith em 1931.
Cthulhu – Sumo Sacerdote do Nono Ângulo. Filho de Nug, Cthulhu possui uma aparência mista de dragão, polvo e ser humano. Sua visão exata entretanto não pode ser descrita pois qualquer ser humano que o avistar imediatamente enlouquece. Cthulhu é o imperador de uma vasta região do cosmos da qual o sistema solar faz parte, mas hoje dorme sob o Oceano Pacífico em R’lyeh onde aguarda sonhando o momento de seu inevitável retorno. Toda história das civilizações humanas são apenas uma fina camada de poeira sob sua porta e quando ele despertar a humanidade será obliterada e os sobreviventes feitos de escravos e alimento. Apenas uns poucos que entram em contato com o nome de Cthulhu, tocados pelos tentáculos de seus sonhos serão eleitos para ter seus corpos e mentes transformados em formas que hoje seriam consideradas grotescas mas que os permitirão prosperar no novo reino abissal que inevitavelmente cobrirá a terra. Criado por H.P. Lovecraft em 1928.
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