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O Ritual de Comunhão com Cthulhu

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São necessários quatro participantes neste Ritual de Comunhão com Cthulhu, o Sumo Sacerdote dos Antigos: o hospedeiro de Cthulhu, o sacerdote ou sacerdotiza e os dois adoradores.

O Templo de Cthulhu deverá estar escarsamente iluminado, e o incenso de Netuno é queimado para infundir ao ar uma atmosfera submarina (evocando a submersa R’lyeh). Nenhum imagem ou ícone do Deus devem estar presente no Templo, pois a manifestação deve se fazer presente através do hospedeiro. Nenhuma decaração deve ser utilizada, assim como nenhum robe ornamental.

As seguintes armas mágicas serão utilizadas:

  • A Adaga: para traçar o Símbolo dos deuses mais antigos;

  • O Cálice: para se receber a Comunhão do Hospedeiro de Cthulhu, e para ser compartilhado entre os membros do Ritual (antes do ritual ter início o cálice deve ser enchido com água salgada, o meio de transmição de Cthulhu para sua Comunhão, também simbolizando o túmulo marítimo do Grande Cthulhu);

  • Dois Tambores Rituais também são utilizados, um por cada Adorador.

O Trapezóide Simétrico da Invocação é desenhado com giz branco ou azul, seu ângulo mais curto voltado para o Oeste (R’lyeh). O celebrante que deve ser o hospedeiro se senta dentro do Trapezóide deste lado, voltado para o lado de dentro. O Sacerdote ou Sacerdotiza se sentam em direção ao Leste, voltados para o Hospedeiro. Os adoradores tomam suas posições ao Norte e ao Sul, nos ângulos do Trapezóide. Uma vez que surge o silêncio o ritual tem início.

De pé o Sacerdote ou Sacerdotiza de Cthulhu realizam o banimento primário traçando o Símbolo dos Deuses mais Antigos (pentagrama apontado para cima) em direção aos quatro pontos cardeais, começando com o Oeste e seguindo em sentido anti horário (o traçado do Símbolo dos Deuses mais Antigos se inicia de baixo para cima do ponto esquerdo inferior). Os nomes Sagrados de cada um dos Antigos são promunciados cada vez que cada pentagrama é traçado: para Oeste, CTHULHU; para o Sul, YOG-SOTHOTH; para o Leste, HASTUR e para o Norte, SHUB-NIGGURATH.

O Sacerdote ou Sacerdotiza volta à posição de sentado diante do Hospedeiro e faz o Chamado para Cthulhu:

“Ph’nglui mglw’nafh Cthulhu R’lyeh wgah’nagl fhtan”
(Em sua morada em R’lyeh, Cthulhu morto, jaz sonhando)

O Hospedeiro e os Adoradores respondem ao chamado:

“Ia! Ia! Cthulhu fhtagn”
(Sim! Sim! Cthulhu sonha!)

O Sacerdote ou Sacerdotiza começa agora a entoar a Chamada para Cthulhu em sua forma resumida, como um Mantra de Evocação:

“Cthulhu R’lyeh fhtagn”
(Cthulhu sonha em R’lyeh)

Os dois Adoradores se unem neste Mantra, usando seus tambores para acompanhar as os cânticos, formando então uma rede de sons ritmicos para atrair a presença da Deidade para dentro do Trapezóide. O Hospedeiro, entretanto, permanece em silêncio, pois ele ou ela deve se manter aberto/a para a possessão da Força da Deidade Evocada. Para se tornar mais fácil essa possessão, o Hospedeiro deve concentrar toda sua força mental e psíquica em uma visualização da imagem de Cthulhu, e deve tentar se identificar com essa imagem, tanto fisica quando mentalmente. A posição física adotada pelo Hospedeiro deve então ser a tradicionalmente associada com Cthulhu, ou seja, sentado, pernas separadas e joelhos dobrados, uma mão sobre cada joelho. Os outros celebrantes devem da mesma forma projetar suas próprias visualizações de Cthulhu na figura do Hospedeiro.

Uma vez que a presença da Deidade se manifeste dentro do Trapezoide (isso pode ser notado com uma queda perceptível da temperatura), o Sacerdote ou Sacerdotiza ira começar a direcionar suas energias para o Hospedeiro através de passes mágickos realizados com a mão esquerda. Isto deve ser feito no ritmo do Mantra – um poderoso ponto focal é então criado no corpo do Hospedeiro, formando uma forte atração para a Força da Deidade invocada dentro do Trapezoide, e um portal físico para sua manifestação.

No momento da possessão, o poder e a indentidade do Grande Cthulhu serão atraídos apra dentro do corpo do Hospedeiro. No último instante antes da possessão total, o Hospedeiro chama o nome do Deus, e o Templo fica em silêncio. Seu poder é radiado pelo  Sacerdote ou Sacerdotiza que segura em suas mãos o Cálice para coletar essas emanações negativamente carregadas (Sonhos de R’lyeh).

Quando os Sonhos de Cthulhu tiverem passado do Hospedeiro (geralmente o deixando mentalmente e fisicamente exausto),  o Sacerdote ou Sacerdotiza oferece as emanações coletadas (via a água salgada) para o consumo, primeiro para o Hospedeiro, então para os dois adoradores para então finalmente participar da comunhão ele/ela mesmo/a.

Após consumarem a Comunhão, o Sacerdote/Sacerdotiza repete o Banimento, retratando o Símbolo dos Deuses mais Antigos nos pontos cardeais e repetindo os respectivos nomes das Deidades. Voltando-se para o Oeste ele/ela declara que o Ritual de Comunhão com Cthulhu está completo e o Templo fechado. Os participantes podem abandonar o Trapezoide, infusos com as energias trans-Yuggoticas do Grande Deus Cthulhu.


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