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Comentários Rosacruzes sobre o Shabat

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Excertos de Evangelho Segundo Marcos
Comentado por Ya’aqov, seguidor de Ya’aqov

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            O contexto geral do Shabat é abordado de maneira mais profunda nos comentários do versículo 13 deste capítulo e, por isso, não iremos repeti-lo. Contudo, cabe destacarmos que este momento marca o fim do primeiro ciclo de Jesus como Ruach (Espírito). Isto é, ele já criou todo o seu universo e está pronto para analisar o que deve ser sacralizado e aquilo que deve ser descartado para ser trabalhado no próximo ciclo.

(32) Ao entardecer, quando o sol se pôs, trouxeram-lhe todos os que estavam enfermos e endemoniados[1].

Conforme verificamos sobre os ritos do Shabat, inicia-se o momento de organizar o que foi produzido ao longo dos seis dias criativos-criadores, e verificar o que pode ser santificado, isto é, tornar-se imortal, e o que deve ser descartado para uma próxima era de ação criativa-criadora.

Desta forma, todos os eu inferiores, que compõem Jesus, foram reunidos para que pudessem ser devidamente analisados e, consequentemente, o seu destino ser determinado de acordo com a sua qualidade.

(33) E a cidade inteira aglomerou-se à porta.

Enquanto no versículo anterior, a gente constata a reunião dos eus inferiores, neste, verificamos que a análise a ser realizada como o preparo para o Shabat, não se restringe aos eu inferiores, mas que todos os eus devem se revelar e aguardar o julgamento que será realizado. Encontrar-se à porta, revela o ímpeto de todos de ultrapassar o umbral e adentrar em um novo lugar.

(34) E ele curou muitos doentes de diversas enfermidades e expulsou demônios. Não consentia, porém, que os demônios falassem, pois eles sabiam quem era ele.

Com todos os eus reunidos, realizada a colheita, chegou o momento de separar o que será utilizado por Yahweh, e aquilo que deve ser purificado pelo fogo.

Mateus 13 : 30

Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifeiros: arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; quanto ao trigo, recolhei-o no meu celeiro.

Esta queima do “joio” é o mecanismo de purificação para que uma nova era tenha início e, aqueles que não foram santificados, possam passar por um novo ciclo de 6 (seis) dias de ação criativa-criadora. E, enquanto o joio passará por este processo de purificação, o trigo será incorporado ao proprietário, na figura de Jesus, fazendo com que aqueles eus, simbolizados no trigo, tornem-se um só com Jesus e, consequentemente, passem a atuar como Ruach no próximo ciclo.

 

A noite do Shabat

Finalizado o período de seis dias criativos-criadores, tem início o Shabat. E, como todos os períodos de tempo, ele se inicia na escuridão que precede o alvorecer, pois “e foi tarde e foi manhã, o dia…” (ויהי ערב ויהי בקר יום). Ou seja, todo o dia, o período de ação criativa-criadora, inicia-se e encerra-se no período de escuridão.

A escuridão permite ao indivíduo caminhar em direção ao leste, ao Sol, a Yahweh, levando o que foi sacralizado e deixando o que ainda será purificado. A escuridão simboliza o momento no qual Yahweh parece ter desaparecido, pois nos aguarda na próxima manhã; é o nosso momento de provas, nas quais temos de demonstrar o que realmente existe em nosso íntimo; é o momento da morte, que leva aquilo o que é transitório e não foi sacralizado, enquanto o que foi sacralizado é entregue a Yahweh; é o momento dos ázimos[2].

Porém, a escuridão também é o período que anuncia um novo alvorecer. É da escuridão que surge a luz (Gênesis 1:3); é na escuridão do solo, que a semente se desenvolve e se revela em planta; é no interior escuro do ventre materno, que o feto se desenvolve e se prepara para o nascimento, para a viver na luz.

(35) De madrugada, estando ainda escuro, ele levantou e retirou-se para um lugar deserto e ali orava.

E, justamente, na escuridão, no período que precede um novo início, Jesus se ergue, elevando-se e retirando-se dali, pois o seu trabalho naquele lugar, naquela semana criativa-criadora, havia cessado.

Assim, como na travessia do Véu de Paroketh[3], Jesus retorna ao deserto. Não para ser tentado pelo adversário, posto que já não sofre suas influências, mas para deixar para trás o que não estava pronto para ser santificado e iniciar a travessia em direção ao simbólico leste, em busca de um novo nascer do sol, de uma nova semana criativa-criadora. E, por isso, orava, para permanecer elevado e ouvindo o vento que vem do oriente.

Êxodo 14 : 21-31

Então Moshé estendeu a mão sobre o mar. E Yahweh, por um forte vento oriental que soprou toda aquela noite, fez o mar se retirar. Este se tornou terra seca, e as águas foram divididas. Os israelitas entraram pelo meio do mar em seco; e as águas formaram como um muro à sua direita e à sua esquerda. Os egípcios que os perseguiam entraram atrás deles, todos os cavalos do Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros, até o meio do mar. Na vigília da manhã, Yahweh, da coluna de fogo e da nuvem, viu o acampamento dos egípcios, e lançou a confusão no acampamento dos egípcios. Ele emperrou as rodas dos seus carros, e fê-los andar com dificuldade. Então os egípcios disseram: ‘Fujamos da presença de Israel, porque Yahweh combate a favor deles contra os egípcios’. Yahweh disse a Moshé: ‘Estende a mão sobre o mar, para que as águas se voltem contra os egípcios, sobre os seus carros e sobre os seus cavaleiros’. Moshé estendeu a mão sobre o mar e este, ao romper da manhã, voltou para o seu leito. Os egípcios, ao fugir, foram de encontro a ele. E Yahweh derrubou os egípcios no meio do mar, as águas voltaram e cobriram os carros e os cavaleiros de todo o exército de Faraó, que haviam seguido no mar; e não escapou um só deles. Os israelitas, porém, passaram pelo meio do mar em seco; e as águas eram para eles como muros à direita e à esquerda. Naquele dia, Yahweh salvou Israel das mãos dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos à beira-mar. Israel viu a proeza realizada por Yahweh contra os egípcios. E o povo temes a Yahweh, e creram em Yahweh e em Moshé, seu servo.

A transcrita passagem do Êxodo, nos revela, dentre outras coisas, a jornada de morte e separação dos aspectos materiais e mais espessos do corpo, representados pelos egípcios, dos aspectos espirituais e mais sutis do corpo, representada por Israel. Este veículo de manifestação, Israel, é guiado por Moshé, o seu Eu Superior, que atende aos desígnios de Yahweh. A abertura das águas, revela a passagem segura na subida da Árvore da Vida, sendo protegida pelas duas colunas, Yakhim ou Jakin (יךין) e Bo’az ou Boaz (בעז), as colunas da direita e da esquerda, respectivamente, da entrada sul do Templo de Salomão, descritas, principalmente, no Sêfer Yetzirah. Assim, nesta travessia, Israel deixa, simbolicamente, Malkuth (o Reino) e segue pelo pilar do meio em direção à Kether [Coroa (ךתר)], em Atziluth, passando por Yesod [Fundamento (יסד)], em Yetzirah, e por Tipheret [Beleza (תפארת)], em Briah.

Assim, ao cessar o trabalho criativo-criador, o que é espesso deve ser deixado para trás, enquanto o mais sutil, segue em direção a um novo mundo, o Reino de Deus. Por isso que Jesus deixa o local e inicia o seu processo de oração, conectando-se com Yahweh, ele se torna o seu servo capaz de abrir o mar, guiado pelo vento que sopra do oriente, para que Israel possa atravessar as águas em segurança.

Outrossim, o trecho final do versículo em análise, informando que Jesus havia saído para orar, também está conectado a um midrashim (מדרש) que atribui a cada um dos patriarcas judaicos uma das 3 (três) rezas do dia, seja como autor da reza ou estar ligado a ela de alguma forma. A reza da manhã [Shacharit (שחרת)] é atribuída à Abraão[4]; a da tarde [Minchá (מנחה)], à Isaac[5]; e a da noite [Arvit (ערבית) ou Maariv (מעריב)], à Jacó[6]. Neste sentido, o ato de Jesus ter ido orar de madrugada, nos remete a oração da noite, posto ser a única, das três, realizada durante o período noturno[7].

(36) Simão e os seus companheiros o procuravam

Com Jesus caminhando em direção ao mar, guiado pelo “vento que vem do oriente”[8], os seus veículos (Israel[9]), representados por Simão[10] e os seus companheiros, devem se guiar no escuro e rumar em direção ao leste, para realizar a grande travessia e deixar que os seus egípcios fiquem para trás, abandonando as suas impurezas e buscando se tornarem íntegros, justos.

Esta é a prova da fé. A fé não é uma característica passiva, na qual o que se diz fiel apenas aguarda a ação da providência, mas é uma característica ativa. A fé é o que faz o fiel caminhar, mesmo na escuridão, onde não se pode ver o que está por vir, pois, o fiel escuta a mensagem que vem do leste. É a fé que faz o fiel, em todos os seus atos e suas partes, procurar por Yahweh.

Marcos 12 : 30

Amará, pois, ao Senhor teu Deus de todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de todo o seu entendimento, e de todas as suas forças; este é o Primeiro Mandamento.

Importante destacarmos que, por ser o Chrestos, durante o seu Evangelho, Jesus representa, dentro do simbolismo da Árvore da Vida, Tipheret [Beleza (תפארת)] e não Kether [Coroa (ךתר)], o Pai, pois ele ainda não passou pelo Véu do Abismo.

Outrossim, o caminhar na escuridão em direção à Luz, é uma característica que aponta a jornada pela redenção de cada indivíduo. E é justamente esta redenção, isto é, conseguir passar a ter mais mérito do que iniquidade, que caracteriza um Tsadic (צדיק). Embora na tradução para o português, tsadic signifique “justo”, ela é uma expressão utilizada para designar os “santos”, isto é, aqueles que se santificaram, que se tornaram íntegros, a exemplo do José[11]. Um Tsadic não é perfeito, mas ele não possui inclinação para a prática do mal.

(37) e, quando o acharam, disseram-lhe: “Todos te procuram”.

Movido pela fé, Simão[12] e os seus companheiros, isto é, os veículos (Israel[13]) utilizados por Jesus, o encontram e declaram que estão devidamente harmonizados, pois desejam realizar a travessia das águas e caminhar em busca da Terra Prometida, o Reino de Deus.

João 3 : 3-6

‘Amém, amém, te digo: caso alguém não nasça de cima[14], não pode ver o reino de Deus’. Diz a ele Nicodemos: ‘Como pode um homem nascer sendo velho? Pode no ventre de sua mãe pela segunda vez entrar e nascer?’ Respondeu Jesus: ‘Amém, amém te digo: caso alguém não nasça de água e espírito não pode entrar no reino de Deus. A coisa nascida da carne, carne é; a nascida do sopro[15], sopro é.’

(38) Disse-lhes: “Vamos a outros lugares, às aldeias da vizinhança, a fim de pregar também ali, pois foi para isso que eu sai”.

Uma vez que Jesus conseguiu reunir os seus eus inferiores, realizou o seu trabalho criativo-criador e santificou o shabat, ele indica que vai iniciar um novo ciclo, uma nova semana criativa-criadora.

Um ponto que merece a atenção é o de que Jesus, apesar de ter santificado o shabat, compreende que nem tudo se encontrava apto a ser santificado e, por isso, há a necessidade de novos ciclos criativos-criadores. A jornada esotérica, embora tenha o enfoque interno, isto é, na busca pela sua autossuperação e a realização da metanoia (μετανοεῖν), há também um enfoque externo, a realização do Tikun Olam, a correção dos mundos.

A correção dos mundos está vinculada ao próprio processo de manifestação encontrado em Bereshit Bara Elohim (Gênesis 1:1). Buscando se conhecer, a divindade projeta mentalmente a Sua imagem. Diante dela, pensa a respeito de cada ponto existente na imagem e, por fim, se vê, reconhecendo-se como Ela mesmo, separando, simbolicamente, o joio do trigo. Este processo é cíclico, como, principalmente, o Gênesis nos revela, no qual, cada próxima etapa acontece em um nível ainda mais “interno” e espesso, em relação ao anterior.

Neste processo, há a necessidade de se analisar todos os pontos internos, que, na visão da própria divindade, encontram-se parados, posto que é o Seu Shabat. Então, um atributo da Sua consciência deve percorrer todo o seu íntimo, buscando fazer a separação necessária para santificar plenamente o Shabat. Por isso, Jesus, agora como o Ungido, o Chrestos, Tipheret, “saiu” do Pai manifesto, para escrutinar tudo o que se encontra nos veículos do Adam.

Nos cabe destacar que, no primeiro capítulo do Gênesis, as referências diretas à divindade eram apresentadas por intermédio de Elohim (אלהים). O primeiro capítulo é justamente o que contém toda ação criativa-criadora representada nos seis primeiros dias da criação. O segundo capítulo se inicia com a descrição do Shabat, o dia sete, o dia no qual Elohim cessou a sua ação criativa-criadora. E é justamente a partir deste capítulo, quando os 4 (quatro) mundos já se encontram formados e com as suas leis internas, é que a expressão Yahweh (יהוה) começa a ser utilizada, seja acompanhada da expressão Elohim, seja sozinha.

Ou seja, como, a partir do segundo capítulo do Gênesis é Shabat para a Divindade, ele cessou a sua ação criativa-criadora e, por isso, apenas pode realizar o seu auto escrutínio, a contemplação, observando os veículos formados com a Sua imagem (Gênesis 1:26). Este escrutínio divino é realizado, inicialmente, pelo seu atributo manifesto, Yahweh:

Gênesis 3 : 8

Eles ouviram a voz de Yahweh (יהוה) Elohim (אלהים) caminhando (מתהלך) pelo jardim com a direção do dia (לרוח היום). E escondeu-se Adão e sua mulher da presença de Yahweh (יהוה) Elohim (אלהים) entre as árvores do jardim.

No versículo transcrito, percebemos que Yahweh “caminha” tal qual a luz do Sol, iluminando todos os pontos da manifestação, representada, na passagem, pelo Jardim. Isto é, não é Elohim quem caminha, posto se encontrar em Shabat, mas o seu atributo manifesto para realizar o escrutínio, Yahweh.

A semelhança de Yahweh, Jesus, na condição de Ungido, de Chrestos, de Tipheret, é o responsável por caminhar com a direção do dia, iluminando as partes manifestas e realizando o escrutínio do que está apto a ser santificado no Shabat e o que não está. Tal escrutínio realizado por Jesus, torna-se possível em decorrência do consumo do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:16), pois é ele que garante a Adam, já acompanhado por sua esposa, isto é, seu corpo, a capacidade de ver e compreender o bem e o mal, “Ela tirou um dos seus frutos e o comeu. Ela deu também ao seu marido, e ele o comeu. Os olhos[16] de ambos foram abertos e eles perceberam que estavam nus” (Gênesis 3:6-7). O consumo do fruto da Árvore do Conhecimento é o responsável por abrir os olhos de Adam, ao saber o que é o bem e o mal, ao mesmo tempo que lhe provoca a “queda”. Esta queda simbólica é a queda para dentro de si, para a capacidade de se autoanalisar, projetando um de seus atributos, a semelhança de Elohim.

Assim, entendemos a fala de Jesus ao dizer que “pois foi para isso que eu saí“, isto é, na condição de Chrestos, ele sai do Reino de Deus com a missão de realizar o escrutínio acerca do que está apto a ser santificado no Shabat e o que não está, iluminando a manifestação com a luz solar capaz de revelar o que há escondido no íntimo de cada parte.

(39) E foi por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.

Este versículo carrega a continuidade do ensinamento verificado no versículo passado, quando Jesus diz “pois foi para isso que eu saí“. Uma vez que ele possui uma missão, a de levar a Luz de Yahweh a todos os pontos íntimos do Adam, ele deve percorrer todos os lugares, todas as congregações[17], santificando o que está pronto e expulsando aquilo que não está, repetindo, ciclicamente, a sua jornada.

Além de verificarmos, dentro da própria Torá, o aspecto cíclico de “repetições” das ações, o próprio costume judaico demonstra isso com a leitura da Parashá (פרשה) no Shabat. Parashá significa porção, é a expressão utilizada, de maneira curta[18], para se referir a prática da leitura de um trecho da Torá nas reuniões semanais no Shabat realizado na sinagoga. São 54 (cinquenta e quatro) parashot[19] (פרשות)[20], representando o número de semanas que o ano judaico possui. Dentro do chamado sistema de leitura babilônico, toda a Torá é lida ao longo do ano, iniciando e finalizando a leitura na Simchat Torá (שמחת תורה), data, logo após o término da festa de Sucót (סוכות), na qual, a última parashá (Vezot HaBerachá)[21] é lida e, logo em seguida, é realizada a leitura da primeira parashá (Bereshit)[22]. Essa prática visa transmitir, dentre outras coisas, que todo término é um começo e, do ponto de vista esotérico, em todo Shabat, tem início uma nova semana criativa-criadora, representando os ciclos de subida e descida[23] na alegoria da “Escada de Jacó”:

Gênesis 28 : 12-15

E sonhou: e eis uma escada era posta na terra, cujo topo tocava nos céus. E eis que os anjos de Elohim (אלהי) subiam e desciam por ela; E eis que Yahweh (יהוה)[24] estava em cima dela, e disse: ‘Eu sou Yahweh, Elohim (אלהי) de Abraão teu pai, e Elohim (ואלהי) de Isaac. Esta terra, em que estás [Asher (אשר)] deitado, a darei a ti e à tua semente (ולזרעך). E a tua semente (זרצך) será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua semente (ובזרעך) serão benditas todas as famílias da terra. E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra, porque não te deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito.

Notas

[1] Όψίας δἑ γενομένης, ὅτε ἔδυ ό ἥλιος, ἔφερον πρὁς αὐτὁν πάντας τοὺς κακῶς ἔχοντας καὶ τοὺς δαιμονιζομένους.

[2] Vide comentários ao versículo 14.

[3] Vide comentários aos versículos 14 e 15.

[4] Gênesis 22:3 “Abraão levantou cedo pela manhã e selou seu jumento. Ele tomou seus dois jovens com ele, juntamente com seu filho Isaac. Ele cortou lenha para o sacrifício e partiu em direção do lugar que Elohim (האלהי) lhe havia designado”.

[5] Gênesis 21:63 “E Isaac saiu para o campo durante a tarde. E erguei os seus olhos e viu camelos aproximando-se”.

[6] Gênesis 28:11 “Coincidiu de ele chegar a certo lugar e nele passar a noite, pois o sol havia se posto. Tomou uma das pedras do lugar, colocou-a sob a cabeça e dormiu neste lugar”. Esta passagem, é a que indica o sonho de Jacó, no qual ele vê a escada que une a terra aos céus.

[7] Importante destacarmos que existe um debate sobre quando se deve realizar a reza atribuída a Jacó e há entendimento no sentido de que ela pode ser realizada durante qualquer período da noite, isto é, até o alvorecer. Também há o entendimento de que ela deve ser realizada até a meia-noite, assim como também há o entendimento de que ela deve ser realizada antes do término da primeira vigília da noite.

[8] Vide comentários do versículo anterior.

[9] Isaías 43 : 1 “Mas agora, diz Yahweh, aquele que te criou, ó Jacó, aquele que te modelou, ó Israel.

[10] Vide comentários aos versículos de 16 a 20.

[11] Em uma leitura da Torá, é possível verificar a transformação ocorrida na personalidade de José. Quando jovem, ele contava para o seu pai o que os seus irmãos faziam, inclusive chegando a modificar informações, prejudicando os irmãos. Porém, já na fase adulta, quando o seu pai falece e os seus irmãos acreditam que José iria se vingar, ele sente a amargura ao perceber o que os irmãos pensavam dele e diz que não iria se vingar, pois havia compreendido que aquilo que ele julgou, anteriormente, como sendo algo ruim que lhe aconteceu, na verdade, foi o desígnio de Elohim o conduzindo para coisas boas. Assim, José realiza uma metanoia e é justamente essa transformação no seu modo de pensar, que o faz ser considerado um tsadic.

[12] Vide comentários aos versículos de 16 a 20.

[13] Isaías 43 : 1 “Mas agora, diz Yahweh, aquele que te criou, ó Jacó, aquele que te modelou, ó Israel.” A referência a Israel como tendo sido modelado é dupla. A primeira, está ligada à própria transformação experimentada por Jacó, que muda de nome, após o contato com a divindade. Já a segunda, é uma referência ao povo como um todo, que forma um corpo existencial.

[14] A palavra em koiné, contida no versículo, é ánõthen (ἄνωθεν), é um advérbio que significa “do alto”, mas também significa “novamente”.

[15] A palavra contida no versículo, em koiné, é pneûma (πνεῠμα) e costuma ser traduzida como espírito, no sentido hebraico de Ruach.

[16] Vide introdução ao tópico referente aos versículos 21-28 deste capítulo, O 5º Dia, para compreender parte do simbolismo associado ao olho.

[17] A palavra sinagoga, em koiné, é συναγωγή (synagogí), que significa congregação, isto é, reunião de pessoas.

[18] A expressão correta é parashat hashavúʿa (פרשת השבוע).

[19] Parashot é o plural de Parashá.

[20] Cada Parashá, além de um trecho da Torá, contém trechos de outros dois livros (Profetas e Escritos), que são conectados ao tema da leitura da Torá.

[21] A parashá se inicia em Deuteronômio 33:1 e termina em Deuteronômio 34:12.

[22] A parashá se inicia em Gênesis 1:1 e termina em Gênesis 6:8.

[23] Para fins deste tópico, podemos utilizar o conceito de santificação como sendo representado pela subida na escada, enquanto a descida é a interiorização visando realizar o escrutínio daquilo que já pode ser santificado.

[24] Vide comentários sobre o versículo 38 deste capítulo.


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