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Por Jules Doinel
Tradução e Organização Tales de Azevedo[1]
Cada um de nós somos Eons e podemos nos tornar como um Simão para uma Helena, ou uma Helena para um Simão. Para cumprir nossa missão de Salvador, nós, os iniciados da Gnose, devemos parecer aos profanos como semelhantes em forma, mas superiores em espírito. Simão e Helena nos ensinaram e, por sua vez, devemos
ensinar o poder libertador da Gnose, a ciência iluminadora, a lei ou a Palavra perdida dos Rosacruzes. Livraremos nossos irmãos e irmãs do jugo da ignorância e da superstição, do materialismo grosseiro e do ceticismo arrogante. Vamos vesti-los com as vestes brancas da Iniciação. Não importa onde a semente é semeada, desde que seja semeada; salvos pela gnose, tornamo-nos salvadores, felizes se possuirmos, talvez não pelo gênio tal como Simão o Mago, mas semelhante pelo seu grande coração e ampla caridade.
O homem compreende todos os três princípios; o princípio da escuridão ou do fogo, do qual se origina sua alma; o princípio da luz, do qual seu espírito se origina; e o terceiro princípio, que é o elemento básico do seu corpo.
Na vida do homem, há três estados a serem distinguidos um do outro – primeiro, o mais íntimo, ou seja, Deus estando eternamente escondido no fogo; segundo, a parte do meio, que desde a eternidade permaneceu como uma imagem ou semelhança nas maravilhas de Deus, comparável a uma pessoa que se vê no espelho; em terceiro lugar, essa imagem viva recebeu ainda outro espelho na criação, em que se contempla a saber, o espírito do mundo eterno ou o terceiro princípio, que também é uma forma (estado) do eterno.
(De La Revue Théosophique, 1890.)
[1] Organizado e Traduzido para o português por Tales de Azevedo (Tau Hanu – artereal.talesaz.com) a partir dos documentos em inglês selecionados e disponibilizados pelo mui rev. Mathieu Ravignat e Tau Apollonius da L’Église Gnostique Apostolique
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