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Idris (Enoque no Alcorão)

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Idris é o profeta islâmico geralmente identificado com o profeta bíblico Enoque. É um profeta incomum mencionado brevemente duas vezes no Alcorão (Suratas 19:56-57; 21:85-86), onde ele é descrito como uma pessoa confiável e paciente:

“56. E menciona, no Livro, (a história de) Idris, porque foi (um homem) de verdade e, um profeta.

57. Que elevamos a um estado de graça.” (Alcorão 19:56-57).

 

 

“85. E (recorda-te) de Ismael, de Idris (Enoque) e de Dulkifl (possivelmente o profeta Ezequiel), porque todos se contavam entre os perseverantes.

86. Amparamo-lo em Nossa misericórdia, que se contavam entre os virtuosos.” (Alcorão 21:85-86).

 

O Alcorão acrescenta que Deus o “elevou a um lugar alto” (Alcorão 19:57), uma afirmação na qual a maioria dos comentaristas muçulmanos acredita que Deus o deixou entrar no Paraíso sem primeiro morrer. Isto fez dele um ser humano único.

Até mesmo seu nome é incomum; provavelmente se originou como um termo em hebraico antigo para “intérprete” (doresh) da Torá.

Esta é uma referência judaica primitiva a Enoque, que é mencionado na Bíblia como um descendente de Adão e um ancestral de Noé que tinha “caminhado, ou andado com Deus”.

Da mesma forma, a tradição islâmica considera Idris como um profeta que viveu entre o tempo de Adão e Noé.

Fontes muçulmanas do século VIII mencionam explicitamente que o verdadeiro nome de Idris é Enoque e que ele é chamado de Idris em árabe por causa de sua devoção ao estudo (“dars”, em árabe) dos livros sagrados de seus antepassados Adão e Seth (um filho de Adão).

Na linha dos lendários profetas que antecederam a Muhammad (m. 632), ele é creditado por ser a primeira pessoa a escrever com uma pena, a costurar roupas e a estudar astronomia.

Segundo uma história do profeta, a grande piedade de Idris atraiu a atenção do anjo da morte, que o visitou durante três dias em sua forma humana e depois o recompensou com um passeio pelo céu, pelo inferno e pelos jardins do paraíso.

Diz-se que Muhammad conheceu Idris no quarto céu durante a sua Viagem Noturna e a sua Ascensão.

Mestres sufistas como Ruzbihan Baqli (m. 1209) e Muhyi al-Din ibn al-Arabi (m. 1240) também mencionam que o encontraram em suas viagens visionárias.

Leitura adicional:

– Yoram Erder, “The Origin of the Idris in the Quran”: A Study of the Influence of Qumran Literature on Early Islam” (Um Estudo da Influência da Literatura de Qumran no Islã Primitivo);

– Journal of Near East Studies 49 (1990): 339-350; Ahmad ibn Muhammad al-Thalabi, Arais al-majalis fi qisas al-anbiya, ou “Lives of the Prophets (As Vidas dos Profetas)”. Translated by William M. Brinner (Leiden: E.J. Brill, 2002), 83-85.

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Fonte:

Encyclopedia of Islam

Copyright © 2009 by Juan E. Campo

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Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.


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