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Ali ibn Abi Táleb (O Príncipe dos Crentes)

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Ali ibn Abi Táleb foi o 1º Imam. Ele nasceu na Preciosa Mecca, no dia 13 de Rajab, durante o ano de 600 d.C, isto é, trinta anos após o nascimento do Profeta Mohammad. Seu pai foi Abed Manáf, mais conhecido por Abi Táleb; tendo sido o sheikh dos nobres e a segurança do Mensageiro de Deus (Deus o abençoou e a sua Linhagem, e os saudou), o qual o criou após a morte de seu avô Abdel Muttâleb, que dele cuidou até os oito anos de idade. Abu Táleb era irmão de Abdallah Ibn Abdel Muttâleb, genitor do Profeta Mohammad (Deus o abençoou e a sua Linhagem, e os saudou). Sua mãe foi Fátima Bent Assad Ibn Háchem, a qual foi uma das primeiras a crer no Mensageiro de Deus (S.A.A.S.), e era tida como uma mulher excepcionalmente sábia pela sua índole e carinho para com o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.), pois cuidara dele com apreço especial, defendendo-o contra as injustiças e beneficiando-o. O profeta Mohammad (S.A.A.S.) dizia: “Ela é minha mãe depois de minha mãe”. Quando ela morreu o Profeta (S.A.A.S.) chorou muito, envolvendo-a com a própria camisa ao ser enterrada e rezando por sua alma pronunciando a Tacbira (Allahu Akbar) por setenta vezes.

A GRANDE HONRA EM UM ABENÇOADO NASCIMENTO:

Quando Fátima Bent Assad sentiu as primeiras contrações por estar grávida de Ali, dirigiu-se à Caaba e começou a orar a Deus Supremo em oração fervorosa para que Ele lhe facilitasse a concepção de seu filho, orando: “Ó Senhor! Eu creio em Vós e em tudo que de Vós veio em Profetas e Livros, bem como, creio nas palavras de meu avô Abraão, como creio que ele foi o construtor da “Casa Velha” (nome dado à Caaba antes do Islam). E pelo direitos de quem construiu esta Casa e daquele que ainda se encontra em meu ventre, peço humildemente facilitar a minha concepção!”

Nem acabara sua oração, as paredes da Caaba se abriram e ela se adentrou nela, para que depois, as mesmas paredes, voltassem ao seu estado normal. As pessoas tentaram abrir o cadeado da Porta do Templo de Deus, mas foi em vão. Por fim todos entenderam que era pela vontade de Deus Supremo que o nascituro viesse a nascer na Casa mais pura e sagrada do mundo. Fátima Bent Assad permaneceu dentro da Caaba por três dias, comendo dos frutos do paraíso; e no quarto dia, ela saiu dali carregando seu filho nos braços. O Imam Ali Ibn Abi Táleb (A.S.) foi o primeiro e o único que nasceu na Caaba e jamais alguém após ele mereceu tanta magnificência de Deus Glorificado e Sublime, pela sua grandiosidade e elevada posição junto Dele, foi também o primeiro a receber o nome Ali.

SEU AMPARO E DESENVOLVIMENTO:

O Imám Ali (A.S) teve o amparo e a educação do Mensageiro de Deus, o qual, apesar de já ter se casado com Khadija Bent Khualeid, frequentava com assiduidade a casa do tio Abi Táleb, onde cuidava de Ali, seu priminho, com especial atenção e carinho, como se Ali fosse o seu próprio filho amado.

Quando o Imam Ali (A.S) atingiu a idade de seis anos, Coraich estava em séria crise econômica e Abi Táleb já possuía muitos filhos. Então, o Mensageiro de Deus, para amenizar a situação de seu tio, propôs-lhe a guarda e a educação do pequeno Ali levando-o para sua casa onde o garoto cresceu e se desenvolveu.

O Imam Ali (A.S) sempre trazia a lembrança dizendo: “Vós sabeis do meu conceito através do Mensageiro de Deus, o qual o abençoou e a gente de sua casa, pelo estreito parentesco e a posição especial, e que me carregava no colo, quando eu era menino e abraçava e acarinhava paternalmente, e fazia-me dormir em seu leito. Quantas vezes ele mastigou a comida e me alimentava. Jamais o decepcionei com mentiras e tampouco em erros no trabalho. Eu o seguia tal qual como o faz a cria que segue o rastro de sua mãe. A cada dia, ele me elevava com seu caráter e conhecimento, exigindo de mim que os cumprisse a risca. Inicialmente, eu era o único que o via se dirigir todo ano para Herá e, na ocasião, não havia um lar que tivesse abraçado o Islam, exceto o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.), Khadija e eu, que via a luz da Al-Uahí (Revelação) e ouvia a mensagem divina, sentindo o aroma da profecia”.

SUA ESPOSA:

Por ordem de Deus, o Profeta Mohammad (S.A.A.S.) o uniu em matrimônio a Fátima “Azzahrá” Senhora de todas as mulheres; e Deus Glorificado e Sublime assim determinou, para que a descendência do Mensageiro de Deus se estabelecesse por intermédio de ambos; e por seu lado o Profeta Mohammad (S.A.A.S.) falava: “Deus fez a prole de cada Profeta de sua própria descendência e fez da minha prole pela descendência deste”, aludindo ao seu primo e genro Ali Ibn Abi Táleb (A.S).

SEUS FILHOS:

Ali Ibn Abi Táleb e sua esposa, Fátima Bent Mohammad “Azzahrá”, tiveram quatro filhos: os dois Imámes Al-Hassan e Al-Hussein e duas meninas, Zeinab e Omm Colçum (A paz esteja com todos eles). Entretanto, após a morte de Fátima, o Imám Ali casou-se com várias esposas e delas teve aproximadamente vinte e três filhos.

ALGUNS DE SEUS BENEMÉRITOS:

1) Deus o favoreceu com a grandiosa dignidade desde seu nascimento, pois ele nasceu no Templo Sagrado de Deus, no âmago da Caaba; e com esta honra ninguém o antecedeu e nem ocorreu tal fato a alguém depois dele.

2) Cresceu e se desenvolveu no seio do lar do Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) o qual muito se importou e se empenhou por ele, Ali (A.S).

3) Jamais se inclinou ou se ajoelhou diante de algum ídolo e não adorou outra divindade além de Deus Único.

4) Foi o primeiro homem a abraçar o Islam, como foi o mais antigo em sua fervorosa fé.

5) Quando Deus Supremo ordenou o Seu Profeta a advertir os que lhe eram mais próximos para segui-lo em sua missão, o Profeta reuniu a todos e os admoestou sobre Deus dizendo: “Aquele de vós que me seguir nessa incumbência será considerado meu irmão, o meu recomendado, meu ministro, o meu herdeiro e sucessor”. Entretanto, todos silenciaram exceto o Imam Ali (A.S) que aliás, era na ocasião o mais novo dentre todos, que se levantou exclamando: “Eu vos seguirei nesta incumbência ó Mensageiro de Deus!” O Profeta Mohammad (S.A.A.S.) olhou para o primo e disse-lhe: “Sente-se, pois és meu irmão, o meu recomendado, o meu ministro, o meu herdeiro e sucessor depois que eu for”.

6) Protegeu o Mensageiro de Deus (S.A.A.S) com a própria vida ao permanecer em seu leito, quando Deus ordenou ao Seu nobre Profeta para emigrar para a cidade de Medina, seguindo-o depois de ter concluído a devolução dos valores aos seus próprios donos.

7) Quando o Mensageiro de Deus (S.A.A.S) confraternizou os muçulmanos entre os emigrantes e os aliados (Al-Ansari) na cidade de Medina, tomou Ali como seu fraterno dizendo-lhe: “És meu irmão nesta vida e na eternidade”.

8) A história testemunha sobre a sua bravura e coragem tão ímpar e tão zelosa defesa do Islam e seu nobre Profeta. Não havia uma batalha em que o Imam Ali (A.S) não tivesse participação ativa, tanto é que muitos chegavam a ouvir uma voz vinda dos céus proclamando: “Não há jovem como Ali e não há espada como a Zul Fiqar (apelido da espada do Imam Ali)!”

9) Ninguém obteve no Islam o que o Imam Ali (A.S) obteve em louvor e majestade diante de Deus Supremo. Até o Alcorão Sagrado o menciona em aproximadamente trezentos versículos tal qual citou Ibn Abbás, sendo também apontado nos ahadith (tradições) do Profeta Mohammad. O próprio Profeta Mohammad o reunia ora com a justiça ora com o Alcorão Sagrado fazendo com que o amor por Ali seja símbolo da fé e o desprezo por ele um conceito de hipocrisia. O Mensageiro de Deus fez do Imam Ali a porta da metrópole da sabedoria. Ninguém era tão reconhecido como o foi o Imam Ali em relação ao Mensageiro de Deus, e o Imam dizia sempre: “Me questionem antes de me perderem, pois o Mensageiro de Deus me abriu mil portas de sabedoria e cada uma se abriu em outras mil”.

Eis que citaremos a seguir algumas tradições do Mensageiro de Deus (S.A.A.S.):

“Ali está com a justiça e a justiça está com Ali, e ambos não se separaram até o Dia do Juízo Final”.

“Ali é a porta do meu conhecimento, revelador à minha nação, o que propaguei em missões depois que me for. O amor por ele é símbolo de fé e o desprezo por ele é símbolo de hipocrisia”.

“Ali complementou minha nação”.

“Para cada Profeta há um recomendado e um herdeiro, e Ali é o meu recomendado e herdeiro”.

“Se os Céus e a Terra estiverem numa escala e a fé de Ali em outra, prevalecer-se-á a fé de Ali”.

10) O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) o privilegiou com o título de “Amir Al- Mu’Minin” (Príncipe dos Crentes), e o nomeou seu sucessor no dia de “Al- Ghadir”. Em sua homenagem desceu a revelação do versículo 3 da Surata 5 (Surata Al Meada): “Hoje completei para vós; tenho-vos agraciado generosamente, e aponto o Islam por religião”; bem como Deus Supremo infligiu o sofrimento sobre aquele que negar a sucessão de Ali e sua glória e omitir o testemunho sobre essa sucessão. O acontecimento foi registrado nos livros de história, em que, após a nomeação de Ali Ibn Abi Táleb pelo Mensageiro de Deus para “Califa”, isto é, sucessor Imam e Governante dos muçulmanos, o Profeta Mohammad ordenou que cada um dos presentes notificasse os ausentes. Certo homem chamado Al-Hareth Ibn Naaman, não ficando satisfeito com esta decisão, foi ter com o Mensageiro de Deus na Mesquita e disse-lhe: “Ó Mohammad (S.A.A.S), tu nos ordenastes de que não há divindade além de Deus e que és o seu Mensageiro, e nós aceitamos; nos ordenastes rezarmos cinco orações todos os dias, jejuar no mês de Ramadan, peregrinar à Caaba, pagarmos o Zacat e concordamos com tudo isto, porém, como se não bastasse, agora vens impor-nos o vosso primo como sucessor, preferindo-o a todos os demais dizendo-nos: “Aquele que eu sou seu soberano Ali o será também! Afinal, isto vem de vós ou vem de Deus?” O Mensageiro de Deus (S.A.A.S) olhou-o firme e, com os olhos vermelhos pela indignação lhe respondeu: “Por Deus! Que não há divindade além Dele, que isto é de Deus e não de mim!” repetindo a frase por três vezes. Al-Hareth se levantou dizendo: “Por Deus! Se o que Mohammad falou é verdadeiro, que caia sobre mim pedras do céu ou que se apodere de mim o pior dos sofrimentos! Saindo dali em seguida”. Logo depois, o Mensageiro de Deus contou: “… eu vos juro que ele nem chegou a alcançar a sua camela, caiu-lhe do céus uma pesada pedra, atingindo-o em cheio na cabeça, matando-o imediatamente”. Posteriormente, desceu uma revelação que diz: “Alguém inquiriu sobre um castigo iminente e indefensável para os incrédulos.” Surata Al-Maarej __ Surata 70 versículo 1 e 2.

A outra questão de importância é sobre a omissão do testemunho ocorrido no Al-Ghadir, sendo que quando o Imam Ali estava na Mesquita de Al-Cufá, durante o seu califado, ele convocou o povo e falou-lhe do púlpito: “Deus conjurou todo muçulmano que ouviu o Mensageiro de Deus no dia de Al-Ghadir Khom dizer: “Aquele que lhe sou soberano, Ali o será também”, uns se levantaram e confirmaram o que ouviram e outros que ouviram e viram, não se levantaram. Os que se levantaram foram trinta, dos quais dezesseis participaram da Batalha de Badr e divulgaram que o Profeta tomou Ali pela mão e indagou aos presentes: “Sabeis que sou benemérito pelos crentes mais do que eles sobre si mesmo? E todos responderam-lhe afirmativamente. Então o Profeta Mohammad prosseguiu: “Aquele que lhe sou soberano, este o será. Deus aprovará quem o aprovar e amaldiçoará aquele que se inimizar com ele…” Entretanto, a inveja e a aversão contra o Imam se apossaram de alguns dos presentes, os quais presenciaram outrora a reunião de Al-Ghadir Khom e posteriormente omitiram o testemunho sobre a sucessão; dentre eles se encontrava Anas Ibn Málek. O Imam Ali (A.S), desceu do púlpito e dirigiu-se à Anas questionando-o diante da multidão: “Por que, ó Anas, não te levantaste com os Sahábas (Companheiros) do Mensageiro de Deus e confirmaste o que ele afirmara na ocasião, como o fizeram os demais?” Encabulado, Anas falou: “Ó Príncipe dos Crentes, eu estou com a idade muito avançada e já me esqueci deste fato”. O Imam Ali (A.S) o olhou de frente e disse-lhe: “Se estiveres mentindo, Deus te punirá com a lepra e o teu turbante não bastará para esconder o teu mal”. Nem acabou de sair na Mesquita e a terrível doença começou a se manifestar sobre o homem, que lamentava em gemidos: “Deus ouviu a imprecação do servo fiel, porque menti e omiti o testemunho da sua sucessão!”

11) Deus o privilegiou para que a descendência do Mensageiro de Deus seja por intermédio de sua união com Fátima “Azzahra”, a filha do Profeta Mohammad. O Profeta Mohammad disse certa vez: “Toda semente de um Profeta, Deus a conservou em sua descendência, e a minha, a transformou da firmeza deste homem” aludindo ao seu primo e posteriormente genro, Ali Ibn Abi Táleb (A.S).

12) O Mensageiro de Deus o incumbiu de sua lavagem e preparação do corpo após a sua morte, dizendo-lhe: “Ó Ali, serás tu quem se incumbirá da minha preparação depois do meu fim”; e quando o Profeta faleceu, o Imam se empenhou de lavá-lo pessoalmente e prepará-lo para sua viagem derradeira, e após a oração pela alma do Profeta e Mensageiro de Deus, Ali o sepultou no mesmo local onde morreu.

O IMAM ALI (A.S.) APÓS A MORTE DO MENSAGEIRO DE DEUS (S.A.A.S.):

Foi-se o Profeta Mohammad (S.AA.S), deixando atrás de si as suas recomendações declaradamente alusivas à sucessão do Imam Ali (A.S). Entretanto, ocorreram situações contraditórias ao Imam e outros homens se apossaram da sucessão do Mensageiro. Mas, o Imam não quis reivindicar os seus direitos na ocasião, para que não houvesse cisão entre os muçulmanos, a fim de preservar a sua união. Com isto, os Sahábas reconheceram a sua benevolência e, em consideração ao seu parentesco com o Mensageiro de Deus e a importância de sua sabedoria em solucionar a sucessão pacificamente, passaram a procurá-lo para resolverem todas as questões jurídicas, sociais e religiosas, sendo apoiado para tal pelo primeiro Califa Abu Bakr, que dizia, conforme relata a história: “Para qualquer problema que me era imposto por Deus, não teria a sua solução sem Abu Al-Hassan!” aludindo ao Imam Ali (A.S). O segundo Califa Omar Ibn Al-Khattáb também chegou a falar: “Não fosse Ali, Omar teria sucumbido!”

Assim, o Imam Ali (A.S) permaneceu à disposição das diretrizes, nas pregações, mantendo a harmonia entre o povo e a nação islâmica, por longos vinte e cinco anos, isto é, até o assassinato do terceiro Califa, Othman Ibn Affan. Estando sem um Califa, a multidão se reuniu com Ali (A.S.) para que assumisse a sucessão, o que o fez decidido em tomar posse de seus direitos no Califado na condição de que o povo concordasse em seguir à risca a conduta do Mensageiro de Deus (S.A.A.S), cumprindo com os direitos dos fiéis e estendendo a justiça e a igualdade entre as pessoas, pois na ocasião, o povo convivia com o preconceito e diferenças das camadas sociais, realizando atos contrários ao que o Mensageiro retratava e propagava.

A POLÍTICA DO IMAM ALI NA SUCESSÃO:

Foi no ano 35 da Hijra que o Imam Ali (A.S) tomou posse do Califado, centralizando-o na cidade de Al-Cufá, no Iraque, que se transformou em sua capital. Seu primeiro empenho foi a supressão do desvio moral, que se apossou da nação islâmica no plano prático e político, restabelecendo os projetos econômicos, como tinham sido no tempo do Mensageiro de Deus (S.A.A.S), implantando a igualdade no trato, e sempre dizendo: “O pecúlio é de Deus, que será dividido por igual entre vós. Não há prioridade de um sobre o outro”. Demitiu sem exceção todos os corruptos que exerciam cargos públicos e que incompatibilizavam-se com as responsabilidades do cargo, por não procederem com a lealdade e justiça de acordo com os dogmas religiosos.

O Imam Ali (A.S) impôs a justiça e puniu severamente o suborno no Governo e a fraude, dizendo: “Por Deus! Que serei justo para com o oprimido e julgarei com justiça o seu opressor pela sua insensibilidade, obrigando-o a cumprir pena, mesmo que desagrade a quem quer que seja!” Assim foi a política do Imam Ali (A.S), que naturalmente, não agradava a todos, principalmente aos gananciosos e baderneiros; sobretudo aos fracos espiritualmente, que não se compatibilizavam com a religião islâmica, os quais tentavam confundir os problemas e dispersar as suas resoluções e soluções instigando contra ele pessoas como Moáuiya filho de Abu Sufián, instituído como Governante do Chám (hoje toda a região da Síria, Palestina e Líbano) pelo segundo Califa Omar Ibn Al-Khattab, e apoiado posteriormente pelo terceiro Califa Othman Ibn Affán.

Moáuiya Ibn Abu Sufián perseguia os muçulmanos, incutindo em seus corações o medo e o terror, matando os inocentes, tomando-lhes pela força as mulheres e se apropriado de seus bens e riquezas.

A MORTE DO IMAM ALI IBN ABI TÁLEB (A.S.):

No dia 21 do mês de Ramadan do ano 40 da Hijra, o Imam Ali (A.S) foi covardemente atacado com uma espada envenenada pelo fanático criminoso Abdel Rahman Ibn Môljam, enquanto ele rezava na Mesquita a Oração do Fajr (Alvorada), morrendo dois dias depois, como mártir pela causa de Deus. Seus dois filhos, Al-Hassan e Al-Hussein (a paz esteja com ambos) se incumbiram na preparação de seu funeral e sepultamento na cidade de Al-Nadjaf, ao sul da cidade de Al-Cufá no Iraque, a pedido dele, onde o seu túmulo se encontra naquela cidade até os nossos dias, sendo visitado periodicamente pelos muçulmanos vindo de todas as partes do mundo.

1) SEU ETERNO LEGADO:  A existência do Imam Ali (A.S) na Terra foi uma grandiosa escola da vida, absorvida pelo conhecimento, justiça e igualdade entre os homens de bem. Foi o defensor dos oprimidos e privados da sorte, os quais sempre podiam contar com a sua justiça e imparcialidade, dando-lhes a vitória merecida e protegendo-os contra os opressores e malfeitores. O Imam Ali (A.S) adorava a Deus com extrema devoção e fervor como o fazia o Mensageiro de Deus (S.A.A.S).

O Imam Ali Ibn Abi Táleb (A.S) deixou-nos um grandioso legado para ser o exemplo dos procedentes e luz aos adeptos a fim de se dirigirem pelo caminho da orientação, realização e justiça durante a vida terrena.

Depois da sua morte, foram reunidos alguns dos discursos deste magnífico Imam (A.S). Suas pregações e eloquente sabedoria, abordando todos os sentidos da vida, foram mencionadas no livro intitulado “Nahjul Balagha” (O Método da Eloqüência), compilado e organizado pelo importante e grandioso sábio Al-Sharif Al-Radi, que viveu no século quatro da Hijra (século onze do calendário gregoriano).

2) COMPILAÇÃO DO ALCORÃO: Compilação do Alcorão: A mais importante de suas realizações foi o empenho do Imam Ali (A.S) em reunir as páginas do Alcorão Sagrado após a morte do Mensageiro de Deus (S.A.A.S); e sua coletânea era organizada de acordo com as revelações dos versículos que o Mensageiro de Deus (S.A.A.S) recebia, anexando à este Alcorão a interpretação de seus versículos, seus significados e o motivo de suas revelações.

3) O LIVRO DE FÁTIMA: É um livro escrito pelo Imam Ali e dedicado à Fátima “Azzahra” (A.S.), constituído de importantes discursos e provérbios diversificados, bem como, a informação da passagem e expressão das notícias do futuro. Este livro foi escrito e complementado após o falecimento do Profeta Mohammad (S.A.A.S.), para que Fátima “Azzahrá” pudesse se distrair com sua leitura, a fim de amenizar a sua dor pela morte de seu pai, e desde então, este livro passou a ser conhecido como “O Livro de Fátima”.

4) AL-ÇAHIFA (O pergaminho): É um livro jurídico onde constam as penas estipuladas diante de agressões físicas ou de crimes contra os preceitos morais.

5) AL-JÁME’A (Jornada ou Coletânea do Livro Sagrado): É um livro ditado pelo Mensageiro de Deus para o seu genro, o Imam Ali (A.S), que reúne as informações sobre as necessidades lícitas do ser humano, bem como, o que lhe é ilícito. Abrange o conhecimento da teologia, filosofia, medicina, direitos, literatura e até engenharia, detalhando tudo em conformidade com o Alcorão Sagrado.

6) ÇAHÍFAT AL FARÁ-ED: (O pergaminho dos tributos): O Imam Ali (A.S) registrou na Çahífat Al-Fará-ed os pórticos dos julgamentos, principalmente no que alude ao patrimônio e a partilha que o falecido deixa atrás de si, incluindo as suas riquezas.

7) AL-JAFR: (A Chave do Conhecimento Profundo): A denominação “Al-Jafr” foi composta a um dos portões do conhecimento que o Imam Ali (A.S) adquiriu das profusões do Mensageiro de Deus (S.A.A.S.), e que o registrou em pergaminhos de pele de ovinos ou caprinos; e tal conhecimento refere-se aos acontecimentos futuros e a tudo que os Profetas anteriores ao Profeta Mohammad (S.A.A.S.) predisseram por inspiração divina; sendo que os Imámes purificados (A.S.) tomaram como herança preciosa este livro intitulado de “Al-Jafr”.

8) OUTRAS OBRAS DO IMAM ALI: O Imam Ali (A.S) registrou diversas obras mencionadas pelos historiadores, tais como os livros intitulados por “Os Conhecimentos do Alcorão”, “As Bênçãos dos Donativos”, “As Portas das Jurisprudências” e outros.

PENSAMENTOS DO IMAM ALI (A.S.):

“Não há obediência à quem desobedece o Criador”.

“Se cultivares o mal no coração dos outros, eles o arrancarão do teu peito”.

“Ó filho de Adão! Aquilo que ganhas acima do teu esforço, estarás armazenando-o para os outros”.

“Creiam em Deus, o Qual se falardes Ele vos escutará e se dissimulardes Ele o saberá; e atentei-vos à morte, pois se fugirdes dela ela vos alcançará, e se resistirdes a ela, ela vos ceifará, e se a esquecerdes, ela lembrará de vós.”

“Perguntaram-lhe sobre a fé e ele lhes respondeu: A fé é o conhecimento no coração, a confissão pela boca e a realização dos pilares”.

“O dia do oprimido é mais violento para o opressor do que o dia do opressor o é para o oprimido”.

“A paciência se define em duas formas: a paciência sobre aquilo que detestas e a paciência naquilo que desejas”.

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Fonte:

1° IMAM ALI IBN ABI TÁLEB (A.S.)

https://www.arresala.org.br/profeta-mohammad-s-a-a-s/1-imam-ali-ben-abi-taleb-a-s

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Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.


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