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O capítulo IV do Livro dos Espíritos, intitulado “A Pluralidade dos Mundos”, organizado por Allan Kardec não deixa dúvidas com relação à existência da vida fora da Terra. Das perguntas 175 às 188 é explicado que nem todas as existências corporais se dão no mesmo mundo e que é o grau de elevação de um espírito e seus méritos que determina onde ocorre cada encarnação.
Podemos ler ainda neste trecho da obra que a medida que progridem, os espíritos habitam mundos onde a matéria é menos densa e as necessidades físicas menos grosseiras até que chegue ao ponto dos seres vivos não não terem mais a necessidade de se entredevorar. Com as paixões animais enfraquecidas o egoísmo destes mundos mais avançados daria lugar à fraternidade.
Nestes mundos espiritualmente evoluídos, os espíritos são mais livres e seus corpos possuem poderes e percepções que nos são desconhecidos. A duração da vida é maior e a intuição do futuro faz até morte causar menos apreensão.
O SISTEMA SOLAR
O Livro dos Espíritos traz também a situação do nosso Sistema Solar. Às informações abaixo foram retiradas desta obra e complementadas com dados da Revista Espírita, conforme às referências entre parênteses. ao longo do texto:
Sol: Não habitado por seres corporais mas local de reunião de Espíritos Superiores que de lá irradiam seus pensamentos e dirigem outros mundos por meio de espíritos menos elevados.
Mercúrio – Comparando com os estados evolutivos dos demais planetas Mercúrio está logo depois da Terra. (Revista Espírita, março de 1858). É preciso esclarecer que na maior parte dos planetas a vida existe em matéria sutil ainda não acessível pelos meios atuais, tal como ocorre entre os espíritos desencarnados da Terra.
Marte – O Livro dos Espíritos coloca o planeta vermelho como o mais inferior do sistema solar. Talvez isso indique a existência de vida microscópica ou bastante primitiva.
Terra – Nosso planeta azul é colocado como um dos mais atrasados física e moralmente de todo sistema. Embora a Terra seja relativamente atrasada é necessário dizer que um dia chegará a ser como um paraíso terrestre visto que os mundos também estão em evolução
Vênus – Nosso planeta vizinho é colocado como um dos mais avançados do sistema solar, perdendo apenas para os gigantes gasosos. Como curiosidade é interessante saber que a Lua está no mesmo estado evolutivo que Vênus. (Revista Espírita, março de 1858). A conformação física de seus habitantes é semelhante aos humanos da Terra, porém mais sútil. Seus habitantes não se nutrem de cadáveres de animais, mas dos frutos naturais de seu planeta. Sua organização política é harmoniosa e baseada em tribos com chefes definidos pela idade uma vez que a velhice neste mundo, isento de enfermidades e longevidade infinitamente mais longa, não representa a degeneração do corpo mas a maior sabedoria da alma. (Revista Espírita, agosto de 1862)
Júpiter – Este planeta tão maior do que a Terra é também habitado por espíritos muito superiores de modo que este mundo é destacado como o mais avançado de todo sistema. De fato a Revista Espírita, março de 1858, afirma que aqui não há senão espíritos bons e puros. Há em Júpiter algo correlato a nossa vida animal, mas estes também são mais evoluídos com inteligência mais desenvolvida do que nos nossos e consideram os Bons Espíritos de lá divindades. (Revista Espírita, março de 1858)
Saturno – Assim como ocorre com Mercúrio, a superioridade numérica dos bons espíritos colocam o planeta dos aneis em um estado superior ao da terra em termos de evolução espiritual. (Revista Espírita, março de 1858)
Urano – O Livro dos Espíritos não menciona este planeta mas a Revista Espírita, março de 1858, o coloca como o segundo em grau evolutivo, logo abaixo de Júpiter, ou seja, é habitado quase que majoritariamente por Espíritos Bons e Puros. Vale dizer que os Espíritos Puros não estão confinados aos seus mundos e possuem o privilégio de visitar e ajudar os demais planetas, razão pela qual talvez tenha sito tão comum alguns espíritos se identificarem a Kardec como de nossas orbes vizinhas.
Netuno, Plutão e mais orbes não são mencionadas na obra de Kardec.
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