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Austrália
[SMITH, 2004 – p 122]
Entre os aborígenes australianos o termo espírito e a dimensão espiritual da existência é se refere a inúmeras manifestações da vida:
1. há os espíritos de indivíduos; 2. espíritos da terra, de certos lugares e nações; 3. espíritos dos Tempo dos Sonhos e da Sabedoria [época primordial da criação do mundo e de todas as coisas]; 4. da família; 5. Protetores. Acreditam que o mundo foi criado em um estado de sonho [o Tempo dos Sonhos] pelos espíritos ancestrais, seres poderosos que tinham o poder de mudar de forma. Estes espíritos criadores são os mesmos que animam animais, habitam as terras, as águas, a flora e também os indivíduos, homens e mulheres da realidade objetiva e passageira da existência terrena. Por outro lado, espírito, “poder”, “força”, entre estes povos, são termos praticamente sinônimos.
A palavra “fantasma” chega a ser inadequada para designar os espíritos desencarnados mas, como herança européia, foi adotado para definir um espírito personificado [que mantém a personalidade do tempo em que estava vivo] confuso, alguém que morreu e que age no sentido de prejudicar os viventes. Os espíritos australianos originalmente que habitam cavernas, poços, fontes; quando deixam o corpo daquele que morreu, devem retornar para esses lugares. Porém, a persona tende a querer permanecer na terra de sua tribo; por isso, a cerimônia funerária do enterro inclui fazer o caminho até o local do túmulo andando em ziguezague ou cruzando a correnteza de rios para confundir a alma de modo que ela não encontre o caminho de retorno à aldeia. Se isso não for feito, o espírito volta causando transtornos, perturbando a vida cotidiana.
Polinésia
[CRAIG, 1989 – p 42] ─ Violentos e Canibais: Nas ilhas Polinésias, Akua ou Atua é o termo genérico para designar deuses, espíritos, demônios, fantasmas e outros seres sobrenaturais. Ali, existe uma distinção: o espírito de alguém que morreu é uma coisa, um fantasma, outra coisa. Os espíritos “normais” transcendem a existência e vão para “submundo”; são invisíveis. Mas aqueles que permanecem na Terra, são visíveis para os mortais.
Esses fantasmas, em geral, são malévolos e infligem danos físicos. Foram guerreiros que pereceram em batalhas ou os que morreram inesperadamente de mortes violentas [a crença se repete]. Freqüentemente, estes fantasmas tornam-se verdadeiros demônios, mencionados em muitos mitos polinésios. As vezes os espíritos voltam e atacam violentamente sem causa aparente: arrancam os olhos dos vivos, causam doenças No passado, fantasmas canibais, aterrorizaram os antigos polinésios.
Tal como em outras culturas, os procedimentos funerários têm importância fundamental no destino dos desencarnados. Se o cadáver não for tratado adequadamente, o espírito não tem descanso no Além. Algumas tribos não enterram seus mortos definitivamente: esperam pela decomposição da carne. Somente quando restam apenas ossos, estes são sepultados em lugares secretos. No Havaí, por exemplo, um fantasma Pümai’a apareceu para a esposa e revelou onde seu corpo fora jogado [pois seu paradeiro era desconhecido] para que ela pudesse providenciar funeral apropriado.
por Ligia Cabús
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