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A Rotina da Caça – Manual dos Caça-Fantasmas

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Com a prática você será capaz de identificar com uma rápida olhada alguns efeitos que podem ser captados em fotografias e vídeos que podem levar uma pessoa a achar que captou fantasmas em casa. Tudo o que você aprendeu até agora sobre captura de imagens e vídeo deve ser usado para se tentar identificar borrões, ilusões causadas por iluminação, falhas em equipamentos, filmes expostos duas vezes, etc. quando receber, além dos relatos falados, alguma evidência da ação de fantasmas,

Tendo isso em mente, e investindo uma tarde em pesquisar o lugar e tentar descartar toda possibilidade não fantasmagórica de atividades no lugar você está pronto para prosseguir.

Não deixe de garantir que todo documento seja assinado por ambas as partes cada uma ficando com uma cópia, veja se alguém possui alguma dúvida, e sanando qualquer detalhe que precise ainda de acerto, marque a data para o início de suas atividades.

Como já foi discutido, não existe um número ideal de pessoas envolvidas em uma caçada, e mesmo se houvesse não podemos esperar que, além do equipamento, dos programas de análise e de um local assombrado para se caçar, você também consiga um número grande de interessados no início de suas atividades. Por este motivo vamos descrever uma caçada básica com uma pessoa, mas este roteiro serve como base para se organizar duplas ou grupos maiores.

Em primeiro lugar você deve marcar com as pessoas, caso se trate de um local habitado, um período de pelo menos dois dias, você tem que ter em mente que mesmo que passe a noite no local os fantasmas não são como em livros e filmes, eles estão à nossa volta de noite e de dia. Assim que chegar no lugar você já deve estar familiarizado com os pontos quentes, com as estruturas, escadas, porões, sótãos, garagens, etc. Já tendo traçado sua estratégia de caça anteriormente já instale o equipamento fixo, como gravadores, câmeras, sensores de movimento e o que mais tiver planejado. Assim que o local estiver preparado faça uma primeira checagem, repasse todos os cômodos e cheque se os equipamentos estão ligados, com baterias ou carregados e se estão gravando. Não existe nada mais frustrante do que depois de um dia de caçada você descobrir que esqueceu de ligar gravadores ou de conectar as câmeras de vídeo.

Caso todos os membros da família estejam presentes explique a todos o que cada equipamento faz e peça para não atrapalharem sem querer, esbarrando em microfones, gritando em quartos com gravadores, andando perto dos detectores de movimento, etc. Caso exista algum cômodo com um potencial grande para registros, por exemplo um quarto onde gavetas abrem e fecham, onde um odor desagradável é sentido, onde de noite batidas nas paredes sejam ouvidas etc., isole-o. Coloque o equipamento que julgar necessário nele e o deixe fechado. Uma boa idéia é levar com você um rolo de fita crepe ou fitas para amarrar nas maçanetas e
lugares que devem permanecer fechados, tanto para moradores quanto para membros da sua equipe.

Independente dos equipamentos que um caçador deixar funcionando no local da caçada é importante que ele sempre leve consigo um kit básico para onde quer que vá. Um gravador, uma câmera e um detector CEM são os mais indicados. Caso prefira trabalhar com outro detector de campos como um contador geiger, use-o no lugar do detector CEM, se preferir um termômetro ao invés de um detector use-o, caso prefira filmadoras ao invés de câmeras fotográficas use-as, não interessa, mas cada membro deve ter em mãos ao menos um equipamento que facilite a detecção de um fantasma e uma forma de registrá-lo. Por este motivo, quanto mais compactos forem os equipamentos, e mais familiarizado você estiver com o manuseio, melhor. Não se esqueça do seu bloco de anotações e do lápis apontado.

A caçada normal acontece da seguinte maneira:

Você deve procurar o fantasma, ou fantasmas, e fazê-los aparecer para serem registrados. Ande pela casa com seu gravador ligado e tente fazer contato falando com o espírito. Existem caçadores que afirmam que a melhor política é ser educado e cortez, outros afirmam que tem melhor resultado provocando os fantasmas para que reajam de forma mais “violenta”. Você apenas descobrirá que método funciona melhor testando ambos e com alguma experiência. Sempre que sentir algum arrepio ou alguma sensação diferente, tente fotografar ou filmar ao seu redor. Uma prática comum é simplesmente fotografar, sem aviso prévio, por cima do ombro.

Se estiver andando e seu detector CEM disparar, comece a dialogar com o gravador ligado, peça para o fantasma falar no gravador, peça para gritar o mais alto possível. Faça perguntas sobre o nome dele, quantos anos tem, etc. Caso consiga uma resposta positiva com o seu detector de campo, resista à vontade de ficar checando suas gravações para ver se existe alguma resposta, isso além de tomar um tempo precioso, pode fazer com que você grave coisas novas em cima de registros que você é incapaz de ouvir sem o equipamento necessário.

Outra técnica usada para se comunicar com fantasmas é o uso do próprio detector CEM, caso estabeleça algum tipo de contato fantasmagórico peça para o fantasma se aproximar ou se afastar do seu aparelho, isso deve fazer as leituras ficarem mais fortes e mais fracas, isso pode ser usado como base em um diálogo, faça perguntas e diga para, caso a resposta seja positiva, que se aproxime, fazendo as leituras ficarem mais fortes, caso a resposta seja negativa, que se afaste. Caso consiga um tipo de contato desses não se esqueça do gravador e não se esqueça de repetir as respostas para que elas fiquem gravadas, por
exemplo:

– Você é um adulto?

Resposta fraca

– Você é uma criança?

Resposta forte

– Ótimo, você é uma criança!

Isso serve para você saber como foi a conversa, mesmo que as respostas não apareçam no seu registro e áudio.

Caso esteja andando com a câmera na mão, seja fotográfica ou de vídeo, e perceber que captou algo comece a conversar com o fantasma, mesmo que não tenha certeza do que foi que você captou, e tente repetir a gravação, tire outras fotos do lugar, filme novamente, não apenas o ponto em questão mas os arredores, lembre-se que fantasmas não são estátuas, eles se movem pelo local.

É importante que todo contato feito durante a caçada seja confirmado no local. Se você entra em um quarto e ouve um choro e simplesmente fica quieto e depois sai, pode ter perdido a chance de se comunicar com os espíritos ou de conseguir registros ainda melhores. Também é importante se lembrar que pessoas dificilmente são filósofas em vida e a morte não torna ninguém um expert no desconhecido, assim perguntas como: “Como é estar morto?”, “Existe Deus?”, “Como é a travessia?” geralmente não tem respostas boas, se é que conseguem alguma. Se te perguntarem como é a vida, como se sente estando vivo e que tal ter uma mente presa em um corpo vai já, de antemão, ter as respostas para perguntas como “o que é a morte, que tal não ter corpo, etc…” Você pode tentar, mas muitas vezes o fantasma parece estar mais confuso do que você com a situação.

Sempre que tiver um acontecimento fora do comum, seja uma sensação de calafrio constante em um determinado lugar, sussurros no ouvido, etc… lembre-se de registrar, se estiver com um gravador ligado não esqueça de sempre que ocorrer dizer onde está, qual foi a sensação ou o ocorrido e o horário.

Caso esteja caçando em grupo, respeite os horários de encontro e troque as experiências, caso esteja caçando “solo”, determine um horário para checar todos os seus dados. Agora é uma boa hora para decidir alguma nova estratégia, caso tenha algum dos equipamentos que force um fantasma a aparecer, como o gerador de Van der Graaf ou um gerador de tons, decida qual cômodo ou qual local seria o melhor ponto para testá-lo e use-o.

Este primeiro período é bom para você tentar capturar tudo o que conseguir de maneira aleatória, caso esteja em um local com os moradores, peça para que avisem caso notem algo.


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