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Lilith nas Tradições Místicas Judaicas

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Por Rabbi Geoffrey W. Dennis.

Quem ou o que é Lilith exatamente?

Lilith [Do hebraico Lilit: “(Demônio da) Noite”], é considerada na tradição judaica como a mais proeminente das quatro rainhas dos demônios (as outras três são: Naamah, Agrat bat Mahlat e Eisheth), no entanto, a natureza de Lilith passou por muitas reinterpretações ao longo da história judaica.

As origens de Lilith provavelmente são encontradas no lilu mesopotâmico, ou “espírito aéreo”, isto é, um demônio da tempestade, assim como os demônios assírios Lilu e Ardat Lilit. Algumas características de Lilith na tradição judaica também se assemelham às de Lamashtu, um demônio babilônico que causa a morte infantil.

Há uma menção de lilot (o plural de lilit) na Bíblia em hebraico, no livro de Isaías capítulo trinta e quatro, versículo quatorze segue a transliteração do original em hebraico e a sua tradução:

“ûfāḡəšû ṣîyîm ’eṯ-’îyîm wəśā‘îr ‘al-rē‘ēhû yiqərā’ ’aḵə-šām hirəgî‘â llîlîṯ ûmāṣə’â lāh mānwōḥa”

“As feras do deserto se encontrarão com as feras da ilha, e o sátiro clamará ao seu companheiro; e os animais noturnos (em hebraico: “Lilit, ou lilot”) ali pousarão, e acharão lugar de repouso para si.” (Isaías 34:14, ACF).

Os lilot também aparecem no livro de Zacarias, capítulo cinco, versículo nove:

“E levantei os meus olhos, e vi, e eis que saíram duas mulheres; e traziam vento nas suas asas, pois tinham asas como as da cegonha; e levantaram o efa entre a terra e o céu.” (Zacarias 5:9, ACF).

Deve-se salientar, que as referências aos demônios Lilith só se tornam comuns em fontes judaicas pós-bíblicas. Além disso, a caracterização de Lilith como uma personalidade demoníaca nomeada realmente só começa no final da antiguidade.

Os Manuscritos do Mar Morto (Canção do Sábio 4Q510-11), falam de lilot como uma classe de seres demoníacos:

“E eu, o Sábio, declaro a grandeza de Seu esplendor para assustar e aterrorizar todos os espíritos e anjos destruidores e os espíritos bastardos, demônios, liliths, corujas e (chacais) e aqueles que atacam inesperadamente…” [1]

Essa suposição de múltiplos lilots é replicada em amuletos e fórmulas mágicas até o período medieval. Mesmo o sexo da criatura não é fixo. tigelas de encantamento, por exemplo, protegem explicitamente contra “lilot, seja homem ou mulher…”

Com o tempo, o que eventualmente emerge dessas tradições bíblicas e mágico-médicas são três interpretações sobrepostas de Lilith:

•       a Lilith etiológica, um espírito que explica certas mas intrigantes processos físicos humanos — Morte no parto, morte súbita infantil e emissões masculinas noturnas;

•       a Lilith midráshica, criatura nascida da interpretação medieval de passagens bíblicas problemáticas;

•       e a Lilith cósmica, entidade descrita em textos esotéricos que personifica a existência do mal na ordem divina.

A Lilith Etiológica

A tradição judaica gradualmente se fixa em Lilith como um demônio feminino. No Talmude e no Midrash, ela é descrita como um demônio com rosto de mulher, cabelos longos e asas (Nid. 24b; Eruv. 100b).

Outras fontes descrevem-na como uma súcubo, um demônio que seduz os homens durante o sono e depois coleta suas emissões noturnas (sêmen) para gerar descendentes demoníacos (Shab. 151b; Gen. R. 18:14). No Talmude, no entanto, não há nada que indique que Lilith seja uma vampira.

Comentários posteriores sobre o Talmud explicam que Lilith faz isso porque seu consorte, Samael, foi castrado por Deus. Ela tem muitos filhos demoníacos, sendo o mais famoso Ormuzd (BB 73b).

Os árabes, ao contrário dos judeus, consideram Lilith, sob a forma de Lalla, como uma “dama sagrada”. O nome “Lilith” é encontrado também em amuletos com figuras de terracota.

Em  encantamentos de amuletos contemporâneos ao Talmud, ela é abordada como um demônio noturno, que voa sob a forma de uma coruja que ataca as mulheres no parto e como o espírito do infanticídio, que rouba e assassina as crianças, tema que se torna mais proeminente nas fontes medievais (Zohar I: 148a–b; Zohar II: 267b).

A Lilith Midráshica

O uso de “Lilith” como o nome próprio de uma personalidade demoníaca específica se solidifica primeiro na literatura pós-bíblica do Midrash, onde ela é aparece e é descrita em detalhes como sendo um demônio da noite, como sugerido pelo significado do seu nome em hebraico (Lilit que significa “da noite”, ou “noturna”).

Três classes de demônios são mencionados nos textos talmúdicos e midráshicos: os espíritos, os demônios e os “lilin” (Targ. Yer. para Deut. 32:24; Targ. Sheni para Esth. 1:3; passim).

Os espíritos não têm corpo nem forma; os demônios aparecem em forma humana completa; os “lilin” possuem forma humano, mas com asas (Rashi a Sanh. 109a).

O nome “Lilith” ocorre também em superstições não judaicas. A concepção de que ela foi a primeira esposa de Adão (comp. Gen. R. xxiv.; Yer. ‘Er. 18b) parece ter se espalhado através do “Lexicon Talmudicum” de Buxtorf.

Nos textos midráshicos, é dito que Adão procriou todos os espíritos a espíritos femininos enquanto estava sob um feitiço (Gen. R. 20:11; ‘Er. 18b). Da mesma forma, Eva deu à luz demônios a espíritos masculinos pelo espaço de 130 anos.

Isso corresponde à visão de que os demônios são meio humanos (Ḥag. 16a). Portanto, um aborto que tem a forma de Lilith pode ser uma criança, embora tenha asas (Nid. 24b).

Nesses textos, Lilith é apresentada como uma mulher sedutora com cabelos compridos (‘Er. 100b); ela é a Rainha de Zemargad (Targ. Jó I. 15; comp. Bacher e Kohut [ver bibliografia]); Ahriman é seu filho (BB 73a). Ela anda à noite, prendendo-se a qualquer um que esteja dormindo sozinho em um quarto (Shab. 151b ).

O versículo “O Senhor te guarde” (Números 6:24) significa, de acordo com o Targum Yerushalmi uma oração de proteção para que o Senhor possa guardar (proteger) a pessoa “… dos lilin.”

A pedra-meteoro é a flecha de Lilith e essa pedra é um remédio contra as doenças (Git. 69b).

A suposição de Kohut de que Agrat bat Maḥlat (a “filha da dançarina”, uma das quatro rainhas dos demônios), que vagueia à noite com miríades de demônios (Pes. 112b, inferior), é a rainha dos lilin, não resta verificada.

No Targum Sheni, é dito que o rei Salomão, que comandava todos animais e todos os espíritos, ordenou que os lilin aparecesse e dançassem diante dele, para agradá-lo:

“E (Salomão), ficando ainda mais alegre com o vinho, ordenou às feras, aves, répteis, demônios, lilins e espíritos a serem trazidos, que dançassem diante dele, para mostrar sua grandeza os reis que estavam com ele. Os escribas reais chamaram todos eles pelos seus nomes, e eles se reuniram como estivessem sendo amarrados ou forçados, e sem mesmo um homem conduzindo eles.” (Targ. Sheni Esth. i. 3).

A lenda mais famosa de Lilith é a que aparece pela primeira vez no texto satírico medieval Alef-Bet (Alfabeto) de Ben Sira. Nesse documento, Lilith é identificada como a primeira mulher que Deus criou junto com Adão.

O caso de haver duas mulheres no Jardim do Éden é baseado nos dois relatos díspares da criação da mulher que aparecem em Gênesis (Gn. 1:27 versus Gn. 2:18-23), de acordo com o Alef-Bet de Ben Sira, Lilith imediatamente brigou com Adam sobre as posições sexuais durante a relação sexual. Quando Lilith não ficou satisfeita, ela invocou o poder do Tetragrammaton (YHWH) e voou para longe. Deus enviou três anjos, Sanoi, Sansanoi e Samnaglof, para trazê-la de volta. Quando ela recusou, ela se transformou em um demônio que enfraquece as crianças com doenças (talvez difteria, coqueluche ou  a síndrome de morte súbita infantil – SMSI – provavelmente todas as três) para se vingar de Deus e da humanidade. Mas, a história conclui, que se os nomes de seus três anjos perseguidores esiverem sendo usados juntos em um amuleto, ela é impotente para prejudicar a pessoa que o carrega (veja Sefer Raziel para a continuação desta tradição).

Segue a história adaptada de Lilith no Alef-Bet de Ben Sira:

“Ele (Deus) criou uma mulher para Adão, da terra, como Ele mesmo havia criado Adão, e a chamou de Lilith. Adam e Lilith começaram a brigar. Ela disse: “Não vou deitar embaixo”, e ele disse: “Não vou ficar embaixo de você, mas apenas em cima. Pois você está apto apenas para estar na posição inferior, enquanto eu estou na posição superior.” Lilith respondeu: “Somos iguais um ao outro, pois ambos fomos criados da terra”. Mas eles não ouviriam um ao outro. Quando Lilith viu isso, ela pronunciou o Nome Inefável (YHWH) e voou para longe. Adão ficou em pé em oração diante de seu Criador: “Soberano do universo!” ele disse: “A mulher que você me deu fugiu”. Imediatamente, o Santo, bendito seja Ele, enviou estes três anjos (Sanoi, Sansanoi e Samnaglof) para trazê-la de volta.

Disse o Santo a Adão: “Se ela concordar em voltar, tudo bem. Caso contrário, ela deve permitir que cem de seus filhos morram todos os dias”. Os anjos deixaram Deus e perseguiram Lilith, a quem alcançaram no meio do mar, nas águas impetuosas onde os egípcios estavam destinados a se afogar.  Disseram-lhe a palavra de Deus, mas ela não quis voltar. Os anjos disseram: “Nós a afogaremos no mar”.

“Deixai-me!” ela disse. “Fui criada apenas para causar doenças às crianças. Se a criança for do sexo masculino, eu domino sobre ele por oito dias após seu nascimento, e se for do sexo feminino, por vinte dias”.

Quando os anjos ouviram as palavras de Lilith, eles insistiram para que ela voltasse. Mas ela jurou a eles pelo nome do Deus vivo e eterno: “Sempre que eu vir você ou seus nomes ou suas formas em um amuleto, não terei poder sobre aquela criança”. Ela também concordou em que cem de seus filhos morressem todos os dias. Assim, todos os dias, cem demônios perecem e, pela mesma razão, escrevemos os nomes dos anjos nos amuletos das crianças. Quando Lilith vê seus nomes, ela se lembra de seu juramento, e a criança se recupera.[2]

Este relato, aliás, é uma variação judaica de uma história sobre um demônio contido por três perseguidores que também aparece em lendas gregas, coptas, árabes, armênias e eslavas.

Esta versão midráshica das origens de Lilith prova ter apenas uma pequena influência do pensamento judaico tradicional, acabando por se integrar em amuletos como parte da tradição etiológica no Sefer Raziel, mas só alcançando realmente ampla circulação na era moderna.

A Lilith Cósmica

Lilith aparece em uma terceira e muito diferente encarnação no altamente influente Tratado da Emanação Esquerda, escrito no século 13 pelo cabalista Isaac Cohen, onde ela é retratada como a antípoda do mal para Eva, e a personificação feminina do mal cósmico, a consorte e a mãe de demônios principescos:

“Em resposta à sua pergunta sobre Lilith, explicarei a você a essência do assunto. Sobre este ponto há uma tradição recebida dos antigos Sábios que fizeram uso do Conhecimento Secreto dos Palácios Menores, que é a manipulação de demônios e uma escada pela qual se ascende aos níveis proféticos. Nesta tradição fica claro que Samael e Lilith nasceram como um, semelhante à forma de Adão e Eva que também nasceram como um, refletindo o que está acima. Este é o relato de Lilith que foi recebido pelos Sábios no Conhecimento Secreto dos Palácios. A Matrona Lilith é a companheira de Samael. Ambos nasceram na mesma hora à imagem de Adão e Eva, entrelaçados um no outro. Asmodeus o grande rei dos demônios tem como companheira a Menor (mais jovem) Lilith, filha do rei cujo nome é Qafsefoni. (…) Você já sabe que o malvado Samael e a perversa Lilith são como um par sexual que, por meio de um intermediário, recebe uma emanação maligna e perversa de um e emanam para o outro… A serpente celeste é um príncipe cego, a imagem de um intermediário entre Samael e Lilith. Seu nome é Tanin’iver. Os mestres da tradição diziam que assim como esta serpente desliza sem olhos, a serpente suprema tem a imagem de uma forma espiritual sem cor – estes são “os olhos”. Os tradicionalistas o chamam de criatura sem olhos, por isso seu nome é Tanin’iver. Ele é o vínculo, o acompanhamento e a união entre Samael e Lilith. Se ele fosse criado inteiro na plenitude de sua emanação, teria destruído o mundo em um instante.” [3]

Lilith aparece em uma encarnação muito diferente no Tratado da Emanação Esquerda, o Zohar e outros textos místicos posteriores, onde ela é uma das quatro rainhas, ou as quatro mães, de demônios. Ela é a mais proeminente das quatro, sendo rainha das forças de Sitra Achra , o lado impuro das emanações divinas que moldam nosso mundo. No Tratado, ela e Samael são os doppelgangers (duplos) malignos de Adão e Eva, surgindo como um subproduto espiritual do pecado do casal primordial.

Lilith tem uma montaria que ela conduz, Tanin’iver, “dragão cego”. Ela pode comandar centenas de legiões de demônios.

Curiosamente, o Tratado da Emanação Esquerda começa a fechar o círculo, mais uma vez referindo-se a múltiplas Liliths, assim como os antigos. Essa tradição de haver duas (ou mais) Liliths também aparece em Pardes Rimmonim, e se torna uma parte comum da cosmologia cabalística em obras dos séculos XVII e XVIII.

Essa interpretação de Lilith, como a face feminina do mal cósmico, também ocupa um lugar significativo no Zohar, onde ela é a contraparte maligna da Shekhinah (II: 118a-b; III: 97a).

Há também uma tradição no Zohar de que Lilith era a Rainha de Sabá que veio testar Salomão.

O mais surpreendente de tudo é uma declaração do Zohar de que enquanto Israel está no exílio, Lilith substituiu a Shekhinah como a “consorte” do Abençoado Santo (veja o artigo, “O Sagrado Feminino no Judaísmo”). Essa parece ser uma maneira mítica de expressar como, por causa de sua condição de minoria desprezada e perseguida, os judeus medievais percebiam que o seu mundo era entregue ao controle do lado sombrio.

Em outros textos místicos posteriores, ela é uma das quatro rainhas, ou as quatro mães, dos demônios. Ela é a mais proeminente das quatro, sendo rainha das forças de Sitra Achra, o lado impuro ou esquerdo das emanações divinas, que correm soltas no mundo.

Síntese das três interpretações sobre Lilith

No texto cabalístico moderno, Emek ha-Melech, as três interpretações de Lilith apresentadas em literaturas anteriores são reconciliadas:

“imundície e a semente impura da Serpente que montou Eva antes que Adão a montasse… Eis que aqui está diante de você: por causa dos pecados de Adão, o primeiro homem, todas as coisas mencionadas vieram a existir. Pois a Maligna Lilith, quando ela viu a grandeza de sua corrupção, tornou-se forte em suas cascas, e veio a Adão contra sua vontade, e ficou quente (engravidou) dele e lhe deu muitos demônios e espíritos e lilin (23b-d) …Samael é chamado a Serpente Inclinada, e Lilith é chamada de Serpente Tortuosa (Is 27:1). Ela seduz os homens para que sigam caminhos tortuosos… E saiba que Lilith também será morta. Pois o padrinho (Dragão Cego) que estava entre ela e seu marido (Samael) vai engolir uma poção letal no futuro, das mãos do Príncipe do Poder. Pois então, quando ele se levantar, Gabriel e Miguel unirão forças para subjugar e derrubar o governo do mal que estará no céu e na terra. (84d)”[4]

Defesas contra Lilith

As defesas contra Lilith incluem fornecer amuletos inscritos com os nomes angélicos Sanoi, Sansanoi e Samnaglof (ou Sandalfon), conforme ilustrados em algumas edições do Sefer Raziel, para mulheres no parto e recém-nascidos, não dormirem sozinhas em uma casa e bater em uma criança no nariz se ele parece estar respondendo a algo que os pais não podem ver. Se uma criança sorri durante a noite do Sabbath ou da lua nova, é sinal de que Lilith está brincando com ela. Deve-se então golpear o nariz da criança três vezes e afastar Lilith por meio de palavras ásperas prescritas.

Os Salmos, particularmente os Salmos 16, 91, 121 e 126, são eficazes para expulsar Lilith (Shimmush Tehilim, 121, 126). Há também um ritual que pode ser realizado durante e após a relação sexual para afastá-la (Zohar III:19).

Os judeus alemães do século 18 tinham um ritual mais elaborado, envolvendo a nova mãe dormindo com uma espada, punhal ou amuleto em forma de espada debaixo do travesseiro e levantando-se todas as noites durante as primeiras trinta e uma noites para cortar o ar ao redor da cama (supondo que a criança dormisse na cama com ela) para afastar a ameaça.  Lilith é a figura principal nas “tábuas de parto” ainda penduradas nas paredes do quarto de deitar no Oriente e na Europa Oriental. [5]

Lilith como uma ícone feminista

Nos tempos modernos, inspirada no singular retrato de Ben Sira dela como uma mulher que enfrenta a dominação masculina, Lilith tornou-se um ponto de encontro entre as feministas ao criticar a perspectiva predominantemente masculina do judaísmo tradicional, e ela foi adotada como um símbolo da resistência feminista à hegemonia espiritual masculina.[6]

Deve-se salientar, no entanto, que as alegações modernas de Raphael Patai, Robert Graves e outros de que Lilith era uma antiga deusa hebraica posteriormente censurada da tradição pelos autores das Escrituras não tem qualquer base no registro histórico. Essa afirmação parece depender inteiramente do apelo à narrativa de Ben Sira, mas essa história é sui generis, e não há precedente para qualquer crença em Lilith como “Esposa de Adão” ou como “Esposa de YHVH” antes do século X d.C.[7]

Bibliografia:

1. Martinez, The Dead Sea Scrolls Translated, 371, 373.

2. D. Stern e M. Mirsky, Rabbinic Fantasies: Imaginative Narratives from Classical Hebrew Literature (New Haven, CT: Yale University Press, 1990), 182– 183.

3. Dan, Early Kabbalah, 175, 179.

4. Patai, Gates to the Old City, 458.

5. Sperber, The Jewish Life Cycle, 26-27.

6. Aviva Cantor Zuckoff, “The Lilith Question” Lilith Magazine Online, http://www.lilith.org/about.thm.

7. G. Dennis e A. Dennis, “Vampires and Witches and Commandos, Oy Vey: Comic Book Appropriations of Lilith” Shofar, 32:3 (2014).

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Sobre o autor:

Geoffrey W. Dennis é rabino da Congregação Kol Ami e ensina Cabala e Literatura Rabínica no Programa de Estudos Judaicos da Universidade do Norte do Texas. Ele é o autor de The Encyclopedia of Jewish Myth, Magic, and Mysticism, finalista do National Book Award de 2007 e ganhador de uma Menção Honrosa pelo Jewish Library Council Book Award de 2007. Ele escreveu inúmeros artigos. O mais recente, “Purity and Transformation: The Mimetic Performance of Scriptural Texts in the Ritual of Taharah”, está no Journal of Ritual Studies 26 (1), 2012.

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Fontes:

BÍBLIA SAGRADA. Almeida Corrigida e Fiel. Bíblia Online, 2022. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/acf/index>. Acesso em: 2 de março de 2022.

DENNIS, Rabbi Geoffrey W. “Lilith”. In: The Encyclopedia of Jewish Myth, Magic and Misticism. Second Edition. Woodbury, Minnesota. Llewellyn Publications, 2016, pp. 434-438. © 2016, Llewellyn Worldwide, Ltd. All rights reserved.

DENNIS, Rabbi Geoffrey W. “Lilith – semen demon or feminist icon?”. Jewish Myth, Magic and Misticism, 2010. Disponível em: <https://ejmmm2007.blogspot.com>. Acesso em 2 de março de 2022.

JEWISH ENCYCLOPEDIA. “Lilith”. Disponível em: <https://jewishencyclopedia.com/articles/9986-lilith#>. Acesso em 2 de março de 2022.

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Texto adaptado, revisado e publicado por Ícaro Aron Soares.


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