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Os Pactos com o Diabo ainda existem embora crença e prática como essas pareçam absurdas aos espíritos medianamente esclarecidos dos dias atuais de pós-modernidade, alta tecnologia e conhecimentos mais avançados em Ciências Humanas. Renovado, adaptado aos dias atuais, a grande novidade dos Pactos Diabólicos contemporâneos são os humanos signatários. Na Antiguidade, Idade Média e Moderna eram intelectuais, ocultistas e feiticeiros de aldeia os principais interessados nestes contratos. Hoje, além dos supostos “magos” e místicos que se prestam a esse “papel”, os casos que se destacam envolvem grandes estrelas dos midia, artistas em geral e, em especial, os músicos do Rock. Entretanto, esta associação entre sucesso musical e Pacto com o Diabo é mais começa bem antes, remonta à Lenda de Paganini ( 1782-1840 ), “O Violonista Maldito”:
Por causa das habilidades aparentemente inumanas dele no violino, como também a sua figura cadavérica, alguns ouvintes acreditaram que ele tinha vendido a alma ao diabo. Não só era a sua ascensão européia rápida e a adulação vertiginosa que ele inspirou em âmbito quase faustiano, mas um motivo ocorrendo periodicamente em contos do povo europeu retrata o diabo como um violinista. Várias caricaturas feitas de Paganini consistem nele tocando o violino, alto e magro, com o cabelo desleixado, se assemelhando a chifres.
[PAGANINI, 2005]
Hoje, vários cantores e bandas inteiras foram e são apontadas como sócios do Diabo na barganha tradicional: sucesso na carreira e faturamento alto em troca das almas dos contratantes. Entre as celebridades que possuem um Pacto com o Diabo em sua biografia folclórica são sempre mencionados, Robert Johnson (bluesman da década de 1930), as bandas Rolling Stones, Black Sabbath (em especial o vocalista, Ozzy Ousborne), Eagles, The Doors (cujo vocalista, Jim Morrison, casou com uma “bruxa” em ritual pagão), AC/DC e o escandaloso setentista Alice Cooper (segundo o próprio, seu nome artístico teria sido sugerido por espírito em uma mesa de Ouija) entre muitos outros nomes.
HERDEIROS DE NAGASAKY
A identificação do Rock com signos e/ou práticas demoníacas (satânicas) nasceu e se fortificou por causa dos aspectos estéticos e poéticos que caracterizam figuras, postura, discurso e misanscene (performance de palco e/ou em público) dos artistas do gênero. Os precursores do rock, expressavam, na música, o estado de espírito dos herdeiros de Hiroshima e Nagazaki, de uma humanidade desumana, pós-Segunda Guerra Mundial; uma juventude nillista e aterrorizada pelas notícias da guerra atômica e da guerra química. Uma horda de decepcionados emergiu daquele horror adotando valores que buscavam demonstrar seu enorme desprezo pela ordem social e política predominantes. Alguns vestiram túnicas leves, calçaram sandálias rústicas, cobriram de flores suas longas cabeleiras e disseram: “Paz e Amor!”. Outros, vestiram-se de negro e metal, calçaram pesadas botas, rasgaram suas camisas e disseram: “Deus não existe” ou pior, “Deus é o Diabo!”.
Entre os “casos” de Pacto com o Diabo envolvendo personalidades do mundo Rocker, a “Lenda dos Beatles” e a biografia de Jimmy Page, líder da banda Led Zeppelin, são os mais destacados. Os BEATLES, com seus terninhos e cabelos colegiais, são apontados pelas interpretações de certos místicos com verdadeiras “Bestas do Apocalipse” (CAVALCANTI, 2005), cujo surgimento e ação malígna teria sido prevista em profecias. Alguns profetas, de fato, avisam que os filhos de Satanás virão ao mundo com a face dos anjos. Para muitos místicos apocalípticos, o sucesso espantoso do grupo foi o resultado de um Pacto Maldito e, ao fim das contas, teria custado a vida do pacifista John Lennon (SOARES MAYER, 2004). A publicização destes Pactos acontece por declaração dos artistas ou testemunhada (ou denunciada) por pessoas próximas, como empresários ou jornalistas.
A ligação de JIMMY PAGE com grupos satanistas é mais explícita. O guitarrista e compositor do Led Zeppelin dedicou-se ao estudo da obra de Aleister Crowley. Comprou manuscritos, objetos pessoais e até a mansão Boleskine, às margens do Lago Ness, palco de rituais satânicos que consolidaram a fama de Crowley como “A Grande Besta: o homem mais perverso do mundo”. (TABERNÁCULO.NET, 2001). Tal como teria acontecido com John Lennon, o preço da fama do Zeppelin foi cobrado nos termos característicos de Satã, em intensidade de dor: “A morte do baterista John Bonhan e freqüentes acidentes envolvendo os membros restantes são considerados por muitos, provas definitivas do pacto feito entre a banda e o demônio.” [URL-cit].
SHARON TATE
O envolvimento dos Beatles com o satanismo ainda foi relacionado com outro episódio trágico: o Caso Sharon Tate. Na década de 1960, a cultura religiosa oriental virou uma espécie de moda que ganhou a simpatia de artistas famosos da música e do cinema, dos Estados Unidos e na Europa. Muitos desses artistas fizeram “retiro espiritual”. Na Índia, a tribo Xamandú, além dos Beatles, recebeu o ator e diretor Roman Polansky e a atriz Mia Farrow. Aparentemente, experiência mística de Polansky resultou em sua adesão, na América, a uma seita demoníaca liderada por Charles Manson. É muito possível que o diretor estivesse em busca de elementos de composição e inspiração para a produção do filme O Bebê de Rosemary. Na trama, a jovem protagonista, Mia Farrow, espera um filho do Diabo depois de ser “negociada” pelo próprio marido, integrante de uma Igreja Satânica seguidora da dourina de Aleister Crowley. Coincidência ou não, algum tempo depois do lançamento do filme, quando a mulher de Polansky, a atriz Sharon Tate, anunciou sua gravidez adiantada, de oito meses, membros fanáticos do grupo de Manson assassinaram a jovem. Eles acreditavam que a artista esperava o filho do Diabo, como no filme, e arrependidos de suas práticas “heréticas”, temendo a vinda do Anticristo, perpetraram o crime (CAVALCANTI, 2005).
Aqui mesmo, no Brasil, com o avanço das “denominações evangélicas”, igrejas cristãs que enfatizam a influência do Diabo no cotidiano das pessoas, publicam com freqüência, tanto em impressos quanto na internet, casos e depoimentos, de artistas e pessoas comuns relacionados a pactos demoníacos. Esses relatos, são tão numerosos e variados que já desbancaram a comunidade de Rockers na primazia dos contratos com Satã. Atualmente, Satanás, firma Pactos com todo tipo de gente: donas de casa, políticos, duplas sertanejas, sempre providenciando sucesso na carreira, nas finanças e no amor em troca da alma de seus clientes.
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