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Criptozoologia

Yeti, o Abominável Homem das Neves

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Yéti é uma palavra xerpa que significa: “aquela coisa” e na verdade trata-se de um craso erro de tradução da palavra metoh-kangmi (outro termo xerpa, que significa: “aquilo que parece homem mas não é”). Uma criatura de formas humanas e tamanho colossal que vive no gelo do extremo oriente e que ficou popularizado no ocidente sob o título de “O Abominável Homem das Neves” .

Segundo a criptozoologia o Yeti se enquadram-se na categoria de Homínideios Elusivos, que segundo algumas linhas representa uma evolução paralela ao do Homo Paranthropus, ancestral comum ao Homem de Neandertal e ao homem moderno. De hábitos solitários e natureza arredia, os yeti movimentava-se ora em duas, ora em quatro patas, têm de 2 a 2,7m de altura e possuem pés e mandíbulas desproporcionais para os padrões humanos. Apesar de serem cobertos por uma volumosa pelugem branca ou cinza, não possuem nem cauda nem barba.

O título de Abominável, é certamente imerecido pois não existem quaisquer relatos de que esta criatura tenha atacado seres humanos ou animais. De fato segundo as narrativas dos himalaios eles são tímidos e gentis e evitam ao máximo qualquer contato com seres humanos e sua civilização. ao contrário, existem diversas histórias de “Caça aos Yeti”, que levou o governo local a oficializar um decreto governamental que deixaria os Yetis protegidos legalmente.

As primeiras evidências da existência não-lendária deste ser, são pueris demais para serem levadas a sério e incluem algumas narrativas dos nativos do himalaia, registros em gesso ou fotográficos de enormes pegadas humanóides e um exemplar do esqueleto de uma mão, que está num mosteiro de lamas em Pangoche, Nepal. Teoricamente, uma amostra de pele dessa “mão” foi levada para serem feitos testes sangüíneos que indicaram não ser ela de qualquer humano ou primata conhecido. Um dos cientistas que analisaram o couro tibetano do yeti para o Museu Britânico de História Natural. Declara ele em seu relatório:

“Os monges do mosteiro tibetano, que sob instâncias de sir Edmund Hillary emprestaram sua relíquia para ser examinada, manifestaram desejo de que a devolvêssemos após os testes. E nós, fiéis à promessa de sir Hillary, providenciamos para que fosse entregue de volta em perfeitas condições. Dos exames efetuados neste museu, concluímos que se trata de um grande pedaço de pele, recoberto de espesso pelame, pertencente, segundo os indícios, a um mamífero da espécie Capricornis. Os tibetanos estenderam a pele fresca sobre um molde em formato de crânio humano, porém de maiores dimensões, e coseram-na habilmente, deixando-a secar. A primeira vista, parecia verdadeiramente um couro cabeludo; porém, um exame mais aprofundado e um teste ao microscópio não deixaram dúvidas. Trata-se de uma adulteração. Não obstante, existem cientistas, como o biólogo Bernard  Heuvelmans, que julgam possível a existência, nas regiões inóspitas do Himalaia, de um grupo remanescente do homem das cavernas. Um sobrevivente
racialmente ligado ao pitecantropo, a que Heuvelmans batizou de Australopithecus nivalis.”

 

No ocidente, apesar de existirem alguns relatos correlatos desde a época das expedições de Alexandre, o Grande, a epopéia moderna do mito do abominável homem das neves começou apenas em 1832, quando um naturalista inglês disse ter avistado no Himalaia uma imensa criatura peluda semelhante a um macaco. Após esse estranho relato em 1889 L.A.Waddell, um major do exército britânico, encontrou as primeiras marcas das pegadas do Yeti na neve, num pico a nordeste de Sikkim. Em suas memórias ele escreveu: “As pegadas pertenciam, segundo a crença local, a um homem selvagem e peludo que vivia na neve. Entre os tibetanos, ninguém duvida de sua existência.”

As notícias  modernas sobre o Yeti chegaram ao Ocidente em 1921, quando uma expedição de trinta e seis membros liderada pelo explorador Charles Kenneth Howard-Bury, em uma das primeiras tentativas de escalar o monte Everest, teria avistado com binóculos objetos escuros se movendo à distância. Ao chegarem ao local encontraram pegadas enormes, e seus guias teriam chamado o ser de Metoh-Kangmi, ou ‘Besta das Montanhas’, um termo que acabaria sendo traduzido de forma mais sensacionalista como “Abominável Homem das Neves”. O líder da expedição, mencionou aos jornalistas que seus guias sherpas haviam chamado as criaturas de metoh-kangmi, que é o nome genérico em nepalês para as criaturas que habitam aquela região.

Em 1925 um fotógrafo grego chamado N.A. Tombazi, estava a 4.500 metros de altura nas montanhas de Sikkim quando seus carregadores começaram a gritar e apontar, uns 250 metros a frente ele viu uma criatura que descreveu como “igualzinho a um ser humano, andando ereto e parando de vez em quando para arrancar ou tirar alguma coisa do meio da neve”, a criatura desapareceu logo em seguida, mas Tombazi encontrou suas pegadas na neve, eram pegadas de 15 polegadas de comprimento, por 10 de largura.

Entre os anos de 1935 e 1939 foram adquiridos, nas tendas dos droguistas chineses de Hong Kong, pelo cientista R. von Koenigswald, três molares enormes que devem ter pertencido a um animal realmente grande, e não obstante de características bem semelhantes às do homem. Foi batizado de Gigantopithecus. Em outros pontos da Ásia encontraram‑se os restos do Meganthropus, ou homem gigante. Tudo isso parece indicar que ali existiram de fato outrora raças do gênero do suposto yeti. A suspeita dos entusiastas do Abominável Homem das Neves é que um ou alguns grupos, tenham sobrevivido a era glacial nas regiões menos percorridas do Himalaia.

Em 1951, uma expedição de reconhecimento do Everest, quando estavam a cerca de 5.500 metros de altura encontraram rastros frescos do Yeti, que seguiram ao longo da geleira Menlung por mais de um quilômetro, segundo o líder da expedição Eric Shipton em um artigo que escreveu para o Times of London, “grande parte dos rastros apresentavam uma forma oval, um pouco mais compridos e bem mais largos do que as pegadas deixadas por nossas grandes botas de alpinismo, mas em certas partes onde a neve era mais fina encontramos impressões bem preservadas do pé da criatura, elas mostravam três dedos do pé grandes e um largo polegar de lado, a marca mais nítida media 33 x 20 centímetros”. Já em 1954, uma expedição financiada pelo Daily Mail de Londres, sob a chefia do repórter Ralph Izzard, também encontraram algumas pegadas no meio da neve e um escalpo de posse de um lama tibetano supostamente de um Yeti. Em 1990 o jornalista Peter Gillman defendeu que a pegada seria uma brincadeira de Shipton. Em suas fotos, há uma trilha de pegadas e o close de uma delas, mas em uma entrevista Michael Ward declarou que a pegada em close não faria parte da trilha, algo que Shipton nunca mencionou. O escritor Audrey Salkeld contou duas peças pregadas por Shipton: em uma ele teria dito que um colega sofrendo de falta de oxigênio teria tentado comer pedras pensando que eram um sanduíche, o que foi negado pelo próprio. Também contaria sobre como teria encontrado o corpo de Maurice Wilson na neve, junto de um bizarro diário de fetiches sexuais e roupas femininas. Charles Warren, que encontrou o corpo junto com Shipton, negou tais elementos.

Durante a Guerra fria alguns ciêntístas da União Soviética, a saber B. F. Porch­nev e A. A. Chmakov dedicaram-se ao estudo científico do aparecimento dos “Homens das neves.” A hipótese inicial era de que se tratava de uma tribo de homens com hipertricose e outros sintomas patológicos estranhos”. Contudo, a conclusão final da comissão responsável, foi de que de fato existiam “selvagens das montanhas, muito semelhantes ao homem moderno, mas diferentes dos nativos do Himalaia e que antes da Revolução os camponeses eramcaçados como simples animais e por vezes adestrados e escravizados para trabalhos simples. A completa audência de evidências, baseada apenas em entrevistas com os habitantes locais, não permite ao trabalho ser considerado uma real prova da existência dos Yetis.

Nos anos sessenta houve uma grande expedição comandada pelo Sir Edmund Hillary criada exclusivamente para solucionar o mistério e até capturar o enigmático Yeti, mas novamente só encontraram as pegadas do misterioso animal. Em 1986, que um inglês chamado Anthony B. Wooldridge, pode ter conseguido a prova definitiva da existência do tão temido Yeti, Wooldridge estava na parte do Himalaia pertencente ao norte da Índia, próximo a fronteira com o Nepal, a mais de 3.000 metros de altura quando o excursionista topou com estranhas pegadas na neve de cerca de 25 centímetros de comprimento, Wooldridge continuou subindo mais uns 600 metros acima, quando teve que interromper sua marcha por causa de uma avalanche, depois avistou atrás de um arbusto uma criatura ereta e imóvel, com cerca de 1,80 metros de altura, “a cabeça era grande e quadrada e o corpo todo coberto de pelo escuro”, ele conseguiu chegar a uns 150 metros da suposta criatura e conseguiu fotografá-la com sua Nikon, depois de observar a criatura por cerca de 45 minutos, percebeu que o tempo estava fechando e resolveu descer a montanha, as fotos foram analisadas por vários cientistas entre eles o zoólogo Desmond Morris, um cético em se tratando de Yetis e todos deram as fotos de Wooldridge como autênticas.

Noticiado em 7 de dezembro de 1998, o alpinista irolês Reinhold Messner, um dos maior desbravadores do fim do século, garantiu em suas memórias que o lendário Yeti é na verdade apenas uma espécie de urso. Uma espécie rara de urso de hábitos noturnos. Sendo o primeiro homem a subir os 14 maiores picos do mundo, todos no Himalaia, Messner lançou um livro onde afirma ter visto um desses ursos pela primeira vez em 1986. De lá para cá, avistou vários outros. “Quando ficam em pé, medem mais de 2,20 m”, diz.

Dossiê de Criptozoologia de Herman Flegenheimer Jr.

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