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Evocações Kabbalisticas

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“Está tudo na sua cabeça, você só não faz ideia de quão grande sua cabeça é.”

– Rabbi Lamed ben Clifford

Para o horror da comunidade ortodoxa, Rabbi Lamed ben Clifford encoraja seus estudantes a aprender a praticar a arte mágica da evocação espiritual. Embora evocações seja tabu em quase todas as escolas cabalistas de hoje, nenhuma delas nega por exemplo que o próprio Rei Salomão era versado nessas artes e que até o Templo de Jerusalém foi erguido com ajuda espiritual. Rabbi Clifford também não faz segredo ao fato que ele mesmo, em diversas ocasiões e conjurou demônios e espíritos para ajudá-lo em questões e problemas pessoais. Ele ensina que a evocação e comando de espíritos é absolutamente compatível com sua teoria de que “Está tudo em sua cabeça, você só não faz ideia de quão grande sua cabeça é.”. Ele insiste ainda que o sucesso em qualquer ato de vontade é uma forma de evocação de espíritos cabalísticos.

“Antes de começarmos, eu quero que vocês não percam da mente o fato de que quando falamos das Sephiroth nós estamos falando de níveis de consciência. Quando eu uso o termo “puraq liz de kether” não estou falando de um grande flash no cosmos, mas sim da consciência pura, onipresente, onipotente, onisciente, omni-muito-mais-do-que-você-pode-comer que em algumas sociedades primitivas é conhecida pela famosa metáfora: Deus.

Tendo isso em mente, reforce a ideia que antes mesmo de termos a Árvore da Vida nós já tínhamos três sabores maravilhosos de NADA (Ain, Aind Soph e Ain Soph Aur) que, como uma espécie de gigantesco e minúsculo ovo cósmico deu origem a Kether, a Coroa, o Self da Consciência plena que tudo abarca. Todas as outras Sephiroth da Árvore da Vida são meramente aspectos desta Única Mente. A Luz Suprema vai sendo filtrada e separada em várias cores até que eventualmente se preocupa com coisas como “aluguel” e “entrevistas de emprego”. Este fenômeno, (e não literalmente a trabalhada de duas pessoas peladas e uma árvore frutífera) é a verdadeira “Queda do Homem”.

Deus tropeça e quem bate a cabeça no chão é o macaco. Acompanhe a trabalhada:

  1. Kether (Coroa), o Self Divino

  2. Chockmah ( Sabedoria), o Pai Cósmico

  3. Binah (Entendimento), a Mâe Cósmica.

  4. Chesed (Misericórdia), a expressão do Pai, paternal, orgnizado, autoritário, provedor

  5. Geburah (Força), a expressão da mãe, ativam feroz ainda que cuidadora

  6. Tiphareth (Beleza), o Filho que é o resultado de todas estas coisas.

  7. Netzach (Victória), a Mãe degenerada, emoção animal.

  8. Hod (Esplendorr), o Pai degenerado, razão animal.

  9. NOVE: Yesod (Fundação),o filho degenerado, a vida animal

  10. DEZ: Malkuth (Reino), a filha degenerada, a alma na humanidade sem luz

Além disso os cabalistas dissecaram a consciência do universo organizando tudo em quatro categorias: Quatro Árvores da Vida. Cada Árvore corresponde a uma das quatro letras do grande nome divino Yod-Heh-Vau-Heh, os quatro mundos cabalísticos e as quatro partes da consciência humana.

Letra do nome Sagrado

Mundo Cabalistico

Parte da Alma

Yod

Atzilut

Mundo Arquétipo

Habitado pelos Nomes Divinos
(A Vontade da Deidade)

Chiah

Nossa Verdadeira Vontade

He

Briá: Mundo Criativo

Habitado pelos Arcanjos

(O Coração da Deidade)

Neshamah

Nossa intuição e criatividade

Vav

Yetzirá
Mundo formativo
Habitado pelas hostes angelicais

(O intelecto da Deidade)

Ruach

Nosso intelecto

He

Assiá

Mundo Material

Habitado por pessoas, espíritos e demônios

(O playground da Deidade)

Nephesh:

Nossa mente animal

 

 

Ou seja, os 10 Nomes Divinos de Atzilut comandam seus 10 Arcanjos corre pondentes em Briá, que comandam cada um uma das 10 hostes angelicais em Yetizirá que têm domínio sobre uma infinidade de espíritos e demônios no plano material de Assiá. Leia esse parágrafo de novo para ter certeza que entendeu o organograma de nossa antiga corporação.

Mas lembre se, estes são níveis de consciência e não lugares ou departamentos em algum canto do céu. Se você está esperando morrer para ir a algum destes lugares você pode ficar muito desapontado. A morte pode não ser o que você espera e não há razão para acreditar que você vai evoluir ou ficar mais esperto só porque não está mais respirando. Faça um esforço para atingir a iluminação enquanto você ainda tem uma alma de quatro andares.

Como em toda grande empresa quem pega mais no pesado é quem ganha menos. Assim, na terra como no céu: são os espíritos de Assiá que fazem todo serviço no plano material. Você pode discordar de mim e falar que são as forças naturais, as pessoas e as máquinas que fazem as coisas por aqui. Mas antes disso houve toda uma papelada espiritual que é executada primeiro.

Por exemplo, eu estou aqui dando aula. Eu estou com sede. Então eu peço educadamente para um aluno me assistir. O gentil estudante levanta vai até o bebedouro e me traz um copo de água. Não parece muito cabalistico, não é? Entretanto do meu ponto de vista esta foi uma evocação de sucesso. Pela minha força de vontade (e com poucas palavras de encantamento sabiamente escolhidas) eu direcionei toda uma hierarquia de seres espirituais:

  • Eu Rabbi Lamed Ben Clifford sou a Divindade,

  • Tenho um desejo definido como “sede” (Nome Divino de um desejo formulado em Atzilut)

  • Ativando minha óbvia autoridade espiritual como seu professor, eu inspiro um Arcanjo (Estudante/Bria) a satisfazer meu desejo.

  • O Arcanjo então ativa um exército de anjos em si (em Yetzirá) e ordena os anjos dos olhos para buscar uma fonte de água e os anjos dos nervos e músculos para deslocá-lo pelo espaço.

  • No bebedouro o anjo então submete as inteligências simples, ou espíritos da gravidade e da hidrodinâmica para enchre um copo de água (Assiáh)

O Nome Divino submete o Arcanjo, que submete seus anjos, que submete os espíritos e então o processo então volta até sua origem para satisfazer a vontade da Divindade.

Se você perceber a maior parte da atividade do cenário acima ocorreu no que podemos chamar de planos invisíveis (Atilut, Briá, Yetizirá). Para todas as análises eu queria um pouco de água e segundo depois após focar minha vontade um copo de água viajou pelo espaço para minhas mãos. Uma vez que são os espíritos fazem o trabalho sujo da criação os cabalistas entendem que eles devem ser dirigidos. Eles fazem o que foram direcionados a fazer. Entretanto na evocação cabalistica o que conta não é o que você sabe, mas quem você é. E antes de convencer um espirito de que você é uma inteligência superior você deve primeiro convencer a si mesmo.

Por exemplo, se você quer encantar sua vizinha Tina para que se apaixone por você, não importa muito que você saiba que Jehovah Tzabaoth é o aspecto da Divindade que comanda o Arcanjo Haniel, que governa Anael e Elohim que comanda Hagiel que ordena Kedemel. Estes nomes existem para servir de mapa e referência. São nome que há muito tempo são usados para atingir os mesmo fins e conquistar incontáveis Tinas. Agora, isso significa que eu tenha que estudar e decorar todos aqueles nomes trava-linguas de arcanjos e demônios?

Claro que não! A essência desta maravilhosa organização é que ela já está integrada em nossa matrix espiritual. Ela vem de fábrica com a criação e é o equipamento padrão quando você nasce como ser humano. Claro, você pode memorizar o que você quiser, e eu tenho certeza que muitos de vocês vão querem isso.  Mas saibam que isso não é essencial ao processo.  Muito mais relevante do que ter tudo decorado é aprender e pesquisar o máximo sobre o nome divino do ser espiritual antes de evocá-lo para garantir que está acessando a parte certa da consciência.

A chave da evocação cabalistica é que você programa sua visão de mundo espiritual com a imagem de uma organização hierárquica da consciência. Eventualmente, seu reconhecimento destes fatos permitirão você de forma natural e sem esforço, harmonizar os vários aspectos da sua (nossa) mente. Uma vez que você tenha atingido essa identidade você descobrirá seu local nessa hierarquia divina e porque você ( e somente você) pode ocupar esta vaga.

Eu preparei uma tabela que mostra todos os nomes clássicos da hierarquia cabalista de nomes divinos, arcanjos, anjos e espíritos atribuídos a cada Sephirah da Árvore da Vida. Você pode usar estas informações para construir evocações formais e rituais complexos como os que podem ser encontrados em muitos textos cabalisticos. Você também pode criar variedades simples de encantamentos como o que eu escrevi para ser recitado durante o aparecimento de Vênus ao entardecer ou nas primeiras horas da luz da manha:

O Senhor das Hostes, Jehovah Tzabaotb

Tu que conhece o sonho dos tolos

Eu lhe invoco para que ouça meu chamado

Em Nogah onde Vênus governa

O Haniel. Grande Arcanjo.

Glória de Deus, tu és

Envie Anael, corajoso anjo

Para tocar o doce coração de Tina

Venha Hagiel! Venha  Hagiel!

Em nome de Anael me obedeçam!

Kedemel sirva minha vontadel.

Tina me ama noite e dia!

 

 

ATZILUT

BRIÁ

YETZIRÁ

ASSIÁ

SEPHIROTH

Nome Divino

Arcanjo

Coro Angelico

Integência/Espírito

Kether

Eheieh

Metatron

Chayoth ha-Qadesh

Chokmah

Yah

Raziel

Ophanim

Binah

YHVH Elohim

Tzaphqiel

Cassiel

Agiel / Zazel

Chesed

EL

Tzadqiel

Sachiel

Iophiel/ Hismael

Geburah

Elohim Gibor

Kamael

Zamael

Graphiel /Bartzabel

Tiphareth

YHVH Eloah va-Daath

Raphael

Michael

Nakhiel / Sorath

Netzach

YHVH Tzabaoth

Haniel

Anael

Hagiel / Kedeme

Hod

Elohim Tzabaoth

Michael

Raphael

Tiriel / Taphtharthara

Yesod

Shaddai el Chai .

Gabriel

Gabriel (não me pergunta – acumulo de funções?)

Maika be-Tarshishim ve-adbe-Ruah Shehaqim./

Chasmodai

Malkuth

Adonai ha-Arerz

Sandalphon

Eshim

Ver abaixo

O mundo elemental, abaixo do coro angélico de Eshim, os espíritos dos quatro elementos são divididos em quatro categorias e governados por seu próprio Nome Divino, Arcanjo, Anjo, Governante e Rei:

Elemento

Nome Divino

Arcanjo

Anjo

Governante

Rei

Fogo

YHVHTzabaoth

Michael

Atal

Seraph

Djin

Água

Elohim

Gabriel

Taliahad

Tharsis

Nichsa

Ar

Shaddai EL Chai

Raphael

Chassan

Atiel

Paralda

Terra

Adonai ha-Aretz

Auriel

Phorlakh

Kerub

Ghob

 

Excertos da transcrição e notas de gravação em áudio de apresentação de Rabbi Lamed ben Clifford


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