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(1901 – 1990)
Manly Palmer Hall nasceu em Peterbourough, cidade rural de Ontario, Canadá, em 1901 e imigrou para os Estados Unidos em 1904. Filho de Louise Hall, médica e terapeuta quiroprática, e de William S. Hall, odontólogo e membro patenteado pelo Colégio de Ontario, da primeira sociedade rosacruz do Canadá, A Societas Rosicruciana in Canada (SRIC), formalmente constituida pelo Cel. Mac Leod Moore em 19 de setembro de 1876, reservada à Mestres Mações.
Em 1904 a família Hall se mudou para os Estados Unidos. Cedo seus pais se divorciaram, ficando o menino sob os cuidados de sua avó materna, Florence Palmer ( Mrs Arthur Whitney Palmer) , que lhe criou em Sioux Falls, South Dakota. Sua mãe foi morar no Alaska onde trabalhou como médica quiroprática e seu pai retornou ao Canadá, não dando mais notícias. Manly nunca conheceu seu pai, passando uma infância solitária, insegura e confusa, saltando de cidade em cidade, em companhia de sua avó materna. Foi uma criança doente, teve pouca escolaridade formal, seu contato com outras crianças era limitado., Passava longas horas lendo vorazmente por conta própria. Sua avó percebeu no menino uma centelha de um indefinível brilho, que procurou cultivar através de viagens à museus em Chicago e em Nova York. Por algum tempo, Manly e sua avó moraram no elegante hotel Palmer House, em Chigago, de propriedade de sua família, onde compartilhou principalmente a companhia de adultos, incluindo um maitre indiano, que lhe ensinou princípios de etiqueta. Mais tarde, o estudioso adolescente foi matriculado, brevemente, em uma escola militar.
Em relação ao pai que ele nunca conheceu, Hall apenas diria que ” maridos que andam afastados de suas famílias são homens irresponsáveis e sem reflexão, que antagonizam as suas esposas e praguejam seus filhos com uma vida negativa de incertezas.”
Desde a mais tenra idade, Manly Palmer Hall dedicou-se ao estudo de todo o leque de sabedoria das antigas tradições da antiguidade. Ao contrário de muitos de seus contemporâneos, ele concluiu que a sabedoria não podia ser encontrada em apenas um caminho ou apenas em uma religião. Em vez disso, ele vislumbrou a sabedoria em um reino maior, transdisciplinar, onde filosofia, religião e ciência se misturam sem fronteiras. Ele escreveu isso em um boletim da Philosophical Research Society em 1959: “Como resultado de uma confusa e insegura infância, era necessário que eu formulasse uma filosofia pessoal com a qual poderia lidar com situações imediatas.”
Na juventude , viveu em New York, com sua avó, quando ela desencarnou repentinamente. Trabalhava como escriturário no escritório de uma firma em Wall Street. Sem muita opção, deixou seu trabalho em New York para reencontrar sua mãe, que havia lhe abandonado na infância, mudando-se para sua casa em Santa Mônica, litoral da California. Sua mãe vivia numa modesta casa com Charles Hall, segundo marido, considerado um homem dos sete instrumentos. Se houve alguma dificuldade de relacionamento entre Manly e sua mãe, ele jamais falou sobre isso. Anos depois dedicaria à ela uma de suas obras bem conhecidas, The Story of Healing,The Divine Art ( A História da Cura, A Arte Divina)
Um dos seus primeiros amigos, na California, foi Sydney J. Brownson , um frenologista que possuia um studio próximo ao Pier de Santa Monica , que compartilhou os seus conhecimentos sobre hinduísmo, filosofia grega e misticismo cristão. Brownson era um homem reservado e raramente discutia sua vida pessoal. Mas diante do brilho de seu interlocutor, revelou que sua vida tinha sido transformada por uma visão mística e chamadora, que recebera no final de uma Guerra Civil. Também confidenciou que atravessava problemas conjugais. Quando Hall lhe perguntou se ele teria casado com a mulher errada , Brownson energicamente respondeu que se pudesse voltar no tempo certamente faria a mesma escolha pois “nós vivemos neste mundo para aprender, e eu aprendi mais com ela sobre as mulheres do que eu jamais pensei que poderia saber.” Décadas depois, Hall iria se lembrar daquelas palavras como uma antevisão de sua própria luta doméstica. “Todas as coisas funcionam bem no final”, garantiu Brownson, acrescentando, “Deus não produz fracassos, mas às vezes a Idade de Ouro parece ser indefinidamente adiada. Mas ela virá.” Hall, que tinha uma memória fotográfica, reforçou seus estudos sobre antigas religiões e no outono de 1920, com apenas 19 anos , o talentoso jovem que iniciou a sua carreira pública , quando foi convidado a falar para um pequeno grupo, em uma sala, em cima de um banco em Santa Monica, Califórnia, sobre o tema da reencarnação, já estava palestrando na Igreja do Povo , em Los Angeles, discorrendo sobre Rosicrucianismo e Teosofia, sistema filosófico místico fundado por Madame Helena Blavatsky, bem como sobre os ensinamentos de Pitágoras, Confúcio e Platão. Uma idosa senhora escocesa, admiradora do talento do jovem conferencista, presenteou-lhe com uma rara e elegante coleção das obras completas de Jacob Boehme; foi o começo de uma volumosa coleção de livros raros e incomuns que se ampliaria ao longo do tempo somando cerca de 30.000 volumes.
Templo Rosacruz em Mount Ecclesia, Oceanside, California
Sua mãe, Louise Hall trabalhara por 15 anos como médica e terapeuta quiroprática em Fairbank, Alasca, tendo feito os cursos por correspondência da The Rosicrucian Fellowship, tornando-se membro da mesma. Em 1918, após o fim da primeira guerra mundial mudou-se para a California. Naturalmente, ela tinha um grande anseio de visitar a Fraternidade Rosacruz (The Rosicrucian Fellowship). Assim foram juntos conhecer a sede da Fraternidade Rosacruz localizada em Oceanside, cerca de 80 milhas ao sul de Los Angeles, em um local paradisíaco conhecido como Mt. Ecclesia. A Fraternidade Rosacruz ( The Rosicrucian Fellowship) foi estabelecida por Carl Louis Von Grasshoff , místico cristão e ex-presidente da Sociedade Teosófica em Los Angeles, que ao imigrar para os Estados Unidos da América adotou o nome de Max Heindel, sendo reconhecido como um dos mais prolíficos escritores de Filosofia Oculta.
Dedicados à Cristo Jesus, astrologia, e ao poder da oração e fornecendo uma explicação para a origem, evolução e futuro desenvolvimento do homem e do mundo , a Fraternidade Rosacruz, estabelecida por Max Heindel, logo se tornou o local predileto para o jovem Manly e sua mãe passarem as férias. A sua primeira viagem para Mt Ecclesia foi em 1920, com 19 anos de idade, um ano após a passagem de Max Heindel aos planos invisiveis.
Segundo Manly P. Hall, foram recebidos cordialmente, com as boas vindas, por um cavalheiro muito atencioso, o Sr. Adams, que os apresentou à vários membros do Conselho da Fraternidade. Naquele dia fez amizade com o cãozinho do Sr. Heindel.
Augusta Foss Heindel, viúva de Max Heindel, ficou impressionada com o talento do jovem Manly como escritor, seu precoce ministério pastoral na Igreja do Povo (The Church of the People), sua simpatia e seu intenso interesse pelos complexos livros de Max Heindel, que essencialmente ensinam que o nosso planeta é uma grande escola para a qual as pessoas vêm por meio do renascimento, vida após vida. Heindel preferia a palavra rebirth (renascimento), em vez de reincarnation (reencarnação), para designar que era a essência espiritual e não a personalidade que se manifestava novamente em sua peregrinação evolutiva nesta esfera planetária ou escola cósmica.
A atmosfera de paz e dedicação que encontrou impressionou-lhe profundamente, resolvendo aproveitar o generoso convite da Sra Augusta Foss-Heindel para retornar quando pudesse. Hall se refere à sua estada em Mt. Ecclesia como dias aprazíveis e maravilhosos. Por muitos anos frequentou, com regularidade, a Fraternidade Rosacruz conhecendo as dedicadas pessoas que iniciaram com Max Heindel o trabalho pioneiro em Mt.Ecclesia . Também estava familiarizado com a maçonaria e outras tradições místicas e esotéricas, algumas milenares. Ao examinar seu tema astrológico, a Sra. Augusta Foss Heindel comunicou-lhe que ele tinha aptidão natural para literatura e artes gráficas, assim, dedicou-se voluntariamente às atividades de redação e gráficas procurando ser útil. Participava freqüentemente de reuniões vespertinas no apartamento da Sra. Coens, onde eram debatidos temas da Filosofia Rosacruz. Participavam dessas reuniões as Sras. Latham e Roberts e o Sr. Durrel, que era o campeão de tênis, do grupo.
Em Mt. Ecclesia, Manly Palmer Hall cresceu tão apegado ao forte temperamento da viúva de Max Heindel, que começou a chamá-la de “mãe”. Através de Augusta Foss Heindel e seus seguidores iniciou-se na arte da astrologia e nos fundamentos da tipografia, impressão e encadernação. Também aprendeu a evitar escrever correntemente com caneta tinteiro, por desviar a vitalidade (eflúvios etéricos), conselho que observou a maior parte de sua vida, preferindo ditar seus livros.
O jovem Manly mostrou a Sra. Augusta como jogar gamão, e através desta conexão atraiu novos amigos, que compartilhavam suas horas de lazer. Juntos também escreveram numerosos artigos para a revista Rays from the Rose Cross, editada pela Fraternidade Rosacruz. Cultivou uma amizade pessoal com a Sra. Augusta Foss Heindel até a transição da mesma aos planos cósmicos superiores em 9 de maio de 1949.
O seguinte foi escrito por Manly P. Hall, em sua estada em Mt. Ecclesia, sede da internacional The Rosicrucian Fellowship, no verão de 1922, tendo sido publicado na revista Rays from the Rose Cross, em meados do mesmo ano.
“Agora que nos encontramos nas belas terras de nossa moderna Escola de Mistérios, não podemos deixar de pensar nos antigos Iniciados que observavam, de suas pirâmides, o firmamento , contando e nomeando aqueles maravilhosos signos, que são as chaves da vida mortal. Mirando dos maravilhosos Zigurats estenderam seus braços à Deus, sentindo quão pequenos e indefesos eram eles entre as maravilhas do universo. Assim, milhares de anos mais tarde, nós nos encontramos acerca de nosso Templo e erguemos nossos olhos ao mesmo Deus, agradecendo-Lhe a maior compreensão que temos suplicando-Lhe apenas poder ajudar a humanidade para que também possam conhecer as grandiosas verdades que se descortinam no céu à meia-noite. Contemplamos novamente o nosso Templo, este imponente Tabernáculo de Mistérios da nova era, com sua formosa cúpula. Como as estrelas do firmamento projeta sua mística luz, qual luminoso farol , que pode ser contemplado ao longo de muitas milhas, símbolo da luz espiritual que leva esperança e amor para todo o mundo. Porque este local parece tão belo ? Há muitos outros lugares no mundo onde as estrelas podem ser observadas e estudadas, onde milhares de pessoas também podem contemplar o mesmo radiante por de sol, e desfrutar semelhante e maravilhoso clima . Mas há algo aqui que não pode ser encontrado em qualquer outra parte do mundo. Há algo aqui que é repousante e peculiar ; parece uma terra santa. É devido ao amor enviado por milhares de membros e as vidas de abnegação e serviço que aqueles que aqui trabalham vivem todos os dias, o que produz este oásis de beleza na terra. “
Em 1922, com 21 anos de idade, Manly P. Hall escreveu seu primeiro livro sobre filosofia e religião, Initiates of the Flame, uma luminescente gema sobre as antigas escolas de mistério da antiguidade. Embora breve, prenuncia os contornos do que tornar-se-ia The Secret Teachinbgs of All Ages. Em sua contracapa Initiates of the Flame audazmente anuncia: “aquele que vive a vida conhece a doutrina”. Este pequeno livro expõe eloqüentemente os ritos egípcios, os mitos arthurianos e os segredos da alquimia, entre outros temas. Também começou a coleccionar obras sobre misticismo e ciências esotéricas. No final do outono de 1922, o plano de um trabalho exaustivo sobre o simbolismo das sociedades místicas ocidentais começou a tomar forma em sua mente. Como os materiais necessários para para empreender tal projeto, não estavam disponíveis, no sul da Califórnia contatou antiquários e concessionários de livros para ter acesso aos itens desejados. A coleção de livros e manuscritos que Hall adquiriu, principalmente nos anos 1920 e 1930, se tornou a base para a sua própria investigação e a pedra angular das investigações da Philosophical Research Society.
Em 17 de março de 1923, Hall foi ordenado ministro de uma congregação metafísica, a Igreja do Povo (The Church of the People). Poucos dias depois, foi eleito pastor efetivo da igreja. A congregação lhe honrou com uma cruz ao estilo rosacruz, baseado em um desenho de sua autoria, e confeccionada com diamantes, platina, ouro e esmalte branco, com inscrições de emblemas e simbolos de astrologia e de antigas tradições misticas, que representavam os ideais compartilhados por todas as missões espirituais. Tal joia simbolizava a autoridade espiritual em um estado onde a alternativa espiritual estava sendo assimilada pelas importantes forças dos movimentos culturais.
Em sua Mensagem pelo 50º aniversário da The Rosicrucian Fellowship (1959), Hall relata que ao longo do tempo desenvolveu sincera afeição pela Sra. Heindel, e como era mútua, passavam considerável tempo juntos. Nessas ocasiões, ela lhe contava cousas acerca da vida de seu marido, e do sacrifício que ele fez para difundir os Ensinamentos Rosacruzes e estabelecer a Sede Mundial. Nessa ocasião Manly P. Hall era ministro da Church of the People, uma grande Igreja evangélica em Los Angeles. Com muita resistência conseguiu persuadir a Sra. Augusta Foss Heindel a fazer uma exceção e proferir uma conferência pública na Igreja do Povo (The Church of the People). Foi um acontecimento afortunado. Mrs. Heindel discursou para um entusiástico auditório de aproximadamente oitocentas pessoas.
A maestria do jovem na abordagem de assuntos metafisicos e misteriosos, atraiu benfeitores que financiaram seus projetos de pesquisa. Hall tornou-se o beneficiário de Caroline e Estelle Lloyd, uma mãe e uma filha abastadas, petencentes à família Lloyd, uma dinastia de petróleo de Ventura, que doou milhões de dólares para os projetos de Hall. Em 1923 a sua generosidade associada aos esforços de sua própria congregação possibilitou uma viagem ao redor do mundo que pode servir de inspiração e de informação para a sua enciclopédica obra prima, The Secret Teachings of All Ages (Os Ensinamentos Secretos de Todas as Idades). Hall empreendeu sua primeira viagem ao redor do mundo para estudar a vida, costumes e religiões de países da Ásia e da Europa. Navegou para fora de São Francisco em 5 de dezembro 5, 1923, chegando à Yokohama, no final de dezembro desse ano, após um enorme terremoto que havia devastado esta cidade japonesa. Anos mais tarde, ele lembrou: “encontramos uma cidade de meio milhão de pessoas sem um único edifício de pé. Encontramos dor, tristeza, e infortúnio em cada mão. Mas pela primeira vez fiquei consciente da qualidade do caráter dos japoneses, que muito me impressionou.” Seu guia turístico lhe conduziu para o principal hotel em Yokohama. Chegando lá, só encontraram escombros. O cavalheiro japonês, pediu-lhe para fazer uma pausa de apenas alguns momentos para fazer uma oração no bloco onde sua família havia morrido. Sua mãe, seu pai, sua esposa e seus filhos todos tinham morrido juntos. Após tal experiência com o guia japonês, Hall perguntou-lhe, “Como você se sente com tudo isto? O que significa isto?” Ao que o cavalheiro japonês respondeu, “Eu tenho fé. Acredito. . . Devo aceitar. Eu não posso questionar. Penso que eles ainda estão vivos. Creio que irão renascer novamente. Creio que eles vão viver aqui. Creio que não há fim. E, com esta esperança da continuidade de suas vidas eu tenho paz.” Mais tarde partiu para a Coreia, visitou Pequim, China, e passou pela Birmânia e alcançou a Índia, chegando assim que Gandhi foi libertado da prisão após uma greve de fome. Pronunciou uma palestra em Calcutá e sua presença foi notada nos jornais locais. Viajou através do Egito e mais tarde fixou-se no centro da Itália. Reconheceu estas 38.000 milhas de viagem como um dos mais importantes episódios de sua vida.
Em 1926, como lider da Igreja do Povo, editou uma revista entitulada The All Seeing Eye. A crença na reencarnação havia se tornado muito popular na California.
Através da influência de benfeitores, o jovem erudito teve acesso, no início da segunda década do século XX, à alguns dos mais raros manuscritos no Museu Britânico e vivendo em New York, entre 1926 e 1928, encontrou grandes recursos para suas pesquisas na grande sala de leitura da Biblioteca Pública de New York.
Transformado de uma criança doente em um surpreendentemente forte e solidamente construído jovem, Hall entrou nesta biblioteca todos os dias durante dois anos. Os livros que ele procurava estavam sempre disponíveis – simultaneamente tempo uma lembrança feliz e sombria por refletir o desinteresse cultural nos temas que ele amava. Acumulando uma bibliografia de cerca de 1.000 entradas, Hall publica, em 1928, aos 27 anos de idade, The Secret Teachings of All Ages: An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian Symbolical Philosophy ( Os Ensinamentos Secretos de Todas as Idades: Um Esboço Enciclopédico Filosófico de Maçonaria, Hermetismo, Cabala, e Simbolismo Rosacruz ), um dos mais complexos e profundos compêndios sobre a sabedoria esotérica da Antiguidade, livro amplamente considerado como sua obra magna, que projeta uma rara luz sobre muitos aspectos de temas fascinantes e pouco entendidos da mitologia, religião, cosmologia e filosofia.
O Prefácio especial da edição Rosacruz tem um símbolo Rosacruz (a branca cruz de rosas ornadas centrada dentro de um pentagrama de cinco pontas), e foi escrito pela Sra. Augusta Foss Heindel, presidente da Fraternidade Rosacruz, Oceanside, Califórnia, e viúva de Max de Max Heindel, fundador público desta Escola de Pensamento.
Neste prefacio , datado de 1 º de maio de 1928, a Sra. Heindel escreve: O Sr. Hall é particularmente qualificado para interpretar a linguagem simbólica da antiguidade. Seu interesse especial pelos Ensinamentos da Sabedoria e os símbolos dos antigos rosacruzes, maçons, e os filósofos herméticos e suas profundas investigações resultaram no presente volume que desvela a riqueza desta pouco conhecida tradição filosófica.Neste extraordinário livro o Sr. Hall coloca o conhecimento secreto dos mundos antigos e medievais ao alcance do moderno buscador das verdades fundamentais da vida. A crescente popularidade do Rosacrucianismo na atualidade é uma evidência do ressurgimento do interesse geral nos Ensinamentos e Mistérios dos antigos. Esta magistral Enciclopédia de filosofia simbólica é uma contribuição muito oportuna, pois abre as arcas do tesouro do passado e devolve à humanidade o conhecimento dos antigos egípcios, gregos e caldeus”
Em 1933, aos 32 anos, Hall escreveu a introdução do livro Blavastsky and the Secret Doctrine ( Blavatsky e a Doutrina Secreta), livro inédito, publicado catorze anos após a morte física de Max Heindel. “Max Heindel foi um pioneiro em cristianismo místico e madame Blavatsky foi uma pioneira em ocultismo oriental. ambos estabeleceram sistemas de pensamento que se propagaram rapidamente através de uma humanidade animicamente faminta. Não legaram apenas suas próprias organizações, mas sementes que plantadas nos corações dos homens tem gerado muitos frutos em várias partes do mundo, onde outras organizações tem sido estabelecidas segundo linhas semelhantes.”
Em 1934, Hall, que alimentava o sonho de criar uma escola de pensamento modelada na antiga escola pitagórica de Crotona, fundou a Philosophical Research Society (PRS), em Los Angeles, Califórnia, uma organização sem fins lucrativos com a finalidade de fornecer às pessoas pensantes, acesso a amplo e profundo ao campo da literatura da sabedoria, promovendo o estudo de filosofia, metafísica, religião comparada, mitologia e ciencias ocultas. Seu objetivo é permitir ao individuo o desenvolvimento de uma filosofia de vida madura em associação com uma diversificada e estimulante comunidade de outras pessoas, cada qual dedicada a compreender e apreciar as suas únicas possibilidades no desdobramento universal padrão. A organização é totalmente livre de controle doutrinário, política ou religiosa, proporcionando um ambiente protegido de qualquer interesse que pretendam coagir ou converter. Em 1935 marcou o terreno para construir o primeiro edifício do complexo. Novas instalações foram adicionadas em 1950 e 1959. A Philosophical Research Society se tornou um importante centro para a investigação e divulgação da antiga sabedoria nos Estados Unidos e outros países. Possui uma biblioteca de mais de 50.000 volumes; edita e vende livros metafísicos e espirituais, principalmente aqueles escritos por Manly P. Hal
Manly P. Hall casou-se duas vezes, mas não teve filhos. O primeiro casamento terminou com o falecimento de sua primeira esposa, Fay Bernice Hall, em 22 de fevereiro de 1941. Sua segunda esposa foi Marie Bauer Hall. Marie Bauer Hall nasceu na Alemanha, em 25 de junho de 1904. Cresceu católica, sendo educada em um convento de formação de professores. Com 18 anos ela garantiu uma passagem para os Estados Unidos da América, e tornou-se uma babá de duas crianças pequenas. Marie foi casada com George Bauer com quem teve dois filhos. Após o divórcio ela casou-se com Manly Palmer Hall, em 1950.
Manly faleceu em agosto de 1990, e Marie faleceu em 21 deabril de 2005 com 100 anos de idade. Certa ocasião, Marie disse: “Há três coisas importantes que aconteceram na minha vida – 1) Tornar-se a mãe dos meus dois filhos; 2) Unir-se a Manly Palmer Hall com os seus efeitos ao longo da vida, e casar-se com ele; 3) Investigação sobre a possibilidade de Francis Bacon ter sido o verdadeiro autor das obras de Shakespeare.
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