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Por Aysha A. Hidayatullah.
Aisha bint Abi Bakr ibn Abi Quhafa (ca. 614-ca. 678), foi uma das esposas favoritas de Muhammad e membra principal da comunidade muçulmana primitiva.
Aisha (Aysha) nasceu em Meca, ela era filha de Abu Bakr (d. 634), o amigo próximo de Muhammad e primeiro califa do Islã.
Aisha ficou noiva de Muhammad no ano 623 em Medina, quando ela tinha nove anos de idade.
Aisha foi a única virgem com quem Muhammad se casou, e ela nunca deu à luz nenhuma criança.
Ela é frequentemente lembrada como a esposa mais próxima e mais amada de Muhammad, como a pessoa que tem a mais íntima compreensão das práticas do Profeta.
Como resultado, Aisha é creditada pelos sunitas como a transmissora de mais de 2.000 relatos de hadith.
Após a morte de Muhammad, ela foi consultada como uma autoridade sobre seus hábitos e recomendações.
Em 627, Aisha foi acusada por alguns muçulmanos habitantes de Medina de cometer adultério.
Durante uma jornada com Muhammad e sua caravana, ela havia se separado do grupo enquanto procurava por um colar perdido.
Um jovem a encontrou e a acompanhou de volta a Medina em segurança.
Os rumores começaram a circular, acusando-a de ter tido relações ilícitas com o homem.
Em resposta a esta calúnia, o Alcorão defende a inocência de Aisha em Alcorão 24:11-20:
“11 Aqueles que lançam a calúnia, constituem uma legião entre vós; não considereis isso coisa ruim para vós; pelo contrário, é até bom. Cada um deles receberá o castigo merecido por seu delito, e quem os liderar sofrerá um severo castigo.
12 Por que, quando ouviram a acusação, os fiéis, homens e mulheres, não pensaram bem de si mesmos e disseram: É uma calúnia evidente?
13 Por que não apresentaram quatro testemunhas? Se não as apresentarem, serão caluniadores ante Deus.
14 E se não fosse pela graça de Deus e pela Sua misericórdia para convosco, nesse mundo e no outro, haver-nos-ia açoitado um severo castigo pelo que propalastes.
15 Quando a receberdes em vossas línguas, e dissestes com vossas bocas o que desconhecíeis, considerando leve o que era gravíssimo ante Deus.
16 Deveríeis, ao ouvi-la, ter dito: Não nos compete falar disso. Glorificado sejas! Essa é uma grave calúnia!
17 Deus vos exorta a que jamais reincidais em semelhante (falta), se sois fiéis.
18 E Deus vos elucida os versículos, porque é Sapiente, Prudentíssimo.
19 Sabei que aqueles que se comprazem em que a obscenidade se difunda entre os fiéis, sofrerão um doloroso castigo, neste mundo e no outro; Deus sabe e vós ignorais.
20 E se não fosse pela graça de Deus e pela Sua misericórdia para convosco…e Deus é Compassivo, Misericordiosíssimo”.
Muhammad morreu quando Aisha tinha 18 anos de idade; consta que ele morreu em seus braços nos seus aposentos.
Após a morte do terceiro califa, Uthman ibn Affan em 655, ela se opôs à sucessão de Ali ibn Abi Talib ao califado, lutando contra ele na Batalha do Camelo, a primeira guerra civil do Islã, em 656.
Por este desafio a Ali, ela é frequentemente considerada pelos muçulmanos xiitas com desdém.
Embora Ali tenha sido vitorioso, os esforços de Aisha refletem seu caráter desafiador e franco, assim como o papel ativo que ela desempenhou em assuntos políticos.
Após sua derrota militar, Aisha voltou para Medina, passando o resto de sua vida transmitindo seus relatos sobre o Profeta.
Ela morreu lá em 678 aos 66 anos de idade e foi enterrada no cemitério de al-Baqi.
Leitura adicional:
– O Significado dos Versos do Alcorão Sagrado, traduzido por Samir El Hayek;
– Leila Ahmed, Women and Gender in Islam: Historical Roots of a Modern Debate (New Haven, Conn.: Yale University Press, 1992);
– Denise A. Spellberg, Politics, Gender, and the Islamic Past: The Legacy
of Aisha bint Abi Bakr (New York: Columbia University Press, 1994).
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Fonte:
Encyclopedia of Islam
Copyright © 2009 by Juan E. Campo
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Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.
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