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Ciclos Cósmicos do Universo e sua Avaliação Astronômica

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Frater Albertus

A Astronomia, ciência dos corpos celestes quanto aos seus movimentos, posições, distâncias, magnitudes, consistências físicas e temas correlatos, é a base da Astrognosia. Esse conhecimento das estrelas não se limita às estrelas fixas, mas também se aplica aos planetas.

A Astrogonia, ou a origem das estrelas, não é nossa preocupação imediata. O padrão celeste atualmente existente é o objeto da nossa investigação, e as influências dessas forças celestes sobre nosso plano terrestre serão consideradas aqui.

Não há necessidade de extremismos na medição do tempo. Falar de bilhões ou trilhões de anos transcorridos terá pouca utilidade na consideração presente. Iremos nos limitar a um ciclo de tempo imediato, abrangendo aproximadamente um quarto de milhão de anos, ou, para sermos exatos, 259.200 anos.

Assume-se que o leitor esteja familiarizado com a precessão dos Equinócios. Tomando esse ciclo como referência temporal, estabelecemos uma norma. Ao formulá-lo em ciclos maiores e menores, começaremos com um ciclo supremo, ou seja, 259.200 anos — o maior período de tempo a ser medido em relação à nossa posição no universo. Apenas este será considerado no escopo deste tratado.
Esse ciclo supremo* deve ser entendido como a duração cíclica de tempo necessária para que a estrela fixa Alcione gire ao redor de um centro hipotético do nosso cosmo. Este é o Sol central ao redor do qual o nosso Sol gira. (Veja a Ilustração nº 1)

ILUSTRAÇÃO Nº 1
O CICLO SUPREMO — 259.200 ANOS

O Ciclo Supremo é dividido em dez arcos. Cada segmento de 25.920 anos apresenta uma fase positiva e uma negativa para o nosso sistema solar à medida que este orbita Alcione, a qual, por sua vez, leva dez vezes mais tempo para orbitar seu próprio centro no cosmo. Esta é a nossa posição no esquema universal.

Dentro deste ciclo encontramos todos os demais intervalos de tempo até os mais ínfimos micro-organismos. Para nós, este é o símbolo da perfeição, ou seja, o número dez, no qual todos os valores estão contidos.*

Tomando um segmento do ciclo supremo e formulando-o como uma esfera, chegamos a um ciclo maior de 25.920 anos. Este ciclo maior tem como centro a estrela fixa Alcione. É dividido em doze segmentos representando o cinturão zodiacal. Nele encontram-se as doze constelações. (Veja a Ilustração nº 2.)

Cada um dos doze segmentos deste ciclo tem uma duração de 2.160 anos. Portanto, o somatório exige 25.920 anos para percorrer as doze constelações — ou seja, um décimo do Ciclo Supremo; veja a Ilustração nº 1.

Cada uma das doze constelações que compõem os 30 graus do zodíaco tem um nome. Os antigos, que as chamaram de Áries, Touro, Gêmeos etc., devem ter tido razões para nomeá-las assim. Por conveniência, esses nomes são mantidos até hoje. Como será visto, não foi o padrão externo das estrelas que deu origem a esses nomes, mas sim as qualidades inerentes que emanavam do espaço estelar e melhor descreviam a tendência encontrada ali. Quando Libra, a Balança, ocupava uma dessas posições, não se pretendia dizer que o padrão das estrelas se assemelhava a uma balança, mas sim que a influência emanada naquele momento, sob condições propícias, era de união ou equilíbrio.

ILUSTRAÇÃO Nº 2
O CICLO MAIOR — 25.920 ANOS
COM FASES POSITIVAS E NEGATIVAS DO CICLO MATERIAL

Um círculo completo não mostra começo nem fim. Qualquer ponto arbitrário pode ser escolhido para investigação. Como a rotação da Terra de oeste para leste dá a aparência de o Sol nascer no leste, o leste foi aceito como ponto de partida mais lógico. Contudo, a rotação contrária dos ponteiros do relógio da Terra é seguida no ciclo maior. O início do tempo conforme encontrado para este ciclo maior é dado como 19.717 a.C.

Deve-se destacar um ponto de extrema importância — o tempo é um conceito criado pelo homem. Não possui fundamento na realidade. Tempo, como duração da consciência, é uma forma de relacionar ocorrências que passam. Portanto, uma data, como parte desse intervalo, só tem significado quando em conformidade com preceitos aceitos. O ano 19.717 a.C. é irrelevante para um chinês, enquanto a data correspondente no calendário judaico seria inútil no mundo cristão. Como tantos calendários conflitantes dão respostas confusas quanto aos intervalos de tempo, deve-se notar que são usados apenas para transmitir um significado ao que ocorreu ou está prestes a acontecer. Substituir o ano 19.717 a.C. por uma data judaica, chinesa, hindu, copta ou qualquer outro sistema não mudaria a ocorrência ou a periodicidade dessas manifestações cíclicas naturais ou celestes.
Talvez a palavra “eterno” adquira um sentido mais abrangente quando comparada às datas limitadas do tempo. O eterno ou recorrência atemporal de fenômenos cíclicos ocorre da mesma forma, mesmo quando não há tempo criado pelo homem. Apenas interlúdios conscientes podem transcorrer dentro da atemporalidade conhecida do desconhecido.

Isso se aplica igualmente aos diversos sistemas, incluindo este aqui apresentado, que tentam explicar os fenômenos celestes. O sistema cabalístico investigado neste estudo é apenas uma das muitas tentativas de lançar mais luz sobre a cosmologia. Para que essa tentativa tenha êxito, será necessário empregar uma norma compreensível ao homem. Isso exigirá o uso de valores numéricos de um a dez, pelos quais o conceito humano de tempo é estabelecido.

Toda ação traz consigo uma reação. Esse aspecto dual se manifesta por toda a criação. A noite sucede o dia, o baixo é oposto ao alto, e a esquerda se contrapõe à direita. Todas as manifestações materiais apresentam em si mesmas a lei da polaridade. Toda formação ou matéria é regida por leis. Até mesmo essas leis têm interpretações duais. Assim, um estímulo não material proveniente do espaço interestelar exerce influência sobre formas de vida terrestre e toda a matéria. Essa forma de animação só pode funcionar dentro de seu oposto, isto é, manifestações materiais.

Uma ilustração gráfica mostra uma fase positiva e uma fase negativa para cada segmento dos ciclos supremo ou maior. No ciclo maior, cada segmento de 30 graus — ou um doze avos do ciclo zodiacal completo — revela uma posição positiva e negativa do Sol ao orbitar Alcione. As estações do ano na Terra mostram fases semelhantes de aumento e diminuição à medida que orbitamos o Sol. Um campo interessante de investigação histórica se abre quando essas influências cíclicas são usadas para analisar civilizações anteriores. Devido aos dados arqueológicos e outros registros limitados disponíveis ao pesquisador ao estudar períodos anteriores ao início da história registrada, o uso desses ciclos abre vastos horizontes. Muito ainda precisa ser verificado e confirmado. No entanto, mesmo uma análise superficial revelará informações surpreendentes. Por exemplo, o exame do ciclo maior e suas doze divisões, começando no setor ocidental em 19.717 a.C., mostra que em suas fases iniciais ou épocas, temos o período no qual se supõe que o continente hipotético da Atlântida atingiu o auge de sua civilização. Dentro desse contexto, é de interesse para o pesquisador comparar as investigações de Donnelly em Atlantis e as de Churchward em Mu. Qualquer mérito que se encontre nesses estudos isolados carece de substância suficiente para se sustentar por conta própria, mas com o apoio desses ciclos, talvez seja possível integrar os dados de ambos em um conjunto de fatos significativo.

Considerar cada um dos doze segmentos do ciclo maior como uma era ou época, começando no tempo presente e retrocedendo até onde a história permitir, será também uma aventura reveladora. Assim, a entrada do Sol no signo astronômico de Peixes teria começado em 227 a.C. e terminado em 1883 d.C. Durante esse intervalo, há uma fase positiva e uma negativa. A civilização, nesse tempo, deve mostrar sua ascensão e queda. Como será visto, esses ciclos confirmam a história registrada de maneira surpreendente.

A primeira metade do signo astronômico de Peixes vai de 227 a.C. até 803 d.C. Essa constitui a parte negativa do ciclo de 2.160 anos, conforme mostrado no gráfico. O ponto médio, ou mais baixo, desse ciclo é 263 d.C. Aqui, de fato, encontramos correspondência com a chamada Idade das Trevas. A metade positiva de 1.080 anos dessa época começa em 803 d.C. e termina em 1883 d.C. O ponto culminante da posição positiva é encontrado em 1343 d.C., época do Renascimento. Foi durante o século XIV que um avanço monumental na arquitetura, nas artes, na literatura, na ciência e em outras realizações deixou sua marca na época. A cultura, conforme aceita histórica e popularmente, alcançou seu auge. Deve-se lembrar que esse renascimento continuou em sua forma positiva durante os séculos seguintes dessa era. Após isso, sob os auspícios do signo astronômico de Aquário, teve início uma nova era ou época, que durará até o ano 4043 d.C. Para essa era aquariana do futuro, pode-se delinear, pelo mesmo método, a recorrência cíclica de uma ascensão precedida por uma queda. Já que a mesma lei cíclica se mantém, não importa se chamamos o padrão de passado, presente ou futuro. Independentemente de questões humanas, os ciclos funcionarão conforme a lei da polaridade.

Se alguém regredir a outro signo astronômico como Touro, não seria difícil estabelecer a civilização egípcia como a mais proeminente daquela época. O leitor pode, a partir daqui, verificar as várias eras e civilizações e encontrar respostas para suas perguntas. Uma tabulação cuidadosa dessas ocorrências ajudará na datação mais precisa de eventos transmitidos historicamente. Heródoto e outros historiadores antigos podem, dessa forma, ser colocados à prova, e discrepâncias podem ser corrigidas.

Como outro exemplo, considerável controvérsia surgiu entre arqueólogos sobre a idade daquele misterioso monumento, a Esfinge. Essa escultura representa metade leão e metade virgem ou mulher. No ano 11.017 a.C., ou aproximadamente 13.000 anos atrás, as constelações astronômicas de Virgem e Leão estavam unidas. Metade de cada uma dessas manifestações exteriores compõe o todo desse monumento. O que ele foi projetado para indicar? Essa pergunta talvez a Esfinge silenciosa tenha deixado sem resposta. No entanto, o monumento e sua idade podem adquirir significado com a ajuda dos ciclos.

Ao observar a Ilustração nº 3 e as lâminas coloridas nºs 1, 2 e 3 (abaixo), nota-se que dois tipos distintos de ciclos estão representados dentro de um ciclo maior de 25.920 anos: um consistindo de uma divisão em doze partes e outro em sete. Cada um desses diferentes ciclos mostra uma polaridade positiva e negativa.

A adaptação cromática é baseada na sequência cromática encontrada na interpretação cabalística como as escalas da Rainha e do Rei, respectivamente. Na lâmina colorida nº 3, percebe-se que, quando os dois ciclos diferentes são combinados, eles se fundem em certos intervalos e produzem uma manifestação cromática distinta. Assim, no ciclo de sete fases anterior a 13.327 a.C., quando o ciclo de doze fases o intercepta, o verde aparece apenas como uma fração minúscula, enquanto sua mistura com o púrpura produz uma tonalidade umbral. Seguir essas interseções cíclicas ao redor do círculo revela inúmeras interações entre sombreados de cores.

Essas cores, em sua apresentação básica de sete tons, consistem nas três cores primárias e três secundárias, com a adição de uma sétima chamada índigo. Esta última cor parece desafiar a apresentação harmônica entre as primárias e secundárias. Isso se deve ao fato de que os antigos reconheciam apenas sete planetas, enquanto as descobertas atuais adicionaram outros. Mesmo os planetas descobertos até hoje não produzem o resultado desejado de trazer harmonia, lei e ordem a esse panorama dos fenômenos celestes. Ajustes precisam ser feitos. A sequência cromática nos gráficos é resultado das qualidades inerentes que se acredita estarem presentes nos raios emitidos pelos planetas. Ao reconhecer que os raios são portadores de energia, teremos de determinar do que são compostos e quais são suas funções.

Assim, as sete manifestações cromáticas como primárias e secundárias também produzem, em sua combinação, cores terciárias. Na chamada escala da Rainha cabalística, essas cores estão ainda combinadas em doze, compostas de cores primárias, secundárias e terciárias.

ILUSTRAÇÃO Nº 3
O CICLO MAIOR COM FASES ESPIRITUAIS E MATERIAIS DELINEADAS

A demonstração em sete fases ilustra fenômenos imateriais, incluindo o que se conhece como manifestações espirituais, mentais e psíquicas. No esquema de doze fases, o material — isto é, o tangível ou físico, discernível em conquistas culturais como arquitetura, ciência e avanços técnicos — torna-se evidente.

Uma interação desses ciclos combinados revela o padrão predominante de um dado tempo. Assim, quando uma posição positiva do ciclo de sete fases está ativa, o imaterial predominará, enquanto, inversamente, quando estiver negativa, o imaterial parecerá sem importância. Quando dois ciclos se fundem numa posição positiva, então ambas as expressões aparecem simultaneamente, como pode ser visto durante o Renascimento, em 10.000 a.C., e no final deste ciclo maior, por volta de 6.000 d.C. Como o gráfico revela, apenas três vezes em todas as suas fases diferentes, durante esse ciclo maior de 25.920 anos, os ciclos de sete e doze fases aparecem simultaneamente positivos e não se interceptam mutuamente. Isso, por si só, é digno de nota, pois observamos que na era pós-cristã a evidência é palpável. Embora para o intervalo de tempo de aproximadamente 10.000 a.C. haja pouca evidência factual disponível, pode-se especular que aí os heróis homéricos tiveram seu tempo e lugar. Quanto à terceira manifestação futura, só se pode presumir que, se o padrão cíclico se mantiver, no encerramento deste ciclo maior haverá um desfecho onde a última era, ou Era Capricorniana, encontrará sua consumação num clímax conjunto entre o material e o espiritual ou mental.

Inversamente, a decadência também pode ser facilmente observada ao seguir o mesmo padrão. O ano 19.717 a.C. marca tal início, aproximadamente 14.000 a.C. da mesma forma, e novamente por volta de 3.000 a.C. Nota-se que o mesmo padrão de uma tríplice revelação para o Ciclo Maior é aparente, só que desta vez no plano negativo. Um terceiro exemplo distinto é observado quando cada um dos ciclos está em posições opostas. Assim, cerca de 15.000 a.C., 12.000 a.C., 9.000 a.C., 6.000 a.C., 2.000 a.C. e 3.000 d.C., cada ciclo se opõe ao outro sem ser interceptado. Questões imateriais estão em ascensão para o primeiro, quarto e quinto desses exemplos. Os ciclos estão apenas invertidos, com o material prevalecendo para os segundo, terceiro e último períodos mencionados. Numa quarta demonstração, cada uma das doze eras mostra a interseção ou bisseção de um ciclo de sete fases com um ciclo de doze fases que revela de forma ordenada ocorrências repetidas. A frase “a história se repete” encontraria aqui fundamentação. Essa repetição deve ser compreendida em sua função cíclica e não na expressão das realizações culturais. Assim como a pesquisa atômica produziu uma era de avanços científicos, os construtores de pirâmides, para seu tempo, também alcançaram feitos matemáticos e físicos notáveis.

O que se espera para o ano 3.000 d.C. pode ser revelado por medidas comparativas. Julgando pelos avanços anteriores e presentes, os futuros progressos materiais nesse caso seriam impressionantes, até mesmo para a mais aguçada antecipação e imaginação.

Esses ciclos podem ser ainda mais reduzidos. Uma era de 2.160 anos, com sua fase positiva de 1.080 e sua fase negativa de igual duração, pode também ser dividida em polaridades positivas e negativas. Assim, cada meia era de 1.080 anos possui 540 anos positivos e 540 negativos. Mesmo esses podem ser reduzidos, nos dando, eventualmente, ciclos de tempo menores, que o homem utiliza em sua aplicação diária:

Começando com um ciclo de era: 2.160

Metade dele: 1.080

Novamente dividido: 540

Continuando: 270

Depois: 135

Depois: 67,50

Em seguida: 33,75

Em seguida: 16,875

E então: 8,4375

Depois: 4,21875

Finalmente: 2,109375

Até: 1,0546825

Não importa quão pequeno seja cada segmento de um ciclo — ele carrega dentro de si o potencial máximo, que só pode ser realizado ao completar sua função cíclica, ou seja, ao completar seu primeiro ciclo, conhecido como 10, o número que precede o círculo ou símbolo de conclusão.

Dessa maneira, as funções cíclicas demonstram sua validade até os menores decimais da computação matemática.

Os símbolos astronômicos que indicam as posições dos signos em cada um dos doze segmentos de 30 graus mostram as várias eras, como a Era de Peixes ou a atual Era de Aquário, dentro deste ciclo maior.

As cores, como mencionado anteriormente, são as emanações espectrais dos raios à medida que são emitidos pelo Sol e absorvidos e, individualmente, reemitidos pelos planetas.
Da mesma forma, os símbolos astronômicos ou planetários indicam os períodos cíclicos de sete fases. As cores designadas correspondem aos seus respectivos planetas em suas posições de Sephiroth na Árvore da Vida.

A origem matemática das interpretações cabalísticas encontra-se, portanto, nas medições de tempo derivadas da precessão dos equinócios.
Até este ponto, o conceito cabalístico baseia-se nos sete raios fundamentais. A descoberta de outros planetas exige um ajuste. À primeira vista, parece ser necessária uma grande reformulação. Aos sete raios planetários, cinco adicionais precisam ser inseridos. Essa mudança pode ser feita sem perturbar todo o padrão. Na lâmina colorida dobrável ao final do livro (abaixo), encontra-se a nova tabulação cromática. Aqui, essas cinco cores são colocadas onde se encontra a polaridade oposta dos planetas listados; a revisão na escala de cores do Rei segue este simples passo.

Por exemplo, no zênite, marcado como 276 a.C. na lâmina colorida de sete fases nº 3, o semicírculo verde negativo registrará como Vênus negativo. Na grande lâmina, o terceiro círculo interno revela o símbolo de Netuno e o quarto círculo, o símbolo de Touro. O fundo de Touro é oliva. Portanto, colocaremos o raio colorido de Netuno — oliva — neste semicírculo negativo do ciclo de sete fases.

Continuando nesse sentido, no sentido horário, o semicírculo verde positivo permanece como está: é Vênus em Libra, positivo. Ainda observando a lâmina colorida de sete fases nº 3, o semicírculo negro negativo permanece negro, já que Saturno aparece negativo em Capricórnio. O semicírculo preto positivo, em Aquário, deverá dar lugar ao cinza. Vulcano, na grande lâmina, ocupa esse espaço.

[Nota dos Editores: No século XIX, astrônomos acreditavam que poderia existir um planeta entre Mercúrio e o Sol, chamado Vulcano, para explicar pequenas anomalias na órbita de Mercúrio. Mais tarde, a Teoria da Relatividade Geral de Einstein explicou essas anomalias sem a necessidade de outro planeta. Então, Vulcano foi descartado como inexistente. Pequenos corpos rochosos que poderiam orbitar entre Mercúrio e o Sol, mas nenhum foi confirmado até hoje. Se existirem, são muito difíceis de observar por causa do brilho intenso do Sol.]

Ambos os semicírculos — amarelo e roxo — dos ciclos do Sol e da Lua permanecem em seus respectivos lugares. Suas polaridades positivas e negativas estão confinadas às suas posições em Leão e Câncer. Plutão, em Escorpião, no semicírculo vermelho negativo a seguir, é marcado como cor de ferrugem ou marrom na grande lâmina. Esse também deverá ser representado dessa forma no ciclo de sete fases. O semicírculo laranja negativo, igualmente, será substituído pelo citrino de Virgem e o planeta Urano. O último dos semicírculos negativos a ser ajustado é o azul. Aqui, ele será substituído pelo umber de Peixes e o planeta hipotético Adônis.

[Nota do Tradutor: O planeta trans-plutaniano Adonis que Frater Albertus menciona, permenece hipotético, porém o planeta anão Éris foi identificado, assim com o o planeta anão Sedna. Em tempo, Plutão, também não é mais considerado planeta como era na época de Albertus)]

Esse ajuste cuidaria da colocação dos planetas mais recentes. Suas influências alteram o resultado da lâmina combinada de cores nº 3. Qualquer ajuste cromático adicional dos raios se manifestará pela interação com os doze ciclos no plano material. À primeira vista, não parece haver muita diferença. As cores substitutas ainda carregam as mesmas tendências listadas no primeiro círculo — como agressividade, decisão, difusão, etc. — mas isso muda quando aplicado ao nono círculo da grande lâmina. Aqui, as cores são derivadas das escalas do Rei e da Rainha, e sua porcentagem de cor primária é modificada.

Inconsistências anteriores dos “Sete Raios”, que necessitavam de fundamentação, agora podem ser mais bem analisadas e os resultados se ajustam de forma mais satisfatória. Quando tais ajustes são aplicados ao grandioso esquema dos sistemas solares — como o ciclo supremo ou o ciclo maior — as mudanças ali manifestadas também podem ser aplicadas, da mesma maneira, aos segmentos mais curtos.

O escopo imenso que se abre ao investigador possui grandes possibilidades. As inferências também são aplicáveis aos assuntos mundanos do homem em todas as suas expressões. Sua dependência cíclica é evidente demais. Com a ampliação das dimensões na avaliação astronômica, as implicações tornam-se ainda mais importantes por causa dos longos intervalos de tempo envolvidos. Falar de eras que abrangem aproximadamente dois mil anos, e das influências que se manifestam durante tal período, exige uma avaliação precisa. Isso depende das leis conhecidas, e da verificação constante para estabelecer, assim, a validade dessas leis. Somente um esforço contínuo para encontrar inconsistências e leis ausentes que possam melhorar aquilo que já é conhecido nos permitirá formar uma concepção mais clara do universo em constante transformação.

Historiadores, arqueólogos e outros estudiosos do passado remoto encontrarão grande auxílio neste esboço cíclico cabalístico. Ele pode ser usado como uma norma. Esse padrão pode não ser, em todos os casos, tão preciso quanto o esperado. O resultado e a fundamentação final dependem, principalmente, da aplicação exata das leis envolvidas. Na avaliação dos sete raios, há considerável margem de manobra que pode facilmente levar à má interpretação de eventos cíclicos em larga escala. As revisões feitas com a inclusão dos cinco planetas adicionais começam a lançar mais luz. Isso ajuda a fazer retificações anteriormente não consideradas, e deixadas em aberto para especulações e teorias de acordo com as ideias pessoais do investigador. A falta de conhecimento, nesse aspecto, levou em muitos casos à negligência de pistas importantes que poderiam ter fornecido as respostas ausentes.

Ao verificar essas interações cíclicas, é de importância fundamental que os raios de cores corretas sejam colocados na posição exata. Qualquer desvio produz resultados errôneos.

A isso deve-se acrescentar o fato de que essas direções primárias estão novamente sujeitas aos trânsitos físicos mutáveis dos planetas e seus arcos, os quais, quando sobrepostos, provocam uma reação que poderia não ser notada de outra forma. Essa influência celeste adicional nem sequer é considerada aqui. O investigador precisa se familiarizar com os fundamentos antes de se envolver com dados mais complexos. Isso é mencionado apenas para demonstrar as possíveis extensões dessa abordagem e as muitas ramificações que ela permite.

A proximidade do planeta em órbita, onde o radix é a impressão ou assinatura do objeto em consideração, é semelhante ao funcionamento estabelecido das pulsações astrocíclicas. Por exemplo, um ciclo maior com suas diversas eras teria sua própria assinatura, pela qual a inteligência inerente seria predominante. A Árvore da Vida revelará tal correspondência conforme mostrado no Capítulo Quatro.

Deve-se lembrar, ao investigar uma época cíclica, que a ascensão básica predeterminada, precedida por uma queda, é predominante. Quaisquer outras influências subsequentes e adicionais são de importância secundária, pois são as forças ativadoras que trazem os eventos à tona. A energia que flui do espaço interestelar reagirá de forma distinta através dos arcos mutáveis, produzindo eras alternadas dentro do ciclo maior. No ciclo supremo, uma progressão semelhante ocorre. Esse posicionamento dez vezes maior dos ciclos maiores está igualmente sujeito a essas mudanças. Caso contrário, todos os esforços teriam influência idêntica sobre os diferentes resistores. Seu fluxo de energia não mostraria nenhuma divergência.

Dos ciclos estendidos do sistema solar à versão condensada encontrada no elétron é apenas um passo relativo. Todos obedecem às mesmas leis fundamentais. Entrar no micromundo e aplicar os mesmos padrões de comportamento do universo deve produzir resultados relativos.

Isso nos leva a uma comparação interessante. Variações são possíveis dentro de uma área determinada quando os planetas são regidos por essas influências cíclicas. O mesmo deveria se aplicar ao átomo, à molécula e à célula. As condições em qualquer aplicação cíclica podem, portanto, ser alteradas. Isso não indicaria uma mudança radical de um padrão preestabelecido, mas apenas um ajuste dentro dele. O cinturão de asteroides representa fragmentos de uma antiga esfera. Se tal acidente ocorreu, provaria que esses ajustes são possíveis. Inversamente, dentro da composição celular de uma molécula, coisas semelhantes poderiam ocorrer. Sabendo que isso acontece contrariamente aos protótipos estabelecidos, pode-se assumir que a resposta está na influência mental dentro do universo quando exercida sobre um padrão predefinido. A constante mudança de aparências fisiológicas ofereceria mais comprovação.

Deve-se, portanto, fazer a devida consideração para a influência de uma supra-mentalidade que possa provocar essas mudanças ou ajustes. No homem mortal, mesmo com sua limitada capacidade mental, tais ajustes também são possíveis. Embora essas mudanças sejam mínimas, ainda assim influenciam os resultados predestinados. Não há rigidez imutável evidenciada no universo. Tudo é flexível dentro dos limites das leis estabelecidas. Esse constante tornar-se, essa expansão ilimitada, exige conformidade em qualquer manifestação cíclica.

Dentro de limitações bem definidas, ocorrem reajustes que estarão confinados ao ciclo de sua existência. Qualquer transgressão traria um desajuste e, eventualmente, destruição ou esgotamento de seu plano proposto de realização.

Os ciclos oferecem ao observador um esboço de resultados legais preestabelecidos. Os ciclos são evidências demonstráveis da lei de causa e efeito. Os estudos astronômicos nos proporcionam conceitos de longo alcance, assim como a investigação microbiológica oferece comprovação na esfera de curto alcance. Em ambas as instâncias — e em todas as outras categorias intermediárias — a influência básica do raio cromático tem a última palavra sobre qualquer resultado, como demonstrado nas operações celestes e terrestres.


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