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A maioria das pessoas que entram em contato com um livro de magia evocatória são levados, por vários meios, a colocar em prática o procedimento recomendado sem que tenham alcançado o grau necessário de desenvolvimento mágico. Elas acham que algumas poucas preparações incompletas recomendadas nas instruções são suficientes.
Os motivos que levam à esta operação precipitada são vários. Para uma pessoa pode ser mera curiosidade que a faz questionar se outras esferas realmente existem. Outros podem ter a vontade de ver espíritos, seres e demônios, outros ainda, tem a esperança de obter certas vantagens através de operações mágicas. Uma quarta pessoa talvez queira evocar seres para adquirir certos poderes e faculdades, para se tornar famoso, respeitado, etc.
Outras pessoas possivelmente queiram certas influências de alguns seres ou prejudicar pessoas de quem não gostam.
Podem ser listados aqui inumeráveis motivos que levam pessoas à prática da evocação mágica. Esse capítulo foi escrito especialmente para essas pessoas, para que coloquem em seus corações a seguinte advertência: A ignorância não protege de modo algum as pessoas do perigo e da tragédia que podem resultar de operações mágicas realizadas sem o suficiente treinamento e desenvolvimento pessoal.
Se alguém sem a devida preparação ousa se aproximar da prática da evocação, ele pode estar certo de que ou não conseguirá nenhum resultado, o que provavelmente o fará desistir da questão, ou terá resultados incompletos que podem torna-lo um descrente.
Ressentido com isso, ele irá dizer que tudo é ilusão sem procurar as causas do fracasso em sua própria pessoa e sem saber que existe a necessidade de ir mais fundo no conhecimento da ciência mágica se quer ter algum sucesso.
É bem o oposto que ocorre com as pessoas que, durante a atual encarnação ou a anterior, alcançaram pelo menos um pouco de perfeição espiritual e tem um certo poder de imaginação.
Eles não são capazes de resultados perfeitos, mas parciais. Essas pessoas são chamadas de feiticeiros ou necromantes do ponto de vista hermético. Normalmente são essas as pessoas que caem nas mãos dos poderes invisíveis como podemos ver através da história.
O exemplo mais chocante e conhecido é a tragédia de Dr. Fausto, popularizada por Goethe.
Eu devo desistir de explicar aqui a personalidade do Dr. Fausto, mas todo magista pode explicar o que ocorreu neste caso.
Todo magista verdadeiro trabalha com os seres de forma consciente, ele é para eles uma pessoa com uma certa autoridade, poder e força, tendo sua maturidade e desenvolvimento mágico, suas atitudes perante os seres são bem diferentes das atitudes de um feiticeiro.
A influência de um magista sobre os seres também é bem diferente e os perigos aos quais o magista pode estar exposto são tão pequenos que quase não precisam ser mencionados. Ele está sujeito somente a algumas poucas tentações dos seres, mas, uma vez que ele já atingiu seu equilíbrio mágico, nada pode tira-lo de seu caminho, nem mesmo o mais tentador dos projetos.
Os seres reconhecem sua autoridade e o respeitam como seu mestre, como a imagem da criação, a imagem de Deus, e estão dispostos a servi-lo sem nem ousar pedir nenhuma recompensa por seus serviços.
É diferente com um necromante ou um feiticeiro por causa de sua inabilidade em criar autoridade perante os seres. Ele está sempre em risco de perder seu equilíbrio à custa de sua individualidade e desenvolvimento mágico.
Se um necromante ou feiticeiro tem um poder de imaginação relativamente alto e é capaz de elevar parcialmente sua consciência, pode acontecer que ao usar nomes bárbaros mágicos ele possa ter uma de suas evocações traduzidas para a linguagem do ser e que o ser que ele está evocando escute sua voz.
A questão que surge é se o ser irá reagir à evocação e pretende fazer o que o feiticeiro quer, pois o ser logo descobre se o feiticeiro é maduro e desenvolvido o suficiente para coagi-lo ou se pode facilmente se opor.
Se o ser for bom e positivo, terá piedade do feiticeiro. Se o feiticeiro evocar um ser indiferente e menos ativo e o ser conseguir provas de que não será ferido, deverá haver então uma prova de simpatia para fazer a vontade do feiticeiro.
Mas se o feiticeiro deseja algo que possa ferir a ele ou a outros sem que esteja capaz de assumir a inteira responsabilidade por isso, o ser não reagirá à evocação.
Todos os métodos mencionados nos vários livros usados por feiticeiros para obrigar os seres a trabalhar para ele são apenas frases sem efeito nenhum sobre os seres astrais.
Por outro lado, os seres negativos preferem reagir às intenções malignas e negativas e ajudar o feiticeiro em sua realização . Mas um chefe de demônios sabe bem que não é obrigado a fazer o que o feiticeiro quer no caso de ele desejar algo que o deixaria com muito débito cármico ou algo pelo qual ele não possa se responsabilizar do ponto de vista cármico.
Nesse caso, nem mesmo um demônio realizaria a vontade do feiticeiro, pois este ser, mesmo sendo negativo depende da Divina Providência. Ele não pode por vontade própria criar vibrações que causariam um estado caótico na harmonia de uma esfera.
Portanto, é necessário falar sempre mais que um certo grau de desenvolvimento mágico é absolutamente necessário para a evocação dos seres de qualquer esfera e para colocar a consciência nas esferas e traduzir seus pensamentos na linguagem metafórica ou cósmica para que os seres possam entende-lo.
Com esses pontos em mente, o magista irá descobrir o verdadeiro valor do livro de anotações que ele iniciou para seu uso pessoal e verá que este livro é o livro da linguagem cósmica, no qual ele encontrará todos os procedimentos de sua arte de evocação mágica traduzidos em linguagem pictórica e simbólica.
Um necromante ou feiticeiro, trabalhando baseado nos piores rituais e fazendo as mais bárbaras evocações e invocações não está preparado de modo algum para praticar invocações numa ordem sistemática, isto é, de travar conversação com um ser, isto para não mencionar a autoridade que ele deveria representar, mas lhe falta a necessária maturidade e perfeição mágica.
Um necromante pode, no máximo, se colocar em estado extático durante suas operações, o que não é mais que um grito na zona em questão, mesmo se suas citações são as mais terríveis e parecem a ele muito promissoras.
Na maioria dos casos, durante este estado de êxtase o feiticeiro é vítima das mais enganosas alucinações. Na melhor das hipóteses, tal invocação incompleta pode, de forma inconsciente, resultar na criação de um elemental devido ao stress extático dos nervos do feiticeiro dependendo do montante de poder nervoso que ele projeta de seu círculo mágico para o triângulo.
Tal elemental pode inconscientemente tomar a forma do ser evocado, e o feiticeiro, sendo incapaz de reconhecer a diferença, irá considera-lo como sendo o ser evocado por ele.
Este elemental é capaz de despertar então certos desejos em seu criador e satisfaze-los. Eu falei o suficiente sobre isso em meu primeiro livro “Iniciação à Hermética”.
Neste ponto eu devo deixar claro o que é um contrato, como um contrato é feito, quais são suas desvantagens, etc. Eu darei mais detalhes sobre isso agora.
Se um feiticeiro ou necromante tiver sucesso em chamar um chefe de uma determinada esfera até o mundo físico através da elevação extática de seu espírito, tal chefe, se for negativo, sempre irá tentar colocar sob sua influência não somente a alma, mas também o espírito do feiticeiro para torna-lo totalmente dependente.
O feiticeiro geralmente descobre em sua segunda ou terceira operação que não é mais capaz de se colocar no mesmo estado de êxtase que antes o ajudou a ter uma certa influência em uma determinada esfera. Isso é razão suficiente para que se sinta preocupado, o que geralmente faz com que se agarre ao ser que apareceu a ele para que tenha seus desejos realizados.
O chefe que agora aparece ao feiticeiro não irá reagir a ele se não tiver certeza de que a alma e o espírito do feiticeiro estão maduros e suficiente para ele e portanto ele paga para tentar obter ambos.
O chefe visualiza os vários desenvolvimentos kármicos que o feiticeiro já ultrapassou e pelos quais ele atingiu um certo grau de inteligência e maturidade, e se certifica de que o feiticeiro pode prestar a ele bons serviços após sua morte. O ser já sabe disso tudo em sua própria esfera enquanto assiste o feiticeiro realizando suas operações.
Se parecer vantajoso o suficiente, o chefe, normalmente negativo, aparecerá ao feiticeiro e tentará ganha-lo para si a todo custo. Empregará os métodos mais variados dependendo do caráter do feiticeiro, pois já conhece os pontos mais vulneráveis para atingi-lo.
Se, por exemplo, o feiticeiro for medroso de alguma forma, o ser tentará amedronta-lo para faze-lo obedecer. Mas se for de alguma forma consciente de suas faculdades físicas e espirituais, o ser tentará ganha-lo com todo tipo de promessas, como a de que fará qualquer coisa, mas ao mesmo tempo afirmará que uma coisa assim não é possível sem um acordo mútuo e mostrará as vantagens do contrato, caberá ao feiticeiro resistir às tentações do ser e se opor a elas.
Tem início então um luta na consciência do feiticeiro, e ela se tornará terrível, pois a consciência do homem é a forma mais sutil da Divina Providência.
Se, entretanto, o feiticeiro não estiver disposto a ouvir as advertências divinas, isto é, a seguir sua consciência, mas ignora-la apesar de sua repetida aparição, ele então se torna uma vítima do ser ao fazer com ele um acordo ou contrato.
Esse tema com certeza interessa a todos. Portanto eu irei analisa-lo mais de perto sob o ângulo hermético.
Por que um ser espiritual quer tomar posse da alma e do espírito de um feiticeiro?
Há várias razões para isso. Primeiramente nenhum ser, menos ainda um negativo, irá fazer algo para o feiticeiro sem a esperança de uma recompensa relevante. O feiticeiro é forçado pelo contrato a deixar a zona terrestre após se libertar do corpo físico.
Ele na verdade é carregado pelo demônio e deve viajar até a esfera do ser com o qual fez o contrato e lá servi-lo como escravo.
O chefe com o qual o contrato foi feito geralmente usa um feiticeiro falecido como um mensageiro na esfera astral, mental ou física da zona terrestre onde terá obrigações a cumprir para seu mestre correspondentes a esfera negativa daquele ser.
Tais chefes gostam de entrar em contato com um feiticeiro por que este foi criado à imagem de Deus e tem, portanto, quatro pólos e por isso muito mais possibilidades que o ser em si.
Na maioria dos casos, os servos dos chefes, nessa ocasião um ser humano, é transformado em um espírito familiar ou factótum e colocado à disposição de outros feiticeiros similares. Nesta função de espírito familiar o feiticeiro tem o poder que o chefe em si possui a partir do momento em que substitui o ser.
A transferência de poder para o feiticeiro é feita por um Ankhur do chefe ou principal dos demônios ou pela influência do poder da zona até que ele consiga produzir por si mesmo efeitos de resultado garantido ou que outros servos o ajudem a levar a cabo suas missões.
Se tais servos são verdadeiros habitantes da zona na função de subordinados de seus mestres ou se são realmente vítimas como foi descrito acima é difícil determinar, pois tais seres não tem permissão para falar sobre si com ninguém.
É também possível que fases não desejadas na memória ou consciência deles sejam apagadas por encantamento ou outras práticas.
E assim o feiticeiro, apesar das qualidades que acumulou com sua natureza de quatro pólos, se torna dependente do chefe de uma esfera, que é seu mestre e que não permite que ele se liberte desses laços e viva sua própria vida. Ele se torna um instrumento desprovido de vontade nas mãos do chefe e deve executar tudo que ele queira.
Após ter selado o contrato ou pacto, o feiticeiro não pode executar nenhuma obra por semanas ou mesmo meses. Durante esse período ele é ensinado pelo seu chefe em várias práticas e é iniciado no uso de seus poderes. O fechamento de um pacto não é muito diferente do que é estabelecido nos grimórios ou livros mágicos. Há entretanto uma pequena diferença pouco conhecida: o pacto em si não é composto pelo ser espiritual, mas é planejado e descrito pelo feiticeiro. O texto do pacto é escrito em tinta comum. Tintas especiais também são usadas para este propósito dependendo dos rituais aplicados, mas isso não é tão importante.
O contrato estabelece claramente quais serviços serão prestados pelo ser, que possibilidades são dadas ao feiticeiro com este pacto, incluindo outras condições que devem ser completadas em proveito do feiticeiro.
Em outra página do contrato estão as obrigações que o feiticeiro deve realizar para o ser e as que o ser se obriga a cumprir. Ele estabelece adicionalmente a maneira pela qual o ser pode ser chamado e se ele deve aparecer de forma visível ou invisível, como os servos colocados à disposição do feiticeiro devem ser tratados, etc.
A parte mais importante é o período pelo qual o contrato é válido e que após a data de expiração dele o feiticeiro é obrigado a viajar até a esfera do demônio. Estabelece também o modo pelo qual o feiticeiro irá morrer no mundo físico e como ele irá viver na esfera do chefe com quem selou contrato.
Todos os pontos e condições são aceitos por ambas as partes e o ser normalmente assina o contrato com seu próprio selo, usando como médium a mão do feiticeiro e o acordo mútuo fica autenticado.
Também é possível que o ser peça ou insista para que o feiticeiro assine o contrato com seu próprio sangue, mas já foram e tem sido feitos contratos sem essa condição.
Normalmente o contrato é escrito em duplicata, ficando uma cópia nas mãos do feiticeiro e outra é para o ser. Os livros costumam dizer que o ser fica com as duas cópias, mas isso é raro e só acontece com uma certa categoria de seres.
Normalmente o feiticeiro dobra e queima a segunda cópia. A queima do contrato significa que as idéias e pontos dele foram transmitidos à zona relevante.
Deste modo ou de modo similar, com pequenas diferenças não essenciais que os pactos são selados, especialmente os pactos com seres negativos.
Tal pacto não pode ser quebrado nem pelo feiticeiro e nem pelo ser e deve ser cumprido incondicionalmente. Muitas vezes acontece de a vítima não ter conhecimento de ter feito esse horrível pacto e ir até a respectiva esfera sem saber que terá que pagar obrigações ao ser que o serviu na Terra.
Se, entretanto, a consciência começar a se manifestar na mente do feiticeiro antes da expiração do contrato e ele, em conseqüência, tentar se libertar de qualquer forma, o ser fará tudo para machucar e destruir o feiticeiro, muitos dos processos de bruxaria do passado são inegáveis provas disso e os feiticeiros que se arrependeram de selar tais contratos e tentaram de toda forma se libertar tiveram que expiar amargamente sua quebra do contrato com os referidos seres.
Muitos dos feiticeiros antigos não fugiram das chamas por que a idéia e a centelha divina venceram dentro deles e fez com que preferissem a morte ao invés de permanecer em contato com um demônio até a expiração do contrato.
Mas os feiticeiros que aderiram rigorosamente cada ponto do contrato e completaram todas as obrigações até o tempo de expiração dele permaneceram sob a proteção dos poderes obscuros e nenhum poder no mundo poderia jamais feri-los. Os que não aderiram e se arrependeram de seu erro foram duramente perseguidos pelos seres, pois estes sempre encontram meios de ferir seus protegidos.
O tipo de contrato descrito acima pode ser considerado o tradicional, pois o feiticeiro tenta entrar em contato com um ser através da magia evocatória e tenta manter esta ligação com ele de forma direta ou por meio do espírito familiar que serve ao ser.
O leitor poderia agora perguntar se o feiticeiro está condenado a ser um servo de um ser ou um chefe para sempre.
Responder a esta questão não é difícil para um magista que esteja igualmente familiarizado com todas as esferas. Tão logo o feiticeiro tenha retribuído o chefe em ampla medida pelos serviços prestados na Terra – e isso pode levar, em nossa cronologia, muitas centenas de anos já que não existe tempo e espaço nas esferas – a consciência do feiticeiro começa a se manifestar mais e mais nele e sua natureza de quatro pólos se sente pouco a pouco mais livre da escravidão.
Quando o feiticeiro pagou cada centavo de sua dívida, poderá fazer novamente o que gosta.
Mas, se nesse ponto, ele ainda sufocar sua consciência e não desejar segui-la, ele permanecerá na esfera do chefe e irá, eventualmente, perder sua quádrupla polaridade e se identificar com o plano em que vive, tomando a vibração deste plano para sempre.
Desse modo ele condena a si mesmo. O feiticeiro então deixa de ser um ser humano, a imagem de Deus e se torna um ser daquela esfera, isto é, se torna um demônio.
Este é certamente o estado mais retrógrado que um ser humano pode alcançar e pode ser chamado de condenação do ponto de vista religioso, ou o verdadeiro pecado contra o Espírito Santo.
Este seria o procedimento completo para se estabelecer contrato entre um feiticeiro e um ser de outra zona. Se o feiticeiro seguir a voz de sua consciência, ele poderá deixar a zona do chefe e encontrar um novo lar na zona terrestre. Aqui ele poderá viver novamente como um ser de quatro pólos e recomeçar seu desenvolvimento espiritual.
Se for necessário que ele retorne ao nosso mundo físico, seu renascimento se dará sem dificuldades, pois no mundo físico é bem mais fácil se purificar e trabalhar o desenvolvimento mágico como os outros seres. Um feiticeiro reencarnado está apto a adquirir em nosso mundo um grande poder mágico, já que tem experiência em trabalhar com seres negativos.
Esses feiticeiros reencarnados são os magos de nascença, pois possuem faculdades mágicas inatas e não precisam acumular muito conhecimento ou entrar em um treinamento mágico especial.
Não se pode negar que pode acontecer novamente de tal pessoa ser vencida pela tentação de usar mal esses poderes e o mesmo chefe de espíritos pode se aproximar dele novamente, possivelmente sob novo disfarce, para conquistar novamente sua vítima com a mesma intenção de leva-lo para sua esfera após a morte física.
Este feiticeiro, entretanto, tem livre arbítrio na Terra e pode resistir a estas tentações de uma forma muito melhor. Sua consciência também trabalha de forma melhorada e irá adverti-lo com mais força que a consciência de um ser humano sem esses antecedentes. Portanto, raramente acontece de um feiticeiro cair duas vezes. Normalmente ele está tão purificado pela sua experiência que passa a trilhar pelo verdadeiro caminho da magia e é menos inclinado a ter contato com demônios ou espíritos negativos.
Este estabelecimento da verdade dos fatos pode ser um aviso para que todos os buscadores verdadeiros não sigam pelo caminho da feitiçaria, pois pode-se observar pelo que já foi dito acima, que este passo é uma grande regressão na evolução espiritual e no desenvolvimento do ser humano.
Tudo que eu disse não é uma história fantasticamente construída, mas um triste fato verdadeiro que pode ser verificado por qualquer magista.
Um feiticeiro reencarnado que segue o caminho da iniciação está exposto a um número bem maior de tentações do que um ser humano comum que está iniciando seu desenvolvimento espiritual.
Os planos que antes o aprisionaram tentam hora após hora, das maneiras mais refinadas, colocar a vítima sob seu controle novamente.
Nesta obra eu não pretendo nomear ninguém da antiguidade ou dos tempos modernos que tenha selado contratos com os seres, mas além dos casos conhecidos do público, como Dr. Fausto e Urban Grandier, existem muitos outros dos quais o público nunca ouviu falar.
Existe ainda um outro modo de selar contratos conhecido somente por alguns poucos iniciados. Esse deve ser um aviso para todos aqueles que tentam entrar em contato com vários tipos de seres.
Este pacto não é feito diretamente, mas pela ajuda de um corpo humano já existente. Qual dos dois modos será mais vantajoso irá depender da visão individual do magista.
O modo menos conhecido pode ser preferido pelas pessoas mortas bem como por outros seres da zona terrestre e até mesmo pelos das zonas superiores.
A entrada em contato através de um ser humano requer que este tenha um controle dos elementos, da luz e do princípio do Akasha, uma inteligência superior e maturidade mágica ao lado do ser espiritual que irá contatar e fazer o contrato com o ser humano.
Do ponto de vista hermético, tal contrato é possível e é praticado por vários feiticeiros, sem que estes sejam diferentes das outras pessoas por qualquer coisa estranha ou não natural. Somente o clarividente bem treinado e os olhos do magista verdadeiro são capazes de distinguir este pacto.
Normalmente o feiticeiro é convidado ao contrato pelo ser e não é raro que o convite venha dos seres dos elementos que vivem próximos à Terra.
Se todas as condições necessárias estiverem completadas a fabricação do contrato não apresenta maiores dificuldades.
O método se resume no seguinte procedimento: O ser procura um corpo físico em qualquer lugar do mundo material no momento da morte. Prefere-se um corpo saudável nesse caso, um corpo que morra por causas pequenas e rápidas, como por exemplo um acidente.
Corpos que morrem em conseqüência de uma inflamação dos pulmões, encefalite, falência cardíaca, etc, também são usados com esse propósito.
Por outro lado, não são bem vindos os corpos que tenham sido destruídos pela tuberculose ou outras doenças infecciosas dos órgãos vitais e nos quais a destruição desses órgãos foi a causa da morte física dessa pessoa. Restaurar a harmonia em um corpo destruído por essas doenças daria muito trabalho.
No momento em que o fio que liga corpo, alma e espírito se rompe e a matriz da vida é interrompida, o ser toma conta do corpo humano e pode construir um novo fio entre ele e o corpo humano ao fazer o que já descrevi em “Iniciação à Hermética” que é empregar o fluido de luz.
É claro que o ser, antes de se unir ao corpo físico, deve formar seu corpo astral de acordo com a forma e tamanho do corpo humano em questão, usando para este propósito a matéria dos elementos para conseguir uma harmoniosa unidade dos dois fios vitais: a matriz astral e mental.
O ser que toma posse do corpo humano do modo descrito se torna um ser humano em um corpo emprestado. Os parentes e testemunhas acreditam que a pessoa agonizante retornou por um milagre e finalmente se recuperou da doença. Isso acontece por que os parentes e pessoas próximas não conseguem observar através da clarividência a saída do corpo astral do físico. Uma vez que o ser possui um grau fantástico de adaptabilidade e mantém todas as faculdades e poderes do mundo astral e sabe de tudo, ele continua se passando pela pessoa que faleceu, mas tentará desaparecer de perto dos parentes da pessoa falecida e entrar em contato com o feiticeiro sem chamar a atenção.
O ser mantém todas as habilidades de sua esfera anterior no novo corpo e se coloca à disposição do feiticeiro. Com exceção do verdadeiro magista, ninguém irá saber da verdade ou achar algo suspeito em dois amigos ou dois namorados que se encontram e as pessoas ao redor dos dois nunca saberão da verdadeira relação entre eles.
Os serviços que o ser pode render ao feiticeiro durante esta existência física são exatamente os mesmos que seriam se o feiticeiro tivesse entrado em contato com outro ser daquela esfera. Se o feiticeiro quer influenciar o mundo astral ou mental através deste ser, o ser se colocará em um estado de transe e assim pode realizar as vontades do feiticeiro.
A questão do contrato carnal normalmente é discutida no primeiro encontro com o feiticeiro e ele fica bem informado sobre o procedimento. Fica claro que o feiticeiro jamais poderá dizer a ninguém uma palavra sequer sobre a questão e que se assim não for ele terá que pagar com a vida por ter falado.
Feiticeiros tem pedido freqüentemente à sereias para que possuam os corpos de belas garotas nesse mundo, da forma mencionada acima, para poderem entrar em contato com essas ondinas e até mesmo se casar com tais seres. Não há diferença entre uma mulher normal e uma ondina encarnada, pois a última, em seu corpo carnal, está sujeita às mesmas leis que todos os outros seres humanos, mantendo entretanto, todos os poderes e faculdades do elemento água e os utilizando em sua encarnação humana.
A ondina encarnada pode inclusive ter filhos. Mas o fato mais trágico sobre essa questão é que ela irá exigir lealdade absoluta do feiticeiro a partir do momento em que os corpos físicos de ambos entram em contato. Se o feiticeiro quiser ter relações sexuais com outra mulher ele corre o risco de ter que pagar com sua vida por isso.
A ondina não é capaz de permanecer no mundo físico e fazer outros contatos. Logo após a morte do feiticeiro que se tornou seu amante ou marido ela também morre. Após sua morte esta ondina não viaja para a zona terrestre como qualquer outro ser humano, mas deve voltar ao elemento água e lá viver novamente como ondina.
Se um magista com um alto grau de perfeição e relação com Deus realizasse tal procedimento, ele seria capaz de construir com seu poder criador junto à ondina o mesmo tipo de harmonia de elementos que um ser humano possui.
Ele poderia criar um novo ser humano cujo espírito seria imortal como o espírito de uma criatura humana. Entretanto, o verdadeiro magista nunca realizaria uma operação dessas sem ter boas razões para tal. Eu só mencionei isso aqui por que quero mostrar que uma coisa assim faz parte das faculdades do magista.
O não iniciado pode achar que isso tudo é um incrível conto de fadas, mas, do ponto de vista hermético, essas coisas são possíveis e podem ser facilmente feitas. O verdadeiro magista não terá dúvidas dessas possibilidades.
Aparte do espiritismo, existe um outro tipo de evocação de espíritos que se chama necromancia. A diferença entre um feiticeiro e um necromante é a seguinte: o feiticeiro geralmente tenta entrar em contato com os seres mais elevados da zona terrestre, com os chefes dos elementos ou os chefes de outras zonas. O necromante, por outro lado, pratica simplesmente a evocação dos mortos.
O método da necromancia é muito simples e um magista que ainda não tenha alcançado a perfeição pode aplica-lo com mais sucesso do que um feiticeiro fazendo evocações.
Um necromante enfrenta os mesmos perigos de um feiticeiro, já que um ser humano falecido pode também se apossar do feiticeiro e torna-lo totalmente dependente.
Se um necromante se torna tão dependente de um ser astral a ponto de não poder fazer nada sem o conselho e a ajuda deste ser, então podemos já falar em pacto neste caso, embora este tipo de contrato não tenha as mesmas conseqüências trágicas dos pactos que tratamos anteriormente.
O magista pode chamar qualquer ser do mundo astral sem nenhum perigo, sem que se torne dependente ou que seja vítima da necromancia.
Um necromante é uma pessoa com baixo desenvolvimento espiritual e mágico, cujo objetivo é entrar em contato com os seres astrais da zona terrestre, de preferência pessoas mortas.
O necromante irá, na maioria dos casos, tentar usar o ser da esfera astral e pedir dele certas obrigações mágicas no plano físico, astral ou mental, ou meramente tentar satisfazer sua curiosidade. Para isso o necromante irá escolher um ser humano falecido que durante sua vida física se ocupou das ciências secretas e possivelmente alcançou nelas um certo grau de perfeição.
Se esta pessoa era um verdadeiro magista que seguiu o caminho da verdadeira iniciação e aprendeu suas leis aqui na Terra, adquirindo também um certo grau de perfeição, se dirigindo aos poderes positivos e controlando os negativos, ele irá, se achar benéfico, aparecer ao necromante e falar sobre as vantagens e desvantagens de seus projetos e intenções. Entretanto, um verdadeiro magista nunca irá estabelecer uma ligação constante com um necromante, nem tentará influencia-lo de forma que o torne dependente dele. Ele estará sempre pronto para advertir o necromante e lhe dará permissão para chamá-lo em caso de emergência.
Além disso, ele dará bons conselhos ao necromante e o iniciará nas leis da esfera astral, mas jamais irá servi-lo, fazer qualquer coisa que ele queira ou preencher seus desejos materiais.
Somente os maus magistas, com pouca experiência e afeitos aos poderes negativos, ou meramente feiticeiros irão tentar manter contato com um necromante ou ajuda-lo a realizar seus desejos e satisfazer sua curiosidade.
Se o necromante, sob controle de tal ser, entrar em sua esfera, irá adquirir o mesmo tipo de vibração que o ser possui na zona terrestre e então se torna seu companheiro de sofrimento. O ser astral irá impedir que o necromante faça qualquer progresso em seu desenvolvimento mágico e espiritual e irá cuidar para que ele nunca seja iluminado ou abençoado com avanço pessoal.
O ser então será cheio de um malicioso prazer por ter conseguido se tornar um incômodo para um ser humano na Terra. Isso o relembra de sua própria vida na Terra, as dificuldades e problemas que teve aqui, as tentações que não pôde resistir, os poderes que foram mal usados e a falta de chance para se iniciar de verdade, então irá tentar atrapalhar também o necromante em seu desenvolvimento.
O perigo para o necromante nesse caso não precisa ser analisado.
Eu irei, entretanto, mencionar o fato de que o necromante pode facilmente ser vampirizado por este ser e que o ser tentará realizar no plano astral os seus próprios planos egocêntricos com a ajuda dos poderes que foram vampirizados do necromante.
Portanto, todo estudante está agora advertido para que não faça tais contratos e não se torne dependente de nenhum ser.
Existem dois métodos pelos quais um necromante chama um ser do plano astral.
Um método é o espírita : Pede-se ao ser que se revele pela ajuda de médiuns, isto é, por escrita mediúnica ou por médiuns em transe.
Esse método requer uma grande perseverança até que o ser possa estabelecer contato direto e aparecer ao necromante.
O outro método é o da evocação : o necromante toma contato com o ser pela ajuda de uma foto da última encarnação do espírito ou pela animação desta foto até que o ser pule dela como um elemental, tomando sua forma prévia.
O necromante nem sempre tem êxito na primeira vez, mas se ele continuar persistentemente nesta obra ele poderá, dependendo de sua maturidade, desenvolvimento, força de vontade e imaginação, forçar o ser a aparecer de forma visível.
Dificilmente um necromante saberá diferenciar se é sua imaginação que está dominando, se ele de fato criou um elemental ou se a aparição visível do ser ocorreu de fato. Mas um necromante de mentalidade limitada não se importa em saber o que trouxe à tona ou o que causou o efeito desejado, se foi o poder da imaginação (fantasia) ou se foi o stress repetitivo de seus nervos que criou um elemental ou se foi o ser evocado que realmente apareceu vindo do mundo astral.
Se o necromante tiver uma predileção pelos poderes negativos, sua evocação e seu empenho em causar uma projeção no mundo astral podem ser prontamente respondidos pelos chamados magos negros que tentarão entrar em contato com este necromante.
Todo apetite que o necromante tem por instruções, práticas, satisfação da sua curiosidade, preenchimento de seus desejos, será saciada por este ser.
O necromante é responsável por tudo que acontecer e isso irá assomar-se ao seu karma, especialmente se ele quer realizar desejos que não pode justificar. O fim de tal necromante não pode ser outro senão trágico. Os necromantes geralmente morrem de morte não natural ou de uma doença repentina incurável.
Eu devo mencionar também o fato de que existem também possibilidades de um relacionamento passivo entre os seres do plano astral com os das zonas mais elevadas. Esse intercurso passivo, entretanto, não é tão efetivo e não dá grandes resultados mágicos como a prática da evocação. Nesse caso, também pode existir um pacto, e a pessoa que está nesse intercurso passivo algumas vezes se encontra em situação pior que a do feiticeiro ou do necromante, pois não tem controle nenhum sobre o ser ao qual se ligou nem sobre os efeitos causados por ele.
Existem dois tipos de intercurso passivo: o primeiro é o espírita, onde o espírita em si é o médium para o contato e o intercurso com o ser se dá por meio da clarividência, clariaudiência, escrita automática, etc.
A segunda possibilidade de intercurso passivo é quando um hipnotista ou mesmerista faz conexão com o ser por meio de um médium sonâmbulo e mantém o contato continuamente para satisfazer sua curiosidade ou para certas tarefas no mundo mental, astral ou físico.
Se o hipnotista ou espírita não se submeteram a nenhum treinamento mágico, e não tem portanto, o grau necessário de desenvolvimento e maturidade mágica, a saúde do médium ficará comprometida em ambos os casos.
Muitos médiuns e espíritas que estiveram em conexão constante com um único ser, o que resulta em um pacto indireto, tiveram que pagar por ele com graves doenças do corpo mental, astral e físico. Muitos lunáticos nos asilos são testemunhas desses casos deploráveis.
Tudo que eu disse acima se aplica especialmente à obra dos feiticeiros e necromantes com os poderes negativos e os perigos envolvidos. Devo dizer que o magista verdadeiro, que segue o caminho do verdadeiro desenvolvimento, tenta entrar em contato com seres positivos, independendo de sua zona ou posição e não deve se tornar dependente nem mesmo dos seres ou inteligências boas.
Ele pode, se quiser, entrar em contato com um ser bom a hora que desejar, mas não deve se juntar a nenhum ser mesmo que seja especialmente atraído por ele, pois se o fizer, resultará em um pacto da mesma forma como ocorre com os seres negativos, embora os perigos para o magista verdadeiro que opera com seres positivos não sejam jamais tão grandes nem tão trágicos.
Existem métodos e instruções para fazer contrato com os genii de qualquer zona, que, devido a tal contrato, podem advertir e ajudar o magista em toso sentido.
É claro que o verdadeiro magista irá, durante o curso de seu desenvolvimento, tentar entrar em contato com os seres positivos, já que isto é sem dúvida necessário, mas ele não pode se tornar dependente de um ser sequer, não importa se anjo ou inteligência superior. Ao se tornar dependente de um ser bom o magista tomaria, como o feiticeiro, a vibração da esfera da qual o ser bom veio e que, passo a passo, iria influencia-lo de forma tão forte que ele finalmente tomaria a completa natureza do ser. Mas esse ser, é claro, não está interessado em um contrato escrito.
Existem também métodos para se fazer o mesmo tipo de pacto ou contrato escrito entre o magista e uma inteligência positiva superior. Concluído este contrato, o magista pode estar certo de que o ser irá protege-lo em tudo, irá ajuda-lo e adverti-lo e fazer todo tipo de bons serviços a ele, mas após a morte do magista o ser irá automaticamente carrega-lo para sua própria esfera. Nesta zona o magista não terá que servir o anjo guardião pela força, mas livremente.
A partir do momento em que o magista entra em constante conexão com seres bons, ele irá se tornar parte daquele plano e perderá todo interesse em subir para algo mais elevado ou viajar para outra zona. Ele estará contente com sua vida e sua evolução ficará temporariamente interrompida.
Se um magista é mandado pela Divina Providência para a zona terrestre ou para nosso mundo físico para completar alguma tarefa como ser humano, ele começa a desejar a esfera acima dele.
Se um magista, após ter se aliado a um gênio em uma certa zona, se encarna em nosso mundo físico, a aliança anterior se torna óbvia pela habilidade especial do magista ou no campo das ciências herméticas ou em outro campo cultural como a arte, literatura, etc.
Isso mostra que o procedimento é o mesmo, não importa se é com um ser negativo ou positivo e um magista verdadeiro nunca será impedido sem seu desenvolvimento por qualquer pacto com um gênio ou anjo, mas avançará sem obstáculos em seu desenvolvimento.
Através de uma mesma afeição por todos os seres o magista estará sempre consciente de seu desejo de se tornar um ser humano perfeito, criado como a verdadeira imagem de Deus e reflexo da divindade.
Ele não é influenciado por nenhuma esfera, portanto, ele pode alcançar a verdadeira perfeição se certificando de que nenhum elemento está prevalecendo nele e de que está apto para desenvolver em si o absoluto equilíbrio de todas as forças e poderes e de manter o padrão deste desenvolvimento no futuro.
As esferas superiores são os lugares onde é decidido se o magista está pronto a alcançar o mais alto grau de perfeição possível ou se deve se tornar um santo.
Um magista que queira o mais alto grau de perfeição pode se tornar o maior e mais elevado senhor da criação, pois simboliza a verdadeira e completa imagem de Deus em todos os aspectos. Um santo, entretanto, permanece sob um aspecto e alcança a perfeição nele.
Ele se torna parte deste aspecto, e finalmente, quando alcança a perfeição nele, perde sua individualidade.
O mais alto grau de perfeição que um homem pode alcançar é tornar-se um verdadeiro soberano, um verdadeiro magista, representando desse modo a completa e verdadeira imagem de Deus, na qual ele nunca perde ou é forçado a desistir de sua individualidade.
Através do conhecimento da hierarquia dos seres, das suas zonas, suas causas e efeitos, o verdadeiro magista pode dominar qualquer ser da criação, não importa se bom ou mau e essa é sua verdadeira função. Dominar os seres espirituais não significa necessariamente dominar pela força, pois os seres, bons ou maus, estarão sempre preparados para servir ao magista, para realizar sua vontade e preencher seus desejos sem pedir nada em troca. Os chefes das zonas também gostam de servir ao magista, e se for a vontade dele, eles até mesmo colocarão à sua disposição os seres que os servem e os proverão com o ankhur necessário sem jamais ousar pedir que o magista faça um contrato com a zona em questão.
O magista é livre para colocar sob sua vontade quantos genii desejar, da esfera que desejar, eles terão sempre que servi-lo como seu maior mestre, seu soberano.
O magista verdadeiro, nobre em caráter, não fará diferença entre um ser positivo e um negativo, pois a Divina Providência não criou nada sujo.
Ele sabe do fato de que os demônios são tão necessários quanto os anjos, pois sem essas contradições uma hierarquia diferencial não seria possível. Seu respeito por um ser, positivo ou negativo, dependerá do escalão deste.
Ele próprio tomará sempre o dourado caminho mediano, o caminho da verdadeira perfeição.
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Uma resposta em “Vantagens e Desvantagens da Magia Evocatória – Prática da Evocação Mágica (17 de 22)”
Pra alguém que supõe ser, como chama a si mesmo de magista, alguém tão poderoso, soberano e perfeito, que acredita ser maior e melhor do que outros seres espirituais, dominando estes para que realizem suas vontades e desejos, utilizando o argumento de que os mesmos o fazem pela mais pura boa vontade, tomando-lhe como mestre supremo, sem considerar estes como criaturas igualmente providas de centelha divina – dado que se estão na criação também são a imagem e semelhança de “Deus” – dotadas de igual ou superior estado evolutivo em relação a tais magistas pretensiosos e arrogantes, que se acham os fodões do universo. Coloquei anteriormente a palavra Deus entre aspas porque estou me perguntando a qual deus o autor desse texto se refere, se o deus machista, assassino, misógino, carniceiro e tantos outros adjetivos desprezíveis que cabem ao Deus dos cristãos, conhecido por inúmeros nomes dente eles Javé ou o Senhor, ou ao Deus Gerador, sendo este último completamente diferente do primeiro, visto que Javé e todos os outros deuses vieram dessa força geradora que também tem muitos nomes e para mim é conhecida por Grande Mãe e O Deus. Num universo tão vasto e infinito, repleto de conhecimentos e coisas inimagináveis pode um único ser, seja ele de qualquer espécie, subjulgar todos os outros seres ao seu comando? Isto de fato me parece o tipo de pensamento do falso Deus e seus seguidores. Salve Lúcifer, Salve Satã, Salve Lilith, Salve todos os deuses pagãos e Deus Gerador.