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Introdução:
Nosso Senhor, fonte de toda a divindade, inspirador da arte secreta, origem de todas as coisas boas que chegam àqueles que tem fé, tenha piedade.
Cristo
Cristo, ente Sagrado, abençoada pedra da arte da ciência que, pela salvação do mundo, inpirou a luz da ciência, pela extirpação dos que não acreditam, tenha piedade.
Kyrie.
Nosso Senhor, fogo divino, auxilie nossos corações, que possamos, através de sua graça, expandir os sacramentos da arte, tenha piedade.
Graduale.
Ele descende se desvelando como a chuva, gentilmente se espalhando pela terra. Aleluia. Oh, abençoado criador da terra, mais alvo que a neve, dulcíssimo como o melhor dos doces, fragante dentro da vasilha como um bálsamo. Oh salutar medicina para os homens, que cura cada um dos males que possa afligir o corpo: Oh sublime fonte de onde corre a verdadeira água da vida atravessando o jardim dos fiéis.
Ave Maria.
Ave linda lâmpada celestial, iluminando o mundo com sua luz! Aqui estás unida com a lua, aqui é feita a cinta de Marte e a conjunção de Mercúrio. Desses três é gerado, através do magistério da arte, no leito do rio, o forte gigante que por mais de mil vezes é procurado por mais de mil pessoas, quando então esses três deverão se dissolver, não em água da chuva… Mas na água que é o mercúrio, nele nossa abençoada goma que se dissolve e é chamada o Esperma dos Filósofos. Agora ele se apressa em se unir com sua esposa virgem, e a colocá-la juntamente com sua criança cozendo em fogo moderado. Mas a virgem não írá engravidar de pronto, a não ser que seja beijada em repetidos abraços. Então ela irá gerar a vida em seu corpo e assim tem início a criança de bom presságio, de acordo com as leis da natureza. Então aparecerá no interior da vasilha o poderoso Etíope, queimado, calcinado, descolorido, morto e sem vida.
Ele pede para ser enterrado, para ser aspergido com sua própria umidade e vagarosamente calcinado até que se erga brilhando de dentro do fogo…
Observem uma maravilhosa restauração e renovação do Etíope! Por causa do banho do renascimento ele recebe um novo nome, que os filósofos chamam de o enxofre natural e seu filho, este sendo a pedra filosofal. E observem ele é uma coisa, uma raiz, uma essência com nada estranho adicionado e de onde muito do que era supérfulo foi retirado pelo magistério da arte… É o tesouro dos tesouros, a poção filosófica suprema, o secredo divino dos antigos. Abençoado é aquele que encontra tal prodígio. Ele que presenciou estas coisas escreve e discursa de forma aberta e eu sei que seu testemunho é real. Que Deus seja louvado para todo o sempre!
Por Melchior Cibinesis, 1602
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