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O Ritual Menor do Pentagrama (algumas vezes abreviado como “RmP”) é um ritual fundamental da magia cerimonial. Ele foi originalmente ensinado pela Hermetic Order of the Golden Dawn como um ritual de banimento.
Conteúdo
• 1 Propósito
• 2 O Ritual
2.1 Parte 1 – A Cruz Cabalística (ou Rosa Cruz)
2.2 Parte 2 – Os Pentagramas
2.3 Parte 3 – Invocação dos Arcanjos
2.4 Comentários
• 3 Na Árvore da Vida
• 4 Usos para o Ritual
• 5 Lidando com ataques psíquicos
• 6 Referências
Propósito
A primeira tarefa dum Magista em toda cerimônia é consequentemente tornar seu Círculo absolutamente impenetrável.—Aleister Crowley
Um banimento é geralmente efetuado antes do início de um ritual mágico. Isto tenciona limpar a área do ritual – tanto faz ser um quarto ou um círculo mágico – de todos aqueles elementos que possam interferir na operação
mágica. O Banimento consiste em remover todos os objetos de um lugar de trabalho para por dentro deste espaço reservado aqueles objetos que sejam pertinentes à operação.
Em cerimônia elaboradas, o Magista pode optar por banir todos os elementos (Ar, Terra, Fogo, Água, & Espírito), os planetas, os signos do zodíaco, espíritos, formas-divinas e até mesmo as dez Sephiroth. Inclusive as forças que serão invocadas são banidas. Como diz Crowley , “porque esta força como existe na Natureza é sempre impura”. Rituais de banimento também podem ser executados como finalidade em si. Isto pode ser feito por vários motivos – para limpar um cômodo ou casa, para eliminar energias negativas ou indesejadas ou simplesmente para acalmar e balancear a mente. Vários magistas praticam rituais de banimento diariamente.
O Ritual
Parte 1 – A Cruz Cabalística (ou Rosa Cruz)
1 – Toque a testa e diga ATEH
2 – Toque o sexo e diga MALKUTH
3 – Toque o ombro direito e diga ‘VE – GEBURAH
4 – Toque o ombro esquerdo e diga VE – GEDULAH
5 – Junte as mãos no peito e diga LE – OLAHM AMEN
Parte 2 – Os Pentagramas
6 – De frente para o Leste (o oriente, ou para os thelemitas, Boleskine), desenhe um pentagrama visualizando-o, no centro visualize o primeiro nome, IHVH e inspirando-o, sentindo passar pelo peito até os pés e sentindo a sua volta, fazendo o sinal do entrante, varando o pentagrama, vibre o nome (“Iod Rê Vô Rê”, por exemplo) com energia.
7 – De frente para o Sul, repita o processo anterior trocando o nome por ADONAI.
8 – De frente para o Oeste, repita o processo anterior trocando o nome por EHEIEH.
9 – De frente para o Norte, repita o processo anterior trocando o nome por AGLA.
Caso o estudante não tenha percebido, ele está girando no sentido horário.
Parte 3 – Invocação dos Arcanjos
10 – Na posição de Cruz (os braços abertos e os pés juntos), o estudante repetirá: “A minha frente RAPHAEL”
11 – “Atrás de mim GABRIEL”
12 – “A minha direita MICHAEL”
13 – “A minha esquerda AURIEL”
14 – “Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas”
Sempre imaginando os Arcanjos nas suas respectivas posições e os pentagramas em chamas. Cada um está relacionado a um elemento: Ar, Fogo, Água e Terra, na sequência. Como os elementos são 4, o magista, ao centro, será a 5ª parte do pentagrama, o espírito.
15 – “E na coluna do meio, brilha a estrela de seis raios”. Que o estudante visualize dois Hexagramas, um em cima e o outro projetado embaixo, com uma faixa de luz estendendo-se infinitamente na vertical, envolvendo-o.
16 – Repita a Parte 1 e o ritual estará encerrado.
Comentários
1- A pessoa que quiser usar as forças do Æon de Hórus nesse ritual deve prestar atenção num detalhe: a troca das tradicionais imagens dos querubins Rafael e Gabriel. O Novo Æon trouxe uma nova atribuição dos elementos com
as quatro bestas: Água agora é Homem/Anjo e Ar é a Águia. Esses conceitos foram passados a Therion nas experiências dos Aethyr 23 e 24, em Liber 418. O comentário a seguir é do 24º:
“O Querubin-Águia no 23º Ar é Aquário. Escorpião é a Mulher-Serpente. Isso é importante para a antiga atribuição da Águia para Escorpião.” Therion deixou isso visualmente registrado no Tarô de Thoth, mais especificamente nos arcanos V e XXI: reparando nas extremidades das cartas, a Águia vem antes do Homem/Anjo. Fica melhor se sobrepormos essa distribuição no pentagrama. Nele, se começarmos a leitura da esquerda para direita, no sentido horário, tem-se Ar – Água – Fogo – Terra. Repare também, no arcano XXI do Tarô de Marseille, a antiga atribuição.
Portanto a sua frente, Leste (Boleskine), a figura com Cabeça de Águia e corpo de homem atrás, cabeça de Homem em corpo masculino, à direita, cabeça de Leão com corpo masculino e a esquerda, cabeça de Touro com corpo também masculino.
2 – Este ritual pode ser feito de duas maneiras:
Invocando – o Pentagrama da Terra deve ser desenhado partindo da extremidade superior esquerda ( como se estivesse puxando do céu).
Banindo – o Pentagrama da Terra deve ser desenhado partindo da extremidade inferior esquerda ( como se estivesse lançando para o céu)
3 – Este poderoso, porém simples ritual, foi usado durante toda vida por Aleister Crowley. Ele está ligado aos trabalhos na esfera de Malkuth.
4 – Athe significa A Ti, Malkuth significa Reino, Ve – Geburah O Poder, Ve – Gedulah A Glória, Le Olham Amen, Para todo sempre Amém.
5 – Na visualização dos Hexagramas (15) , um vácuo é formado na projeção da luz entre as duas figuras, e preenchido com o macrocosmos.
6 – Uma outra versão adiciona mais um íten na Parte 1, o segundo movimento seria tocar o peito e dizer Aiwass (após o grau de Adeptus Minor, o iniciado poderia usar o Nome).
7 – Originário da Golden Dawn, sobrevive até hoje como um dos mais eficientes rituais da magia. Posteriormente Crowley fez uma nova versão ( a forma Banindo) associando com os conceitos do Novo Æon, batizando-o de Liber
XXV. Ver também Liber 6.
8 – Na realização do ritual, o iniciado deve visualizar-se no cruzamento dos caminhos de Samekh e Peh.
Na Árvore da Vida
Imagine que você está de pé na interseção dos Caminhos de Samekh e Phe. Você está de frente para o Sol – Tiphareth – portanto à sua direita está Netzach, à sua esquerda está Hod e atrás de você está Yesod, respectivamente Vênus, Mercúrio e Lua. Você está assim de pé numa coluna protegida por sua invocação microcósmica. O resultado sendo uma reação macrocósmica, o Hexagrama ou estrela de seis raios aparece também acima e abaixo de você sem qualquer esforço de sua parte (Note o equilíbrio do 5 e do 6).
Desta forma você está totalmente isolado das partes externas, qliphoticas, do Universo. Tenha bem em mente a percepção desta Coluna com os circundantes pentagramas e os hexagramas acima e abaixo de você. Prática contínua é essencial. É essencialmente importante não relaxar qualquer parte dele; visualizar claramente e limpamente as forças invocadas, com exceção dos Entes Divinos, que não aparecerão, em circunstâncias ordinárias, por tão
pouca causa.
Você pode figurar para si mesmo as formas dos Anjos ou antes Arcanjos. Por exemplo: Raphael, começando com “R”, terá cabeça de Glória Solar, e o “Phe” que segue mostra que o resto do aspecto dele é marcial; o “AL” que conclui o Nome (no caso da maioria dos entes angélicos) indica que ele leva a Espada e a Balança.
Usos para o Ritual
1. Como forma de oração, o Ritual pode ser realizado pela manhã (invocando), e à tarde (banindo). Para banir não basta inverter o traçado das linhas que formam os pentagramas. Você deve começar no Oriente (ou norte) e girar no sentido contrário do relógio. Os nomes devem ser vibrados tanto quanto possível, sentindo-se que todo corpo estremece (vibra) com o som e envia esta onda de vibração para os confins do Universo, isto é, em direção para qual o praticante está virado no momento.
2. Como uma proteção contra magnetismo impuro. O Ritual banindo pode ser usado para “destruir” os pensamentos obsedantes e perturbadores, assim: Dê uma imagem à sua obsessão e a imagine formulada perante você. Projete-a
para fora de sua aura com o Sinal do Entrante, Quando a imagem mental se afastar de você (mais ou menos a um metro), impeça-a de retornar com o SINAL DE SILÊNCIO. Agora imagine esta forma, perante você, no Oriente, e
execute o Ritual Menor do Pentagrama Banindo para desintegrá-la. Veja-a, à sua frente, dissolvendo-se no anel de chamas formado pelos pentagramas.
3. O Ritual também pode ser utilizado nas práticas de concentração: Sentado em sua Ásana preferida, imagine-se de pé (vestindo o Robe e empunhando a Arma apropriada), e execute Mentalmente o ritual. Imagine os pentagramas
como Estrelas Flamejantes (o que na realidade, eles são). No final a imagem é de um Círculo de Fogo fechado nos quatro lados com estas estrelas. 4. Segundo Israel Regardie no Livro Magia Hermética, uma das funções do Ritual do Pentagrama Menor é limpar, equilibrar e fortalecer o corpo astral.
Lidando com ataques psíquicos
O excelente método que será aqui descrito, deriva-se do Ritual do Pentagrama sendo sua função mais específica.
1. Feche os olhos e gire em um círculo até que possa sentir a direção de qual a real ou imaginária onda de energia negativa se origina. Uma vez encontrada esta direção, encare-a firmemente. O caminho do Magista não é um caminho para covardes. Permaneça orgulhosamente de pé, e visualize em sua testa um brilhante e elétrico-azulado pentagrama com um ponto acima.
2. Agora, traga suas mãos até a altura de sua testa circundando a brilhante estrela. As mãos devem formar um triângulo com a ponta para cima (o triângulo do fogo). Assim, você terá um triângulo de manifestação, circundando o Pentagrama com os polegares com a base.
3. Agora tome uma profunda respiração, e ao mesmo tempo em que exalar o ar contido nos pulmões, avance o pé esquerdo e arremesse suas mãos para frente ao mesmo tempo visualizando o pentagrama em sua testa deslocandose rápido na direção que você está olhando. Isto terá o efeito de expulsar o ataque psíquico real ou imaginado de sua aura. Para impedi-lo de retornar, faça imediatamente o Ritual do Pentagrama Banindo.
Magia Hermética, Israel Regardie
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Uma resposta em “Ritual Menor do Pentagrama”
[…] ataque psíquico real ou imaginado de sua aura. Para impedi-la de retornar, faça imediatamente o Ritual do Pentagrama, da Caosfera ou outro ritual de […]