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O Cálice
O Entendimento é um dos mais expressivos significados do Cálice, que por sua vez está diretamente associado à Yoni. É o Cálice que armazena a Verdade e onde se administra o Veneno. O Cálice representa também o Sacramento e o local onde determinados fluídos se misturam na alquimia interior em Branco e Vermelho.É “no” Cálice em que nos envenenemos para podermos também envenenar (e nisso, literalmente, há um véu).
O Báculo
Uma das principais armas mágicas é o Báculo, símbolo da Vontade Mágica e Criativa do Operador. O Báculo é uma alavanca. Com um ponto de apoio, universos inteiros podem se mover com a aplicação da Força adequada. No Báculo estão incrustadas as insígnias que re-velam a Vontade Mágica. É por excelência uma arma fálica.
O Óleo Mágico
Representa necessariamente a Aspiração do Operador ao trabalho mágico e costuma ser utilizado nas consagrações. Apesar das mais diversas formas de elaboração do óleo é possível utilizar azeite com essências específicas escolhidas de acordo com o que se almeja na utilização. É comum que Magistas mais experientes formulem e fabriquem seus próprios óleos para os mais variados fins, porém é fundamental que o operador conheça as propriedades de ervas, minerais e demais componentes que o óleo pode conter.
O Sino
O Sino trás a atenção do Operador para o objetivo da operação e o alerta para determinados aspectos. Pode ser utilizado também para codificar símbolos rituais em mensagens sonoras e marcar pontos importantes durante cerimônias e rituais. O Sino “ideal”, segundo antigos Mestres, deveria ser feito de uma liga metálica especial conhecida como Electrum Magicum que seria formada pelos metais correspondentes ao setenário astrológico “tradicional”: ouro, prata, latão, chumbo, mercúrio, cobre e ferro. Há indicações sobre como se fundir o Electrum Magicum em obras de Agrippa e
Crowley. Na Missa da Fênix, notória prática ritualística da Astrum Argentum, o sino é tocado 44 vezes em 4 séries de 11. 44 é o valor gemátrico da palavra hebraica “DAM” (sangue). Partindo do centro do sino, o badalo deveria estar suspenso por uma corrente, que por sua vez estaria presa ao sino por uma tira de couro. O material do badalo poderia ser um osso humano. Esse arranjo permite que o sino seja manipulado sem que emita sons em momentos inoportunos.
Considerações finais
É de suma importância que o praticante monte seu altar de acordo com seu próprio sistema de analogias. Há casos em que o estudante prefere ou é submetido à “orientações” de grupos ou de outros magistas: cabe somente ao praticante escolher aquilo que considera mais adequado. Lembrar de sempre analisar e relacionar causas e efeitos é algo fundamental. Estudar seriamente as instruções daqueles que já trilharam o “tortuoso caminho do cerimonial” é algo altamente recomendável, afinal, reinventar a roda é desnecessário. Montar um altar somente para demonstrar para seus amigos que você está estudando ou praticando magia, é algo um tanto contrário a uma das quatro provas fundamentais da iniciação: o Silêncio. Se o seu interesse pelo Caminho da Mão Esquerda é verdadeiro, evite fazer “propaganda” sobre a Arte. Saiba: o Ego é natural e todos o possuem, porém não podemos nos submeter aos caprichos que nos distanciam de nossa Verdadeira Vontade.
Bibliografia de referência:
– Magick, de Aleister Crowley, Weiser Books;
– The Book of Sacred Magic of Abra-Melin the Mage, de Mathers, Aquarian Press Books;
– Dogma e Ritual da Alta Magia, de Eliphas Levi, Editora Pensamento;
– Tratado Elementar de Magia Prática, de Papus, Editora Pensamento;
– The Book of Cerimonial Magic, de Arthur E. Waite, sem informação editorial;
– The Satanic Bible, de Anton S. LaVey, Avon Books;
– The Satanic Rituals, de Anton S. LaVey, Avon Book
Pharzhup, Lucifer Luciferax I
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