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O ser humano por conceito básico tem uma necessidade intensa em se sentir único, especial e sagrado, agora imaginem isso no meio ocultista, imaginem um mago que tem o poder de mudar a própria realidade a partir da vontade, o quanto ele não se acha melhor que os outros. Esse é o tal Ego inflado.
É impossível matar totalmente o Ego, ele quem define o que somos, então precisamos dele pra viver e conseguir conviver com outras pessoas. Mas podemos conter com muita terapia e meditação (ninguém disse que será fácil, certo?). Agora vamos pensar em rituais, muitos magos querem ser uma espécie de Gandalf modernos ou até mesmo o Crowley, Bardon ou Blavatsky e para isso, o mago começa a inventar demais, achar um pouco além do que ele realmente sabe ao certo. Uma das máximas que os magos atuais esquecem é, “o quanto mais você sabe, menos você sabe”, isso define nos relembra de forma incisiva e verdadeira que a ignorância e a humildade são necessárias para manter o pé do mago no chão e fazer com que ele entenda a fragilidade da nossa humanidade.
Porém, alguns esquecem isso e começam a reinventar a roda, pegam rituais e grimórios consagrados, fazem uma meia leitura e lançam novamente como uma ideia brilhante, que nada mais é que uma nova roupagem para uma mesma magia antiga.
Vide os tais híbridos, que nada mais são que Anjos vistos pela ótica salomônica como descrito no The Keys of the Solomon the King (Clavículas Salomonis).
Quando praticamos magia, é interessante manter uma visão passiva para com todo tratar mágico, pois facilmente podemos cair em armadilhas vindas de várias frentes, sendo espiritual, mental ou do próprio ego que tenta se sobressair fazendo um grande estrago.
Então, quando ouvir uma voz na sua cabeça, pergunte quem está falando, provavelmente será você mesmo tentando te fazer especial.
Termino esse texto com uma passagem do sutra do Coração –
“O vazio dos cinco agregados
Assim se libertando de todas as tristezas e sofrimentos.
Oh! Sharishi !
Forma não é mais que vazio.
Vazio não é mais que forma.
Forma é exatamente vazio.
Vazio é exatamente forma.
Sensação, conceituação, diferenciação,
conhecimento assim também o são.”
Allar, Uran g!
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