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Alta Magia

Bom dia, acordei magista!

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Por Frater Ozymandias [1]

Vemos cada vez mais pessoas que criam o interesse sobre magia, ou pseudo magia e também um número exorbitante de fatos de intolerância tanto de profanos com os magistas e até mesmo entre o próprio núcleo mágico.

Cada um tentando apresentar uma verdade na sua vertente, provar que o seu livro é o melhor ou que seu sistema funciona mais que o de todo mundo. Um erro crasso, um equívoco sem precedentes, afinal, o que é a verdade? O que é melhor? Por que? Enfim, são inúmeras perguntas que não tem resposta certa ou errada. Eu sempre afirmo, o universo mágico, mesmo com resultados muitas vezes prático, é completamente subjetivo, pois depende do seu nível de abstração e auto conhecimento.

Algumas profissões como psicólogos por exemplo, ficam mais maduras com o tempo, pois dependem da experiência prática e vivência do terapeuta, logo na magia isso também se aplica, quanto mais maduro o mago, melhor sua interpretação do mundo e consequentemente da magia que pratica. Nossa magia é o reflexo da nossa vivência e momento, um jovem, na flor da idade, com hormônios à flor da pele provavelmente terá uma atitude mágica mais impulsiva do que um adulto de meia idade. Claro que isso não é uma regra, mas atentamos ao comum.

Então, podemos ver que não importa a vertente isso é a técnica, o BA – BA de qualquer magista, o que importa na verdade é o “nosce te ipsum” ou “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo.”

Em Além do bem e do mal, Friedrich Nietzsche (1844-1900) já dizia algo sobre em seu aforismo

69 – …Observou-se mal a vida, se ainda não se descobriu a mão que, piedosamente, mata.

70 – Quando se tem caráter ainda se tem na vida a própria aventura típica, que sempre se renova.

71 – O sábio como astrônomo — Enquanto sentires os astros como algo “acima de ti”, não possuirás ainda o olhar do vidente…”

O caminho do Mago

Acredito que a integração com a magia precisa ser tirar do status de Evento e colocado como rotina, assim como tomar água ou escovar os dentes. Se tudo que fazemos é um ato mágico, por que não transformar eventos corriqueiros em magia? Quando isso for observado, os resultados práticos em sua vida, estarão cada vez mais presentes.

Mas, precisa-se ter uma observação forte e tomar cuidado com as esquisitices e acreditar que está sempre sofrendo ataques, isso causa uma paranoia que não tem precedentes.

Aqui o Conheça-te a ti mesmo entra como um conceito primordial, antes de se preocupar com o que está fora, arrume o que está dentro. use a magia como ferramenta que irá auxiliar em seu dia a dia para a conquista de sua Verdadeira Vontade. Observe o ambiente e entenda os sinais, procure ter a disciplina de comungar com o que acredita, e quando tiver um pouco mais de tempo ou quando se comprometer, faça rituais mais “complexos” assim serás um mago funcional e ativo. Lembre de manter seu diário atualizado, compare e constate o quanto SEU esforço unido a magia trouxe frutos doces e nutritivos para sua prosperidade.

É tudo a mesma coisa, Será?

Vendo pelo prisma da ritualística gnóstica, não existe muita diferença entre magos e religiosos, além do que grande parte dos grimórios da idade média foram escritos por católicos, as práticas evocativas não eram separadas das práticas devocionais impostas pela igreja na época. Desde o fim do século passado que houve uma separação em algumas vertentes místicas. Muitos títulos que diferenciavam os religiosos dos magos, a Magia passou a ser uma prática gnóstica e não necessariamente religiosa.
Temos hoje até a sandice de magos que se afirmam ateus.
A religiosidade ou comunhão com o Seu sagrado (ou o que você considera) é quase que um ato necessário, por que a fé é a peça fundamental para o sucesso do intento. Mesmo que não acredite em Deus como YHVH, ou Allah, mesmo que acredite que você é o Deus dentro do seu universo, essa energia que permeia a magia precisa vir dessa pseudo entidade pelo veículo da fé, por mais démodé que possa parecer.

Encerro trazendo uma frase de Nitiren Daishonin em seu gosho – Abertura dos olhos.

“O que é costumeiro no tolo é esquecer nas horas cruciais o que prometera nas horas normais.”

Allar, Uran g!


Frater Ozymandias – É tarologo, musico e editor. Experiente Magista nas artes Enochianas  e colaborador do projeto Morte Súbita


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