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Alta Magia

A percepção da magia nas várias culturas mundiais

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Por Robson Belli[1]

A magia é um fenômeno presente em várias culturas ao redor do mundo, assumindo diferentes formas e significados. Ela tem sido parte integrante da experiência humana desde os tempos antigos, desempenhando um papel significativo nas crenças, rituais e tradições das diferentes culturas ao redor do mundo. Porém, a forma como a magia é percebida e compreendida varia entre as sociedades.

Neste artigo, exploraremos a percepção e o papel da magia em 11 culturas mundiais: Ocidental, Ortodoxa, Oriental, Africana, Indígena, Hindu, Budista, Islâmica, Chinesa, Japonesa e Viking. Analisaremos como essas culturas compreendem a magia, suas práticas associadas e o impacto dessas crenças em suas sociedades.

Cultura Ocidental:

  • A magia é frequentemente associada a feitiçaria, bruxaria e ao ocultismo, sendo condenada pelo cristianismo.
  • Influências da tradição greco-romana, alquimia e hermetismo são evidentes nas práticas mágicas ocidentais.
  • Exemplos notáveis incluem magia cerimonial, Magia natural e tarot.

Civilização ortodoxa
(Rússia e países eslavos)

  • A magia é vista como uma forma de conexão com o divino e a natureza, realizada por meio de rituais, amuletos e símbolos sagrados.
  • A magia na cultura russa-eslava é profundamente influenciada pela tradição da Igreja Ortodoxa, buscando harmonia, proteção e bem-estar em conformidade com os princípios éticos.
  • A magia na civilização russo-eslava valoriza a conexão sagrada com a natureza, buscando invocar as forças naturais para auxiliar nas práticas mágicas e promover equilíbrio e harmonia.

Cultura Oriental:

  • A magia é amplamente entrelaçada com a religião e a espiritualidade.
  • Práticas como Feng Shui, I Ching e Qigong têm elementos mágicos e energéticos.
  • O uso de amuletos e talismãs para proteção e boa sorte é comum.

Cultura Africana:

  • A magia está enraizada na religião tradicional africana, com ênfase na conexão com os ancestrais e espíritos.
  • Práticas como vodu, hoodoo e Ifá envolvem a comunicação com os espíritos para influenciar a realidade.
  • O uso de ervas, amuletos e rituais é fundamental nessas tradições mágicas e religiosas.

Cultura Nativo-Americana:

  • A magia está ligada à relação espiritual com a natureza e a terra.
  • Práticas xamânicas, como viagens astrais, curas e adivinhação, são centrais nas culturas indígenas.
  • Crenças em seres espirituais, como animais de poder e espíritos ancestrais, são fundamentais para a magia indígena.

Cultura Hindu:

  • A magia está presente nos textos sagrados hindus e é conhecida como “Mantra Vidya” ou “Ciência do Som”.
  • A prática de yoga, meditação e rituais elaborados fazem parte da tradição mágica hindu.
  • O conceito de karma e reencarnação influencia a perspectiva da magia na cultura hindu.

Cultura Budista:

  • A magia é vista principalmente como uma prática ilusória e transitória no caminho espiritual budista.
  • O budismo enfatiza a importância da meditação e da sabedoria para alcançar a libertação do sofrimento, em vez de recorrer a práticas mágicas.
  • No entanto, certas tradições budistas, como o Vajrayana, incorporam elementos mágicos, como a visualização de deidades e a recitação de mantras.

Cultura Islâmica:

  • A magia é amplamente vista como proibida e condenada no Islã.
  • A prática de magia negra, conhecida como “sihr”, é considerada uma transgressão religiosa.
  • O Islã enfatiza a confiança em Deus e a busca da proteção divina em vez de recorrer à magia.

Cultura Chinesa:

  • A magia é profundamente enraizada na cultura chinesa, com práticas que remontam à antiguidade.
  • O Feng Shui, a adivinhação do I Ching e o uso de amuletos são aspectos importantes da magia chinesa.
  • Os rituais e encantamentos são usados para atrair boa sorte, equilibrar energias e influenciar eventos futuros.

Cultura Japonesa:

  • A magia no Japão está fortemente associada à espiritualidade xintoísta e ao folclore.
  • As tradições mágicas japonesas incluem a prática de feitiços, encantamentos e rituais de purificação.
  • O uso de amuletos, como os “omamori”, é comum para proteção e boa sorte.

Cultura Viking:

  • A magia entre os vikings era uma parte central de sua cultura e religião.
  • A feitiçaria nórdica, conhecida como “Seidr”, era praticada principalmente pelas mulheres.
  • A magia era usada para cura, adivinhação e proteção, e invocava a influência de deuses e espíritos.

A percepção da magia varia significativamente entre as 11 culturas mundiais analisadas. Enquanto algumas culturas abraçam e incorporam a magia em suas práticas religiosas e cotidianas, outras a veem com desconfiança ou a condenam. A magia desempenha papéis diversos, como a busca de proteção, a conexão com o mundo espiritual, a influência sobre a realidade e a exploração da sabedoria oculta. Compreender essas diferenças culturais enriquece nossa apreciação das várias formas pelas quais a magia moldou e continua a moldar as sociedades ao redor do mundo.


Robson Belli, é tarólogo, praticante das artes ocultas com larga experiência em magia enochiana e salomônica, colaborador fixo do projeto Morte Súbita, cohost do Bate-Papo Mayhem e autor de diversos livros sobre ocultismo prático.


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