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Gordon James
Eliphas Levi registra isso sobre o Atanor em Ritual e Dogma da Alta Magia, na página 200 da edição de 1972:
“Os antigos Magos eram sacerdotes e reis, e o advento do Salvador foi proclamado a eles por uma estrela. Esta estrela era o Pentagrama mágico, tendo uma letra sagrada em cada ponta. É o símbolo da inteligência que rege pela unidade de força sobre as quatro potências elementares; é o Pentagrama dos Magos, a Estrela Flamejante dos Filhos de Hiram, o protótipo da luz equilibrada. Para cada um de seus pontos ascende uma luz, e de cada um sai um raio; representa o Grande e Supremo Atanor da Natureza, que é o corpo do homem.”
A citação sugere claramente que o corpo humano é o Atanor dos alquimistas. No mesmo livro, na página 115, Levi mais uma vez descreve este Atanor em detalhes, mas deixa de nomeá-lo como tal:
“… é muito fácil de adivinhar”. As duas citações devem deixar pouca dúvida na mente de qualquer pessoa de que o que se quer dizer nestas passagens não é outra coisa senão o organismo humano.
Contudo Levi nunca é mais preciso do que quando, na citação acima, o chama de “o protótipo da luz equilibrada”. O hebraico para Atanor é את הנור, ath ha-nur, que significa ‘com a luz’.
Toda a criação manifesta é feita de energia radiante, a Luz Ilimitada, a síntese eletromagnética, mas somente a humanidade genérica pode dizer com precisão que estamos “iluminadas”. Somos os únicos conscientes desse “certo algo” dentro de nós, chamado de inúmeras coisas através dos tempos, e que ainda desafia a descrição. Ocultistas e sábios, no entanto, sempre souberam que é AIN SUPh AUR, a única Luz Ilimitada, a substância primordial de Deus e da Natureza.
Levi também comparou o corpo humano a um pentagrama vertical com uma letra sagrada e um elemento atribuído a cada um de seus pontos. Essas letras e elementos são mencionados em muitos livros de Tarô, Magia e Cabala e não precisam ser repetidos aqui. No entanto, a implicação de uma estrela com elementos e o corpo humano infere algo mais.
Com as dicas elementares em mente, a meditação em duas Chaves do Tarô, “O Mundo” e “A Roda da Fortuna”, trará à luz a solução completa para o enigma da “Quadratura do Círculo”, mas tudo ocorre dentro do Atanor.
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