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MAELA e Patrick Paul
Traduzido do francês por Yaqoub Ibn Ishaq Al Hadi
“NÃO HÁ OBJETIVO: SÓ HÁ O CAMINHO…”
Esta pesquisa é um aprofundamento dos ensinamentos da grande Ordem do Universo, que se opõem à desordem existencial interna.
Destina-se a quem procura, a quem questiona, a quem está disposto a partir, a abandonar suas certezas, suas verdades tranquilizadoras, suas elaborações racionais. Destina-se ao buscador do caminho espiritual, e não ao curioso, ao “turista”. Pois: “Batei, e abrir-se-á”; “Ajuda-te, e o céu te ajudará”; “Procura, e encontrarás”.
Estas obras são o resultado de meditação e experimentação pessoal. Não podem, em caso algum, ser vistas como um ganho de conhecimento em si mesmas, mas são, acima de tudo, uma ferramenta de investigação que cada um deve testar por meio de sua própria meditação e experiência. Envolvem o desenvolvimento do discernimento e o confronto com a experiência cotidiana. A Medicina Iniciática desenvolve-se em torno de três pontos fundamentais:
- Trata do indivíduo em sua totalidade, ou seja, preocupa-se com a rearmonização de seus diversos planos constitutivos – corporal (denso e etérico), emocional, mental e espiritual.
- Trata do indivíduo em seu ambiente, considerando e restabelecendo a relação que ele mantém com o cosmos (relação Céu-Terra).
- Interpreta a doença em sua linguagem simbólica. Uma doença nunca é fruto do acaso; ela surge no destino de um indivíduo em um momento específico de sua vida e de maneira precisa. A Medicina Iniciática busca a causa raiz decifrando o sintoma em vez de simplesmente eliminá-lo. Permite ao indivíduo aprimorar o autoconhecimento e identificar o agente de seu desequilíbrio, visando a harmonização.
Tudo é vibração (inclusive a estrutura corporal). Assim, todo trabalho terapêutico visa à rearmonização em um sentido estritamente musical. Trata-se, em essência, de perceber a “corda” desafinada, os locais de ressonância defeituosos.
As expressões terapêuticas são múltiplas (o que é inerente ao domínio da Forma). A Terapia Iniciática é, acima de tudo, um Estado de Espírito que pode encontrar suporte na acupuntura, na homeopatia, na fitoterapia, bem como na massagem, no trabalho vocal ou no desenho meditativo.
Esse estado de espírito implica tolerância, aceitação do que É, conhecimento do ser humano em sua realidade corpórea e essencial, assim como o conhecimento das plantas, dos minerais e de sua alquimia secreta, ou seja, um conhecimento das leis da Natureza e dos ciclos do tempo. Envolve o terapeuta no caminho da mediação, da transparência, da presença. Suas referências já não são apenas doutrinárias: ele aprende o uso das palavras, do toque, o dom de si, transformando sua profissão em um pretexto para uma viagem interior, para o conhecimento do Outro, do Universo… e dos Deuses.
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