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Mercúrio do Mercúrio

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Rubellus Petrinus

Eugène Canseliet, L’Alchimie Expliquée Sur Ses Textes Classiques, Lâmina 1, Considerações Preliminares, p 23.

«O Mercúrio do Mercúrio – Mercurius do Mercúrio – está de pé sobre a esfera e com a cabeça coberta com uma coroa sobreposta pelo signo metálico astrológico designando ao mesmo tempo o planeta e o mercúrio; ele tem as asas abertas e os braços horizontalmente estendidos.»

O personagem principal desta imagem é um jovem nu alado e coroado de pé sobre um globo terrestre.

Em cima da cabeça tem uma coroa e, por cima desta, o símbolo espagírico do mercúrio, segurando em cada uma das mãos um caduceu.

De cada lado dos caduceus, vê-se uma ave semelhante a um corvo que simbolicamente representa a Putrefacção.

Mas, o mais significativo nesta imagem são os símbolos espagíricos que o jovem alado e coroado, mensageiro dos deuses que só “per se” representa o mercúrio filosófico tem inscritos.

No peito, em primeiro plano, vê-se o símbolo do Sol que representa o enxofre filosófico. No centro do símbolo solar vê-se um outro símbolo complexo composto por dois símbolos muito importantes e esclarecedores para um alquimista experiente e conhecedor da via de Filaleto e de Flamel.

A base desse símbolo representa um globo crucífero ou seja, o símbolo espagírico do nosso mineral, que por intermédio do metal, cujo símbolo se projecta para o alto é transformado na Satúrnia de Flamel que, com o astro rei formará o régulo solar.

Nas extremidades da linha horizontal que forma a cruz do globo crucífero vêem-se dois símbolos iguais que não conseguimos distinguir, parecendo-nos ser o símbolo espagírico do sal amoníaco. Alquimicamente não nos parece ter qualquer sentido pratico a não ser que um fosse do sal amoníaco e o outro do nitro ou então os símbolos da areia ou de limalha metálica

O régulo solar, juntamente com o azougue cujo símbolo espagírico se encontra por cima da coroa do jovem mercúrio, formará o amálgama filosófico que será posteriormente destilado nove vezes como descreve Filaleto na Entrada Aberta ao Palácio Fechado do Rei e Flamel no Breviário ou Testamento.

Este mercúrio filosófico representado pelo jovem alado e coroado cozido “per se” num “ovo” filosófico selado, ou com o Sol nos regimes de fogo respectivos, permite assim, concretizar a Obra.

Na nossa modesta opinião, é isto a representação simbólica da Primeira Lâmina de L’Alchimie Expliquée Sur Ses Textes Classiques de Eugène Canseliet.


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