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Os Graus de L.C.N- Manual Vodu 2 de 13

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Os graus de L.C.N. são quatro:

1. LAVE‑TETE ou INICIADO.
2. CANZO ou SERVIDOR.
3. HOUN’GAN ou SACERDOTE.
4. BAILLE‑GE ou HIEROFANTE.

Estes graus refletem a estrutura da ciência iniciática atlante e correspondem às quatro iniciações nos quatro elementos e às quatro direções simbólicas da consciência espiritual, assim como aos quatro planos de manifestação.

Os templos do Vudu atuam como instrumentos mágicos de poder oculto. Não nos referimos aqui aos templos da religião Vudu Haitiana, e sim aos do Vudu Esotérico.

Durante a iniciação neste sistema mágico, cria-se uma força que segue linhas de movimento geométrico muito precisas. Como a iniciação ocorre dentro do templo Vudu, este toma uma significação muito importante e é por isso que necessita ter uma estrutura geométrica adequada para que as energias fluam seguindo as linhas de um esquema exato. Em cada ponto no espaço do templo, surge uma força oculta que depende do lugar em que se encontra este ponto. O poder, durante a iniciação, deriva sua força da localização de cada ponto.

Temos pois algumas forças e uma estrutura no espaço do templo. No *Perystile do Vudu, existem influências ocultas que atuam como campos de força invisíveis e que estão sob o controle dos Mestres.

A energia especial se estrutura de acordo com estes campos de força geométrica exata, e esta estrutura geométrica deriva da ordem e equilíbrio que produzem as formas-pensamento e imagens simbólicas que os Mestres vão projetando no esquema ritual. As formas-pensamento dos Mestres se convertem nas forças espaciais e nos campos de energia que formam um modelo exato que está de acordo com as leis ocultas do universo.

No templo Vudu, a estrutura da força espacial obedece a uma divisão quádruplas representada pelas quatro cruzes da Cábala Criolla. Quer dizer que a estrutura mágica que foi projetada no templo é a estrutura cabalística das quatro cruzes; nela que o espaço é dividido de acordo com um plano oculto que está divido em quatro seções: Norte, Oeste, Sul e Leste.

Cada uma destas quatro seções do espaço tem um valor determinado, de tal forma que a cada região pertence certo tipo de operação oculta. Esta operação é exclusiva para cada região, já que de cada uma delas extraem-se apenas as energias que surgem nela como “forças espaciais”. Cada estrutura e cada função são exclusivas de sua própria região, ainda que exista uma certa relação com as demais.

Independentemente da qualificação das energias em cada região do esquema do templo, há também um movimento das forças espaciais desde o inferior até o superior, isto é, desde o Norte, passando pelo Leste, através do Oeste e do Sul. Este movimento se chama evolução porque o inferior busca a perfeição do superior. Há aqui uma transferência de energia do Norte até o Leste. Desenvolve-se, então, um centro de energia oculta, mediante o qual as formas-pensamento são impostas sobre as forças espaciais e o templo inteiro funciona como uma unidade, como um instrumento mágico perfeito, como uma mandala de energia oculta.

Os graus de L.C.N. se correspondem com as quatro regiões do templo da seguinte forma:

Lave-Tête (Senhor da Cruz do Norte), representa o Loa Guedhe-Nibbhó, e corresponde ao subdiaconado da Ecclesia Gnóstica Spiritualis.

Canzó (Senhor da Cruz do Oeste), representa o Loa Ogou-Fer, e corresponde ao diaconado da Ecclesia Gnóstica Spiritualis.

Houn’gan ou Mambo (Senhor da Cruz do Sul), representa o Loa Simbí, e corresponde ao sacerdócio da Ecclesia Gnóstica Spiritualis.

Baille-ge (Senhor da Cruz do Leste), representa o Loa Damballah-Wedo, e corresponde ao episcopado da Ecclesia Gnóstica Spiritualis.


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