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Mãe Obá é a Divindade que está assentada no polo negativo (isto é, absorvedor) da Linha do Conhecimento, que é a terceira Linha de Umbanda, onde polariza com Pai Oxóssi.
Ela e Oxóssi atuam em polos opostos: Oxóssi estimula a busca do Conhecimento porque é o polo positivo ou irradiante; enquanto Obá, como polo absorvedor, paralisa os seres que se desvirtuaram por adquirir conhecimentos viciados, distorcidos ou falsos ou ainda por fazerem mau uso do conhecimento.
Obá é o Orixá que mostra a verdade e que nos ajuda a manter firmes os nossos objetivos, nosso raciocínio, nossa concentração e determinação.
Como Orixá Cósmico, Obá corrige toda expansão desvirtuada, todo conhecimento falso, ilusório, mentiroso.
Obá retira o poder de concentração e objetividade dos seres desvirtuados (como os falsos conhecedores e os soberbos que se apoderam do conhecimento para ter domínio sobre os outros) e então eles começam a perder o foco, a concentração, a linha de raciocínio. O ser que está sendo atuado de forma cósmica por Obá começa a perder interesse pelo assunto que tanto o atraía e se torna apático. Então, quando aquele ser já foi paralisado e teve seu emocional descarregado dos conceitos falsos, Obá o conduz ao campo de ação de Oxóssi, que começará a atuar para redirecioná-lo na linha reta do Conhecimento.
O campo onde Obá mais atua é o religioso. Como Divindade Cósmica responsável por paralisar os excessos cometidos pelas pessoas que dominam o conhecimento religioso, Ela paralisa os conhecimentos viciados e aquieta os seres, antes que cometam erros irreparáveis.
Todas as doutrinas religiosas que são rígidas e rigorosas com seus adeptos têm a sustentá-las a silenciosa atuação de nossa amada Mãe Obá.
O culto a Obá iniciou-se milênios atrás, com a irradiação simultânea de uma de suas qualidades ou aspectos a várias partes do mundo, quando então Ela se humanizou.
Nossa amada Mãe Obá já recolheu boa parte de seus filhos encantados que se espiritualizaram, mas muitos ainda estão evoluindo nos dois lados da dimensão humana (como encarnados e como desencarnados).
Muitos dos seus filhos hoje atuam na Umbanda como silenciosos Exus e discretas Pombagiras, também como Caboclos e Caboclas aguerridos e resolutos nas suas ações, precisos nos seus conselhos, mas de pouca conversa quando sentem que o conhecimento que trazem não é assimilado por seus médiuns ou pelos consulentes.
O elemento principal de Obá é a terra úmida e fértil que dá sustentação aos vegetais; e o segundo elemento da sua atuação é o vegetal. No elemento terra Obá atua para aquietar e densificar o racional dos seres. Pelo elemento vegetal, Obá atrai e paralisa os seres que estão se desvirtuando no caminho do Conhecimento.
Mas sua atuação não é somente para corrigir e paralisar negatividades. Como Divindade de Deus, Mãe Obá nos ampara e nos dá sustentação no Sentido do Conhecimento, sempre que nos mostramos de coração limpo e com boas intenções. Assim, quando temos boa intenção em aprender algo e queremos usar aquilo de forma positiva, mas sentimos dificuldade de aprender, Obá nos ampara e nos dá concentração. Ela também ajuda os seres bem intencionados que tenham dificuldade de encontrar o “foco” da vida, que vivam em confusão mental e se dispersem com facilidade, dando-lhes concentração e objetividade.
Obá é terra, é concentração, mas também é vista como Mãe-Orixá guerreira, séria, brava, objetiva, lembra uma professora rígida e exigente, concentrada e um pouco fechada.
Obá é associada ao número 14 e ao planeta Urano.
HISTÓRIA
No Culto de Nação e no Candomblé Obá é conhecida e cultuada como Orixá do rio Níger, irmã de Iansã, esposa de Ogum e, posteriormente, a terceira e mais velha mulher de Xangô. Embora feminina, é temida, forte, enérgica, sendo considerada mais forte que muitos Orixás masculinos. Às vezes é também citada como caçadora.
Em toda a África Obá era cultuada como a grande deusa protetora do poder feminino, sendo por isso também saudada como “Iyá Agbá”, e ainda mantendo estreita ligação com as Iya Mi Oxorongá (as Mães Feiticeiras). Era uma mulher forte, que comandava as demais e desafiava o poder masculino.
Conta uma lenda que Obá lutou contra todos os Orixás e venceu Oxalá, Xangô e Orumilá, tornando-se temida por todos os deuses.
Outra lenda conta que Obá se transformou em rio quando perdeu para Oxum a disputa pelo amor de Xangô e que, mesmo assim, é uma deusa relacionada ao fogo: pois quem conhece o rio de Obá, na Nigéria, sabe que é um rio de águas revoltas, em constante movimento, motivo pelo qual é sinônimo de fogo.
As lendas falam também que Obá é “a guardiã da esquerda” e o Orixá do ciúme. E isso tem uma explicação: primeiro, é preciso lembrar que o lado esquerdo (Osì) sempre esteve relacionado à mulher, justamente porque é o lado do coração e da emoção. Então, quando Obá é saudada como “guardiã da esquerda”, isso quer dizer que Ela é a protetora de todas as mulheres, é aquela que compreende os sentimentos do coração, pois Obá pensa com o coração. Por isso também, Obá amou e viveu paixões, com todos os dissabores e sofrimentos que isso traz, e Obá sente ciúme porque ama. Ela se dedicou à guerra para superar tais sofrimentos, o que também evidencia toda a sua determinação e coragem.
Lendas de Obá
1-Obá luta com Ogum
Obá era uma mulher cheia de vigor e coragem, não temia ninguém no mundo. Seu maior prazer era lutar; e Obá venceu Oxalá, Oxóssi, Orumilá e Oxumarê e ainda desafiou Obaluayê e Exu.
Chegou a vez de Ogum! Mas Ogum teve o cuidado de consultar Ifá, antes da luta. Então, preparou a oferenda que lhe fora indicada: muitas espigas de milho e muitos quiabos, tudo pisado num pilão até virar uma massa viscosa e escorregadia.
Na hora marcada, Obá e Ogum se enfrentaram. No inicio, Obá parecia dominar a situação. Mas Ogum recuou em direção ao lugar da oferenda. E Obá pisou na pasta viscosa e escorregou.
Ogum aproveitou para derrubá-la. Tomou-a ali mesmo e se tornou o primeiro marido de Obá.
Essa lenda destaca a qualidade guerreira de Obá e a sua determinação e coragem.
Obá venceu Oxalá, Oxóssi, Orumilá e Oxumarê, também desafiando Obaluayê e Exu, porque nenhum deles é Orixá guerreiro. Isso destaca que Obá é a guerreira.
Mas no final da lenda fica bem claro que o grande guerreiro é Ogum, cujo nome quer dizer justamente “Senhor da guerra”. Porque Ogum foi o único a vencer Obá e o primeiro a tomá-la como esposa. Isso significa também que Ogum está unido a Obá, ou seja, que a atuação de Obá é conjugada (“casada”) com a atuação da Lei Divina e tem o amparo da Lei Divina. Este aspecto sinaliza para um ponto importante: as nossas “lutas” precisam estar sob o amparo da Lei Divina.
Por outro lado, embora sendo um grande guerreiro, Ogum cuidou de fazer uma oferenda antes de ir para a luta com Obá e por isso obteve a vitória. Ou seja, Ogum reverenciou o Sagrado antes de ir para a luta. Mesmo sendo o Senhor da guerra, Ogum teve esse cuidado e respeito. E isto reforça o sentido das oferendas no campo religioso: o de um pedido de licença e de amparo do Sagrado, antes de se fazer qualquer coisa.
2-Obá luta com Oxum
Mais tarde, Obá tornou-se a terceira mulher de Xangô, por ser forte e corajosa.
A primeira mulher de Xangô foi Iansã, que era bela e fascinante. A segunda foi Oxum, coquete e vaidosa.
Uma rivalidade logo se estabeleceu entre Obá e Oxum. Ambas disputavam a preferência do amor de Xangô. E Obá tentava descobrir o segredo das comidas que Oxum preparava para Xangô, e que tanto o agradavam.
Oxum decidiu montar uma armadilha para Obá: convidou-a para acompanhar a preparação de um prato que, segundo ela, era o preferido de Xangô.
Obá chegou na hora combinada.
Oxum usava um lenço amarrado à cabeça, que escondia suas orelhas. Preparava uma sopa para Xangô, na qual se viam dois cogumelos flutuando na superfície do caldo.
Oxum convenceu Obá de que os cogumelos eram as suas orelhas, ingrediente essencial da receita. Xangô veio em seguida e se deliciou com a sopa.
Na semana seguinte, foi a vez de Obá cuidar de Xangô. Ela decidiu seguir a “receita” de Oxum. E colocou sua orelha esquerda no preparo.
Xangô ficou horrorizado ao ver que Obá cortara uma das orelhas e achou repugnante a comida.
Neste momento, Oxum chegou e retirou o lenço, revelando que suas orelhas estavam intactas. Furiosa, Obá precipitou-se sobre Oxum. Uma verdadeira luta se seguiu.
Enraivecido, Xangô trovejou sua fúria contra as duas.
Apavoradas, Oxum e Obá fugiram e se transformaram em rios. E até hoje as águas destes rios são tumultuadas, no lugar de sua confluência, como lembrança daquela disputa.
Essa lenda destaca vários aspectos:
Primeiro, que no campo do amor ninguém vence Oxum. Porque Oxum representa o Amor Divino.
Depois, mostra a determinação de Obá: para alcançar seu objetivo, Ela “cortou uma orelha”, isto é, não mediu esforços. Claro que não se pode levar isso ao pé da letra e querer aplicar em nossa vida, pois seria chegar ao extremo do extremo… As lendas procuram exaltar as Qualidades dos Orixás, isso é o que precisamos observar e compreender.
Finalmente, vem o destaque para Xangô como representante do equilíbrio da Justiça e da razão, que se “enfurece” com as duas por agirem de forma irracional e usarem de artimanhas para envolvê-lo. Xangô põe um ponto final na situação, aparando as arestas da irracionalidade no campo do amor e dos relacionamentos: os excessos emocionais de Obá e de Oxum transbordam ou são “descarregados”, formando dois rios de águas turbulentas… Vale dizer, Xangô é o grande equilibrador.
Essa lenda faz pensar ainda sobre outra questão: No Candomblé, quando incorpora em suas filhas, geralmente Obá leva uma das mãos na direção da orelha esquerda. Gesto que seria para cobrir o defeito, a falta da orelha cortada, segundo respeitável tradição.
Agora, se lembrarmos, de acordo com a tradição africana, que Obá “guarda o lado esquerdo” (Osì), que é o lado do coração, podemos talvez entender que Ela está atuando neste sentido: guardar o lado esquerdo. Inclusive, na dança do Orixá, a mão é projetada um pouco para trás, próxima ou na direção da abertura posterior do chakra frontal, que é o chakra regido pelo Trono do Conhecimento. O chakra frontal se abre para frente e para trás. Na abertura da frente, Oxóssi está irradiando o Conhecimento equilibrado. Na abertura posterior do frontal, Obá atua para corrigir excessos e para dar amparo a quem precisa de foco e concentração. Com certeza, aquele gesto tem muitos significados. Pois as lendas têm vasto conteúdo, revelam parte da extraordinária riqueza cultural dos Povos da Mãe África, de quem muito recebemos.
Algumas Divindades assemelhadas:
Deméter- divindade grega das colheitas, da lavoura e da fertilidade do solo, que ensinava a arar a terra e a semear o trigo. (Entre os romanos é Ceres, filha de Cronos e Reia.)
Bona Dea- divindade romana da terra e da fertilidade, a “boa deusa” que traz a abundância de alimentos.
Cibele- divindade romana da terra, a “Magna Mater”, a Grande Mãe Terra, senhora da vegetação e da fertilidade.
Minerva- divindade romana e etrusca, cujo nome deriva de “mente”. Regia a inteligência, a criatividade, a sabedoria, as habilidades domésticas e os trabalhos guiados pela mente.
Tari Pennu- divindade hindu da terra, da fertilidade e das boas colheitas.
Nisaba- divindade sumeriana das artes do escriba, protetora das escolas, dos professores
e estudantes. Também protegia a agricultura e a vegetação.
Zamyaz- divindade persa da terra, dos grãos e da fertilidade.
Armait- divindade persa no panteão do Zoroastrismo, deusa da sabedoria e Senhora da Terra.
Erce- divindade eslava da terra, protetora dos campos e plantações. Recebia oferendas de leite, mel, vinho e fubá, despejados nos campos e nos cantos da propriedade.
Uke-Mochi-no-Kami- divindade japonesa da agricultura e dos alimentos. Também é mãe da divindade dos brotos de arroz (Waka-Saname-no-Kame) e juntos são responsáveis pela fertilidade da terra, recebendo oferendas de arroz e brotos.
Ma Emma- divindade estoniana, a Mãe Terra. Recebia oferendas de leite, manteiga e lã, ao pé de árvores velhas ou sobre lajes.
Pachamama, Divindade inca da terra. É a Mãe-Terra, a quem se fazem oferendas para obter boas colheitas. Senhora das montanhas, rochas e planícies.
Características dos filhos de Obá:
No positivo: São pessoas lutadoras, bravas, muito zelosas com seus pertences, dedicadas e muitas vezes ingênuas, principalmente em relação ao amor e às amizades.
Humildes, resignadas, esperançosas, boas ouvintes e conselheiras, são capazes de dar o próprio pão a alguém que não tenha nada para comer.
São pessoas de grande valor e dedicação e tendem a alcançar seus ideais.
Um tanto agressivas, às vezes são pouco compreendidas.
Gostam das coisas práticas, apreciam a vida doméstica e a segurança do lar.
Muito reservadas com suas amizades, preferem não falar de si mesmas e desconfiam ao primeiro sinal de alerta interior.
Não gostam de pessoas soberbas, arrogantes e vaidosas, nem de lugares ou reuniões agitados e de conversas vazias e vulgares.
No negativo: São intrigantes, ciumentas, ficam remoendo uma ofensa recebida, são cruéis e traiçoeiras e se vingam na primeira oportunidade que surgir.
Amaci: água de rio com pétalas de rosa branca e folhas de alecrim maceradas e curtidas por 24 horas.
Oferenda: 1 coco verde aberto (separar a água); a água do coco verde com folhas de hortelã quinadas e em seguida adoçada com mel; vinho tinto licoroso; raízes e ervas; 1 kg de canjica amarela levemente aferventada em água mineral, escorrida e depois regada com mel; flores do campo; 7 velas verde-escuro, e 7 magenta (ou vermelhas); 2 folhas de bananeira; um pedaço de tecido de cor magenta (ou vermelho) e outro, do mesmo tamanho, na cor verde escuro. Local para a oferenda: a beira da mata.
Preparação: Separar todo o material e elevar o pensamento à Divina Mãe Obá, pedindo que nos dê sua licença e sua bênção para o que vamos fazer.
Montagem: Estender os panos na terra, em forma de estrela (o magenta em cima do verde) e sobre eles abrir as folhas de bananeira. Dispor os elementos sobre estas folhas, tendo os panos embaixo.
Despejar a água de coco com hortelã e mel dentro do coco e colocá-lo no centro da oferenda.
Rodear o coco com a canjica amarela. Em volta, distribuir as raízes e as demais ervas.
Fazer novo círculo, agora com as flores.
Por fora da oferenda montada, firmar as velas, alternando 1 verde e 1 magenta.
Circular tudo com o vinho licoroso, despejando-o com a mão direita sobre a terra e saudando a Divina Mãe Obá: “Akirô Obá-Yê!” Dar 3 voltas sobre a oferenda, no sentido horário, derramando o vinho e fazendo a saudação. Pedir a Obá que nos dê proteção, foco, concentração e objetividade na vida, e que Ela nos mostre sempre a verdade e nos livre dos enganos e dos enganadores.
Observação:
Conforme o ensinamento do professor Rubens Saraceni, sempre que fazemos oferenda à Mãe Obá também podemos levar um pedaço de carne bovina para saudar o Sr. Exu da Terra, que é o Guardião Planetário de Obá. Isso será feito antes de colocarmos a oferenda para Obá.
Então, chegando ao lugar escolhido na beira da mata, e à esquerda do ponto aonde iremos oferendar Obá, primeiro saudamos e pedimos licença ao Sr. Exu e à Senhora Pombagira guardiões daquele ponto de força, derramando pinga e sidra na terra e ali firmando 1 vela preta e 1 vela vermelha.
Damos 7 passos à frente, sempre à esquerda do local onde será colocada a oferenda de Obá e ali cavamos um buraco na terra, nele colocando a carne que oferecemos ao Sr. Exu Guardião Planetário da Terra.
Depois, cercamos o buraco com 7 velas pretas e 7 vermelhas, saudando o Sr. Exu Guardião Planetário da Terra. Podemos dizer: “Laroyê, Senhor Exu Guardião Planetário da Terra! Exu Guardião da Terra é modjubá!” Apenas o saudamos, em sinal de respeito, NÃO fazemos pedido algum a Ele, pois é um Guardião Planetário!
Feito isto, damos 7 passos à frente e à direita, para então montar a oferenda de Mãe Obá.
Alguns procedimentos para saudar Mãe Obá:
- a) Colocar um pouco de água mineral nas mãos e elevar o pensamento à Mãe Obá. Derramar 3 vezes um pouco de água no chão, com respeito e reverência, dizendo: “Akirô Oba-Yê” (nas 3 vezes). Esta saudação funciona como um mantra e significa: “Eu saúdo o Seu Conhecimento, Senhora da Terra!”; ou: “Eu saúdo a Terra, Senhora do Conhecimento!“ Isso pode ser feito também no Terreiro, na frente do Altar.
- b) Colocar na frente do nosso Altar doméstico uma bacia de ágata (ou louça branca) com água mineral e hortelã fresca quinada (picada com as mãos) e macerada (deixada em repouso na água por algumas horas). Ofertar e consagrar à Mãe Obá, pedindo amparo, proteção, firmeza e concentração nos objetivos. No Terreiro, isso é feito na frente do Altar.
- c) Colocar na frente do Altar (doméstico, ou então do Terreiro), com a mesma finalidade, uma tigela branca (ou alguidar) com terra vegetal e acender na terra 1 vela para Mãe Obá, pedindo bênçãos, proteção e concentração (foco, objetividade na vida).
Alguns Caboclos de Obá: Caboclo da Terra (de Obá e Omolu), Caboclo Raiz (de Obá e Oxóssi), Caboclo 7 Raízes (de Oxalá, Oxóssi e Obá), Caboclo Treme Terra (de Obá e Omolu), Caboclo Terra Roxa (de Obá e Omolu).
Alguns Exus e Pombagiras de Obá: 7 Raízes (de Oxalá/Oxóssi/Obá), da Terra (de Obá e Omolu), Treme Terra (Obá/Omolu), da Terra Roxa (Obá e Omolu).
Algumas comidas rituais de Obá:
Moranga com camarão: 1 moranga; 500g de camarão limpo; um maço de espinafre (ou de taioba, ou de mostarda); 01 cebola ; dendê.
Cozinhar ligeiramente a moranga inteira. Depois, abrir um círculo em cima da moranga, tirar a tampa e as sementes. Cortar a verdura em tiras, refogar com cebola, dendê e os camarões. Colocar o refogado dentro da moranga. Oferendar sobre folhas de hortelã fresca.
Moranga com frutas: Cozinhar ligeiramente uma moranga, tirar a tampa e remover as sementes. Dentro da moranga, colocar frutas, já cortadas e em camadas, assim: 1 pera, 1 maçã, 1 cacho de uva branca, 1 melão, 1 manga. Cobrir cada camada de fruta com açúcar cristal. A última camada deve ser coberta de açúcar. Oferendar sobre folhas de hortelã fresca misturadas com as sementes retiradas da moranga.
Abará: São bolinhos feitos com a massa de feijão fradinho já levemente cozido e temperado com um pouquinho de dendê. Moldar os bolinhos, enrolar em folha de bananeira e cozinhar em banho-maria.
Acarajé: Massa: 500g feijão fradinho, 3 cebolas raladas, 1 colher de sopa de sal, 1 garrafa de dendê Deixar o feijão de molho de véspera. Retirar o olhinho preto e a pele dos feijões. Triturar. Temperar com cebola e sal. Bater bem, com colher de pau, até virar um creme. Reservar a massa para fritar.
Molho: 500g de camarão; 2 pimentas malaguetas, 1 cebola ralada, coentro fresco picado, 1 xícara de dendê. Misturar bem. Levar ao fogo por uns 10 minutos.
Fritar a massa às colheradas, em azeite de dendê quente, dourando os dois lados. Abrir os acarajés com uma faca e recheá-los com o molho.
Oferendar num prato de papelão forrado com folhas de alface. Ou colocar os bolinhos diretamente sobre folhas de verduras (alface, mostarda, taioba, etc.).
Ovos: Passar no azeite de oliva uma cebola picadinha, com uma pitada de sal, apenas para murchar. Quebrar ali alguns ovos, acrescentar mais um fio de azeite. Deixar fritar um pouco. Os ovos ficam com as gemas ligeiramente moles. Decorar com hortelã picadinha, cheiro-verde e orégano, a gosto. Colocar os ovos sobre um creme de mandioca cozida, amassada e passada ligeiramente no azeite de oliva com cebola picadinha. Oferendar sobre folhas de bananeira.
TRONO | Trono Feminino do Conhecimento |
Linha | Conhecimento |
Fator | Concentrador (fator puro) e Expansor (fator misto) |
Atributo | Atua no Raciocínio e dá concentração |
Sentido | Conhecimento |
Essência | Terra. |
Elemento | Terra e Vegetal |
Polariza com | Oxóssi |
Cor | Magenta (a cor que dá estabilidade, firmeza e razão); também o verde junto com o marrom e o vermelho junto com o branco. |
Ervas | As raízes em geral (porque nascem e vivem na terra, nos domínios da Mãe Obá); babosa, alecrim, manjericão, hortelã, dandá da costa (ou tiririca), aspargo, urtiga, folhas de abacaxi, salsa, imburana, folhas da abóbora, salsaparrilha, espada de Santa Rita, alho, golfo de flor (de qualquer cor), candeia, nega-mina, folha de amendoeira, alfavaca (obs.: a alfavaca é um tipo de manjericão), peregum roxo. |
Símbolos | espada (idà), escudo e coroa de cobre e um ofá (arco e flecha). |
Ponto na Natureza | Beira da Mata |
Flores | rosas brancas, flores do campo, amor perfeito, rosas e palmas vermelhas |
Pedras | Calcedônia, madeira fossilizada, turmalina verde, jaspe madeira. Dia indicado para a consagração: 2ª-feira- Hora indicada: 22 horas |
Metais e Minérios | Cobre. Hematita. Dia indicado para a consagração: sábado- Hora indicada para a consagração: 15 horas |
Saúde | o cérebro inferior, o olho esquerdo, os ouvidos, o nariz e o sistema nervoso. |
Planeta | Urano |
Dia da Semana | Quarta Feira |
Chacra | Frontal |
Saudação | “Salve a Divina Mãe Obá!” – Resposta: “Akirô Obá-Yê!”;
Obá XÍ! ou Obá Xirê!. |
Bebida | vinho tinto licoroso; água com hortelã macerada e adoçada com mel ou com açúcar; água de coco; sumo de hortelã, alecrim e manjericão; água mineral |
Comidas | coco verde, romã, abacaxi, moranga, manga, ameixa preta, tangerina, maçã, amendoim, mandioca, cenoura. |
Números | 7 e seus múltiplos |
Data Comemorativa | dia 30 de Maio |
Sincretismo | Na Umbanda, Mãe Obá é celebrada no dia 30 de maio, sincretizada com Santa Joana D’Arc. No Candomblé, é sincretizada também com Santa Catarina. |
Qualidades | Obá Gideo
2) Obá Rewá |
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Fonte:
https://umbandaedeus.blogspot.com/2014/05/oba-mae-oba-e-divindade-que-esta.html?view=sidebar
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Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.
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