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Leques: Esotericamente o leque é um dos mais expressivos símbolos do elemento ar usado para equilíbrio dos corpos (material e astral). Nas mãos de Pombagira tem um significado muito profundo, pois produz um forte deslocamento energético. Quando uma Pombagira bate o leque na frente de outra pessoa pode estar dissipando as energias que a desagradam (nocivas à pessoa) ou emanando energias e/ou maldições.
Certo é que os leques chegaram no Brasil através dos colonizadores europeus. Na época eram símbolo de riqueza, luxo e sedução. O leque tornou-se tão preponderante na arte do flerte que uma complexa lista de sinais feitos com o objeto gerou uma linguagem própria.
Dentre os mais conhecidos sinais da ‘Linguagem dos Leques’ destacamos:
- Leque colocado próximo ao coração: “Você me conquistou…”
- Leque fechado tocando o olho direito: “Quando poderemos nos ver?”
- O leque com um determinado número de varetas expostos respondia à pergunta: “a que horas?”
- Movimentos ameaçadores com o leque fechado: “Não seja imprudente!”
- Leque meio aberto pressionando os lábios: “Você pode me beijar!”
- Mãos entrelaçadas segurando o leque aberto: “Me perdoe…”
- Leque aberto cobrindo a orelha esquerda: “Não traia nosso segredo!”
- Escondendo os olhos sob um leque aberto ou passar o leque pelo queixo: “Eu te amo! ”
- Fechar um leque totalmente aberto lentamente: “Prometo me casar com você. ”
- Passar o leque sobre os olhos: “Lamento”
- Tocar o dedo na ponta do leque: “Quero falar com você”
- Deixar o leque apoiado sobre a bochecha direita: “Sim”
- Deixar o leque apoiado sobre a bochecha esquerda: “Não”
- Abrindo e fechando o leque várias vezes: “Você é cruel! ”
- Deixar o leque cair: “Seremos amigos”
- Abanando-se devagar: “Sou casada”
- Abanando-se rápido: “Sou noiva”
- Colocar a alça do leque nos lábios: “Beije-me! ”
- Abrir o leque totalmente: “Espere por mim! ”
- Colocar o leque atrás da cabeça: “Não se esqueça de mim”
- Colocar o leque atrás da cabeça com o dedo estendido: “Adeus”
- Colocar o leque com a mão direita em frente à face: “Siga-me! ”
- Colocar o leque com a mão esquerda em frente à face: “Quero conhecê-lo”
- Prender o leque sobre a orelha esquerda: “Quero me livrar de você”
- Passar o leque sobre a testa: “Você mudou! ”
- Girar o leque com a mão esquerda: “Estamos sendo observados! ”
- Girar o leque com a mão direita: “Amo outra pessoa! ”
- Carregar o leque aberto com a mão direita: “Você está muito decidido”
- Carregar o leque aberto com a mão esquerda: “Venha falar comigo! ”
- Passar o leque pelas mãos: “Eu te odeio! ”
(Fonte: Museu Casa de Benjamim Constant)
Essa linguagem é conhecida por inúmeras Pombagiras. Trata-se de um instrumento importante dentro das Giras. O dirigente pode liberar o uso dos leques, porém, se perceber que ao longo do processo de incorporação o objeto está sendo usado apenas para resfriar o corpo (abanado constantemente) deve conversar com o adepto e restringir o uso do mesmo. Na Quimbanda não é essa a função do leque.
Muitas vezes a Pombagira está trabalhando espiritualmente ou atendendo uma pessoa e não pode se desconectar da energia. Bater com o leque fechado no copo é um pedido de bebida, assim como bater nos dedos da mão é um pedido de cigarros. Quando está dançando e abre o leque está dissipando energias, se mantém o leque fechado está combatendo-as. Se abana a fumaça do cigarro na face de uma pessoa certamente está enfeitiçando-a e se abanar o pescoço perfumado na frente de um homem certamente está acorrentando-o (encantamento). Passar o leque fechado no corpo é o mesmo que passar uma faca. Esse ato garante o descarrego de uma pessoa. Se Pombagira aponta o leque fechado na direção do coração de alguém deseja libertá-la de algum relacionamento escravista.
Muitos são os sinais que devem ser captados e compreendidos.
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