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Cultos Afro-americanos

Atrás do trio elétrico também vai quem já morreu

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“Atrás do trio elétrico só não vai que já morreu…”. – Caetano Veloso
“Atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu”…”


Ao contrário do que reza o frevo de Caetano Veloso, não são somente os “vivos” que formam a multidão de foliões que se aglomera nas ruas das grandes cidades brasileiras ou de outras plagas onde se comemore o Carnaval.

Quem vê as festas e desfiles pelo país, emoldurados a fantasias e folias que o Carnaval proporciona, talvez não faça ideia do que acontece no astral espacial equivalente.

O ser humano passa poucas e boas durante o ano todo e sente-se no direito de extravasar seus sofrimentos e revezes em alguns dias de prazer exacerbado, regado a muito álcool e luxúria desenfreada.

Por conta desse comportamento as energias mais densas tomam conta da esfera terrestre neste período do ano, o qual é uma tradição milenar cuja a data é calculada através da lunação a partir do Natal de Cristo. Há registros destas festividades pagãs desde os gregos e egípcios.

Há 10 séculos a igreja católica decidiu instituir 40 dias de retiro, visto que, apesar de o cristianismo haver se tornado a religião oficial do império romano, muitos ainda mantinham-se fiéis aos seus cultos ancestrais. Entendendo que não havia como conter esse comportamento e visando equilibrar esses opostos, a igreja decide permitir o “Carnen Levare” (adeus à carne), uma forma de compensação pagã controlada, cuja celebração permanece até hoje adaptando-se, claro, a cada cultura pelo mundo.

Há um tempo recente, muitas casas de Umbanda fechavam, assim como as igrejas cobrem seus santos com um pano roxo, em sinal de respeito e retiro. No entanto, com seu amadurecimento ao longo dos dias, a liturgia da Umbanda entendeu que devia permanecer seus trabalhos, no sentido de continuar operando em benefício dos mais necessitados.

Hoje, os Umbandistas realizam a SEGURANÇA DE CARNAVAL. Baseada em rituais de firmeza energética com seus Espíritos Guardiões (Exus e Pambogiras), os Umbandistas estreitam seus laços espirituais com os Guardiões da Lei, os quais são os que mais trabalham efetivamente durante os dias momescos, defendendo das nocividades astrais aqueles que são equilibrados e justos, assim como combatendo os espíritos trevosos que aproveitam-se da psicosfera negativa.

Os Exus e Pombagiras tem atividades redobradas durante o Carnaval, pois recebem ordens expressas de seus superiores com o objetivo de combater os vampiros e obsessores de toda a sorte, os quais se alimentam das energias vitais dos desencarnados que mergulham nos excessos das orgias, das drogas e da violência indiscriminada.

Por isso, de nada adianta realizar Seguranças de Carnaval, simpatias, velas, orações etc se você não busca se divertir nas ruas e nos bailes com comedimento e equilíbrio, pois, assim, nossos amigos Guardiões Exus não poderão nos livrar dos ataques vampirescos dos milhões de kiumbas (espíritos sombrios), impactando males até irreversíveis na esfera material para os encarnados.

Portanto, quando chegar a festa profana, fuja das drogas, álcool e fumo em excessos; Evite o sexo desmedido e com muitos parceiros diferentes – o sexo é uma troca de energia muito forte e muito sagrada, portanto, escolha bem sua companhia; nada de fazer suas guias de fantasia, evite usar máscaras e, se possível, mantenha seus chakras cobertos (chapéu, camiseta etc).

Além de comparecer à sessão de Segurança de Carnaval de sua Casa Espiritual, mantenha sua vela de Anjo de Guarda acesa, tome banhos de ervas nas vésperas, defume sua casa e o mais importante: mantenha seu pensamento em sintonia com seu Espírito Guardião, com os Orixás e com Jesus, pedindo sempre muito equilíbrio, serenidade e proteção.

Guardem a fé, irmãos!


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