Led Zeppelin I, Led Zeppelin

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Stephen Davis , autor de Hammer of Gods, livro que conta a história de Led Zeppelin relata muitos casos onde a influência do misticismo do caminho da mão esquerda influênciou a formação e história da banda. Muitas das músicas só nasceram graças a inspiração direta da literatura de J.R.R Tolkien, do ocultismo tradicional europeu e do folclore e tradição pagãos anglo-saxão. Segundo Stephen, a música “No Quarter”, cmposta por Jimmy Page inspirou Robert Plant a escrever uma letra “evocando provocativas imagens de Led Zeppelin como um esquadrão da morte Viking cavalgando os ventos de Thor rumo a algum combativo destino satanico.”

Todas estas influências não passarm desapercebidas, e desde o primeiro álbum cristãos devotos e pessoas com menor entendimento fizeram de Led Zeppelin uma das bandas mais acusadas de adoração ao diabo e de ter realizado um pacto satânico. É uma estratégia corriqueira na história que pessoas mediocres não aceitem o talento de pessoas ilustres e os ligue a alguma espécie de poder sobrenatural. É verdade é que o interesse de Jimmy Page pelo caminho da mão esquerda (ou magia-negra se preferir) já vinha de muito antes da formação da banda, mas os recursos que conseguiu com seu sucesso permitiram a ele algumas extravagâncias.

A primeira delas foi a aquisição de uma vasta biblioteca contento uma imensa coleção de livros sobre ocultismo, demonologia e magia, tratava-se simplesmente da segunda maior coleção de originais de Aleister Crowley que se conhece. A obcessão pelo mago inglês fez em seguida Jimmy Page abrir e, Londres uma livraria especializada em livros thelemicos e como golpe final a paixão pelo oculto de Jimmy  o fez comprar o castelo de Boleskine, a famosa ‘Abadia da Thelema’ que fora construida em cima de uma igreja incendiada e que serviu de moradia a Aleister Crowley nos últimos anos de seu legado. situada nas proximidades do Lago Ness.

A sua admiração pela via sinistra ficou registrada em uma série de entrevistas.Gavin Baddeley em Lucifer Rising, revela os seguintes excertos do guitarrista: ”Crowley é completamente relevante para os dias de hoje. (…) Você não pode ignorar o lado sombrio se quiser estudar o sobrenatural como eu faço. Li muitos livros a respeito e compareci a muitas reuniões. E pretendo continuar estudando.”

Page é para muitos o protótipo do thelemita, com o perdão pela contradição que esta expressão invoca. Mas o fato dele ter realizado invocações antes e durante os shows e perpetrado rituais thelemicos no palco podem ser considerados apenas detalhes estéticos quando comparados com o fato de que sua música, portanto seu trabalho é a expressão de sua Verdadeira Vontade e por isso é de todo perfeita. Isso pode ser dito para cada um dos integrantes da banda e em larga escala para cada pessoa realizadora que já pisou neste planeta.

A Perfeição como consequeência da Vontade é obvia em Led Zeppelin I, que é ainda o melhor trabalho do grupo para muitos dos fãs. Nenhum outro disco define tão bem a majestade do grupo quando este álbum de inaugural. Todas as músicas se fazem indispensáveis e fica difícil escolher qual a mais significativa. Dazed And Confused é uma obra prima tanto quanto Babe, I’m Gonna Leave You. Mas o coração da obra está nas faixas que puxam pesado para o blues como You Shook Me e I Can’t Quit You, Baby.  Uma verdadeira obra prima thelemicamente inspirada que só chegou até o público porque individuos deixaram de lado o sonho dos outros e se empenharam em perseguir suas próprias Vontades. Deliciosos frutos do egoísmo de presente para o bem comum.

Dazed and Confused

Nº 15 – Os 100 álbuns satânicos mais importantes da história

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