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Nada é verdadeiro, tudo é permitido! Este mote, geralmente atribuído à fantástica figura de Hassan-i-Sabbah, é o estandarte da mais jovem das correntes mágicas ocidentais: a Magia do Caos. Transcendendo o conceito ortodoxo de “ocultismo”, os Caoístas procuram transmutar todos os aspectos de sua existência em atos deliberados de criação, destruição e diversão. Para isto, misturam Magia, Ciência e Arte, evitando sempre cair na armadilha de levar qualquer coisa demasiadamente a sério. Seja bem-vindo às marés do Caos, onde todo homem é Shiva e toda mulher é Kali.
Algumas peças de um quebra-cabeça fractal
Pode-se dizer que o precursor da Magia do Caos foi o artista plástico inglês Austin Osman Spare (1886-1956). Criador de um sistema mágico extremamente pessoal, denominado Zos Kia, Spare foi tão inovador que chegou a ser evitado até mesmo pelo bicho-papão Aleister Crowley, que o acusava de ser um mago negro.
Expor as minúcias do sistema de Spare demandaria muito espaço e fugiria do objetivo deste artigo. O importante aqui é lembrar que Spare foi o primeiro a romper completamente com a tradição dos sistemas mágicos(1), ao criar um método eficaz usando como única matéria-prima seus próprios insights. Com seus Sigilos, Atavismos, Posturas de Morte e Alfabetos do Desejo, Spare deixou claro que qualquer um pode criar um sistema mágico que funcione. Não é necessário que ele seja útil ou compreensível para os outros; se isso acontecer, o mérito não é do sistema, mas do magista que obtém o sucesso. Sua brilhante obra artística, indissociável de seu trabalho mágico, mostrou a todos que a Arte é um dos mais eficazes instrumentos do Adepto. O legado de Austin Osman Spare permaneceu obscurecido até os anos setenta, quando veio à tona a primeira de suas crias: a IOT (Illuminates of Tanatheros).
Surgida na Inglaterra, a IOT foi o primeiro grupo a utilizar o termo “Magia do Caos” para suas atividades. Os principais responsáveis por seu surgimento foram Ray Sherwin e Peter Carroll, que até hoje se mantém no controle da Ordem. Anunciada como “herdeira mágica dos Zos Kia Cultus e da A.’. A.’.”, a IOT sacudiu o cenário ocultista inglês com a extrema originalidade de suas práticas. Com a publicação do The Book of Results de Sherwin e do Liber Null de Carroll, iniciou-se o caminho da Magia do Caos. Em pouco tempo, diversos indivíduos e grupos proclamaram sua adesão ao Caos, cada um deles dando sua colaboração inigualável ao desenvolvimento da mais libertária das correntes mágicas. Um deles, os Stoke Newington Sorcerers (SNS), estiveram envolvidos com o início do movimento punk na Inglaterra.
Na década anterior, nos Estados Unidos, dois hippies zen chamados Greg Hill e Kerry Thornley criaram o Discordianismo, uma religião dedicada ao culto de Éris, a deusa grega da discórdia. Esta religião, sobre a qual você vai conhecer mais e entender menos se ler seu livro sagrado, o Principia Discordia, consiste em um aglomerado de doutrinas nonsense, cheias de humor e de sabedoria inusitada.
Proclamando que “cada homem, mulher e criança é um papa”, os discordianos afirmaram o elemento do humor e da irreverência como algo de suma importância em qualquer caminho transcendente. Quando se encontrou com a Magia do Caos, a paixão foi imediata. Hoje em dia há poucos Caoístas que não guardem um lugar para Éris em seus lotados altares.
Outra contribuição norte-americana para o que hoje é conhecido como Magia do Caos foi o trabalho dos psicólogos outsiders Timothy Leary(2) e Robert Anton Wilson. Entre muitas outras coisas, Timothy Leary desenvolveu a teoria dos Oito Circuitos da Consciência, muito utilizada por Caoístas que acham a Árvore da Vida cabalista demasiadamente barroca. As contribuições de Wilson (RAW, para os íntimos) são inestimáveis. Sem ele, os Caoístas nunca enxergariam os fnords(3). Seus trabalhos ficcionais são hilariantes e prenhes de insights, seus ensaios traçam labirintos na mente mais cética (ou na mais crédula) e sua autobiografia, Cosmic Trigger, é de dar inveja. Não visite os Illuminati sem um livro de RAW embaixo do braço.
Continuando no campo das influências acumuladas pela Magia do Caos em sua história, recebemos a visita do anarquista sufi Hakim Bey. Seu extenso panfleto T.A.Z. caiu como uma bigorna na comunidade Caoísta. Anunciando cada indivíduo como um avatar do caos e pregando sua reunião em “zonas autônomas temporárias”(4), Hakim Bey estabeleceu a subversão ontológica como uma das práticas mais acalentadas pelos praticantes da Magia do Caos. A partir do trabalho de Bey, o Caoísmo tomou os contornos de uma verdadeira “Nova Esquerda”, como exposto na última edição da Safira Estrela por Pedro Raul de Medeiros.
O crescimento e popularização da Internet tornaram-na um componente importantíssimo para o desenvolvimento da Magia do Caos. As facilidades de comunicação e difusão de informação e as inúmeras possibilidades oferecidas pela Rede parecem ter sido criada por encomenda! para os caoístas.
Além da Psicologia(5), outros campos da ciência foram muito importantes para as experiências Caoístas, como a Física Quântica, a Cibernética, a Lingüística e a Informática, que foram deglutidas antropofagicamente e misturadas à Magia.
Nos últimos tempos, surgiu um debate entre alguns Adeptos, que se dividiram entre “Cientistas” e “Místicos”. Os primeiros são mais pragmáticos e tentam explicar a ação da magia através de equações e gráficos vetoriais, negando a validade da experiência transcendente. Já os místicos defendem que a Magia do Caos não é simplesmente uma forma pós-moderna de baixa magia, e que pode ser utilizada para fins de Iluminação. Minha opinião pessoal é a de que ambos os grupos estão sendo atuzicados pelo velho demônio Choronzon. Lembro sempre do mote cunhado por Aleister Crowley para seu Equinox: “O Método da Ciência – A Meta da Religião”.
Isto é a Magia do Caos: um conjunto de influências aparentemente conflitantes que resultaram em um conjunto de práticas extremamente heterogêneo, ainda que surpreendentemente eficaz.
Esboço para um catecismo caoísta
Pela própria natureza da Magia do Caos, torna-se um desafio definir os pontos comuns entre os g!rupos e indivíduos que a praticam. Saiba que este artigo é apenas uma tentativa, e que qualquer Caoísta teria o maior prazer em negar qualquer uma das afirmações abaixo – apenas para confirmá-la algum tempo depois. Dentro da Magia do Caos, não há problema algum em contradizer-se, desde que com estilo. Isso faz parte da prática.
Antes de mais nada, a principal mensagem da Magia do Caos é a seguinte: a Magia deve ser essencialmente prática. Isso pode parecer tolo à primeira vista, mas quando você se depara com a quantidade de esforço desperdiçado com as elocubrações teóricas e debates territoriais tão comuns no mundo esotérico, a afirmação começa a fazer mais sentido. O Caoísmo tenta demonstrar que o importante são os resultados, relegando o método utilizado para obtê-los à categoria de mero detalhe.
Pode-se dizer que o uso de crenças como ferramentas é a base do trabalho Caoísta. Assim, o praticante se esforça para conhecer e experimentar o maior número possível de sistemas de crença, apropriando-se do melhor de cada um deles.
Quando surgir a necessidade, o mago estará tão bem instrumentalizado que saberá qual delas utilizar para resolver a situação. A crença só é necessária no momento da operação; o ideal é que o praticante não acredite em nada, nem mesmo na crença básica de que as crenças são apenas ferramentas. Assim, pode surgir o Vácuo onde toda a Magia se realiza.
Derivando diretamente do princípio anterior, surge a visão do Caoísmo como um meta-sistema, ou seja, um sistema de sistemas. Isso quer dizer que a Magia do Caos engloba sem pudores qualquer outro sistema – mágico, místico, religioso, filosófico ou coisa que o valha -, existente ou não. Essa capacidade surge a partir da percepção de que nada tem um sentido intrínseco; as coisas apenas são. Quem dá sentido e cria realidades é um macaquinho orgulhoso que brinca de demiurgo.
Quando isso fica claro, qualquer coisa torna-se permissível. Isso deixa o Adepto Caoísta completamente livre para adicionar à sua prática quaisquer influências que achar necessárias, do Budismo Vajrayana até a Pajelança. Experimentar é a palavra-chave.
Os praticantes de Magia do Caos procuram se submeter a constantes processos de decondicionamento. Neste trabalho, fazem uma auto-análise e descobrem que crenças ou comportamentos estão sendo favorecidos em detrimentos de outros. A partir daí, usando processos de anátema pessoal, submetem-se às crenças que seu ego mais rejeita. Através deste processo de desconstrução, o praticante percebe a relatividade e validade de qualquer conceito. Existem diversas práticas de anátema, quase todas com o objetivo de livrar o Adepto das amarras do ego. Alguns anátemas pessoais: quebrar ou se livrar de um objeto muito querido, realizar mudanças radicais em seu aspecto exterior ou mudar o tipo de alimentação (por exemplo, um vegetariano pode passar longos períodos comendo apenas carne vermelha).
Outra tônica do mundo Caoísta é a forte dose de humor e irreverência em algumas práticas e declarações, herança direta da já citada Sociedade Discordiana.
Magos caóticos não costumam levar nada muito a sério, por estarem atentos à relatividade de todos os fenômenos. Percebendo o Universo como uma grande brincadeira de gosto duvidoso, está aberto o caminho para uma postura lúdica.
Qualquer coisa é possível, inclusive aproveitar a energia da egrégora de Papai Noel para fins mágicos(6). Além do mais, até um iniciante na Magia do Caos sabe que a gargalhada é uma das maiores formas de banimento. Se algo der errado em qualquer aspecto de sua vida, não há melhor remédio do que dar boas risadas.
Muitos magos caóticos utilizam o termo gnosis para definir o estado de vacuidade ideal para a realização da Magia (o termo é mais abrangente, mas esta é outra história e fica para a próxima). Este estado pode ser alcançado de várias maneiras, como repetir de forma monótona algum som sem sentido específico, engajar-se em atividades sexuais repetidas até a exaustão ou caminhar em círculos até perder completamente o senso de direção. O objetivo é sempre destruir a influência nociva da mente consciente no resultado do trabalho mágico. A gnosis é parte essencial de uma das principais práticas da Magia do Caos: a Sigilização.
Criada por Austin Osman Spare e aperfeiçoada por diversos Adeptos, a Sigilização é um método simples e eficaz de obter resultados. Basicamente, ela consiste na redução de um desejo a uma unidade mínima, que será então carregada magicamente durante o estado de gnosis para então ser libertada no Vácuo.
Esta unidade mínima pode ser um mantra, um desenho, um som ou qualquer outra coisa, desde que não guarde semelhanças com desejo que o originou. Se até agora a Sigilização lhe pareceu complicada, vamos a um exemplo:
O desejo (sempre imperativo), é: VOU MUDAR DE CIDADE.
Reduza as letras do desejo, cortando as letras repetidas: VOUMDARECI.
Rearranje as letras para criar um sigilo mântrico: DIVUCOREMA.
Crie um sigilo pictórico utilizando as letras:
Prepare seu espaço mágico utilizando a forma de ritual de abertura que preferir.
Comece a cantar o mantra enquanto realiza qualquer forma de atividade que leva à gnosis. Quando sentir que suficiente energia foi acumulada, direcione-a com os olhos para o sigilo pictórico.
Feche os olhos, descanse e realize um banimento com gargalhadas.
Esqueça.
No Caoísmo, os resultados têm extrema importância. Sistemas e práticas costumam ser julgados de acordo com sua eficácia. Junte isto com a preocupação com ecletismo, excelência e humor, e o resultado é um magista incrivelmente engenhoso, excêntrico e sem pudor de experimentar. Qualquer coisa é matéria-prima para as ações mágicas mais não-ortodoxas. Como exemplo do tipo de coisa que um Caoísta é capaz, acompanhe a descrição deste trabalho(7):
“Criei um pequeno Servidor para fins de acúmulo de energia. Ele tem alguns cristais de quartzo, um seletor de intensidade, algumas resistências, um ‘seletor de canais’ (veja abaixo), alguns fios e um velho chip de 286. Oh, e uma entrada para meu mecanismo de descarga. Inicialmente, eu o carreguei durante uma rave de 72 horas. Enterrei-o no chão sob a pista de dança principal, com alguns fios ligando-se às luzes e aos auto-falantes, outros seguindo até a área de descanso e outros para um antena de satélite (apontando para a casa onde se realizava a rave), que fiz a partir de uma calota velha. O seletor de canais foi a solução para um problema que me foi apontado por k-Ouranos: como eu poderia controlar todos os diferentes tipos de energia? Bem, tudo que fiz foi adicionar um seletor de oito fases, uma para cada cor da magia! Ligando o seletor à CPU, transplantei então a energia de um servidor que eu havia criado para me alertar de ataques mágicos, adicionei algumas resistências para eliminar a possibilidade de uma sobrecarga e PRESTO! Minha máquina estava pronta. O mecanismo de descarga (não riam) é um pente de alumínio! Eu apenas adicionei algumas peças eletrônicas, e um fio para ligá-lo à bateria. Este aparelho me foi mostrado em um sonho por Karl Marx (sem o seletor de canais), e funciona MUITO BEM! Eu preciso apenas pentear meu cabelo quando preciso de uma dose extra de energia. Eu o mantenho ligado à antena de satélite, que agora aponta para uma igreja próxima à minha casa, apenas para mantê-lo com carga total.”
Com certeza, a maioria dos leitores deve estar surpreso, mas esta é uma reação precipitada. Os feiticeiros (e a raiz atávica da Magia do Caos está na Feitiçaria e no Xamanismo) sempre fizeram uso dos materiais que estavam à mão. Se ninguém estranha o uso de plantas nos feitiços tradicionais, porque deveria achar inadequado o uso de peças eletrônicas? Hoje em dia, vivendo em centros urbanos, estamos cercados por computadores, e não por florestas. Os novos Grimórios serão escritos com silício.
Colméias, bandos, matilhas & alguns rabanetes
A IOT não passou incólume por todas as modificações sofridas pela Magia do Caos desde os anos setenta. Criada originalmente para ser um fórum livre de associação de Adeptos do Caoísmo, a Ordem sempre procurou manter um mínimo de hierarquia – um erro grave, de acordo com seus críticos. De seu formato original, evoluiu para O Pacto e a partir daí enfrentou alguns cismas.
Alguns dos Adeptos que deixaram a IOT (entre eles um de seus fundadores, Ray Sherwin) criaram novos grupos, a maioria deles tendo em comum o fato de não utilizarem qualquer tipo de hierarquia. Estes indivíduos perceberam que, por mais que se tente, não é possível conduzir um trabalho em Magia do Caos dentro de uma estrutura que favorece disputas e jogos egóicos. Com freqüência argumentam que a hierarquia pode ser boa para outras correntes mágicas, mas no Caoísmo, onde o indivíduo é o soberano de suas próprias realidades, ela só serve para limitar qualquer tipo de avanço.
Atualmente existem muitos grupos e indivíduos trabalhando sob a égide do estandarte Caoísta. Um dos grupos mais importantes é o Z(cluster), criado por um grupo de norte-americanos inspirados pelas idéias de Hakim Bey e pelas possibilidades da Internet. Foi a primeira grande rede internacional de Adeptos da Magia do Caos, contando com membros em quase todo o planeta. Outros grupos que merecem atenção por parte do estudante são a Autonomatrix, o Thee Process (ex-TOPY) e a Telesis Foundation.
No Brasil, a Magia do Caos está começando a se estabelecer como uma corrente mágica. Seu representantes atuais são o Pacto Gnóstico NOX e a IOT Brasil. NOX nasceu de um grupo afiliado ao Z(cluster), denominado kaZakaotika.
Consiste em uma Rede de Adeptos Caoístas, espalhados pela América do Sul. Cada grupo de trabalho, denominado Vórtice, é completamente independente. Não há nenhum tipo de hierarquia dentro do Pacto. Os Irmãos de NOX mantém sua identidade através do uso comum do Sigilo do Pacto e do Panlogos, uma Invocação criada em conjunto por todos os Vórtices. Seu principal objetivo é fornecer um meio de comunicação e troca de experiências entre os praticantes da Magia do Caos, considerando a colaboração de cada Indivíduo como única e inestimável. Outra característica do NOX é a realização de Projetos Inter-Vórtices, sendo que atualmente estão envolvidos na criação de uma língua bárbara.
Assim como o NOX, a IOT Brasil ainda está em fase de organização. A Ordem funciona de acordo com os princípios expostos no Liber Pactionis, de Peter Carroll. Mais informações sobre suas atividades podem ser obtidas diretamente de seus representantes (vide próximo tópico).
Papirografia caótica & lugares para visitar
Esta seção do artigo foi atualizada com as novas referências em português e correção dos links quebrados. Caso você tenha interesse em traduzir materiais sobre magia do caos o portal Morte Súbita inc pode recompensá-lo. Conheça nossa política de RH
Este artigo foi apenas uma tentativa de dar uma visão geral de um assunto vastíssimo. Para quem se interessou pelo assunto, recomendo a leitura de alguns livros. Infelizmente, quase todos são em inglês.
O Livro do Prazer, Austin Osman Spare
O Livro das Mentiras, Aleister Crowley
The Book of Results, Ray Sherwin
Liber Null & Psychonaut, Peter Carroll
Caos Instantâneo, Phil Hine
Visual Magick: A Manual of Freestyle Shamanism, Jan Fries
Prometheus Rising, Robert Anton Wilson
Schrödinger’s Cat Trilogy, Robert Anton Wilson
Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll
TAZ: The Temporary Autonomous Zone, Hakim Bey
All Rites Reversed: Ritual Technology for the New Age, Antero Alli
Undoing Yourself, Christopher S. Hyatt
Principia Discordia, Malaclypse the Younger (pdf)
Ciberxamanismo, Eduardo Pinheiro
Visitar os seguintes websites pode valer tanto quanto ler os livros acima.
Chaos Matrix http://www.chaosmatrix.org
Peter Carroll Webpage http://www.specularium.org/
Phil Hine Webpagehttp://www.philhine.org.uk
Em português
Morte Súbita inc – Magia do Caos http://mortesubita.net
IOT-BR – Website http://www.iot.org.br/
Nunca se esqueça: a leitura é útil, mas as práticas devem ser experimentadas assim que for possível.
Isto é o fim (ou não)
Engendrada por um artista plástico renegado e estabelecida na mesma época em que surgiu o punk rock e que a Física Quântica ganhou respeitabilidade, a Magia do Caos nunca parou de crescer, estendendo seus tentáculos lovecraftianos por todo o mundo e declarando que você pode – e deve – ser seu próprio Messias.
Em nome das ensandecidas hostes do Caos, novamente lhe dou as boas-vindas. Esteja preparado: os arautos do apocalipse estão batendo à sua porta. Entre outras coisas, estes punks do ocultismo pretendem mostrar que o Universo termina e recomeça cada vez que você respira; sim, termina e recomeça cada vez que você respira.
Notas
(1) Mesmo Crowley, outro revolucionário, baseou muito de seu sistema na magia cerimonial clássica da Golden Dawn – entre outras fontes.
(2) Que se considerava um continuador do trabalho de Aleister Crowley no campo da expansão da consciência humana.
(3) Você enxergou algum?
(4) Qualquer relação com “cada homem e cada mulher é uma estrela” e “lutai como irmãos” é uma brincadeira de mau gosto de seus neurônios.
(5) Representada por Leary, Wilson, Hillman, Grof e diversos outros.
(6) Vide a “Missa de Panielo”, criada pelo Fr. Leghba Valys 418, Oo NOX.
(7) Realizado pelo Fr. Abraxas 223, Oo NOX.
por Daniel Pellizzari
Alimente sua alma com mais:
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Uma resposta em “Subversão Mágica: uma introdução à Magia do Caos”
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