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Sitra Achra

Ira – Pequeno Tratado Satânico do Pecado

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A ira é considerado o pior pecado cristão. A fórmula é “amai-vos uns aos outros”. Contudo, é impossível amar a todo mundo. Quem ama todo mundo, não ama a ninguém, nem a si mesmo. O próprio relacionamento de um casal é baseado no amoródio, como bem afirma Rajneesh, e os atritos entre os casais também podem se tornar fator de maior união, ou desmanchar um relacionamento podre.

Se alguém lhe ataca, é normal que você se defenda e retribua a gentileza. Diz LaVey: Se um homem lhe atinge numa face, golpeie-o na outra! Afinal, é o seu instinto de autopreservação e direito de defesa que estão em jogos, é a sua própria integridade física. Não dê chance alguma ao agressor. Não existe nenhuma ilegalidade nisso, pois o Código Penal de qualquer país aceita o instituto da legítima defesa.

Quando alguém ataca o seu filho, você vai ensiná-lo a se manter passivo e, além disso, a virar a outra face? Só se você for mongolóide. O ódio e a vingança, apesar de serem nomes feios para os patéticos, são leis naturais. A própria natureza quando atacada, se vinga, já dizia Einstein. Se alguém joga uma bomba atômica no Paquistão, surge logo um terremoto no México, a vingança não é contra um país em particular, mas contra a humanidade em geral, que não tem o mínimo respeito pela grande mãe Terra. Se é o seu instinto de preservação que está em jogo, nada mais natural do que devolver o presente na mesma moeda, a não ser se a pessoa for covarde ou não tiver meios de se defender. Aceitar passivamente um ataque, virar a outra face, não passa de puro processo de desmoralização humana. Lembre-se de que a outra face é de Lúcifer!

Por outro lado, se você está com raiva, sem uma razão aparente para tal, há três caminhos a seguir:
·    Agredir insensatamente outra pessoa, que está com você por acaso. Este é o método estúpido.
·    Reprimir a sua raiva, tornando-se uma porta para doenças psicossomáticas e para uma explosão inconseqüente contra quem não tem nada a ver com o seu problema. Este é o método usual, que rola por aí.
·    Expressá-la de forma adequada. A raiva e uma tremenda energia de vontade, então por que não utilizá-la em algo produtivo? Este é o método inteligente.

A própria agressão, como um  tapa no rosto, depende, às vezes, do enfoque na qual é empregada. Exemplo:  Estou viajando de carro com alguém, no meio de uma neblina cerrada,  quando esta pessoa se apavora e tenta descer do carro em movimento. Instantaneamente, a  esbofeteio para acalmar o seu ímpeto desastroso. O leitor concorda comigo que esta pessoa irá me agradecer depois?

Quem renega a si mesmo, não chega muito longe; se a energia está em você, seja ela de amor ou de ódio, lembre-se de que nada e inútil na natureza. Quantas vezes você venceu uma competição, porque estava repleto de raiva? Resolveu lhe dar o eufemismo de “garra”, mas foi o ódio mesmo que o levou a vencer. Você usou o ódio de forma producente, por isso logrou a vitória. Por que não usar o nome autêntico, se é tudo a mesma coisa? Eric Offer tinha razão quando disse que O ódio apaixonado pode dar significado e objetivo a uma vida vazia.

Na verdade, o ódio nem deveria ser considerado o inimigo do amor, pois o verdadeiro inimigo do amor é o ostracismo, a indiferença. No ódio, o ser adverso ainda continua em seu microcosmo, no ostracismo é completamente extirpado. O ostracismo é ódio seletivo e qualitativo, que bane totalmente o ente pernicioso da esfera do ser.


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