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Comentários Rosacruzes sobre o Yom Kippur

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Excertos de Evangelho Segundo Marcos
Comentado por Ya’aqov, seguidor de Ya’aqov

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Segundo a Tradição, no Rosh Hashanah (ראש השנה), Yahweh escreve o nome das pessoas no Livro da Vida [Sefer HaChaim (ספר החיים)]. Porém, é no Yom Kippur (יום כיפור) que este livro é selado e Ele determina quem está habilitado a viver no próximo ciclo. Esse período de 10 (dez) dias é conhecido como Yamim Nora’im (ימים נוראים), que pode ser traduzido como “Dias da Penitência” ou “Dia do Perdão”, e representa o período do ano de mais intensa de reflexão[1], pois enquanto o Rosh Hashanah (ראש השנה) é o dia do julgamento, o Yom Kippur (יום כיפור), é o dia no qual é proferido o veredito divino. Assim, a pessoa tem esse período entre as duas datas para tentar verdadeiramente corrigir os seus atos e, assim, contar com a mudança do julgamento divino.

Para realizar o processo do Yom Kippur (יום כיפור), a Lei determina que:

Levítico 23 : 26-32

“Yahweh falou a Moshé, dizendo: ‘O décimo dia do sétimo mês será o Dia da Expiação para vocês. É um feriado sagrado, quando vocês devem jejuar[2] e trazer uma oferenda de fogo para Yahweh. Não façam nenhum trabalho[3] neste dia; é um dia de expiação, quando vocês ganham expiação diante de Yahweh vosso Deus. E toda pessoa que não jejuar nesse dia será eliminada do seu povo; e toda pessoa que fizer algum trabalho nesse dia, eu a exterminarei do meio do seu povo. Nenhum trabalho fareis; é uma lei perpétua para vossos descendentes, onde quer que habiteis[4]. Será para vós um dia de repouso completo. Jejuareis e, à tarde do novo dia do mês, desde essa tarde até a tarde seguinte, cessareis completamente o trabalho”.

O Yom Kippur (יום כיפור) é considerado o dia mais sagrado do ano, pois é, neste dia, que a quintessência humana está mais próxima de Yahweh[5]. E é nele que “se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados perante o Senhor” (Levítico 16:30).

O Yom Kippur (יום כיפור) também é conhecido como o Shabat HaShabatot (שבת השבת), o “Shabat dos Shabatot[6]“. Essa nomenclatura se dá por uma série de motivos, mas que, para fins deste estudo, cabe-nos destacar o fato de que nele também as atividades devem ser cessadas e, como dito anteriormente, é um dia de contato íntimo com Yahweh, pois, é quando se busca demonstrar para Yahweh que o seu nome deve ser escrito no Livro da Vida [Sefer HaChaim (ספר החיים)] e, assim, poder estar no próximo ciclo.

Porém, diferentemente do que acontece no Shabat, onde há um jantar entre os membros da congregação, no Yom Kippur (יום כיפור) há a prática do jejum[7]. E, enquanto em outras ocasiões o jejum tem um período “reduzido”, sendo considerados, em regra, “jejum de hora dia”, no Yom Kippur (יום כיפור) a prática tem início 18 (dezoito) minutos antes do pôr do sol e só termina no início do dia seguinte ao Yom Kippur (יום כיפור), sendo o maior período de jejum realizado.

Por mais que se possa pensar que o jejum é uma prática de auto penitência, a sua execução não tem qualquer finalidade punitiva, mas de ser um mecanismo para se realizar uma teshuvá (תשובה) e de compreender a tsedaká (צדקה).

A tsedaká (צדקה) é uma obrigação determinada na Lei (Deuteronômio 15:7-8). Porém, embora costume ser traduzida como “caridade”, o seu conceito é muito mais amplo e a expressão que mais se aproxima do seu significado é “justiça social”. Esse entendimento decorre da palavra que serve de base para esta mitzvá (מצוה), tzedek (צדיק), que significa “Justiça”[8]. A prática do jejum faz com que o seu praticante compreenda a situação na qual os mais pobres se encontram constantemente e, por isso, mude a sua forma de pensar [teshuvá (תשובה)[9]] e passe a buscar o tikun olam (תיקון עולם), a “reparação do mundo”[10].

Além desta teshuvá (תשובה) associada a uma questão social, o jejum também é um mecanismo de se gerar uma teshuvá (תשובה) relacionada à própria existência. Ao ficar sem comer e beber por um período de cerca de 25 (vinte e cinco) horas, o praticante do jejum percebe o quão frágil a sua vida é e, por isso, passa a valorizá-la, a buscar a vida em todos os seus atos, deixando para trás velhas formas e assumindo novas maneiras de se agir. E é desse fato que tem origem a expressão, que costuma ser traduzida como “arrependimento”. A pessoa, ao refletir sobre a sua vida, arrepende-se das antigas formas, percebendo que elas não lhe cabem mais e as substitui por novas formas que se encontram no caminho reto em direção ao Reino de Deus.

Por isso o jejum do Yom Kippur (יום כיפור) é tão poderoso e capaz de modificar o destino que está escrito no Livro da Vida [Sefer HaChaim (ספר החיים)] antes de ele ser selado[11]. Pois a pessoa escolhe ser melhor, por perceber que a sua vida tem significado e que pode ser mais significativa para os outros. Então, todo momento deve ser utilizado com esse propósito, posto que a pessoa pode deixar de existir num piscar de olhos em função da fragilidade da sua própria existência[12].

(18) E estavam os discípulos de João e os fariseus jejundo. E vêm e dizem a ele: “Por causa de que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, já os teus discípulos não jejuam?”

Logo na primeira parte do versículo, encontramos algumas informações relevantes para a contextualização do que estava acontecendo.

A primeira indicação está na referência de quem estava praticando o jejum: os discípulos de João Batista[13] e os fariseus. Conforme verificamos no estudo sobre os versículo de 4 a 8 do capítulo 1, João Batista é aquele que realiza a análise e a transformação dos indivíduos que se encontram em Assiah (Mundo da Ação), para que eles possam se manifestar em Yetzirah (Mundo Formativo). Com base nessa informação, podemos estabelecer que os discípulos de João Batista, isto é, os seus seguidores, são aqueles que ainda estão em Assiah, mas que estão se submetendo ao processo de purificação para romperem o Véu de Nephesch. Assim, temos a primeira indicação de quem estava fazendo o jejum, os “eus” relacionados a Assiah.

Quanto aos fariseus, estes representam um grupo dentro de Israel que, por determinação de Yahweh, encontra-se separado dos demais membros da comunidade. Essa separação, além de dar origem ao nome desse grupo[14], visa fazer com que eles permaneçam puros para realizar os ritos de purificação dos demais membros da comunidade. Isto é, tal qual João Batista, eles se encontram em Yetzirah (Mundo Formativo). Assim, um novo grupo é indicado como participante da prática do jejum. Contudo, devemos destacar que, como Jesus está trazendo os ensinamentos relacionados à subida da Árvore da Vida, estes fariseus ainda são pertencentes ao grupo que se encontra vinculado às antigas formas[15].

Esclarecido quem estava fazendo o jejum, é importante explicar o ato que estava sendo praticado.

Dentro da Tradição, existem ocasiões específicas nas quais o jejum deve ser praticado. Exceto como preparativo para teshuvá (תשובה)[16], todas elas estão vinculadas à datas fixas no ano. No dia 3 de Tishrei (תשרי), o jejum é praticado em lembrança do assassinato de Guedália acontecido neste dia no ano de 586 AEC; no dia 10 de Tevet (טבת), em lembrança do cerco a Jerusalém na época do primeiro Templo; no dia 9 de Av (אב), em lembrança da destruição do Primeiro Templo de Jerusalém[17]; no dia 13 de Adar (אדר), no dia da prece de Purim (פורים), quando Aman decretou morte aos judeus; e no Yom Kippur (יום כיפור)[18].

Com base na indagação feita a Jesus no versículo em análise, é possível estabelecer que o jejum praticado pelos seguidores de João Batista e pelos fariseus está associado a uma data específica e não a uma teshuvá (תשובה) autoimposta. Como vimos no tópico anterior, os atos narrados equivalem ao Rosh Hashanah, fazendo com que o jejum praticado seja o do Yom Kippur (יום כיפור), que se inicia 18 (dezoito) minutos antes do pôr do sol que indica o início do Yom Kippur (יום כיפור), e termina só após o nascer do sol do dia seguinte.

Feita toda a contextualização, verifica-se que a indagação feita a Jesus segue o padrão daquelas realizadas até o momento[19]. Isto é, são solicitações de esclarecimento, posto que a prática designada por Jesus difere das transmitidas até aquele momento.

(19)  E falou a eles Jesus: “Podem os filhos do noivo, enquanto o noivo está com eles, jejuar? Quanto tempo tiverem consigo o noivo, não podem jejuar.

Diante do questionamento realizado no versículo anterior, Jesus apresenta um ensinamento. Nele, indica que ele se encontra na condição de noivo, isto é, está preparando o seu casamento, a sua união[20], e que os seus discípulos, aqueles que o seguem, são os seus filhos. A caracterização dos seguidores como filhos de Jesus decorre do fato de que eles são os que já sofreram a sua ação purificadora e que foram capazes de modificar o fundamento de suas ações e, por isso, estão se tornando responsáveis por dar continuidade a sua obra[21].

Assim, pela resposta fornecida por Jesus, compreendemos que o seus seguidores já modificaram a sua forma de pensar [teshuvá (תשובה)[22]] e não necessitam de praticar o jejum para se lembrarem da importância da vida e de que devem estar em comunhão com Yahweh. O fato de estarem com Jesus já demonstra para os seus filhos, que eles estão com o Pai, com Yahweh.

(20) Virão, porém, os dias quando será içado* deles o noivo e então jejuarão naquele dia.

Apesar de ter estabelecido o ensinamento no versículo anterior, Jesus faz uma ressalva. Ele indica que, mesmo os seus filhos irão jejuar quando ele for içado.

Para entendermos melhor essa situação, é importante verificarmos a expressão que foi traduzida como “içado”. No texto em koiné encontramos apaírõ (ἀπαίρω), que significa “suspender”, mas que também é utilizada para designar “enforcar”. Com base na expressão utilizada em koiné, percebemos que Jesus está falando de um momento no qual ele irá se elevar ao Reino de Deus (Atziluth, o Mundo Arquetípico), que se encontra para além do terceiro véu, o Véu do Abismo. Neste momento, a sua voz se calará, simbolizada pelo “enforcar” contido na expressão em koiné, pois chegou o seu Shabat, o momento no qual ele deve cessar a sua ação

Porém, há um ponto que pode parecer diferente, pois, dentro dos ritos associados ao luto, o único momento no qual há a indicação de jejum é no dia de aniversário do falecimento. Portanto, Jesus não estava comentando que os seus seguidores iriam praticar o jejum, mas ele estava se referindo ao significado literal da palavra. A expressão tzom (צום), jejum em hebraico, transmite a ideia de “redução”. Isto é, ao aplicá-la no contexto do seu içamento, Jesus está querendo dizer que os seus filhos serão reduzidos.

Fora da literalidade que normalmente se buscaria, é necessário verificar o ensinamento esotérico contido nela. Por redução, devemos entender que, ao atravessar o Véu do Abismo, Jesus levará consigo tudo aquilo o que foi santificado, mas que, ainda restará na manifestação, elementos que deverão passar por um novo ciclo de ação criativa-criadora a fim de serem purificados. Deste modo, os elementos restantes, encontrar-se-ão simbolicamente reduzidos e, consequentemente, os filhos de Jesus deverão se reduzir para atuarem em regiões tão diminutas a fim de realizarem o tikun olam (תיקון עולם), a “reparação do mundo”[23].

Assim, o ciclo da manifestação vai unificando os elementos contidos na Imagem de Elohim no Shabat e, após o Shabat, têm-se início um novo ciclo de unificação, que cessará no próximo Shabat existencial, e, assim, sucessivamente, até que toda a Imagem esteja “reparada”.

(21) “Ninguém costura remendo de pano não cardado* sobre um manto velho. Senão o remendo novo toma do velho e o rasgo se torna pior.”

O significado associado à redução [jejum tzom (צום)] apresentado no versículo anterior, é ratificado neste versículo.

Em traduções corriqueiras, a frase proferida por Jesus costuma ser apresentada como “ninguém faz remendo de pano novo em roupa velha”, contudo a expressão contida no versículo em koiné é ágnaphos (ἄγναφος), que significa “não cardado”. Cardado é o processo de desenrolar a fibra têxtil a fim de facilitar a fiação, isto é, a fibra ainda se encontra “embolada” e necessita de ser cardada a fim de ser utilizada para se tecer alguma coisa. O tecido não cardado é um tecido não trabalhado, que só existe em potencialidade, mas que, sobre o qual, ainda é necessário recair uma ação criativa-criadora para transformá-lo em algo.

Sabendo o significado da expressão utilizada por Jesus, entendemos que não é possível utilizar algo que só existe em potencialidade para costurar em algo que já foi cardado, fiado e tecido. Pois o novo deve ser utilizado naquilo o que é novo e o que já foi santificado, assim permanecerá.

Mateus 6 : 33-34

“Buscai, em primeiro lugar, seu Reino e sua Justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã se preocupará consigo mesmo. A cada dia basta o seu mal.”

 

Gênesis 2 : 1-3

“Céus e terra, e todos os seus componentes foram assim completados. Com o sétimo dia Elohim terminou todo o trabalho que Ele havia feito. Ele assim cessou [shavat], no sétimo dia, de todo trabalho que Ele tinha feito. Elohim abençoou o sétimo dia, e Ele o declarou santo, pois neste dia que Elohim cessou todo trabalho que ele tinha criado do modo que iria continuar a funcionar.”

(22) “E ninguém lança vinho novo dentro de odres velhos. Senão o vinho romperá os odres, e o vinho perece, e os odres. Mas vinho novo em odres novos.”

E, tal qual fez no versículo passado, Jesus continua a explicar. Porém, aqui, ele faz uso da metáfora do vinho.

Dentro do judaísmo, existem 2 (duas) palavras utilizadas para designar “vinho”[24], yayin (יין)[25] e tirosh (תירוש)[26]. Yayin (יין) significa o vinho em seu estado de maturação completo, ou seja, apto a ser consumido, pois já ocorreu o processo de fermentação das uvas, ele já “ferveu”, significado da raiz da palavra yayin (יין). Já a expressão tirosh (תירוש) é utilizada para designar um “vinho fresco” ou “novo”, no qual o processo de fermentação ainda foi concluída, pois as uvas foram espremidas há  pouco, por isso, o tirosh (תירוש) costuma ser referenciado como “suco de uva”. Apesar desta característica do tirosh (תירוש), o seu nome indica, pela sua raiz, que ele “toma posse”, pois ele parece tomar posse dos pensamentos da pessoa.

Além desta diferenciação entre “tipos” de vinho, também é importante entendermos o seu simbolismo. Em Deuteronômio 32:14[27], o vinho é referenciado como sendo o sangue das uvas, isto é, é a vida das uvas, pois é no sangue que se encontra a força vital capaz de animar o corpo em Assiah. Por isso, na regra de alimentação, é proibido o consumo de sangue de animais (Levítico 7:26-27), pois a pessoa estaria consumindo a energia vital daquele animal, fazendo com que ela passe a habitar em seu corpo[28].

Com base nessa proibição, parece incongruente o consumo de vinho, posto que este seria o sangue da uva[29]. Contudo, a videira é uma planta sagrada e, portanto, o seu sangue é utilizado para santificar os ritos[30]. E, por isso, o seu consumo é permitido, com moderação (Levítico 10:9) dentro do judaísmo e a sua produção é realizada sob orientação.

Compreendendo essas questões envolvendo o vinho e o sangue, ratifica-se o entendimento de que cada odre, isto é, cada ciclo, tem o seu próprio Jesus, Chrestos, servo de Yahweh, responsável por realizar a análise do que pode ser santificado[31] e o que, mais uma vez, será submetido ao processo de ação criativa-criadora, agora em uma porção reduzida (se comparada com a anterior).

NOTAS

[1] Inclusive, uma reflexão mais intensa do que a dos 30 (trinta) dias de Elul (o décimo segundo e último mês do calendário judaico).

[2] Neste trecho, a palavra em hebraico que foi traduzida como jejuar é anah (עןה) literalmente “afligir-se” ou “afligir suas almas”. A expressão normalmente compreendida como jejum, em hebraico, é tzom (צום), que significa “reduzir”.

[3] Aqui, segue-se o mesmo preceito do Shabat. Vide

[4] Referência a Sucot.

[5] Uma das formas de simbolizar esta proximidade, encontra-se na mudança nos nomes utilizados para se referir a Yahweh. Nas orações que usam a expressão “pai”, ela é modificada para “rei”, enquanto nas que utilizam “rei”, passa-se a fazer uso de “O rei”.

[6] Shabatot (השבת) é o plural de Shabat (שבת).

[7] Exceto quando o Yom Kippur (יום כיפור) coincide com um Shabat.

[8] Vide comentário sobre o versículo 36 do capítulo 1.

[9] Teshuvá (תשובה) pode ser traduzida como “arrependimento”, metanoia, isto é, quando, após uma reflexão sincera, a pessoa muda a sua forma de pensar e de agir.

[10] A ideia de reparação dentro do conceito de tikun olam (תיקון עולם), está vinculada a ideia de que o Universo foi devidamente criado e, quando Yahweh cessa a sua atividade, Ele está determinando que a Sua obra deve continuar a ser feita por intermédio da ação dos seus filhos. Então, o conceito não significa que existe algo errado que precisa ser consertado, mas que existe algo que ainda se encontra incompleto e que isso deve ser reparado, para que a obra deixe de estar incompleta.

[11] Apesar o destino de cada pessoa se encontrar selado ao final do Yom Kippur (יום כיפור), existem 3 (três) formas de se modificar positivamente o seu destino: teshuvá (תשובה), o arrependimento, metanoia; tsedaká (צדקה), a justiça social; e Tefilat (תפילת), oração.

[12] A própria vestimenta utilizada no Yom Kippur (יום כיפור), toda branca, tem como função emular a mortalha utilizada na morte.

[13] A inferência de que se trata de João Batista e não João irmão de Jacó se dá pelo fato de que, até o presente momento (e em nenhuma parte posterior do texto evangélico), não foi apresentada nenhuma informação de que João, irmão de Jacó, tivesse discípulos. Diferentemente do que foi contextualizado ao se falar sobre João Batista.

[14] Vide comentário introdutório ao tópico “O Escriba de Jesus”, composto pelos versículo 13 e 14 deste capítulo.

[15] Vide comentários sobre o versículo 17 deste capítulo.

[16] Teshuvá (תשובה) costuma ser traduzida para o português como “arrependimento”, contudo o seu significado é muito mais profundo do que isso. Teshuvá é uma mudança de comportamento. Vide comentário sobre o versículo 16 deste capítulo. Ela  se assemelha à expressão grega metanoia (μετανοεῖν).

[17] Atualmente, este jejum também é dedicado à lembrança da destruição do Segundo Templo de Jerusalém, que, na época de Jesus, ainda se encontrava de pé.

[18] Atualmente, ainda existe o jejum praticado em 17 de Tamuz (תמוז), por conta da quebra das muralhas de Jerusalém na época do Segundo Templo. Todos jejum, exceto o de Yom Kippur (יום כיפור) e o de 9 de Av (אב), são “horas dia”, isto é, devem ser praticados durante o período claro do dia.

[19] Versículo 7 e 16 ambos deste capítulo.

[20] No dia do casamento, os noivos praticam o jejum, pois a data é considerada um Yom Kippur particular. Além disso, toda a cerimônia simboliza a união de Israel com Yahweh no momento da entrega da Lei no monte, com o noivo representando Yahweh e a noiva, Israel (Isaías 54:5)

[21] Vide comentário sobre o versículo 1 do capítulo 1.

[22] Teshuvá (תשובה) pode ser traduzida como “arrependimento”, metanoia, isto é, quando, após uma reflexão sincera, a pessoa muda a sua forma de pensar e de agir.

[23] A ideia de reparação dentro do conceito de tikun olam (תיקון עולם), está vinculada a ideia de que o Universo foi devidamente criado e, quando Yahweh cessa a sua atividade, Ele está determinando que a Sua obra deve continuar a ser feita por intermédio da ação dos seus filhos. Então, o conceito não significa que existe algo errado que precisa ser consertado, mas que existe algo que ainda se encontra incompleto e que isso deve ser reparado, para que a obra deixe de estar incompleta.

[24] Além da diferenciação do nome utilizado, ainda existem 3 (três) categorias de vinho passíveis de serem destacadas a fim deste estudo. O vinho para a Pessach (פסח), que não teve qualquer contato com pães, grãos ou produtos feitos de massa fermentada, e que é utilizado para o consumo durante a Pessach (פסח). O vinho Mehadrin, que é o vinho “padrão” dentro das regras de produção judaicas. E os vinhos Kiddush, que são vinhos mais doces e utilizados na santificação do Shabat e nas festas.

[25] A expressão é utilizada, por exemplo, em Isaías 5:22; Isaías 65:11; Salmo 75:8; Provérbios 23:30; Deuteronômio 32:14 (onde é referenciado como sangue da uva); Isaías 27:2; Esdras 6:9; Esdras 7:22; Daniel 5:1-4.

[26] A expressão é utilizada, por exemplo, em Cântico dos Cânticos 8:2; Isaías 49:62; Joel 1:5; Joel 3:18; Amós 9:13; Deuteronômio 28:51; Provérbios 3:10; Gênesis 27:27 (na bênção prometida a Esaú).

[27] Deuteronômio 32:14 “Manteiga de vacas, e leite de ovelhas, com a gordura dos cordeiros e dos carneiros que pastam em Basã, e dos bodes, com o mais escolhido trigo; e bebeste o sangue das uvas, o vinho puro.”

[28] No próprio abate de animais para consumo, após a retirada do sangue do corpo do animal na shechita (שחיטה), o sangue deve ser coberto com terra.

[29] Vide comentários sobre o versículo 15 do capítulo 1.

[30] Deuteronômio 8 : 7-8 “Yahweh Elohim está te trazendo para uma boa terra, uma terra com correntes fluindo, e fontes subterrâneas jorram no vale a na montanha. Ela é uma terra de trigo, de cevada, videiras [uva], figos e romãs, uma terra de óleo de oliveiras e mel de tamareiras.” A Tradição relaciona esses 7 (sete) “frutos” com 7 (sete) atributos divinos: o trigo a Chesed (חסד); a cevada a Geburah (גבורה); a uva a Tipheret (תפארת); o figo a Netzach (נצח); a romã a Hod (הוד); as azeitonas a Yesod (יסד); e as tâmaras a Malkuth (מלכות).

[31] Vide comentários sobre o versículo 17 do capítulo 1.


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