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Durante os momentos que antecedem o sono ou imediatamente antes do despertar, é possível vivenciar alucinações que se destacam pela intensidade, muitas vezes ultrapassando a vívida natureza dos sonhos ou pesadelos comuns. Em diferentes culturas, essas experiências podem ser interpretadas de maneiras diversas. Algumas culturas associam tais fenômenos ao paranormal, inserindo uma camada cultural e histórica nas percepções individuais.
Alucinações hipnopômpicas:
As alucinações hipnopômpicas ocorrem no momento entre o sono e o despertar. À medida que emergimos do mundo dos sonhos, nossa mente, ainda envolta pela sinuosidade onírica, pode criar percepções sensoriais vívidas que desafiam a fronteira entre o real e o imaginário. Essas experiências são notáveis por sua intensidade e variedade. Durante a transição do sono para o estado de vigília, alguns indivíduos relatam visões nítidas, sons, sensações táteis ou até mesmo aromas. Essas manifestações sensoriais podem ser tão palpáveis que, por um breve momento, o despertar se torna um teatro de realidades alteradas.
É comum que as alucinações hipnopômpicas sejam descritas como parte integrante do despertar, muitas vezes acompanhando a paralisia do sono. Podemos, então, concluir que as alucinações hipnopômpicas são como pontes entre os domínios do sono e da vigília, proporcionando vislumbres momentâneos de um mundo onde as fronteiras da realidade são suavizadas. Elas não apenas ilustram a complexidade de nossa mente, mas também adicionam uma camada de mistério ao processo de despertar.
Alucinações hipnagógicas:
As visões do limiar entre a vigília e o sono (o período que antecede o sono), conhecidas como “alucinações do reino hipnagógico”, são fenômenos que transcendem as fronteiras entre a vigília e o sono profundo. As percepções durante as alucinações hipnagógicas são frequentemente descritas como extremamente vívidas e realistas. Sensações, imagens e sons são descritos como tão tangíveis quanto os eventos do mundo desperto. Em alguns casos, as alucinações hipnagógicas podem ocorrer em conjunto com a paralisia do sono.
A paralisia do sono:
A paralisia do sono, um fenômeno que ocorre no momento que antecede o sono e também no momento do despertar, torna o indivíduo temporariamente incapaz de se mover ou falar, gerando, assim, uma sensação de vulnerabilidade. Para aqueles familiarizados com a prática do método WILD (Wake-Induced Lucid Dreaming), é comum que essas alucinações estejam interligadas à paralisia do sono, produzindo fenômenos auditivos, visuais e sensoriais. Frequentemente, nos deparamos com relatos que descrevem encontros com fantasmas, extraterrestres, vultos e manifestações sobrenaturais, além de zumbidos, ruídos e até mesmo gritos durante essas experiências, podendo surpreender até mesmo os oniromantes mais experientes.
Quando tais vivências incluem sensações de pressão sobre o corpo e uma momentânea incapacidade de movimento, estamos diante de um fenômeno conhecido como paralisia do sono. Essa condição revela a capacidade de manter a consciência ativa o suficiente para incorporar, durante a alucinação (ou mesmo no estado de sono), as sensações fisiológicas presentes no corpo no momento. Este fenômeno adiciona complexidade e nuances ao entendimento dos estados limítrofes entre a vigília e o sono profundo. Essas alucinações, em geral, são breves, durando de alguns segundos a minutos. A intensidade varia, sendo que algumas pessoas podem ter experiências mais vívidas do que outras.
Saindo da paralisia do sono:
Após analisar as questões técnicas sobre os fatos, vamos à técnica mais usual para sair do estado de paralisia do sono. Como não estamos tratando apenas da ciência que circunda o fato (e que não deve ser ignorada), faz-se necessário lembrar que o objetivo aqui é discutir um assunto de suma importância no caminho do mago.
O primeiro passo é buscar acalmar a mente, removendo o foco do que se vê e se concentrando em realizar um banimento de livre escolha. A verdade é que a realização de banimentos, orações, círculos de proteção, amuletos, etc., são conhecimentos básicos aqui, e sua execução deve fluir naturalmente, pois o acesso do magista a qualquer instrumento se torna impossível exatamente pelo estado de paralisia.
Após o banimento, faz-se necessário iniciar um processo de meditação. O objetivo aqui é trazer à tona a consciência corporal: sinta seus pés, suas pernas, sua respiração, as batidas do seu coração, etc. Concentre-se em um dos seus dedos e tente movê-lo ou esfregue a língua no céu da boca, e, aos poucos, esses pequenos estímulos, juntamente com a concentração do indivíduo, irão provocar o despertar completo, removendo o magista do estado de paralisia do sono.
Por hoje, ficamos por aqui. Façam parte do problema.
Rafaella Fernandez. Taróloga. Praticante de magia natural e cerimonial. Colaboradora fixa nos projetos: Morte Súbita, Secretum Secretorum, enochiano.com.br, lemegeton.com.br e trithemius.com.br.
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