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Lord Ahriman
Então você acredita que foi alvo de uma maldição, praga ou ataque mágico? Vamos focar primeiro nessa primeira parte: o medo. O medo é um dos deuses mais antigos da humanidade, ao lado da morte e da fome, talvez. Essa reação primal nos mantém vivos, mas também nos escraviza.
Podemos extrair uma orientação prática de uma das Onze Regras Satânicas da Terra: “Quando no lar de outrem, demonstre respeito ou então não vá lá”. Se interpretarmos “o lar de outrem” como o seu próprio espaço mental e físico, significa que você deve exigir respeito dentro de seu próprio domínio. Se algo ou alguém está invadindo esse espaço, é seu direito e dever defender-se, cruelmente e sem piedade se necessário.
Dito isso, não é raro que, em seu fervor místico, os esotéricos cometam erros que apenas perpetuam suas ansiedades e medos. Vamos dissecar essas falhas com a franqueza cortante e o olhar crítico e verdadeiramente satânico:
1. Subestimar os sintomas
O Satanismo Moderno costuma atrair pessoas que em geral são céticas, descrentes e materialistas. Então antes de passarmos para os “erros esotéricos” propriamente ditos, vamos deixar algo claro: Nenhum sentimento é errado. Se você está sentindo que está sofrendo algum tipo de ataque, trabalhe com isso. A sensação de estar sob ataque pode ser provocada por uma série de fatores mundanos: estresse, ansiedade, problemas de saúde mental ou até mesmo problemas físicos que podem causar alucinações ou sensações estranhas. Estando ou não na mira de alguma varinha não fará mal em fortalecer a si mesmo. Volte a alimentar-se direito, hidrate-se, retome a rotina de exercícios. Faça algo por si mesmo. Empodere-se. E lembre-se, uma boa ressaca pode parecer uma maldição, mas geralmente é só o preço de uma noite bem aproveitada.
Feito isso, saiba que a psicossomática não é uma concessão à fraqueza, mas uma arma poderosa, como bem sabe quem pratica magia satânica com sucesso. Use a magia a seu favor com rituais de proteção e fortalecimento de acordo com suas crenças pessoais. E advinha? A Bíblia Satânica tem um ritual para isso. O Ritual de Compaixão pode e deve ser usado para favorecer quem você gosta, mas se você não tem compaixão por si mesmo, há algo profundamente errado no seu satanismo. Como aquele alerta que LaVey deixou antes da invocações: “Acredite no poder da magia se a tens utilizado com sucesso para realizar teus desejos. Se o negar após tê-lo empregado com êxito, perderá tudo o que conseguiu.” Lembre-se, a magia é real até que você prove a si mesmo o contrário.
2. Superestimar a Ameaça
Estando ou não sob um ataque, você já começou a sair da merda no passo anterior. Mas é fato que o os esotéricos frequentemente caem no pecado do auto-engano e da pretensão, acreditando que estão constantemente sob ataque devido a sua suposta “luz” ou poder especial. Como LaVey discute em “The Devil’s Notebook”, isso é um sinal de vaidade e falta de autocrítica. Vaidade não é o problema; a má gestão dela é que leva à ruína. Estas pessoas veem ataques em todos os cantos e alimentam um ciclo de paranoia. Atribuir poder exagerado a forças externas é uma forma de auto-ilusão e uma licença confortável a própria mediocridade.
A realidade é muitas vezes menos dramática do que a fantasia sugere. A Oitava Regra Satânica da Terra diz: “Não reclame de coisa alguma à qual você não tenha que se sujeitar.” Focar apenas nas abordagens mágicas pode ser uma forma de evitar lidar com problemas concretos. As tais “guerras magicas” frequentemente são apenas uma forma velada de dar importância a si mesmo. Ora o satanista já faz isso abertamente, não precisamos de tais subterfúgios.
3. Falta de Conhecimento e Discernimento
Muitos praticantes se armam com rituais e encantamentos sem realmente entender a essência ou a origem deles. É como empunhar uma espada sem ter aprendido a lutar. A Sexta Declaração Satânica nos lembra: “Satã representa responsabilidade para o responsável ao invés de tempo gasto com vampiros psíquicos!” O conhecimento profundo e o discernimento são cruciais para evitar que se tornem vítimas de sua própria ignorância.
Além disso, muitos esotéricos falham ao não integrar suas práticas espirituais com a realidade objetiva e prática. E se o suposto ataque é fruto apenas da sua irresponsabilidade em mexer com o que não está pronto? A Sétima Regra Satânica nos aconselha: “Acredite no poder da magia se a tens utilizado com sucesso para realizar teus desejos. Se o negar após tê-lo empregado com êxito, perderá tudo o que conseguiu.” Teste, avalie, ajuste e, sobretudo, mantenha um pé firme no chão.
4. Terceirização
Vamos combinar, a Igreja Católica foi condenada por vender pedacinhos do céu, mas há muitos bruxos por ai que vendem apenas ilhotas de paz no inferno e faturam muito em cima disso. Sorte deles. Mas o satanista deve saber que buscar constantemente ajuda externa, seja de gurus, médiuns ou “protetores” astrais, é um sinal de dependência e fraqueza. Isso vai contra a filosofia satanista de autossuficiência. A Primeira Declaração Satânica é clara: “Satã representa indulgência ao invés de abstinência!” A verdadeira força vem de dentro, não de terceiros que podem explorar essas fraquezas.
Assim também é nas Nove Declarações Satânicas: “Satã representa responsabilidade para o responsável ao invés de tempo gasto com vampiros psíquicos”. Se você está sendo sugado por medo ou influências externas, corte esses laços. Foque na sua própria força e independência.
Não se deixe abater pelo medo do desconhecido. Seja o mestre do seu próprio destino. E acima de tudo, lembre-se: Não há céu nem inferno. Ao contrário das demais religiões, o Satanista não espera uma recompensa futura ou um castigo eterno. O que existe é o aqui e agora, e é nesse momento que você deve exercer seu poder. Tome um bom vinho, ria do medo, e se alguém tentar te enfeitiçar, humilhe ele com seu próprio sucesso.
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