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Por Robson Belli
No vasto e misterioso mundo da magia, há uma crença amplamente difundida entre os protestantes de que os anjos possuem limitações na sua atuação. No entanto, este artigo tem como objetivo desmistificar essa visão restritiva e ressaltar a importância de reconhecer o potencial ilimitado dos anjos na prática da magia. Ao adotar uma postura crítica e irônica, abordaremos a inconsistência dessa crença, revelando como ela se limita e deve se limitar exclusivamente ao âmbito protestante.
Limitações Angelicais: Uma Invenção Protestante
Desde o advento da Reforma Protestante no século XVI, uma característica notável tem sido a ênfase na limitação dos anjos. Os protestantes têm sustentado a ideia de que os anjos possuem uma atuação restrita, incapazes de superar barreiras e interferir nas questões terrenas de forma livre. Essa noção absurda baseia-se em uma leitura seletiva e equivocada das escrituras sagradas, em que os textos são distorcidos para se adequarem a preconceitos teológicos.
O Paradoxo da Onipotência Angelical
Curiosamente, os protestantes afirmam que os anjos são seres celestiais dotados de onipotência, mas ao mesmo tempo magistas limitam sua atuação na prática da magia. Essa contradição é tão evidente que se torna risível. Se os anjos são verdadeiramente onipotentes, por que então limitar suas ações no campo mágico? É irônico que, ao aceitarem essa visão restritiva, os magistas estejam, na verdade, subestimando o poder dos próprios seres que trabalham, tal como os protestantes, para que não hajam duvidas sobre os enormes poderes dos anjos em sua atuação benigna e maligna, vejamos o que um anjo pode fazer segundo as escrituras.
Livro de Gênesis 19:1-22: Neste relato, dois anjos visitaram a cidade de Sodoma para alertar Ló sobre o julgamento iminente. Eles protegeram Ló e sua família, guiando-os para fora da cidade antes que ela fosse destruída.
Livro de 2 Reis 19:35: Durante o reinado de Ezequias, um anjo do Senhor foi enviado para derrotar o exército assírio que ameaçava Jerusalém. Naquela noite, o anjo matou 185.000 soldados inimigos.
Livro de Êxodo 12:23: Durante a última praga enviada ao Egito, conhecida como a morte dos primogênitos, Deus enviou um anjo destruidor para ferir os primogênitos egípcios, enquanto poupava as casas dos israelitas que haviam aplicado o sangue do cordeiro nos umbrais das portas.
Livro de 2 Samuel 24:15-17: Quando o rei Davi realizou um censo do povo de Israel contra a vontade de Deus, um anjo foi enviado para punir a nação. Esse anjo causou uma praga que resultou na morte de 70.000 pessoas.
Livro do Apocalipse 8:6-12: Neste livro profético, são descritos sete anjos que, ao tocarem suas trombetas, desencadeiam diversas catástrofes naturais, como terremotos, granizo e incêndios, causando destruição em várias partes do mundo.
Livro de Daniel 3:24-28: Nessa história, no meio da fornalha ardente, o rei Nabucodonosor observou quatro homens andando, mesmo tendo lançado apenas três no fogo. Essa presença adicional é interpretada como a aparição de um anjo, protegendo e preservando os servos de Deus.
Livro de Êxodo 14:19-20: Durante a fuga dos israelitas do Egito, um anjo do Senhor se posicionou entre o acampamento dos israelitas e o exército egípcio, criando uma nuvem que trouxe trevas aos egípcios, enquanto iluminava o caminho para os israelitas.
Livro de Daniel 6:22: Na história de Daniel na cova dos leões, um anjo fechou as bocas dos leões famintos para proteger Daniel, impedindo que o ferissem.
Livro de Atos dos Apóstolos 12:7-10: Durante a prisão do apóstolo Pedro, um anjo do Senhor apareceu e o libertou das correntes, abrindo portas de prisões e guiando-o para fora do local, passando pelos guardas sem ser percebido.
Livro do Apocalipse 7:1-3: Nesta visão profética, quatro anjos são descritos como segurando os quatro ventos da terra, impedindo que ventos destrutivos soprem sobre a terra até que os servos de Deus sejam selados.
Livro do Apocalipse 20:1-3: Outro exemplo ocorre no contexto escatológico, em que um anjo desce do céu com uma grande corrente e prende Satanás, lançando-o no abismo por mil anos.
Um Olhar Além do Protestantismo: a Magia em sua Plenitude
Diferente dos protestantes, as correntes esotéricas tradicionais compreendem a verdadeira essência da magia e reconhecem o potencial ilimitado dos anjos. Sejam na tradição ocultista, na magia cerimonial ou na bruxaria moderna, a crença na totalidade do poder angelical é uma constante. Os adeptos dessas correntes entendem que os anjos são seres divinos, capazes de influenciar e interagir com o mundo humano de maneira ampla e abrangente.
O Papel dos Anjos na Magia
Os anjos desempenham um papel fundamental na prática mágica, sendo aliados indispensáveis para alcançar quaisquer resultados desejados. Eles podem ser evocados e encarregados para auxiliar em diversos rituais, proporcionando proteção, orientação e até mesmo poderes específicos como morte e destruição. Aqueles que abraçam a plenitude da magia reconhecem que os anjos não estão limitados por dogmas e restrições, mas sim dispostos a colaborar com os praticantes em sua jornada espiritual.
Conclusão
Em suma, a crença na limitação da atuação dos anjos é uma visão estreita e exclusiva dos protestantes. A magia, em sua plenitude, transcende essa perspectiva limitada e abraça a liberdade de ação, não creiam que a eles seja aplicada a moralidade hipócrita de nosso século, os anjos são os exércitos de Deus, e não espere que soldados sejam apenas benignos.
Robson Belli, é tarólogo, praticante das artes ocultas com larga experiência em magia enochiana e salomônica, colaborador fixo do projeto Morte Súbita, cohost do Bate-Papo Mayhem e autor de diversos livros sobre ocultismo prático.
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