Categorias
Divinação e Oráculos PSICO

Técnicas de clarividência

Leia em 10 minutos.

Este texto foi lambido por 599 almas esse mês

A Clarividência  é uma forma paranormal de percepção caracterizada pela recepção de imagens mentais na mente consciente de uma pessoa. Difere-se da telepatia por ser um fenômeno isolado e espontâneo. Podemos dizer que enquanto a telepatia tenta estabelecer um diálogo e simular mentalmente a fala e a audição, a clarividência se assemelha mais ao sentido da visão por ser mais contemplativo, motivo pelo qual é conhecido por algumas escolas de ocultismo como “visão espiritual” ou “segunda visão”.

Tipos de Clarividência

Para fins de estudo classificamos a Clarividência em três sub-fenômenos distintos. Uma visão que traga informações do presente é a chamada Clarividência Clássica. Uma visão com informações do passado recebe o nome de Retrocognição. Por fim, uma visão com informações do futuro é chamada de Precognição. veremos a seguir um exemplo de cada tipo:

Precognição – Clarividência do Futuro

Existem centenas de casos catalogaos, mas neste artigo destacaremos aquele que talvez seja o mais famoso de todos. Como todos sabem o famoso navio Titanic naufragou na madrugada de 14 para 15 de abril de 1912. Desde o dia 23 de março do mesmo ano, Mr. J. O’Connor e família já tinham suas reservas. O que poucas pessoas sabem é que existem provas documentadas do diário de Mr. O`Connor atestando que sonhou que “via o navio com a quilha no ar e a bagagem e os passageiros flutuando nas águas ao redor”. O`Connor não queria assustar seus filhos e manteve para si este relato. O sonho se repetiu algumas noites depois. Não podendo mais ignorar este relato de sua mente disse então a todos que iria cancelar suas reservas. Este é um dos casos melhores documentados da história pois foi acompanhado pela Society for Psychical Research de Londres, solicitação feita pelo próprio vidente antes que a tragédia histórica se confirmasse.

Retrocognição – Clarividência do Passado

Outro caso bastante famoso aconteceu com o músico alemão Léon Bach, descendente do célebre compositor Johann Sabastian Bach. Ele acabara de adquirir uma antiga espineta, um tipo de instrumento musical semelhante ao cravo. O artefato lhe havia sido vendido por um comerciante que não soube precisar a origem do instrumento. Na primeira noite em que Léon Bach levou o instrumento para sua casa ele teve um sonho revelador: viu um jovem vestido como um fidalgo do século 16, que lhe contou que o rei Henrique III da França o presenteava com o instrumento e tocou nele uma música que o agradou muito. Nesse ponto o sonho se interrompeu. Pela manhã, Bach descobriu que o vendedor havia lhe deixado um presente – era um manuscrito da canção, com letra e música que ele ouvira no sonho com caracteres e anotações daquela época. Uma pesquisa feita posteriormente confirmaram que um músico italiano de nome Baldasarini ou Balthazarini era amigo próximo do rei Henrique III que viveu entre 1551-1589 e desfrutado de seus favores durante muito tempo.

Clarividência clássica – Informações do Presente

Massímo Inardi em seu livro “A História da Parasicologia”, conta um caso de clarividência a distância bastante ilustrativo que contem todos os elementos normalmente presentes nas manifestações pisíquicas desta natureza. A história aconteceu em Boston, Estados Unidos. Diz ele que havia um redator cujo nome era Edmund Sampson. Desde  há muitos anos ele desempenhava  as funções de redator chefe da crônica noturna do Boston Globe. Na noite de 10 de agosto de 1883, meio bêbado, apresentou-se na hora habitual do seu posto de trabalho. Em vez de começar a trabalhar, mal caio na cadeira naquela noite e caiu num pesado sono ao ponto de seus colegas acharem melhor não incomodá-lo. As três da manhã o homem acordo de sobressalto  sob o efeito de um pesadelo. Tinha tido um sonho tão horrível que acordou gritando aterrorizado, Pálido, suado em estado lastimável demorou alguns minutos para se recuperar. Depois disse que visto imagens de um vulcão em violenta erupção numa ilha perdida nos mares do sul, que em seu sonho ouvir chamar de Pralape. Assitiu as cenas de pânico da pequena população que fugiu como louca em direção ao mar, seguida de uma imensa fumaça e enormes rios de lava incandescente. Ele calculou que o número de pessoas que viu morrer se aproximava das 36 mil. Sampson ficou tão convencido do que vira, tamanho o realismo e detalhamento do que experimentou que escreveu um artigo que acabou sendo publicado na edição do dia seguinte da Boston Globe. O relato se espalhou pelo mundo e milhares de pessoas leram a notícia. Só que nenhuma fonte oficial confirmou o fato e o jornal foi acusado de ter praticado um truque para aumentar as vendas pois nem sequer havia no mapa do mundo qualquer menção ao uma ilha chamada Pralape. Como era de se esperar  Sampson foi despedido, mas 24 horas depois chegou a notícia do cataclismo. Relatos oficiais foram se completando, confirmando a descrição de Sampson. A única diferença estava no nome, pois o vulcão que entrara em atividade era o Perbuatan, na Indonésia que presenciou a famosa catástrofe da ilha de Krakatoa. Só mais tarde soube-se que a ilha dois séculos antes era conhecida pelos nativos pelo nome de Pralape, tal como no sonho do redator,

Magia e Clarividência

Estes são apenas três casos entre muitos outros de um vasto acervo na literatura parapsicológica. São de fato tão comuns que alguns estudiosos começaram a pesquisar se eles poderiam ser induzidos. Será que eles só ocorrem espontaneamente em pessoas que nasceram com este dom em particular, ou será que podem ser induzidas por meio de alguma técnica especial como parece ser o caso na prática do xamanismo no qual os praticantes alegam não apenas enxergar o que está ocorrendo a distância mas também transmitir visões específicas para outras pessoas.

William Jon Watkins autor do livro “Manual de Experimentos Parapsíquicos” é um dos que dizem que a clarividência pode ser criada artificialmente seguindo alguns padrões que ele identificou após estudar centenas de casos semelhantes e os comparar com as técnicas tradicionais de xamãs e feiticeiros. Em seu livro ele afirma ainda que não existe diferenças práticas entre uma clarividência intencional e o que é tradicionalmente conhecido como magia.

Ele propõe o que diz ser uma técnica com a qual pessoa pode mandar uma imagem mental para outra.  Para ele quase todos os rituais praticados por ocultistas são na verdade uma forma de enviar uma sugestão mental para uma outra pessoa e então deixar que as imagens transmitidas operem em sua mente. Imagens de saúde e alegria podem resultar em uma significativa melhora da saúde. Imagem eróticas podem se desenvolver em comportamento erótico enquanto que cenas de ódio e terror possuem um efeito maléfico destrutivo na vida do alvo.

O entendimento da magia como sendo uma técnica de clarividência induzida pode explicar também a chamada “Lei do Retorno” que entre ocultistas ensina que uma operação mágica sempre retorna de alguma forma ao mago. Afinal, para enviar imagens de destruição e dor ele mesmo deve preencher sua própria mente com dor e destruição. E estas imagens tem por sua vez suas próprias consequências na mente do emissor. O sucesso de uma operação mágica depende sempre portanto da sugestionabilidade do receptor. Isso pode ser facilmente medido dando ordens simples mas sem muita explicação para as pessoas. Diga para alguém dar um sorriso bem largo. Se a pessoa fizer rapidamente, sem perguntar porque ela é um bom alvo. Nesta concepção o mago perfeito é aquele que possui uma Vontade poderosa, e portanto pouco influenciadas por sugestões de qualquer tipo.

Anatomia da Visão Remota

Visto isso, temos que as condições para a produção de uma clarividência induzida são as seguintes:

1 – O Emissor precisar ter a firme Vontade de enviar a mensagem.

2  – A mensagem deve ser simples, clara e forte.

3 – O emissor deve visualizar o receptor dormindo e ter firme convicção de que a mensagem chegará em seu destino.

Uma informação relevante apresentada aqui é que a sugestão produz um efeito melhor quando o receptor esta dormindo e ainda maior quando dorme um sonho pesado. Quando dormimos necessariamente desligamos uma série de censuras e controles de comportamento que mantemos em funcionamento durante o dia e nos entregamos as diversas imagens produzidas pelos sonhos. Este estado vulnerável é altamente indicado para a recepção mental. Isso explica porque tantos trabalhos de magia seja de maldições ou de cura são praticados a noite quando o receptor ou o paciente está dormindo.

Watkins afirma que essas condições fazem parte dos rituais e cerimônias de caráter mágicos praticadas a milênios em diversas culturas. Se não forem obedecidas prejudicarão o resultado da operação. Ele explica ainda que a principal diferença entre as diversas escolas de magia reside no método usado para excitar a mente do mago ou sacerdote. São freqüentes o derramamento de sangue ou o uso de alguma espécie de psicotrópico ou ato sexual. Também são vários os casos em que a mente se inflama em orações ou alguma meditação profunda. Seja como for, todas elas empregam-se rituais que utilizam um certo número de símbolos associados ao propósito que se tem em vista.

Algumas tradições ocultas afirmam que um sacrifício de sangue é necessário nestes casos, seja do próprio mago ou de algum sacrifício. Isso porque supostamente o sangue contém vibrações que atraem entidades que facilitam a projeção mental. Alguns povos crêem em seres espirituais ou da natureza, enquanto que durante a idade média confiava-se nos poderes de anjos e demônios para tais fins. Entretanto Watkins pensa que esta é apenas uma crença psicológica para se eximir da responsabilidade pelo ato do assassinato e lançá-la sobre terceiros não-humanos que, se é que existem, não podem se defender destas acusações. Em contraste a estas tradições existem muitas outras práticas mágicas igualmente antigas que conseguem o mesmo resultado sem o apelo a violência e a morte de seres humanos ou animais.

Como enviar uma imagem mental

Tendo-se a certeza de preencher os requisitos passados acima, podemos descrever agora uma técnica não-religiosa para projeção de uma imagem mental, ou se preferir para induzir a clarividência e enviar uma sugestão mental a mente de outra pessoa. Conforme foi dito, a mensagem deve ser simples, clara e forte. Coloque-a em um papel para lhe dar uma forma concreta e tente reluzi-la ao mínimo de palavras necessárias para resumir a essência da sua mensagem. Também é necessária que a mensagem seja emocionalmente relevante ou ao menos emocionalmente carregada na hora de ser transmitida.

Como vimos cima, muitos casos de clarividência ocorre quando a pessoa está em estado de sono profundo. Assim, descubra qual o horário que a pessoa se retira para dormir e então execute o restante da operação cerca de 4 horas depois. Isso garante que o alvo esteja na fase mais pesada do seu sono onde sua mente estará mais receptiva as sugestões enviadas.

Em um ambiente tranqüilo visualize a pessoa o mais fortemente que puder. Faz parte das tradições ocultas um rigoroso exercício da própria imaginação de modo a poder criar-se imagens fortes e realistas com a própria mente. Se você não tem nenhum treinamento, os resultados podem não ser tão evidentes. Neste caso pode ser útil olhar para uma foto da pessoa ao mesmo tempo em que tenta evocar em sua mente seus atributos, voz, cheiro e comportamento.  O objetivo é observar mentalmente a sua forma com todas as características que puder como se estivesse de fato junto dela.

Quando a imagem estiver bastante nítida, repita a mensagem previamente definida sem perder da mente o receptor da mensagem. A mensagem deve ser passada de forma o mais emocional possível. Regozijo, Raiva, Medo/Suplica e Lascívia provaram ser as emoções mais eficientes para isso, mas devem sempre estar de acordo com a mensagem que será enviada.  Além disso a mensagem deve ser passada não como mera frase, mas sim como fortes cenas construídas pela imaginação do emissor. Um beijo, um tapa ou um abraço são sempre mais significativos do que apenas palavras e devem enriquecê-las na hora em que forem enviadas.

Repita a mensagem três vezes sentindo os mesmos sentimentos que ela deve evocar na outra pessoa.  Feito isso respire fundo pelo nariz e mantenha o ar nos pulmões por alguns segundos e então expirando lentamente também pelo nariz recuperando a tranqüilidade. Diga para si mesmo com calma convicção que a mensagem foi enviada com sucesso para a pessoa. Mencione o nome da pessoa se possível.

Por fim tenha confiança na operação foi concluída com sucesso e ocupe-se com alguma outra atividade como a leitura, alimentação ou então retire-se para dormir.  No dia seguinte fique atento para a reação do receptor.  Os melhores resultados são aqueles que o receptor espontaneamente oferece em ser indagado ou questionado.

Dicas finais para a prática da Clarividência

Para tornar as coisas mais simples e fáceis as primeiras experiências com clarividência induzida podem ser feitas com alguém a quem se tem bastante afinidade e a mensagem deveria ser tão simples quanto “Entre em contato comigo”, adquirindo sucesso nesta operação simples pode-se então seguir para execuções mais elaboradas e complexas até a maestria. A experiência deve ser feita nos dois sentidos de modo que se você for o emissor deve combinar posteriormente com o receptor para trocarem de papeis, desta maneira poderá mensurar suas qualidades individuais. Não é demais enfatizar que uma imaginação forte e uma vontade poderosa são dois ingredientes cruciais e qualquer exercício feito para fortalecê-las aumentará suas chances de sucesso.

Tamosauskas


Conheça as vantagens de se juntar à Morte Súbita inc.

Deixe um comentário


Apoie. Faça parte do Problema.