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Carlos de Brito Imbassahy nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, é engenheiro civil, professor de física, jornalista, musico, conferencista e escritor com dezenas de livros publicados. Actualmente é um dos maiores especialistas do fenómeno de materialização dos espíritos, tendo sido entrevistado em exclusivo no Brasil pelo Jornal de Espiritismo.
O que são fenómenos de materialização?
Carlos de Brito Imbassahy – Também denominados de “fenómenos de efeitos físicos” por Allan Kardec, são aqueles em que os Espíritos usam uma energia especial, retirada do ectoplasma celular orgânico, – segundo informações prestadas a William Crookes – onde a entidade espírita pode realizar uma série de fenómenos típicos, de natureza física, tais como transportes de objectos, aparições espirituais, tiptologia directa, enfim, coisas que exigem uma energia física para que aconteça.
O que é o ectoplasma?
C.B.I – Segundo os biólogos, no capítulo relativo à citologia, o ectoplasma é a forma semi-material que envolve o protoplasma celular orgânico e dele seria retirada a energia para realizar os fenómenos em apreço.
Qual a sua origem?
C.B.I – Puramente orgânica. Forma-se com a célula e encontra-se dentro dela junto com os demais componentes da mesma
Para que serve?
C.B.I – Confesso que meus parcos conhecimentos sobre Biologia não me permitem dissertar sobre o assunto. Mas, em qualquer tratado de Citologia há enorme esclarecimento sobre sua existência.
Já é possível ser detectada a energia obtida a partir do ectoplasma?
C.B.I – Sim: com uso de aparelhos específicos com dispositivos próprios. É uma energia que impressiona tais aparelhos e que são detectados por eles: espectrógrafos de leitura de energia, porque é uma energia física como outra qualquer, só que estática.
Como explicar à luz da Física os fenómenos de materialização?
C.B.I – Fácil: os Espíritos obtêm a energia em causa e, com ela, manipulando-as (ainda não nos ensinou como o fazem), tal como nós quando usamos as energias físicas (eléctrica, acústica como o ultra-som, hertziana, etc.) e, a partir da mesma, fazem o que nós faríamos se pudéssemos manipula-las.
O ectoplasma também é utilizado para as chamadas curas espirituais. Como funcionaria?
C.B.I – Exactamente como se fosse uma radiação terapêutica, só que, com maior categoria de extensão, já que, sendo de origem orgânica fica mais fácil actuar em nosso corpo somático. O fenómeno é indutivo e se resume em variação de frequência que modula as vibrações orgânicas, fazendo-se corrigir.
Poderia explicar?
C.B.I – Normalmente, o que ocorre é que, uma das práticas de terapia, como no caso do cancro, consiste em aplicar radiações de determinadas ondas nos lugares afectados a fim de que eles sejam corrigidos pela mutação de frequência. Com mais facilidade do que qualquer emissão quântica, a de origem ectoplásmica modula com mais facilidade as ondas orgânicas, ditas biofísicas, corrigindo-as, o que faz com que o processo de cura seja efectivado.
Lembremo-nos de que já Franz Mesmer, médico alemão, havia descoberto esse fenómeno e que determinadas pessoas poderiam emitir ondas – que ele chamou de “magnetismo animal” – capazes de alterar as ditas frequências orgânicas consideradas anómalas e, como tal, causadoras de doenças.
Cientistas insuspeitos como o francês Charles Richet (Nobel da Medicina), Frederico Zollner (astrónomo alemão) William Crookes (físico-químico inglês), Ernesto Bozzano (etnólogo italiano), Gabriel Delanne (engenheiro francês), Gustave Geley (medico francês) e Alexander Aksakof (físico russo) estudaram o fenómeno com o mais profundo rigor científico. Em sua opinião o que faltará para ser aceite no meio científico?
C.B.I – Na verdade, o que falta é exactamente ser aceito pelo movimento espírita, que se transformou em mais uma seita cristã e abandonou a linha de Allan Kardec. Os Físicos ainda o vêem como sendo coisa de religiosos, por causa disso. Mas, há cientistas eméritos que têm se ocupado com o assunto. Infelizmente, como os programas de desenvolvimento experimental são financiados com vistas a outros interesses, estes cientistas são obrigados a cumprir a meta do programa.
Hernâni Guimarães Andrade no seu livro “Espírito Perispírito e Alma” diz-nos que o ectoplasma tem um cheiro semelhante ao Ozono. Como funcionaria o processo de identificação ectoplasmática através dos odores?
C.B.I – Na verdade, não é o ectoplasma, mas os resíduos que sobram após a realização do fenómeno e que são jogados no ambiente que têm tal aroma, muito forte, por sinal. O problema é que misturam “ectoplasma” com “energia ectoplásmica”.
O cientista brasileiro no mesmo livro diz-nos também que a fórmula química do ectoplasma, segundo James Black, é C120 H1184 Az218 S5 O249. De que forma os alunos universitários poderão comprovar?
C.B.I – Essa parte biológica eu não sei, mas garanto que em qualquer estudo sobre citologia a dúvida poderá ser dirimida. Durante as sessões, o que encontramos é uma energia estática que retira calor do ambiente e que nada tem que ver com qualquer tipo de substância orgânica, logo, esta fórmula não representa o que seja posto em jogo durante o fenómeno.
Que meios são necessários para as universidades investigarem a materialização experimental?
C.B.I – Ter dois bons médiuns – o fenómeno é bipolar – o que representa a formação energética e o catalisador, dispor de uma aparelhagem espectrográfica para leitura, a fim de detectar os acontecimentos, ter um grupo homogéneo, sem curiosos, sem pré-especificadores, sem faltosos, enfim, um grupo homogéneo que queira investigar a sério.
Disse que deveríamos ter dois médiuns de efeitos físicos. Quais os sintomas que estes médiuns apresentam?
C.B.I – Este segundo médium, é meramente polarizador e não precisa de maiores predicados. Serve para fechar o circuito, como no caso da pilha eléctrica.
Um grupo de seus alunos que estagiaram no Instituto Nacional de Energia Atómica fez várias experiências sobre este fenómeno. O que descobriram?
C.B.I – O que descobriram, exactamente, foi que se trata de uma energia que impressiona a leitura dos aparelhos, que se precipita sobre o fulcro que se forma sobre o médium, no momento da materialização, dando-lhe aparência, que, a cada fenómeno realizado, seja de transporte, de raps, de toques, há consumo de energia registrado pelos aparelhos e que, ao final da sessão, ela é recolhida, sumindo do ambiente.
Em um dos seus conhecidos livros “As Aparições e os Fantasmas” explica-nos as várias experiências ectoplasmáticas. Quer nos contar uma delas?
C.B.I – Por exemplo, o caso das batidas: um gravador de alta tecnologia espectrográfica mostra que uma batida normal produz um gráfico onde ficam registradas as impurezas dos sons, contudo, os raps provocados pelos Espíritos tem um gráfico de um som com apenas um harmónico e sem ruídos.
Outro caso foi o de uma cigana que dançava durante a sessão e todos nós ouvíamos e sentíamos sua armada saia esbarrar nos móveis e em nós mesmos, contudo, apesar do toque, não conseguíamos segurar seu pano que se esvaía entre os dedos quando conseguíamos apalpá-la.
Um terceiro caso foi o de uma rosa que apareceu dentro de uma caixa fechada que estava numa das prateleiras e fora trazida para o meio ambiente. Esta rosa ficou durante vários dias sobre a mesa do local de trabalhos, até que, vendo-a ali, resolvi colocá-la num copo com água, como fazemos com as flores. Pela noitinha ela se transformara num vegetal todo melado, de uma forma muito estranha. Destaque-se que, durante dias, ela manteve seu viço só com a provável energização do fenómeno e que, ao ser colocada na água, perdera tal propriedade por despolarização.
Entrevista de Carlos de Brito no Jornal de Espiritismo
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