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1 – Introdução
Prana tem sido traduzido como “respiração”. Na atualidade, a palavra sânscrito ‘Prana’ significa ‘força vital’ ou ‘energia vital’. De fato, Pranayama clássico com o ciclo de inalação/retenção/expiração ensina que durante a fase de retenção, o praticante deve conscientemente reter o prana, e então soltar o oxigênio descarregadode prana durante a exalação, armazenando o pranano chakra do plexo solar.
Pranayama é a ‘ciência do prana’, sendo base da Hatha Yoga e deve ser estudado por qualquer um no caminho espiritual, ocidental ou oriental, mas pelo fato de termos inúmeros livros e vasta informação sobre esta arte, iremos nos reter no aspecto prático de alguns exercícios básicos.
Reflitam sobre alguns ditos hindus:
Sobre a Imobilidade do Corpo:
“O corpo deve ser treinado para se manter em estado inerte, por um tempo prolongado sem desconforto ou dor.”
– Nadabindu Upanishad 3.3.1
“No samadhi todos os sentidos param de funcionar, e o corpo permanece sem movimentos, como um pedaço de madeira. ”
– Nadabindu Upanishad 3.3.1
“A asana, quando dominada, pode destruir todas as doenças e até assimilar venenos. Se não for possível dominar todas, domine somente uma e sinta-se à vontade com ela.”
– Shadilyopanishad 1.3.12-13
Sobre o Controle da Respiração:
“Respiração é Vida. Aquele que controla a respiração controla a vida.”
“Quando o Pranayama é alcançado e conquistado, o praticante ganha ascendência sobre a morte”.
“Prana, o sopro vital, é nascido no Ser. Como uma pessoa e sua sombra, o Ser e o Prana são inseparáveis. Prana entra no corpo no nascimento, mas não morre com o corpo”
– Prana Upanishad.
“O sábio fala não pelos sensos da fala, visão, audição e tato, mas por um grupo de Pranas, pois todos estes sensos são manifestações do Prana.’
– Charakha Samhita
“Primeiro assuma uma postura Yoga (asana); mantenha o corpo ereto, fixe os olhos e deixe as mandíbulas relaxadas de modo que os dentes superiores não toquem os inferiores. Abaixe a língua. Use o segurador de queixo (jallunderbandha) e a sua mão direita para respirar através da narina que escolher; mantenha o corpo imóvel e a mente à vontade. Então pratique o Pranayama.”
Sobre os reflexos do controle da Imobilidade e da Respiração sobre o controle da Mente:
“A postura ajuda a manter a mente calma”
– Tantrarajatantra 27, 59.
“Quando a respiração está controlada, a mente está controlada”.
– Charakha Samhita
“Há duas causas da divagação da mente: (1) Vasanas – desejos produzidos por impressões latentes das sensações, e (2) – respiração. Se houver controle de uma, a outra automaticamente será controlada. Das duas, a respiração deve ser controlada primeiro”
– Yogakundlyupanishad 1.1-2
O processo de respiração cria imagens na mente. Quando é calma, a mente também torna-se calma.” – Yogakundlyupanishad 89
2 – Noções Básicas
Muitos dos antigos Tantras afirmam que o corpo é um Yantra e que a respiração é seu mantra. De forma a facilitar o entendimento deste conceito, a respiração “Bhramari” é um excelente ponto de partida. É simples, ajuda na concentração e provê um sentimento de unidade entre o corpo e a respiração, uma consciência antes de simplesmente uma função do sistema nervoso autônomo.
TÉCNICA 1 – Bhramari: Tome uma inspiração profunda, exale todo o ar dos pulmões, concentrando em contrair os músculos abdominais para expeli-lo todo. Inale através do nariz fazendo um som de zunido, como uma abelha. Retenha por alguns segundos, enquanto se sentir confortável (trabalhe para que possa se sentir confortável com períodos cada vez mais extensos de retenção do ar), concentrando em armazenar a energia vital do ar no plexo solar (Chakra Manipura, que significa literalmente ‘centro da jóia da grande consciência’), separando assim a energia vital do ar. Então exale, através do nariz, fazendo um som de zumbido (esta característica do zumbido é feita pela passagem do ar pelas cordas vocais, muito simples de ser executado).
Focalize sua mente nos sons durante a inalação e exalação e na força vital sendo armazenada no plexo solar durante a retenção.
Cada inspiração – retenção – exalação conta com um ciclo. Comece inicialmente com 5 ciclos, aumentando o número quando dominar a respiração ‘Bhramari’ e ela se tornar natural para você.
TÉCNICA 2 – Respiração Completa: A maioria das pessoas respiram rasamente, e mesmo aqueles que trazem a respiração conscientemente pelo abdomem podem estar deixando algum detalhe de fora.
Inicialmente exale todo o ar, usando o abdomem para auxiliá-lo. Inale profundamente, puxando o ar pela expansão do abdomem. Continue inalando até preencher de ar todo o pulmão superior e a região da garganta. Mantenha o rosto relaxado. Retenha por alguns segundos, ainda com o rosto relaxado. Exale lentamente, primeiro o ar da parte inferior, depois superior dos pulmões e finalmente o ar que estiver na região da garganta. Contraia o abdomem até forçar todo o ar para fora. Trabalhe para aumentar o tempo de cada fase de inspiração – retenção – expiração , sempre que o tempo do ciclo em exercício seja alcançado de forma natural e não forçada.
Não conte o tempo com um relógio, permita que seu corpo seja o relógio! A proporção da inspiração – retenção – expiração na respiração completa deve ser de 1:1:1.
TÉCNICA 3 – Respiração Vital : Muito simples de ser praticada. Energiza e fortalece os pulmões. Inspire pelas narinas em movimentos curtos e rápidos, até os pulmões estarem complemente cheios.
Exale o ar pela boca, enquanto emite um alto som ‘AAAAAHHH’.
Mantenha o foco em trazer o prana energizado para dentro durante a inspiração e para mandar para fora toda a tensão do corpo, durante a exalação.
TÉCNICA 4 – Kapalabhathi: Também é fácil de ser dominada. Dentre outras variações, uma das mais simples é a seguinte :
Sente na posição de Lotus, ou com as pernas cruzadas e as costas e pescoço eretos. Inale e mantendo a boca fechada, espirre. Com a boca fechada, a parte inferior do abdomem irá inchar. Retorne-a imediatamente a posição inicial. Comece com ciclos de dez a quinze e gradualmente suba até ciclos de 50 respirações, naturalmente e sem forçar. Você não deverá sentir nada na parte superior dos pulmões ou na área da garganta. Pode ser usada com grande benefícios por fumantes e asmáticos. A atenção deve ser focada na área do plexo solar. Após um ciclo completo, permanece quieto e observe as mudanças físicas e mentais em si mesmo.
TÉCNICA 5 – PRANA-VAYU RASA: Também chamada de ciclo vigoroso. Um ciclo de respiração restauradora. Deve ser executada de pé, com olhos fechados ou voltados para cima, com atenção focada no região do terceiro olho ( chakra Ajna) , localizada no meio da testa.
(1) Inale, prenda o ar nos pulmões. Cruze os braços duas vezes para trás e para a frente, vigorosamente. Exale.
(2) Inale. Cruze os braços à frente, com antebraços estendidos perpendicularmente ao corpo. Balance-os lateralmente para a esquerda e direita, duas vezes, na altura natural dos ombros. Exale e deixe os braços caírem.
(3) Inale. Balance os braços paralelamente ao corpo, para cima e para baixo duas vezes de forma a ultrapassarem levemente o limite das costas. Exale e deixe os braços caírem.
(4) Inale. Retenha o fôlego novamente. Estique vagarosamente os braços para frente. Segure com as mãos no punho e volte os braços até tocar no peito. Sacuda o corpo inteiro. Exale enquanto deixa os braços caírem.
(5) Inale. Balance os braços sobre a cabeça e dobre o corpo para a direita à partir da cintura, sem dobrar o peito. Concentre nas partes que estão sendo alongadas. Exale enquanto volta à posição normal. Repita a operação para a esquerda.
(6) Inale. Segure o fôlego e massageie as costelas. Exale.
(7) Inale. Segure o fôlego, bata com as mãos fechadas nos músculos peitorais. Exale.
Nota: A idéia de recarregar prana é liberar força vital individual (Atman) e uni-la com a força vital universal (Brahman) .
TÉCNICA 6 – PRANA-SUKHA / Respiração curativa : Literalmente, “respiração da alegria, força vital alegrante”. Esta respiração é a mais simples extensão do prana a um ritmo. O praticante deve conscientemente alterar o tempo desprendido em cada parte dos ciclos de respiração. O ritmo do Prana Sukha é dito ser perfeito para extração de força vital da atmosfera. A razão da inspiração – retenção – expiração deve ser de 1:4:2.
A inalação estabelece pela razão exposta o tempo das fases de retenção e exalação de cada ciclo, ou seja, retêm-se o ar por um tempo quatro vezes maior que gasto na inalação e expele-se o ar no tempo duas vezes maior que o da inalação.
Deve-se iniciar com inalações quase similares as da respiração involuntária e ir aumentando o tempo, sempre respeitando que o exercício deve ser confortável e não forçado.
IMPORTANTE : não conte mentalmente ou verbalmente os tamanhos das fases para estabelecer o ritmo. Contagem é um processo lógico que interfere com a prática abstrata da medicação. Meça o ritmo focando a mente nos ruídos da inspiração e expiração durante a respiração e se necessário pelas batidas do coração durante a retenção. Ter um ritmo pela audição é ideal e ajuda a unir corpo e mente. O Gheranda Samhita sugere : “Ao entrar, a inspiração faz o som ‘SOH’ e ao sair o som ‘HAM’. Assim a respiração profere a palavra de poder ‘SOHAM’ (ou EU SOU). O som sutil reverbera no chakra da raiz, do coração e do terceiro olho. O Yogi deverá perfazer esta repetição conscientemente”.
Outro processo de medida do ritmo é pela concentração no mantra AUM, ou qualquer outro de preferência do praticante, que deve sentir o ritmo a cada mantra.
3 – Prana aplicado na união tântrica (sexual).
As técnicas mostradas até aqui devem ser dominadas antes de prosseguir, pois formam a base para explorações mais profundas no Pranayama e Hatha Yoga. Existem muitas respirações prânicas que podem ser aplicadas diretamente no aprendizado e práticas sexuais tântricas. Um verdadeiro tantrista deve desenvolver completamente a respiração até que ela ocorra naturalmente e usar os poderes curativos da respiração para limpar os canais sutis no corpo. Assim são prevenidos os danos emocionais e físicos advindos das intensas energias criadas pela união tântrica.
As correntes de energia sexuais, mentais e prânicas são interdependentes.
Controle da respiração é vital para a correta união tântrica; respiração é poder. Não tema o poder, mas aprenda a usa-lo corretamente.
Acredita-se em uma divisão em cinco dobras do Prana. ” O Prana original contém outros quatro Pranas, cada um governa uma função específica do corpo. Juntos, eles são as cinco respirações sutis.”
O Prana original é visto como um movimento de subida. O Apana é visto como um movimento de descida. Estes são os mais importantes das cincos respirações sutis. Tantra busca reverter o fluxo de Prana e Apana, e uni-los, transformando o corpo, a mente e a alma. De acordo com Krishna no Bhagavad Gita: “Alguns Yogis ofertam o Para ao Apana, outros o Apana ao Prana.”
NOTA: tradicionalmente o Prana é considerado ‘mais alto’ e o Apana ‘mais baixo’. Muitos caminhos espirituais tem esta mesma idéia, mas lembre-se que no Pranayama Tântrico, eles não são considerados ‘bons’ ou ‘maus’, mas sim diferentes fluxos de energia, ambos vitais, a união dos quais leva à Iluminação. O GORAKASATAKHAM (ensinamentos de um grande Guru Indiano) declara : “O Atman (alma individual) está em ligação com Prana e Apana. Quem quer que souber e controlar estas duas forças é um verdadeiro Yogi e saboreará o êxtase da Liberação. Eleve o Apana e una-o com o Prana. “
As cinco respirações sutis tomam seus lugares no Prana durante o período da retenção do ar nos pulmões. Inale Prana, como se ele fosse um fluido, mais leve que a água. Durante a retenção, visualize o ar dividindo em terra, água, ar, fogo e éther. Exale com o fogo, queimando as impurezas.
Pare brevemente antes da inalação, concentrando nas impurezas retornando à terra para regeneração.
CROW BEAK ( Esta é a primeira técnica a ser dominada antes da União Tântrica). Dobre a língua de forma que os lados da língua em contato formem um ‘tubo’. Separe os lábios e posicione o tubo na abertura deles, ficando os lados da língua em contato com o lábio superior e a parte de baixo da língua em contato com o lábio inferior. Inale pela boca, fazendo o ar entrar pelo ‘tubo’ formado pela língua. Retenha.
Exale pelas narinas. Este processo, referido como ‘Sithali’ ou ‘frio’, esfria o corpo, ativa o fígado e o baço e fortalece os pranas da ‘visão e audição’.
UNIÃO DO PRANA E APANA Simbolismo solar e lunar são centrais para o Tantra, como são para muitos outros ensinamentos místicos tanto do leste quanto do oeste. Muitos ensinamentos, interessantemente, tem significado similar: a antiga Tradição Hebréia considera o sol masculino e paternal, a lua feminina e maternal. A Tradição Taoísta chinesa considera o Sol Yang/ quente / masculino, e a lua Yin/ fria/feminina. HA: Literalmente SOL. THA: Literalmente Lua. YOGA: Derivada da palavra raiz YUG, significa ‘par’ ou ‘parelha’. HATHA YOGA = União do Sol e Lua. Hatha Yoga é derivada do PRANAYAMA. A respiração é ligada às influências celestiais, portanto, quando a respiração é controlada,as influências são controladas. A síntese de HÁ e THA traz equilíbrio, união, o objetivo de todos Yogis.
Tantra associa o Sol com o lado direito do corpo, c/ energia masculina, c/ o elemento Fogo, c/ a cor vermelha e o intelecto. A energia solar é armazenada no plexo solar (3º chakra, na nave abdominal), sua energia tem o fluxo de subida (prânica) e é considerada energia celestial.
A Lua é associada com o lado esquerdo do corpo, c/ energia feminina, de qualidade fria (Soma), de cor branca, c/ o elemento Água, e c/ o processo intuitivo. Energia Lunar é armazenada entre o Chakra do terceiro olho (6º Chakra principal – Ajna) e o Chakra da Coroa (7º Chakra principal), aproximadamente no centro da testa (Chakra Soma) em um portal em formato de crescente. Sua energia tem um fluxo de descida (Apanica) e é considerada energia terrena.
A união das duas pode ser conseguida meditativamente no Savasana com a assistência de visualização. Com ou sem visualização, PRANAYAMA tem técnicas para unir conscientemente HÁ e THA, ambos dentro do indivíduo e dentro de um casal Tântrico. Alguns exemplos de técnicas prânicas Solares/Lunares são dadas a seguir:
ANOLOMA – VILOMA PRANAYAMA – Respiração por narinas alternadas. Também chamada RESPIRAÇÃO SOLAR-LUNAR. A maior chave do controle da energia sexual. Respiração Solar = Shiva, energia transcendente; Lunar=Shakti, energia criativa. Quando ambas existem em equilíbrio, a força vital viaja por toda coluna espinal, revificando os chakras.
A respiração Solar-Lunar empregada em união tântrica provê uma trilha que impele o ATMAN na direção evolucionária em direção a união cósmica e iluminação. Mas esta respiração deve ser controlada antes através da prática do Tantra *branco* solitário, a união do HÁ com o THA dentro de si mesmo.
TÉCNICA: Sente-se ereto na posição de lótus ou com a pernas cruzadas. Costas e cabeças eretos. O ritmo da respiração/retenção/expiração pode ser 1/1/1 ou 1/4/2, como na respiração de cura ensinada anteriormente.
1 – Pegue a mão direita, dedos indicador e médios dobrados até a palma da mão.
2 – Coloque a mão sobre o nariz. Exale.
3 – Feche a narina direita com o polegar direito. Inale pela narina esquerda, focando mentalmente no fluxo do ar e na energia vital entrando.
4 – Use o polegar e o dedo anelar para fechar ambas as narinas. Retenha.
5 – Solte o polegar e expire pela narina direita, mantendo a narina esquerda fechada pelo dedo anelar.
6 – Inale pela narina direita, focando a mente como anteriormente.
7 – Feche ambas as narinas e retenha.
8 – Exale pela narina esquerda, soltando o dedo anelar.
Isto constitui um ciclo completo da respiração Solar/Lunar. Comece com 5 a 10 repetições por ciclo, trabalhando para aumentar gradualmente as repetições por ciclo, mas sem forçar ao nível do desconforto.
HÁ-THA solo ou *branca*: A respiração traz benefícios físicos: Balanceando a respiração ajuda em conseguir controle dos processos parasimpáticos como a batida do coração, circulação e temperatura corpórea.
Age como um tranquilizante natural, acalmando os nervos, liberando tensão e aquietando a mente. Misticamente, ajuda o indivíduo a unir as suas próprias forças e ganhar ascendência sobre Prana/Apana, que juntos são iguais a própria energia vital.
O GHERANDA SAMHITA ilustra uma forma Tântrica meditativa *branca* de respiração Solar/Lunar: “Contemple a primordial semente de som YANG, do elemento ar e chakra cardíaco, e visualize esta sílaba como de uma cor esfumaçante, preenchida de energia. Inspire pela narina esquerda, repetindo a sílaba (YANG) mentalmente 16 vezes. Retenha a respiração repetindo mentalmente a sílaba 64 vezes e então exale todo ar pela narina direita, enquanto repete mentalmente a sílaba 32 vezes.”
Pranayama praticado por casal Tântrico, antes da união sexual.
Rama Dass ilustra uma técnica para um casal combinar tantra com mantra] através do prana. “Experimente o outro como um espelho de si mesmo, identifique a natureza dual de cada parceiro, renda-se ao fluxo impessoal destas energias e, finalmente, juntem-se naquela união implícita. Ambos os parceiros sentam-se em uma posição confortável olhando um para o outro. O olhar é fixado no olho direito do outro e a respiração coordenada de tal forma que a inspiração de um é a expiração do outro. A respiração é lenta, profunda e confiante.
Uma vez que a coordenação é estabelecida, ambos os parceiros devem visualizar as ondas de energia que resultam da respiração, indo para dentro e para fora. Depois de um período curso, um parceiro começa a dizer, em voz alta, AUM, enquanto expira, direcionando o AUM para o chakra cardíaco do outro. O segundo parceiro, no momento de sua expiração, realiza a mesma prática do primeiro, e assim por diante, alternadamente. O período final pode ser executado de olhos fechados enquanto mantém-se a respiração coordenada e a entonação do mantra AUM.
Prana durante a união tântrica
Quando estiverem prontos para o a prática sexual tântrica, o princípios Shiva e Sakthi unem-se dentro de si mesmos e com o outro. Existe uma convergência e sincronização de suas respirações e energias vitais, unindo-se em um vórtice onde a troca de energias sutis ocorrem. Ficando-se na posição de lado causa a dominação da respiração pela narina oposta. Os Tantras declaram que durante a união sexual, o homem deve conscientemente respirar pela sua narina direita o ar exalado pela narina esquerda da mulher. Fazer sexo face-a-face com cada casal deitado de lado facilita naturalmente esta troca (Homem deitado sobre seu lado esquerdo, mulher deitada sobre seu lado direito, ambos face-a-face).
Um texto Tântrico declara: “Pela meditação na respiração durante o ato sexual, o praticante pode aproveitar a energia vital do outro com a sua própria energia vital e vice-versa. ” Durante a união Tântrica, o comprometimento do casal é TOTAL, enquanto durar o ato em si, por algum tempo após, por toda a vida ou por toda a Eternidade. A troca de energia vital, quando feita como o propósito do Compromisso Tântrico, une as almas dos praticantes por toda Eternidade, transcendendo o ‘Até que a morte os separe’.
Pensamento final de alguns mestres
“A respiração solar leva a transcendência; a respiração lunar é a doação da forma à substância. Sua união evoca o Eterno.”
– Prana Upanisad.
“Quando a respiração é inconstante, tudo é inconstante, quando a respiração é tranqüila, tudo é tranqüilo. Controle a respiração cuidadosamente. Inalação dá força e um corpo controlado, retenção dá estabilidade e longevidade, expiração purifica o corpo e o espírito”
– Goraksasathakam.
“O oráculo da respiração revela seus segredos aqueles que conhecem as chaves. Os elementos na respiração são conhecidos como fogo, água, terra, ar e ether”.
– Swara Chinthamani.
As táticas e princípios descritos foram tirados de tradicionais textos sagrados, com alguns comentários adicionais pela Yogini Padma Ushas Suryananda, Yogini da dança Tântirica de Kali Yuga.
TAT TWAT ASI
HARI AUM TAT SAT
AUM SHANTI
NAMASTE
TAT TWAM ASI
Fontes de pesquisa:
THE CHURCH OF TANTRA
CHAKRAS – Harish Johari.
Alimente sua alma com mais:
Conheça as vantagens de se juntar à Morte Súbita inc.