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Por David Beth.
A transformação demoníaca, a realização da visão elementar, e de fato todo o VGW (Voudon Gnostic Workbook, o Livro de Práticas do Vodum Gnóstico), está intimamente ligada à gnose do Méon, ou Universo B, e sua ciência e estudo esotéricos, a Méontologia. Kenneth Grant atribuiu corretamente o Universo B ao lado noturno da Árvore da Vida. Ficou claro para os magos do Vodum Esotérico que:
“… a plena iniciação mágica não é possível sem uma compreensão dos chamados caminhos qlifóticos que são, na prática, tão reais quanto a sombra de qualquer objeto iluminado pelo sol.”[ 6 ]
O Méon, este reino gélido do nada, é também o reino das sombras Hiperbóreo, aquele lugar sob os fogos de Hel ( l ) onde, no centro da alma perdida, a cidade perdida jaz na rigidez e no silêncio do eterno e congelado frio do submundo Hiperbóreo. Também pode ser o conceito Neither — Neither (Nem-Nem) de Austin Osman Spare.
São muitos os motivos pelos quais os feiticeiros da nossa tradição viajam e exploram esses espaços. De fato, eu chegaria a afirmar que os fundamentos da magia nos Templos Internos da Gnose Vodum e L. C. N., são baseados em contatos com o Méon. O Méon é, entre outras coisas, uma fonte de tremenda criatividade mágica e poder esotérico, dos quais os Ojas é um dos mais supremos. Os Ojas, embora sejam um assunto complexo, são basicamente energia primordial esotérica. Eles não podem ser confundidos com certas outras energias chamadas por este nome. Os Ojas exclusivos de nosso sistema são também a fonte ideal de radioatividade sexual entre os adeptos superiores de nossa escola.
Podemos perguntar quais são as vantagens de uma radioatividade sexual baseada em Ojas? Em resposta, podemos dizer que são simplesmente estes: o mago tem acesso a outra fonte de poder que ele não teria de outra forma. Seu poder mágico é muito mais aumentado e ele pode produzir medidas exatas de seu progresso como mago sexual de nossa linhagem. (…) O mago que faz uso dos Ojas é simplesmente mais poderoso e mais eficiente em sua psique e seu trabalho mágico é, portanto, superior. [57]
Eles manifestam suas qualidades e potências mágicas de muitas maneiras diferentes e podem fortalecer todos os ritos do mago sexual Vodum Gnóstico.
Enquanto os Ojas podem estar presentes em algum grau em um aluno do nosso sistema devido ao seu trabalho mágico com nossa corrente, eles precisam ser introduzidos no aluno por um Mestre da Ordem para que alcancem todo o seu potencial. Em primeiro lugar, o Bispo ou Mestre detectará e medirá o nível, a qualidade e a área dos Ojas no corpo esotérico do aluno. Isso geralmente é feito com instrumentos derivados da Engenharia Esotérica como descrito no curso do terceiro “Curso do Monastério dos Sete Raios”, que é o veículo de ensino das Ordens Gnósticas Voduns. Uma vez que o mestre tenha analisado a anatomia do aluno em relação aos Ojas, ele começará a deduzir os Ojas do Méon para induzi-los no aluno, para carregar a sua usina esotérica.
A dedução dos Ojas do Méon pode acontecer de várias maneiras diferentes. O Sumo Sacerdote ou usará sua habilidade de La Prize des Yeaux ou poderá deduzir Ojas das energias de Aiwaz-Física, cuja base se encontra na esfera ôntica e que se conecta diretamente à zona meônica. A forma mais radiante dos Ojas é recebida através da dedução Daathiana através das operações mágicas de Urano e Vulkano, os Marassas do fogo ideal. Esta é a forma mais perigosa de dedução dos Ojas e só praticável por pouquíssimos magos que juraram à Lei de Daath. Este trabalho está simbioticamente ligado a Choronzon e ao Barão Lundy, que é Choronzon no Vodum Esotérico haitiano. Choronzon e seu hierofante Lundy são o Pleroma do Méon, e o feiticeiro precisará percorrer o caminho de Cronos — Saturno, o Senhor do tempo que foi liberado de todas as esferas e restrições do ser e da existência. Este caminho levará além da esfera de Chronos – Saturno para aquela do Senhor Choronzon / Lundy .
“Então deixe-o procurar a escuridão na qual está iluminada, pois esse é o fogo sagrado de Lundy.“
O Templo de Lundy – Choronzon com seus 11 portões e 16 portas (e que é o Templo do Méon) está diretamente relacionado aos mistérios hiperbóreos do:
“Sol Negro, o Sol Níger que brilha acima da Montanha da Meia-Noite e ilumina o templo alquímico hiperbóreo do absoluto Nigredo, a Escuridão que brilha. [59]
Notas:
[56] Kenneth Grant, Nightside of the Eden (O Lado Noturno do Éden).
[57] Michael Bertiaux, Voudon Gnostic Workbook (O Livro de Práticas do Vodum Gnóstico).
[58] Michael Bertiaux, Voudon Gnostic Workbook (O Livro de Práticas do Vodum Gnóstico).
[59] Extraído de um texto de David Beth para a Fraternitas Borealis intitulado The Black Pilgrimage (A Peregrinação Sombria).
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Fonte:
Voudon Gnosis (Gnose Vodum), by David Beth.
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Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.
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