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Por Spartakus FreeMann
O Vajroli Mudra é descrito no Shiva Samhita com dois métodos:
• Sahajoli (1), pelo qual o iogue é capaz de reter a ejaculação ao ser levado ao clímax do orgasmo.
• Amaroli, onde ocorre a ejaculação e o Amrita, ou seja, os fluidos sexuais femininos e masculinos articulares, é atraído através do lingam (pênis).
As práticas preliminares de cada um desses tipos de Vajroli são idênticas e vou tentar explicá-las da forma mais clara possível. O Vajroli é simplesmente a contração dos músculos da uretra lingam – os mesmos músculos são usados para cortar o fluxo de urina em certas ocasiões. Além de ser capaz de conter a ejaculação, e/ou sugar amrita, Vajroli desperta o Chakra Swadisthana (2) e fortalece a potência sexual. O esfíncter da uretra está localizado em direção à base da lingam, embora possa ser sentido mais acima. Para se familiarizar com a “manipulação” deste Chakra, pode-se praticar a parada e permitir o fluxo novamente ao urinar.
Então a prática básica é muito simples: sentar-se em padmâsana (3). Concentre sua atenção nos músculos do esfíncter, aqueles próximos ao osso púbico na base do lingam. Inspire, prenda a respiração e, simultaneamente, contraia os músculos. Em seguida, desenhe no abdômen inferior e empurre para cima, como se estivesse tentando empurrar seu estômago em direção às costelas. Solte a contração e repita o procedimento sempre que possível, segurando sempre a mesma respiração. Depois exalar, inalar e relaxar.
A Mula Bandha é o complemento do Vajroli e deve ser praticada simultaneamente. É um exercício semelhante que se concentra na área perineal. Ambos os tipos de músculos precisarão ser fortalecidos para a prática de Amaroli e Sahajoli.
Para praticar o Mulabandha, sente-se na posição de lótus com suas costas retas. Concentre sua atenção na área pélvica (4), inspire, prenda a respiração e contraia a área anal. Empurre esta contração para frente até que você a sinta no escroto. Segure o máximo de tempo possível, exale e relaxe. Este exercício é útil para segurar a ejaculação e desperta o Muladhara Chakra.
Deve-se tentar praticar o Mula Bandha e o Vajroli Mudra um após o outro, começando com cinco ou dez conjuntos de cada um e aumentando gradativamente, sem ultrapassar os 60 conjuntos. Então, tradicionalmente, a prática de Vajroli continua usando uma tigela de água ou leite para verificar se é capaz de empurrar quando se deseja empurrar e sugar quando se deseja sugar.
Estes exercícios também podem ser usados para despertar a Kundalini.
Recomendo vivamente que ninguém tente estes exercícios sem o controle e supervisão de um mestre. Os danos físicos podem ser desastrosos se feitos de forma incorreta.
Sobre o assunto, você pode ler um artigo sobre os ritos de adoração tântrica.
Notas:
(1) Este gesto, ou posição de yoga, refere-se ao uso da energia sexual e, portanto, diz respeito ao centro do púbico e genital.
(2) Este termo é decomposto em sv-adhi-sthana, o lugar ou poder que se mantém, ou seja, o que permanece. Este Chakra corresponde à sede física e espiritual, ao desejo sexual e à ânsia sexual, à hiperatividade não canalizada. O chakra svadhisthana corresponde ao plexo hipogástrico ou plexo sacral. Acredita-se que ele gere a energia sexual. A divindade diretora é Ravini Shakti.
(3) A posição do lótus é uma postura hatha yoga, assim como uma posição usada na meditação budista. É praticado da seguinte forma: pernas cruzadas – pé direito sobre a coxa esquerda, pé esquerdo sobre a coxa direita; costas retas mas sem cavar; mãos apoiadas sobre os joelhos; cabeça levemente curvada.
(4) O centro da base é o plexo sacrococcígeo. Está localizado na base da coluna vertebral (no final do filamento terminal) entre o ânus e os genitais.
Glossário:
1- a força coesiva da matéria física.
2- o tanmâtra do olfato, o órgão de percepção do nariz com o sentido do olfato e da ação dos pés com locomoção.
3- a respiração Apana.
4- o sistema ósseo Centro de Brahmah e seu Shakti.
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Fonte:
FREEMANN, Spartakus. Vajroli Mudra. Texto original no site do Buddica’s Bard. Nadir de Libertalia, setembro de 2006 e.v. EzoOccult, 2007, 2020. Disponível em: <https://www.esoblogs.net/380/
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Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.
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